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Um Trabalho Misterioso Chamado Oda Nobunaga – Vol 02 – Cap. 03 – Para a Capital

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Entrei na indefesa capital real com treze mil soldados.

Na dianteira estavam os homens de Kivik. Como de nascimento eu era lorde de nada, minha irmã de leite, Laviala, era a única vassala que sempre esteve comigo. Kivik era, portanto, meu segundo vassalo mais antigo. Ele passou a ter fé em mim antes que eu me tornasse alguém importante; seu serviço era sincero. Pensei que, se fosse recompensar essa lealdade, essa era a hora de fazer isso.

Meus guardas seguiram Kivik, e eu segui em meu cavalo.

Habilidade especial Presença do Conquistador adquirida.

Tem efeito quando reconhecido como um conquistador por muitos ao mesmo tempo. Todas as habilidades são três vezes mais efetivas que o normal.

Além disso, todos os que colocam os olhos em você sentem admiração ou medo.

Três vezes?! Que poder incrível. Nenhum país tem um comandante assim.

Claro, já que eu seria regente, poderia precisar desse tanto de poder.

Seria eu o governante do Reino de Therwil.

Espectadores – muitos deles, já que esta era a capital – estavam reunidos em ambos os lados da estrada. Eu podia ouvir suas vozes abafadas.

— Então esse é o Marquês Alsrod Nayvil.

— Que jovem ousado.

— É dito que ele tem apenas vinte e três anos.

— Dizem que ele é um gênio da guerra.

— E mais ainda, ouvi que ele tornou suas terras ricas.

Minha reputação era excelente. Afinal, eu tinha sido bastante cuidadoso com as ocupações.

Uma carruagem resplandecente e ostentosa surgiu atrás de mim. O Príncipe Herdeiro Hasse e sua família estavam nela. Mostrar a família real às massas não era algo ideal e, mesmo se eu pudesse me defender contra a flecha de um assassino, seria impossível Hasse fazer o mesmo. Portanto, o coloquei em uma carruagem.

Os vassalos que ainda estavam no palácio real prostraram-se e nos receberam. Eram os funcionários, burocratas e nobres que não estavam fortemente ligados a nenhuma das linhagens reais. Em vez de fugir da capital com Paffus VI, ficaram para reconhecer Hasse como o novo rei. Também estavam inclusos aqueles que haviam se escondido depois de ficarem malvistos por Paffus VI. Pessoas que foram indispensáveis na época do pai de Hasse, Grandora II, estavam de volta, pensando que poderiam retornar ao poder.

Naquele dia, Hasse entrou no castelo com certo nível de cerimônia e, talvez sem surpresa, chorou de emoção. Para ele, este foi um muito esperado retorno para casa.

Embora estivesse o usando, senti como se estivesse fazendo uma boa ação enquanto assistia.

 

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Na manhã seguinte, a cerimônia de coroação de Hasse foi realizada na Catedral Therwil, que tinha a maior autoridade de todo o reino. Nossa história era que Paffus VI apenas se autoproclamava rei, portanto, ao excluí-lo do número de reis, Hasse estava sucedendo seu pai, Grandora III. Essas fachadas exigiam muito trabalho extra, mas os historiadores do futuro decidiriam a verdadeira ordem de sucessão por nós.

Assim, o novo rei, Hasse I, nasceu.

— Ah, a conquista de uma capital é uma doce vitória, de fato. Fiquei igualmente emocionado quando tomei Kyoto.

Oda Nobunaga parecia estar se divertindo ainda mais do que o normal.

Mas suas conquistas não foram sempre tranquilas, foram? Não quero me ver em apuros nesses dias.

— De qualquer forma, em breve você estará batendo de frente com Hasse. Ele é o rei; vai querer todo o poder para si mesmo. Quando isso acontecer, seu destino dependerá de como irá lidar com isso.

Acho que a lua de mel não pode durar para sempre, hein?

— No entanto, há algo de diferente entre isso e o que aconteceu na minha época. O ex-rei, aquele tal de Paffus, ainda está vivo. Nesse caso, esse Hasse terá que depender de você. No meu caso, o ex-shogun, Yoshihide, simplesmente morreu.

Interessante. Portanto, se eu ficar do lado de Paffus, isso por si só colocaria Hasse em uma crise.

Vou manter isso em mente. Isso pode ser um ponto chave.

No dia seguinte ao término das celebrações da coroação, fui formalmente nomeado regente. Claro, fui o primeiro no clã Nayvil a alcançar tal feito. Ninguém mais tinha chegado além de visconde.

