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Trono do Arcanista – Vol. 02 – Cap. 175 – Partida

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O navio de três mastros no oceano era como um monstro escondido na escuridão.

Assim que as duas gôndolas pararam ao lado dele, duas escadas de corda foram baixadas silenciosamente do convés.

— Fiquem quietos — Tom sussurrou para os aprendizes.

Ainda eram adolescentes. Agora, de repente, se sentiram muito nervosos. Estavam bem cientes do fato de que o que estava esperando por eles era ou o país das maravilhas ou a forca.

Então, Tom se virou para Lucien:

— Eu preciso ir no navio para checar primeiro. Depois que eu me certificar de que o navio está seguro, você os organiza para subir na escada. Tudo bem?

— Sem problemas. — Lucien assentiu: — Tenha cuidado.

Tom, que era um cavaleiro de segundo nível, deu um tapinha no ombro de Lucien, agarrou a escada e rapidamente entrou no navio como uma sombra.

Ninguém nas gôndolas disse uma única palavra. Eles esperavam silenciosamente pelo sinal de Tom.

Depois de um tempo, Tom deixou cair um lenço branco sobre o corrimão do barco em que Lucien estava. Esse era o símbolo que combinaram — era seguro.

— Sprint, Katrina, vocês dois vão primeiro, — ordenou Lucien com calma.

A existência de um feiticeiro acalmou os aprendizes e também os encorajou. Um por um, começaram a subir secretamente.

— Então, Oimos e Heidi, — Lucien se virou e disse para eles. Ouviu que o adolescente de cabelo castanho, Oimos, era talentoso no nível de poder espiritual, mas Lucien nunca prestou muita atenção nele já que o garoto adolescente estava sempre muito quieto.

Enquanto Oimos caminhou até a frente da gôndola e começou a subir de maneira rápida e estável, Heidi estava tendo um pouco de dificuldade para fazer isso.

O vento feroz do oceano sacudia a escada implacavelmente. Ela não se atreveu a olhar para cima ou para baixo, e sentia que o oceano abaixo de seus pés estava rugindo para devorá-la. Ela queria gritar, mas não conseguia.

Lucien ficou apenas assistindo. Ele queria que Heidi experimentasse e realizasse a tarefa sozinha.

Heidi estava totalmente exausta quando finalmente chegou ao convés, mas, lembrando-se do que acabara de acontecer, seu coração estava cheio de orgulho e coragem.

Quando todos os aprendizes estavam a bordo, Lucien pegou sua mala preta na mão esquerda e usou a mão direita para agarrar a escada, subindo rapidamente e chegando ao convés. Seguindo a orientação de Tom, os aprendizes a bordo rapidamente se esconderam.

— Bom trabalho, Evans. — Tom e um marinheiro de pele escura foram até Lucien.

Lucien acenou para eles e os seguiu até as cabines sob o convés. Ao descer as escadas, um cheiro insuportável de suor misturado com outros odores sufocou Lucien. Estava escuro demais, e a única luz no espaço vinha da vela que o marinheiro estava segurando.

Neste momento, outros dois marinheiros apareceram em um canto.

Todos os aprendizes e até mesmo Lucien ficaram subitamente muito nervosos.

Justo quando Lucien estava prestes a lançar Enfeitiçar Pessoas, independentemente dos círculos do poder divino para detectar magia no navio, os dois marinheiros andaram até eles e acenaram para Tom.

— Tudo certo? — perguntou Tom.

— Sim, como sempre. — Os dois marinheiros se afastaram para o lado para deixá-los seguir em frente.

Vendo que Lucien e os outros aprendizes estavam bastante confusos, Tom sorriu e disse em voz baixa:

— Eu sou o contramestre aqui.

Os adolescentes ficaram ainda mais surpresos.

— Há muitos círculos de poder divino no navio do Visconde Wright, e até mesmo pastores. — Tom explicou: — Se o navio fosse totalmente estranho para mim, como eu poderia providenciar comida e água para vocês? É uma viagem que durará quase um mês…

Assim como seu nome sugeria, o Estreito Tempestuoso que eles iam atravessar não era muito largo. No entanto, trovões e raios, juntamente com as ondas furiosas e o vento, muitas vezes impediam que um navio continuasse em sua velocidade máxima e, às vezes, tinha até que parar para esperar por uma condição melhor.

Embora muitos feiticeiros tentassem descobrir por que o estreito era cheio de trovões, relâmpagos e ventos fortes, nenhuma conclusão foi feita ainda.

Ouvindo isso, Lucien pôde ter uma ideia do quanto a frota mercantil do Visconde Wright tinha sido influenciada por Granneuve, que era predominantemente responsável pelo mercado de trabalho em Sturk. Lucien estava pensando se o visconde, como um grão-cavaleiro, estava ciente desse problema.

