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Super Minion – Cap. 25 – Preparação para Cozinhar

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À prova de fogo não é à prova de calor. Algo para manter em mente no futuro.

Para compensar a falta de uma frigideira, tentei envolver minhas mãos no produto químico à prova de fogo que encontrei em meu terno e no suor de Ifrit, mas o fogão usa uma bobina de calor para transferir o calor para as frigideiras. Carne não transfere calor muito bem, e quando minhas mãos atingiram uma temperatura alta o suficiente para iniciar reações químicas, elas falharam com as microunidades, que se autodestruíram. Isso, por sua vez, despejou um monte de pó e carne nas bobinas de calor, o que iniciou um pequeno incêndio. Principalmente os óleos e a gordura do tofu, esses demoraram para queimar. A próxima tentativa foi segurar o burger sobre as bobinas com uma faca, mas as bobinas parecem apenas transferir calor por meio de objetos sólidos, e colocar o burger diretamente nas bobinas apenas iniciou outro incêndio. Desisti e liguei para Mikey depois que um “vizinho” veio ver se estava tudo bem.

Admito que posso ter sido um pouco precipitado ao tentar cozinhar os burgers sem uma frigideira. Os burgers de tofu eram mantidos congelados na loja, e eu temia que estragassem antes de eu conseguir comprar uma frigideira para mim (a sacola diz para manter refrigerado até o uso). Não precisava me preocupar, um dos dispositivos da cozinha era uma caixa de armazenamento frio chamada “geladeira”, um fato que um Mikey confuso apontou quando expliquei o que aconteceu e por quê. Preciso de uma boa desculpa para explicar por que sou tão ignorante dos objetos e termos humanos comuns. Vou pensar nisso depois.

 

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Pelo menos a atenção de Mikey foi um pouco desviada de minha ignorância quando lhe contei o endereço. Ele insistiu em usar os elevadores para chegar até mim, já que minha residência atual era aparentemente em um “bairro violento”. Eu o encontrei na base, no corredor do elevador, já que ele precisaria de um cartão de acesso para usar o elevador do apartamento. Ele saiu de seu elevador normal com uma sacola que presumi conter a frigideira de que eu precisaria.

— Hey, Tofu. Pela sua descrição, eu esperava que você estivesse mais crocante.

— Eu já regenerei o dano.

— Oof, eu estava brincando. Então você realmente se fritou? Deve ter doído.

— Extremamente.

Mikey parou de se mover e piscou para mim.

— Entããão… por que você faria isso? — ele perguntou.

— Porque eu queria fazer um tofu burger.

Longos momentos se passaram em silêncio enquanto esperávamos pelo elevador, Mikey olhando para mim o tempo todo. Na verdade, começou a ficar um pouco desconfortável. Felizmente o elevador chegou e fez Mikey parar. Infelizmente, isso o levou a começar a fazer mais perguntas.

Por um lado, gosto das perguntas de Mikey porque tendem a apontar falhas no meu disfarce que preciso tomar nota. Por outro lado, Mikey às vezes é muito perceptivo e muitas vezes chega perigosamente perto de fazer perguntas que nunca quero ter que responder. É bom que eu tenha adquirido muita prática em desviar a atenção do assunto principal da conversa. Eu odiaria ter que matá-lo.

Terminando nosso passeio de elevador (durante o qual eu o deixei saber que sim, eu posso desligar meus receptores de dor, e não, eu não sou um “masoquista”), eu o conduzi pelos corredores até meu apartamento. Passamos por outros residentes e nos esquivamos de crianças brincando, enquanto eu explicava a ele que os receptores de dor são uma importante ferramenta de combate e que desligá-los é uma má ideia.

— Realmente, eu acho, mas se você não está lutando contra ninguém e suas mãos já estão em chamas, não seria um bom momento para desligá-los? — apontou Mikey.

— Uh… — Admito que não consegui pensar em um contra-argumento a essa lógica. Apenas não me ocorreu de desligá-los. Dor era apenas outra sensação antes de eu obter o Humano.exe, e depois… bem, acho que já estava acostumado com isso. Houve muitos testes no laboratório. E, além disso, eu não ia deixar um pouco de dor me impedir de aprender a cozinhar tofu burgers.

Chegamos ao meu apartamento e entramos. Fiquei feliz em descobrir que o alarme irritante finalmente desligou, embora o apartamento ainda cheirasse um pouco a fumaça.

— Whoa, cara. Abre uma janela, sei lá.