— Farei tudo ao meu alcance pela glória de Therwil.

Isso não era mentira – mas aquele reino glorioso algum dia seria meu.

— Senhor Regente, se tens algum desejo, diga-o. Como rei, gostaria de conceder seus desejos o mais rápido possível — disse o novo rei generosamente.

— Bem, gostaria de possuir algumas cidades como meu território pessoal.

Gostaria de reunir riquezas para mim. Tudo o que se seguiria seria mais tranquilo.

— Muito bem. Você também poderia dar uma olhada em minhas ideias sobre quais novos lordes nomear?

— Com certeza. Esse seria meu dever como regente.

Havia mais gente da velha nobreza – aqueles que nem mesmo apoiavam Hasse – do que eu esperava. Este homem realmente não entendia sua posição.

— Vossa Majestade, seria melhor recompensar aqueles que o serviram por muito tempo na guerra e na política. As pessoas que finalmente retornaram ficariam com você caso fosse forçado a sair da capital?

— Entendo… Você está certo, Senhor Regente… No entanto, também não posso dar toda a terra apenas para seus vassalos…

Pelo visto, Hasse esperava que eu reclamasse isso.

— Sim, mas se você não colocar pessoas de confiança por perto da capital, estará em perigo caso Lorde Paffus ataque. Não estamos em tempos de paz. Por favor, entenda que estamos em guerra. Não estou pedindo que faça favores aos meus vassalos. Estou dizendo que você deve estar preparado para o inimigo e seus planos.

— C-certo… Bom, pensando por esse lado… Pessoas que não conhecem a guerra dificilmente serviriam de muro se eu as colocasse por perto…

Parecia que eu poderia fazer com que ele escolhesse os novos lordes de uma forma que me seria bastante conveniente. As palavras ideais para convencer Hasse vieram naturalmente à minha mente. Talvez isso fosse obra da habilidade Presença do Conquistador. No momento, a maioria dos habitantes da capital me via – e definitivamente não a Hasse – como um conquistador.

Ele me questionou sobre vários outros problemas importantes. Respondi tudo com muito cuidado. Por causa da minha posição, não podia ignorar o estado político, então era isso que eu tinha que fazer. Precisava equilibrar as coisas com a promoção de meus próprios interesses.

No entanto, uma das perguntas foi um pouco inesperada.

— Senhor Alsrod, por sua causa, fui capaz de me tornar rei e torná-lo regente. Mais uma vez, agradeço — disse Hasse, embora parecesse que a hora para esse tipo de agradecimento já havia passado.

— Não há de quê. Esse sempre foi o plano.

O que ele estava se preparando para dizer?

— E assim posso, por fim, falar livremente com você sobre minha proposta de casamento.

— Proposta de casamento?

— Minha irmã, que só consegue se lembrar da vida como uma errante. Ela completará treze anos. Você não irá a tomar como sua esposa oficial?

Mesmo eu não esperava por isso…

Para ser honesto, fiquei sem palavras. Se ele tivesse me pedido para tomar a filha ou irmã de algum vassalo como concubina, eu nem teria ficado surpreso. Essa, entretanto, era uma história completamente diferente.

— Sua Majestade, eu já tenho a filha do marquês Ayles Caltis, Seraphina, como minha esposa oficial… Portanto, temo que esta proposta de tomar sua irmã como minha esposa seria impossível…

— Ela é filha de um marquês. Esta é a irmã do rei. A posição dela, por si só, é obviamente mais elevada do que a de sua atual esposa. Em meus dias de errante, sempre me entristeceu pensar que teria que entregá-la a alguém, mas agora posso dá-la a você sem remorsos. Isso deixaria meu falecido pai muito feliz.

O novo Rei Hasse não desistiria dessa ideia com facilidade. Que confusão…

— Se você se casar com minha irmã, será meu cunhado e eu gostaria muito que se tornasse um parente da família real.

Essa com certeza era uma boa oferta.

O próprio Hasse deve ter percebido que eu, o administrador de todos os seus negócios, viria a ter um poder tremendo, então provavelmente queria me controlar, tornando-me um irmão.

Eu não diria isso na sua cara, mas isso com certeza também me daria algo. Se tivéssemos um bebê, a criança teria sangue real. Essa seria uma poderosa justificativa para quando eu fundasse uma nova dinastia.

Mas como Seraphina se sentiria a respeito de tudo isso…? Com certeza não ficaria feliz. Eu não suportaria partir o coração de minha esposa por causa de um movimento político. Normalmente, quando alguém se casava com uma mulher de posição obviamente superior, a esposa original passava a ser tratada como uma concubina. Quanta humilhação para Seraphina.

