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Trono do Arcanista – Cap. 102 – O Pai de Silvia

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Embora Lucien tivesse completado a serenata chamada Para Silvia e tivesse dado a folha contendo a música para a princesa, ele ainda tinha autorização para ir na biblioteca de Natasha ler os livros, com a permissão dela. Ela estava torcendo para que as obras clássicas da literatura pudessem inspirá-lo a produzir mais obras excelentes.

Assim, toda terça e quinta-feira, Lucien chegava duas horas mais cedo do que o combinado para ler alguns livros e, em seguida, se encontrava com a princesa.

— O que você está fazendo aqui? — Bake estava passando pela biblioteca depois de traduzir por um bom tempo, e ele perguntou a Lucien com curiosidade.

— Eu estou fazendo anotações, — respondeu Lucien brevemente, — para consultas futuras.

Na verdade, não havia nenhuma necessidade de Lucien fazer qualquer anotação, já que a memória perfeita de Lucien surpreendeu Bake algumas vezes nos últimos dois meses. Lucien estava um pouco preocupado que Bake pudesse relatar isso para a princesa ou a outras pessoas. A fim de atrair menos suspeitas, Lucien precisava fazer algo para justificar a sua grande memória.

— Posso dar uma olhada em suas anotações? — Bake perguntou.

— Claro. — Lucien empurrou uma pilha de anotações em direção ao estudioso.

Bake pegou algumas páginas e as analisou.

— Interessante. Eu nunca vi ninguém fazer anotações assim. Parece que você está seguindo uma ordem temporal, desde a Era das Trevas até o Calendário Santo, mas você também escreveu as muitas histórias de uma forma biográfica.

— Sim, para servir ao meu propósito. — Lucien concordou. — Para mim, as histórias são mais valiosas como recursos me fornecendo inspiração do que uma mera cronologia histórica, embora a época delas ainda seja importante.

— Entendo, — Bake disse a Lucien. — Não me admira que você tenha essa memória tão boa. Fiquei muito surpreso com o quão rápido você conseguia memorizar todas essas coisas. Na verdade, este método pode ser uma maneira totalmente nova de recordar os momentos históricos.

— Ah, obrigado, Sr. Bake. — Lucien pôs um sorriso em seu rosto, sabendo que na verdade o crédito não era dele. Ele apenas emprestou aquele método de algum outro lugar de seu mundo original.

— Parece que você está se tornando um historiador agora, Lucien. — Enquanto eles estavam conversando, Natasha entrou na biblioteca.

— Alteza, — Lucien e Bake a cumprimentaram ao mesmo tempo.

Natasha puxou Lucien fora da sala com um grande sorriso no rosto.

— Parece que Silvia gostou da serenata, não foi? — Lucien também sorriu.

— Oh meu Deus! Gostou? Ela amou! — Natasha estava animada. — Silvia não deu uma festa de aniversário ontem a noite, mas ela disse que a serenata foi o seu melhor presente.

— Fico feliz que as senhoras gostaram, — disse Lucien.

— E eu não menti para Silvia. Eu disse a ela que Para Silvia foi uma obra sua. — Os olhos de Natasha estavam brilhando de alegria. — Silvia agradeceu muito o seu esforço, e ela quer convidá-lo para o jantar hoje à noite, na casa dela.

— Eu aprecio a gentileza de Silvia, mas não é necessário… — Lucien estava um pouco hesitante.

— Vamos lá, Lucien. — Natasha insistiu, — Eu não quero desapontar a Silvia. Vai ser só um pequeno jantar em família. Só Silvia, o pai dela, Camil e eu vamos estar lá.

— Bem, é que… — Lucien coçou a cabeça um pouco, — eu achei que a Silvia ficaria brava comigo. Você sabe, afinal, eu estava sendo o seu escritor fantasma.

— Não se preocupe. Silvia é sempre doce e atenciosa. É por isso que eu a amo tanto. — Natasha não desistiu, — Ela sabe que eu não sou boa em música na temática de amor, e ela ainda agradeceu o meu esforço de praticar a serenata e tocá-la para ela em seu aniversário.

— Tudo bem. — Finalmente, Lucien assentiu.

Às sete da noite, em uma casa amarelo-claro de dois andares no Distrito Gesu que era a moradia de Silvia.

Havia alguns tipos de flores resistentes ao frio ainda florescendo no jardim.

— Bem-vindo, Lucien. — Silvia e seu pai estavam esperando por ele.