Ok, talvez muito a fumaça.

Mikey se dirigiu para o canto da cozinha quando abri a janela novamente. Então ele tirou uma frigideira da sacola que trouxe e, surpreendentemente, muitos outros itens. Uma pilha de pratos de papel, colharfos de plástico como as do refeitório da escola e alguns guardanapos.

— Cara, estou feliz por ter trazido pratos. Você disse que se mudou recentemente, mas está super vazio aqui. Ainda não trouxe suas coisas?

— Eu não tinha nada para trazer. Eu mantenho todas as minhas coisas comigo.

Mikey me lançou o mesmo tipo de olhar que Sandra fez quando descobriu que eu era um “sem teto”. Então ele virou de volta para os suprimentos e se ocupou em organizá-los.

— Entããão… você sabia que alguns dos outros minions fazem apostas sobre você? — perguntou Mikey.

— Sobre o quê?

— De onde você é.

Uh oh.

Tentei desviar a questão — … querem saber o setor?

— Pft, não cara. Eles estão apostando em como você entrou para a vida mascarada. É meio óbvio que você está acostumado com esse tipo de coisa, ninguém é tão casual sobre andar por aí com tantos supers e criminosos. Tipo, se você estava tentando esconder, você não fez um trabalho muito bom — ele terminou de colocar os ingredientes e suprimentos em ordem, então se virou para mim:

— No momento, a maior aposta é que você é filho de um vilão.

Alívio. Eles estavam um tanto errados em seus palpites. — Essa é uma aposta ruim. Poderes não são hereditários, pelo que sei.

— Foi o que eu disse, embora Tedic esteja convencido. Se importa de me dar informações exclusivas? A aposta está bem alta agora.

— Hmm…

Mikey sorriu e ergueu a mão em um gesto de parada — Não diga mais nada. De qualquer forma, deixe-me mostrar a você como fazer um burger sem a parte de auto-imolação.

Mikey começou a cozinhar dois tofu burgers do início ao fim. Parecia bastante simples, embora eu achasse um tanto angustiante que ele não seguisse uma receita. Ele até acrescentou alguns ingredientes que não foram mencionados em nenhuma das receitas que encontrei. Ele afirmou que cozinhar é uma forma de arte e que é preciso prática para encontrar o seu próprio estilo. Esta parte eu entendi completamente, era semelhante às artes marciais e a desenvolver um estilo de combate adequado às suas habilidades.

Os burgers de Mikey não eram como os de Maggie, mas ainda eram saborosos. Cozinhei o resto dos burgers que comprei, alguns com o método de Mikey, alguns com a receita e alguns com algumas modificações que achei que seriam boas (Mikey criticando hipocritamente meu uso de açúcar extra nesses burgers). Assim que terminei, sentamos e comemos e, pela primeira vez, Mikey realmente comeu uma quantidade decente, comendo pelo menos um terço do que eu comi.

Mikey terminou seu último burger, arrotou e se encostou no balcão da cozinha. — Cara, eu realmente não percebi como estava com fome até que senti o cheiro.

— Bem, você não almoçou, afinal. Você realmente deveria comer mais.

— Você parece minha avó — Mikey riu.

— Estou falando sério. Você nunca sabe quando algo vai acontecer. Você não gostaria de estar com pouca energia nesse caso.

— Pft, se eu me empanturrasse como você, ficaria muito inchado para conseguir correr. Embora eu deva admitir que não esperava que tanta merda acontecesse durante o trabalho. Não posso acreditar que ainda é quarta feira. Aquele trabalho com a explosão foi no domingo, mas parece que aconteceu tipo ano passado.

— Talvez sua escala de tempo interna esteja com defeito?

— Não, seu idiota. É que é tanta coisa maluca — ele suspirou e deixou tombar a cabeça para trás — Estou começando a pensar que este trabalho pode ser um pouco mais do que eu posso mastigar.

— Uh, dê mordidas menores?

Mikey revirou os olhos — Quero dizer, este trabalho pode ser mais do que eu posso suportar. Estou muito grato por você ter me ajudado a consegui-lo, não me entenda mal, mas estou pensando em sair.

— Você correu risco de morrer?

— O quê? Não. Mas chegamos bem perto disso algumas vezes  com os heróis, cara. Domingo foi Turbo, hoje Brick, e você até lutou com Magenta. Você basicamente deu de cara com todos os três heróis de E13 em um período de quatro dias! Isso é loucura!

— Eu também encontrei três dos heróis de E12.