— Sua Majestade, se você diz que sua irmã ainda tem treze anos, então com certeza não há necessidade para pressa. Ela ainda não deve ter feito sua cerimônia de outorga de profissão. Ainda há muito tempo para se esperar…

— Se eu não fosse rei e ainda vivesse na obscuridade, eu teria feito isso, mas agora você é regente. Parece-me natural que nos unamos por laços de casamento.

O que eu deveria fazer? Ele possuía o melhor argumento. Além disso, dependendo da situação, posso ser capaz de usurpar sem despertar ódio por derrubar a família real à força. Isso pode ser um atalho para o meu objetivo.

Ainda assim, como devo explicar isso para Seraphina? Ela com certeza também queria que seu próprio filho fosse rei. Que mulher não gostaria disso?

— De qualquer forma… Sua Majestade acaba de se tornar rei, e eu acabei de me tornar regente… Não precisamos de pressa… Além disso, ainda há muitos na capital que não pensam muito de nós… teremos muito tempo após terminar de subjugá-los.

Isso era um fato. Mesmo supondo que ninguém planejasse um ataque surpresa, havia pessoas nos observando, incluindo os partidários do ex-rei, Paffus VI.

— Muito bem. Por enquanto vamos deixar essa discussão de lado. Mas pense um pouco, Senhor Regente.

— Na verdade, Vossa Majestade, você deveria pensar em se casar.

Hasse tinha esposas e filhos, mas eram irmãs de vassalos ou filhas de lordes com quem havia ficado durante suas viagens, de modo que eram socialmente humildes demais para ser sua esposa oficial.

— Verdade… Mas sua filha ainda é muito jovem e sua irmã é casada. Vejamos, quem seria adequada…?

Bom, fiz ele mudar de assunto.

Na verdade, Seraphina deveria vir de Maust para a capital em breve. Talvez levantasse o assunto casualmente para ver a reação dela…

 

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Como não pude deixar a capital por algum tempo, minha esposa Seraphina chegou com uma dama de companhia. Fleur tinha acabado de dar à luz, então ainda estava se recuperando em Maust.

Como esposa do regente, Seraphina se adornou com o vestido mais chique que já usara. Atualmente não havia mulher mais poderosa do que ela em todo o reino.

— Você parece ainda mais bonito como regente, querido — Seraphina me cumprimentou provocativamente quando a vi.

— Isso pode ser por causa da minha profissão. Parece que ela aumenta meu carisma conforme minha posição se torna mais elevada.

— O que é isso, querido? Você não acha que as pessoas da capital vão rir de mim com isso, não é? — Ela fez um giro na minha frente, seu vestido esvoaçou um pouco. Era como se uma grande flor tivesse desabrochado.

— Ninguém teria coragem de rir de você agora, Seraphina.

— Isso é verdade. Sabe, vir para a capital era o meu sonho, já que minha casa ficava muito longe. Estudei a monarquia, mas colocar esse conhecimento em prática no interior é algo bem diferente de o fazer na capital.

Em vez de se sentir intimidada por essa capital desconhecida, Seraphina parecia totalmente despreocupada. Valente era uma palavra usada com mais frequência para descrever guerreiros, mas também lhe servia bem.

— Seraphina, sei que isso é um tanto repentino, mas há algo que quero te dizer. É sobre política. Um novo problema surgiu assim que cheguei aqui.

— Claro; sou sua esposa. Fico feliz em saber dos problemas do meu marido.

Naquela noite, visitei os aposentos de Seraphina. Primeiro, discuti os planos para exterminar os lordes que se rebelavam contra o novo rei, bem como quem enviar como supervisor para as cidades agora sob meu controle pessoal e assim por diante.

Mesmo diante de coisas para as quais eu meio que já sabia a resposta, Seraphina às vezes fazia sugestões de uma perspectiva diferente, então isso era realmente muito útil. Ouvir sobre a reputação que as pessoas tinham entre as damas da corte era de certa forma útil. Isso era basicamente um indicador a respeito dos modos e sofisticação das pessoas que eu mencionava. Comerciantes locais com poder e excêntricos criativos compunham multidões ao redor da capital. Nomear alguém pouco civilizado como um supervisor resultaria no risco de se tornar alvo da zombaria dos mercadores e na perda de respeito.

— Aquela garota, Kelara, está muitíssimo acima dos demais quando se trata dos velhos costumes. E seus modos à mesa são simplesmente perfeitos — disse Seraphina. — Ainda assim, seria um desperdício de talento torná-la supervisora de uma única cidade.