Então, seguindo Tom, Lucien e os outros aprendizes chegaram à seção de carga, que ficava no segundo andar abaixo do convés do navio e estava cheia de cheiros variados e nojentos.

Em um canto secreto, no entanto, havia uma fileira de cabines muito pequenas e estreitas, que não pareciam ter sido originalmente construídas para as pessoas morarem ali, mas agora estavam relativamente limpas e havia redes dentro.

— Cada dois aprendizes dividirão uma cabine. O senhor Evans terá sua própria cabine, — disse Tom. — Vocês não podem sair deste andar durante a viagem. Nenhuma magia, e apenas a meditação é permitida. Quando vocês andarem por aí neste andar, tenham cuidado, porque de vez em quando alguns marinheiros vão descer e verificar a carga. Quando chegarmos a Holm, o sofrimento será recompensado.

Depois que Tom saiu, os aprendizes voltaram para suas cabines com algumas velas.

Layria e Heidi dividiram uma cabine. Assim que abriram a porta da cabine, as duas meninas trocaram um olhar animado, e então notaram que Anakin estava passando. — Ei, Anakin! Você ouviu que não podemos usar magia no navio, não é? — perguntou Heidi animadamente.

— Sim, claro. — Anakin assentiu: — Todos nós temos que ter isso em mente, ou estaremos em grandes apuros.

— Quero dizer… nós finalmente podemos descansar da prática contínua das conjurações! — Heidi levantou alegremente uma das sobrancelhas.

— E dormir tarde! — celebrou Layria.

— Nós… nós ainda deveríamos praticar… — Embora ele estivesse dizendo isso, Anakin também sorriu de alegria.

— Do que vocês três estão falando? — Veio uma voz familiar e gentil.

— Nada… Sr. Evans. — Os aprendizes se curvaram apressadamente para Lucien, mas sorrisos ainda cobriam seus rostos.

Lucien assentiu com a cabeça.

— Já que não podemos praticar conjuração agora, vamos trabalhar em alguns exercícios. Amanhã à tarde, Arcana e magia básica.

— O que… — O sorriso no rosto dos três aprendizes desapareceu totalmente em um segundo.

Embora Lucien estivesse planejando ensinar os aprendizes mais coisas no navio, sua agenda ficou completamente bagunçada devido à realidade. Depois que o veleiro voltou ao cais e depois navegou em direção ao Estreito Tempestuoso, juntamente com os outros navios da frota, tanto Layria quanto Heidi sofreram com o enjoo e a situação piorou quando entraram no estreito.

Layria e Heidi não estavam sozinhas nessa situação, e nem mesmo Sprint e Katrina escaparam. A maioria dos aprendizes estava enjoado e muitas vezes vomitava nas cabines.

Surpreendentemente, porém, o magro e sempre silencioso Oimos parecia estar bem.

Felizmente, os vários escravos surdos e mudos enviados por Tom, que eram responsáveis ​​por trazer comida, água e frutas, também limpavam o vômito.

Nesse dia, Lucien e Anakin estavam escondidos entre algumas caixas de madeira e conversavam sobre a construção de modelos mágicos.

Durante o intervalo, Anakin perguntou, preocupado:

— Quando você acha que Layria e Heidi vão melhorar, Sr. Evans?

— Talvez daqui a alguns dias. — Lucien estava encostado em uma das caixas de madeira para manter o equilíbrio enquanto o navio tremia ferozmente devido à tempestade. — O poder espiritual pode ajudar, bem como o óleo de ervas enviado por Tom. Eu acho que já estão melhorando, não estão?

Quando Anakin estava prestes a responder, sua boca foi rapidamente coberta por Lucien. A vela deles também foi apagada pelo feiticeiro.

— Shoo… Há alguém aqui, — sussurrou Lucien.

Anakin assentiu. Através do espaço entre duas caixas de madeira, veio a voz de um jovem:

— Minha amada Chely, você é meu sol! Sem você, estaria em trevas infinitas, e nem as orações poderiam me salvar!

— Jacques, eu também me sinto assim! — Em seguida, veio a voz doce e gentil de uma dama: — Porém, recentemente meu pai está sempre por perto e as empregadas também estão me observando de perto…

Lucien relaxou um pouco. Eram apenas dois amantes.

— Eu não entendo, Chely. — O jovem parecia triste. — Por que o visconde quer que sua filha vá até Holm para estudar em um convento… Há muitos deles em Sturk!

O visconde… o Visconde Wright? — Lucien ficou bastante surpreso. — O visconde está neste navio?

Então, os trovões aterrorizantes começaram a soar novamente.

 


 

Tradução: Vermillion

Revisão: Barão

QC: Bravo

 

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