— Viu? Achei que os heróis iriam aparecer eventualmente, mas essa frequência é simplesmente ridícula! Nunca passaremos pelo Verão Bizarro sem sermos presos.

— Não parecia tão ruim quando eles me levaram para a delegacia em E12. Ficamos lá apenas algumas horas e eu até pude comer donuts.

— Cara, isso mal conta, não foi uma prisão de verdade. E sem ofensa, mas você tem poderes e eu não. Duvido que os advogados de Hellion sejam tão rápidos quando estiverem apenas tentando liberar alguns minions sem poder como eu. Estou basicamente sozinho se for preso.

— Vou tentar te ajudar.

Ele revirou os olhos, mas murmurou:

— Valeu.

Eu considerei suas preocupações. De fato, estávamos encontrando supers regularmente, mas eu achava que essa era a norma, especialmente considerando a descrição do trabalho. Coincidia com minhas experiências depois de escapar do laboratório, pelo menos. Além disso, os heróis nem mesmo tentariam matá-lo, apenas vilões, vigilantes e monstros tentaram fazer isso. Outros vilões eram na maioria das vezes intimidados por Hellion, vigilantes eram raros e monstros eram um risco, não importa o que você fizesse.

Para ser justo, ser preso era provavelmente uma preocupação muito maior para Mikey do que para mim. Eu não tinha posição social a defender e minhas próprias habilidades provavelmente facilitariam uma fuga, mesmo sem ajuda externa. Os capangas de Hellion não me pareciam o tipo de organização para voltar atrás em suas palavras, mas se de fato removessem o apoio dos advogados, Mikey correria muito mais risco do que eu.

— Você tem razão. Pode ser inteligente parar agora.

Mikey pareceu um pouco surpreso com minha repentina proclamação:

— Você acha? Eu meio que pensei que você estava bastante entusiasmado sobre isso.

— Bem, para mim este trabalho é perfeito. Provou ser lucrativo e os benefícios neutralizam minhas maiores preocupações, mas sua situação é diferente. Você tem que medir o risco em relação à recompensa.

Ele cerrou os dentes — É, é provavelmente por isso que estou tão indeciso sobre isso. O pagamento é bom. Mais alguns trabalhos como o anterior e terei todo o primeiro ano pago, não apenas um único semestre. Mas se eu for preso mesmo uma só vez.

Hmm, uma possibilidade de grande retorno, mas com chance de desastre total. Pessoalmente, eu nunca faria tal aposta, mas não conhecia muitos empregos que dariam o pagamento necessário para esse avanço de faculdade que Mikey tanto priorizava.

— Um trabalho com os heróis seria uma opção melhor para você, talvez?

Mikey zombou — Central só aceita pessoas com poderes, cara, e as posições de não-herói são basicamente disputadas com unhas e dentes. Ririam de mim por tentar.

Hmm, isso era realmente um problema. Mikey tinha poucas habilidades de combate. Talvez se ele treinasse com Adder com mais frequência, seria capaz de lutar “com unhas e dentes” antes do fim do verão. Porém eu teria que ter certeza que ele não perderia nenhuma sessão.

Limpamos os suprimentos da cozinha (Mikey me deixou ficar com os utensílios e a frigideira) e estávamos nos preparando para ir para o elevador quando a “campainha” tocou.

— Esperando alguém? — perguntou Mikey.

— Não, mas pode ser um dos vizinhos novamente.

E uma ameaça não usaria a campainha de qualquer maneira. Eu verifiquei pelo “olho mágico” (um pequeno dispositivo inteligente, eu estava feliz que eles fossem padrão), mas era apenas Cindy. Abri a porta para ver o que ela queria.

— Olá Cindy — eu cumprimentei.

Ela piscou quando o ar do meu apartamento a atingiu e deu algumas cheiradas no ar. Confesso que ainda cheirava a fumaça, apesar da janela aberta. Surpreendentemente, quando ela falou, sua voz não estava tão rouca como eu estava acostumado.

— Tofu. Você está tendo problemas com fogo?

— Não, só estou tentando aprender a cozinhar. Alguns dos resultados foram queimados.

— Hmm. — Seu olhar penetrante vagou entre Mikey e eu por um tempo, então ela disse:

— Bem, não incendie o apartamento — e me entregou um pequeno dispositivo vermelho, basicamente um cilindro com algum tipo de bico/alça no topo. Então, sem outra palavra, ela se virou de repente e foi embora.