— Bem pensado. Talvez eu pergunte a Fanneria; ele era um comerciante.

— Mas ele era um comerciante rural. Não acho que poderia lutar com os comerciantes reais da capital.

— Uma avaliação severa. Mas acho que alguém que viveu na capital se sairia melhor em uma competição implacável.

Tivemos uma conversa animada, como sempre. À medida que ela avançava, eu ficava procurando por uma chance de trazer o assunto em minha mente à tona.

— Além disso, Sua Majestade disse algo para mim… algo sobre o qual realmente quero a sua opinião.

— Então agora vem o verdadeiro tópico do dia, hein? Vá em frente, diga.

Percebendo que esta era uma conversa importante, Seraphina até mesmo se inclinou, toda animada. Desejando não ter que desapontá-la, olhei fixamente em seus olhos enquanto explicava a situação. Sem qualquer mudança de expressão, ela olhou nos meus olhos enquanto ouvia.

— E isso foi tudo… Para ser sincero, eu realmente gostaria que ele desistisse disso. Eu já tenho uma esposa.

— Por que isso te incomoda tanto, querido? — perguntou Seraphina, ainda destemida.

É claro. Eu devia ter apenas recusado.

— Você deve aceitar a proposta dele! O poder vai cair no seu colo! — exclamou Seraphina, segurando minha mão com força.

— Hein?! Você não se importa…?

— Eu disse que quero ser a esposa de um herói. Isso não mudará caso seja uma concubina, e também não me tornarei menos poderosa. Na verdade, mal posso esperar para guiar alguém tão jovem.

Isso me convenceu – Seraphina era realmente valente. Seu pai, Ayles Caltis, a chamara de selvagem. Ela poderia ser ainda mais ambiciosa do que eu.

Em seguida, discuti minhas preocupações sobre esse casamento com a irmã do rei. Agora podia me concentrar mais no lado político do que nos sentimentos de Seraphina, o que era um alívio.

— Mas se eu tiver um filho com ela, o seu pode nunca ser rei. Qualquer criança com sangue real estará em primeiro lugar na linha de sucessão.

— Eu já te disse. Se meu filho não foi feito para ser rei, ele não precisa ser — disse ela sem hesitar. — Vou apoiá-lo em seu caminho para se tornar um herói; é por isso que me casei com você. Portanto, deve ser óbvio o que você precisa fazer.

Quando ela colocou dessa forma, a resposta ficou bem clara.

— Você está certa. Os apoiadores de Paffus continuam por toda parte. Até acabarmos com todos eles, seria melhor manter laços próximos com o rei.

Muitas pessoas tiveram o poder de regente. Mas praticamente ninguém conseguiu mantê-lo, já que as pessoas queriam que eles fossem descartados assim que começavam as suas conspirações. Os regentes anteriores foram muito fracos em termos de tropas pessoais, então quando as revoltas estouravam por todos os lugares, não eram capazes de lidar com todas as coisas.

— Certo. Vou dizer ao rei que estou pronto para tomar sua irmã como minha esposa.

— Claro, assim como deve ser. Mas por hoje… — Seraphina se aproximou. — Quero que você faça amor comigo. Tive que esperar tanto tempo durante sua campanha pela capital.

A abracei com muita, muita força.

— Não vou perder para nenhuma garota.

— Eu sei. Também não espero que meu amor por você desapareça.

 

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Quando eu disse que estava pronto para aceitar a sua proposta, Hasse ficou ainda mais satisfeito do que imaginei. E então disse que arranjaria um encontro entre mim e Lumie, sua irmã. Por falar nisso, não me lembrava de ter conhecido uma garota chamada Lumie, já que ela foi colocada em um convento. Se Hasse não conseguisse tomar a coroa, pretendia torná-la uma freira.

Colocando em pratos limpos, estar em companhia de seu irmão poderia colocar a vida dela em perigo. Quanto mais tempo passasse estudando no convento, mais segura estaria. Em qualquer caso, ela estava bem atrás na linha de sucessão, então deixá-la por lá não era um problema.

Claro, minha futura esposa era jovem o suficiente para ser chamada de criança, então o casamento seria uma espécie de formalidade. O Rei Hasse queria tornar seu regente um de seus parentes.

Ela podia até ter sido enviada para um convento, mas ainda era inconfundivelmente da realeza. Fiquei um pouco preocupado com seu comportamento, que poderia ser orgulhoso e terrivelmente arrogante. Se ela reclamasse de mim para seu irmão, Hasse, isso também poderia me criar problemas.