— A princesa e a senhora Camil estão na sala de estar, — disse Silvia, que usava um longo vestido branco, com seu cabelo longo e bonito pendendo de seus ombros. Silvia seria a mulher dos sonhos da maioria dos homens.

Lucien deu um pequeno presente para Silvia e disse:

— Feliz Aniversário! — Em seguida, ele cumprimentou o pai de Silvia, o Sr. Deroni.

O Sr. Deroni estava vestindo um terno preto. Embora o bigode preto o fizesse parecer um pouco velho e sombrio, Lucien ainda poderia dizer que o Sr. Deroni devia ser muito bem-apessoado quando era jovem. No entanto, Lucien se sentiu um pouco estranho quando viu o pai de Silvia pela primeira vez, mas ele não soube o porquê.

— Boa noite, Lucien. — Deroni o cumprimentou ligeiramente com um aceno de cabeça. — Apesar de ambos vivermos em Gesu, nunca nos vimos antes. Você é ainda mais jovem do que eu pensava, — disse ele enquanto conduzia Lucien para a sala de estar.

Antes de jantar, os cinco conversaram casualmente. O Sr. Deroni começou a perguntar a Lucien sobre a serenata em D.

— Estamos realmente ansiosos pela a versão completa dela, — disse Deroni.

— Na verdade, eu já terminei, — respondeu Lucien. — É um quarteto com outros três instrumentos.

— Impressionante. — Natasha piscou para Lucien, — Eu espero que você possa tocar tanto ela quanto Para Silvia no baile do ano novo. Então, eu poderia… você sabe, aquilo.

Lucien sabia do que ela estava falando. Natasha ainda estava esperando por uma chance de recompensá-lo com uma mansão. Infelizmente, Lucien preferia a espada de cavaleiro do que uma mansão.

— Já que Para Silvia é uma obra musical pessoal, eu não acho que eu deveria tocá-la no baile de ano novo, entretanto, — Lucien disse.

— Por que não? — disse Silvia com uma voz suave. — É uma obra musical sua, de qualquer maneira, e é muito bonita. As pessoas deviam ter a oportunidade de apreciá-la. A única coisa que talvez você queira mudar é o nome da serenata, ou as pessoas iriam pensar que você está me cortejando.

— Eu não me importo. — Natasha deu de ombros e sorriu, — Afinal, a maioria dos músicos da associação que ainda estão solteiros está cortejando você. Aliás, Lucien, antes de você chegar nós estávamos falando sobre poemas e contos de diferentes lugares do ducado. Eu sei que você é um especialista, então talvez você possa nos ajudar aqui.

— Especialista? — Deroni pareceu surpreso.

— A princesa está apenas brincando. — Lucien acenou com as mãos, — Eu na verdade li alguns livros relacionados ao tema recentemente, mas estou nem perto de ser um especialista.

— Não seja tão humilde, Lucien. — Natasha riu, — O Sr. Deroni é um empresário muito bem-sucedido e também o diretor da Associação Comercial. Ele tem viajado muito pelo continente, e nós estávamos discutindo sobre um dos poemas populares que ele ouviu antes.

— Sobre o que é ele? — perguntou Lucien com um pouco de curiosidade.

— Bem… muitas pessoas não conhecem este poema. — Deroni apoiou o queixo na mão, — Mas a cena descrita no poema é muito singular. Gostaria de saber onde e quando esse poema se originou e o que aconteceu naquela época.

Então, Deroni começou a recitar lentamente o poema:

“Quando o sol, no Palácio de Thanos entrou,

Caíram do céu esferas flamejantes,

A terra rachou como nunca antes,

A cidade e a torre, deveras lancinantes,

Em cinzas e ruinas, transformou.

As cinzas, a tudo cobriam,

Da terra aos céus, empalideciam,

E na escuridão de um abismo vivia,

O diabo, que lá se escondia.

Olhe, olhe! A água vermelha chegou até os lábios.

…”

— Como você pode ver, Lucien, — Natasha comentou, — o poema não é retórico, mas o que ele descreveu é muito estranho. Até onde eu sei, o Palácio de Thanos é o nome de uma posição específica do sol, onde um cenário único ocorre.

Além da interpretação de Natasha, Lucien se lembrava que, de acordo com a literatura que ele leu, Thanos era também o nome de um magistrado-chefe do antigo império mágico, que era conhecido como o “Rei do Sol”, havendo até uma constelação em sua homenagem.

 


 

Tradução: Vermilion

Revisão: Barão

 

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