Fui colocar o aparelho na cozinha (um “extintor de incêndio” se eu estava lendo o rótulo corretamente), quando Mikey falou. Ele parecia um pouco… atordoado?

— Hey, Tofu. Quem era aquela?

— Era Cindy — eu respondi, usando seu nome civil, pois ela não estava usando uma máscara.

— Oh, uh, de onde você a conhece? Uma vizinha?

— Sim, mas eu a conheço do trabalho.

— Oh. Oh! Então ela trabalha para CH huh? Não a vi por lá.

— Bem, nós usamos máscaras.

— Heh, verdade. Mesmo assim, acho que me lembraria de uma gata como essa, com ou sem máscara.

Mikey continuou a agir um pouco estranho, murmurando para si mesmo sobre desistir ou não. Chegamos ao elevador e ambos entramos, colocando nossas máscaras antes de fazê-lo.

— Você também está indo para a base, Tofu? Para quê? — perguntou Mikey.

— Eu quero perguntar a um dos tenentes se eles têm um lugar para praticar tiro ao alvo.

— Como um campo de tiro?

— Talvez, mas não para arma. Sandra diz que minions não devem usar armas, por vários motivos.

Peguei a arma que havia tirado do Tinker Tot de quatro braços.

— Eu estava pensando em estilingues.

 

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No final das contas, não havia um “campo de tiro” dedicado, mas havia uma sala muito grande com muitos alvos duráveis colocados na extremidade. Parece que era usada principalmente por minions com poderes para prática de tiro; as paredes e os alvos estavam perfurados e marcados com várias marcas de explosão.

Mikey me seguiu até a sala de tiro ao alvo, apesar da hora tardia, aparentemente curioso para saber o que eu faria com um “estilingue fraco”. Sinceramente, não era o estilingue em si que me importava tanto, mas seu conceito. Entre armas, facas de arremesso e algumas outras armas que pesquisei, como “arco” e “besta”, o problema com todos eles era que exigiam munição especializada. Armas eram as piores infratoras, exigindo metal esculpido em uma forma específica com pólvora explosiva ajustado corretamente. Minhas poucas tentativas de criar um lançador de projéteis funcional fracassaram ou quase explodiram meus braços. As microunidades infelizmente se agarraram ao pó que eu produzi e o tornaram bastante instável em comparação com a coisa real. Comprar as balas era uma possibilidade, mas era caro! De acordo com Rattleback, uma única caixa de cinquenta balas pode custar mais de mil dólares, não por causa do custo de produção, mas porque eram rotuladas como contrabando altamente ilegal pela Central.

Arcos eram uma opção muito melhor, mas mais uma vez a munição era um problema. Espigões ósseos de tamanho e peso corretos para “flechas” eram facilmente produzidos, mas uma vez lançados, as microunidades rapidamente se autodestruíram, transformando as flechas em pó. Meu melhor resultado foi de até seis metros mais ou menos, após o que os fragmentos e o pó resultantes provavelmente não resultariam em ferimentos fatais. Bom para suprimir humanos normais, talvez, não tanto para mutantes ou supers.

Mas um estilingue não requer munição específica. O conceito era parecido com o do arco, mas a força estava na elasticidade da corda, e não no formato da munição. Isso significava que eu nunca ficaria sem munição. Se eu ficasse, poderia pegar pequenos pedaços do meu ambiente (cimento, vidro, metal, qualquer coisa!) e lançá-los. Sem grandes transformações, sem pagar dinheiro e facilmente preparado na hora. Versátil. O único requisito era uma corda elástica que pudesse lidar com as forças que planejava usar e, felizmente, minhas micro unidades poderiam lidar com essa tarefa facilmente.

Testei o estilingue algumas vezes com algumas pedras que guardei e pedi a Mikey que tentasse algumas vezes apenas para ter certeza de que não estava deixando passar algo óbvio. Nada demais, apenas um elástico e um pouco de mira necessária. A próxima etapa era começar a testar diferentes materiais orgânicos. Comecei a me transformar ao longo de um braço, pretendendo arrancar um tendão para começar, quando de repente Mikey protestou.

— Agh cara, me avise da próxima vez que for fazer isso. Não quero perder minha janta.

— Qual é o problema?

— Isso que você está fazendo com o braço é o seu poder, certo? Sem ofensa, mas parece muito nojento. Como uma cena de ‘A Coisa’.