Sentando-me na sala de reuniões, esperei pela sua chegada. Os guardas estariam do lado de fora, mas dentro da sala estaríamos apenas nós dois.

Porém, mesmo chegada a hora combinada, Lumie não apareceu.

Estranho… Ela está se atrasando de propósito, tentando mostrar que está acima de mim?

— Ei, Alsrod, posso sentir a presença de alguém. Há mais alguém nesta sala. Tenho certeza disso.

Pelo visto, Oda Nobunaga podia sentir a presença das pessoas. Mas que profissão legal.

Não pode ser um assassino, não é? Coloquei a mão na minha espada. Se fosse um ou dois, eu era bom o suficiente para resolver tudo.

— Não, claramente não pretende te matar.

A janela estava fechada, mas pensei ter notado as cortinas balançando de forma não natural.

— Tem alguém atrás dessa cortina? — perguntei com cuidado, tentando não assustar.

Depois que chamei, uma jovem com o cabelo cuidadosamente amarrado colocou o rosto para fora da cortina.

— Ah, querido, você finalmente me pegou! — Com um enorme sorriso, ela logo caminhou até mim e abaixou a cabeça. — Como vai, Sua Excelência? Eu sou Lumie, a irmã do novo rei.

Ela ao menos não parecia me temer.

Levantei da minha cadeira e a cumprimentei.

— Prazer em conhecer. Meu nome é Alsrod Nayvil, Marquês de Fordoneria, agora servindo como regente.

— Nossa… Você é um cavalheiro muito alto — gracejou ela, como se estivesse vendo um animal raro. Lumie ficou na ponta dos pés e tentou medir sua altura contra a minha. Eu era uma cabeça mais alto, aliás.

— Não acho que sou especialmente alto para um homem. Talvez seja apenas você que é pequena, Princesa.

— Também pensei que todos os cavalheiros tivessem barbas, mas, pelo que vejo, você não. Na verdade, seu queixo é liso e limpo.

— Sim, os pelos da barba me incomodam, então os raspo.

Essa garota diz coisas estranhas, pensei, um pouco entretido.

— Eu quase nunca encontrava cavalheiros no convento, por isso fiquei com medo. É por isso que estava olhando por trás da cortina. Tentaria correr se você fosse como um orc ou um ogro.

— Não se preocupe; eles vivem apenas nas Terras do Norte ou na fronteira.

Logo pude perceber pelo ritmo de nossa conversa que ela era realmente protegida – muito digna de uma princesa, de fato.

— Além disso, ouvi dizer que no passado você se provou em muitas batalhas, então pensei que talvez fosse um homem bastante bárbaro.

Eu ri alto. Ela era uma garota tão honesta.

— Não vou negar que sou bárbaro. Já até matei pessoas em várias ocasiões. De acordo com os ensinamentos do seu convento, posso ser um terrível patife.

— De forma alguma. — Ela balançou a cabeça. — Sabe, posso dizer se alguém é um patife ou não só de olhar nos olhos. Você tem olhos brilhantes. Então você é uma boa pessoa.

— Talvez eles só pareçam assim porque eu mato sem remorso, não porque sou uma boa pessoa — falei, deliberadamente testando-a.

— Não se preocupe. Pela maneira como brilham, posso dizer que você não é um homem mau. Então você passou. — Lumie de repente se aproximou e me abraçou com força.

— Você pode ser um tanto assustador, mas não é uma pessoa má. Eu serei sua esposa. Mal posso esperar por isso.

— E se eu for secretamente um monstro disfarçado?

— Tenho servido aos deuses por todo esse tempo, então não acho que me deixariam casar com um.

A lógica dela era cheia de furos, mas como disse isso com tanta convicção, eu senti que estava ficando louco.

Era mais como se eu tivesse ganhado uma irmã do que uma esposa. O casamento de faz de conta também pode não ser tão ruim.

— Ah, Sua Excelência, tenho uma pergunta.

— Sim, pois não?

— Você realmente pretende usurpar este reino do meu irmão?

Que pergunta horrível para ser feita na cara.

— Enquanto no convento, ouvi notícias sobre o que está acontecendo, e simplesmente não pude deixar essa sensação de lado. Até as freiras diziam o mesmo…

— Meus pensamentos estão concentrados apenas em derrotar os inimigos do rei.

Lumie me abraçou novamente, sorrindo de orelha a orelha.

— Muito obrigada!

Lá estava eu, mentindo para minha futura esposa no momento em que a conheci; eu provavelmente era um homem mau.

 


 

Tradução: Pimpolho

Revisão: ZhX

 

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