Eu não tinha ideia do que ele estava falando, embora sua reação fosse surpreendentemente forte. Pensando bem, percebi que os únicos humanos que realmente viram minha transformação de perto foram Magenta e os humanos que eu tinha matado. Eles também foram avessos à natureza da minha transformação? Talvez, mas eu não tinha certeza se as reações eram de nojo ou medo devido às circunstâncias. Se os humanos reagissem adversamente à minha transformação, eu teria que considerar isso no futuro.

— É tão ruim assim?

— Bem… meio que sim. Odeio dizer isso, mas parece meio que mutavus em avanço rápido. Tivemos que assistir a um vídeo disso uma vez na aula sobre Mutavus.

Não é muito surpreendente. Se mutavus funcionava como descrito, tinha que estar fazendo reconstrução celular de uma maneira semelhante às minhas micro unidades. Os resultados pareceriam muito semelhantes para alguém que não conhecesse a mecânica específica. Ainda assim, melhor me distanciar da ideia de mutação, os humanos eram muito nervosos quando se tratava de mutavus.

— Posso garantir que não é mutavus, é apenas o resultado do meu poder. Você não precisa ficar se isso te deixa desconfortável.

— Não estou preocupado com isso, só que é meio difícil de assistir com o estômago cheio. Você vai fazer muito disso?

— Sim, eu preciso fazer todos os testes de design manualmente.

— Então acho que vou desistir por enquanto, foi um dia longo de qualquer maneira.

— Tudo bem. Te vejo amanhã? Ou você decidiu sair?

— Ah. Hmm. Vejo você amanhã, vou pensar um pouco mais por agora.

— OK. Até mais Mikey, e obrigado pela frigideira.

— Ha, não esquenta, cara. ‘té mais.

 

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No dia seguinte, Mikey e eu ajudamos a distribuir os últimos dispositivos que Socket havia preparado. Foi ainda mais tranquilo do que da última vez. O único evento interessante foi quando nos encontramos com o que aparentemente era um tenente Tinker Tot. Ele estava usando uma máscara muito parecida com a de Socket, com muitos dispositivos extras anexados, bem como uma infinidade de outros dispositivos improvisados presos em torno de si. O que achei estranho foi que estimei sua idade entre treze a quinze anos, e apesar de parecer um tinker, ele também era um mutante. Ao longo da conversa, ele torceu pequenos dispositivos juntos, pequenos pedaços de arame e metal que dobrou em novas formas antes de armazenar em seus muitos bolsos. Eu pensava que ser um tinker era um poder e, portanto, inacessível aos mutantes.

Fred encerrou sua conversa com o Tinker Tot (basicamente um pedido de desculpas de ambos os lados pela “briga” de ontem) e, quando estávamos longe o suficiente, toquei no assunto de um tinker/mutante com ele.

— Achei que mutantes não podiam ser tinkers.

— Quê? Como assim, Tofu?

— O Tinker Tot. Ele estava montando dispositivos, além de usá-los, mas Pebbles disse que mutantes não podem obter poderes.

— Ah, hmm… — ele olhou para trás por onde tínhamos vindo — … talvez ele só tenha praticado? Os Tots trabalham muito com engenhocas e tranqueiras. Ou talvez sua reação benedicci tenha sido mantida depois que sofreu mutação?

— Reações Benedicci podem fazer isso?

— Claro, não seria a primeira vez que benedicci tornou alguém mais inteligente. Mutavus não jogaria isso fora.

— Hmm… — Eu não tinha tanta certeza. A maneira como o Tinker Tot montou aqueles aparelhos tinha sido… como um transe, como se ele não notasse que estava fazendo aquilo. Isso me lembrou muito de Socket em sua oficina.

— Ei, não confie apenas na minha palavra, cara. Não sou nenhum especialista — disse Fred — Coisas mais estranhas do que um mutante com poderes já aconteceram. É chamado de Verão Bizarro por um motivo.

Bem pensado.

 

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Nada mais aconteceu na quinta-feira, e passei o resto do dia testando designs de estilingue. Minha esperança era tornar o lançador compacto e versátil. Se eu conseguisse acertar, ele deveria ser capaz de lidar com vários tipos de munição, além do que quer que eu encontrasse. Eu não tinha desistido completamente das flechas.

Qual será a política sobre granadas…?

A manhã de sexta-feira foi um pouco diferente do normal. Embora eu não tivesse um “trabalho” a fazer, ainda era obrigado a assistir a uma pequena orientação para o próximo trabalho no sábado.

A caminho da orientação, recebi uma mensagem de texto de Nicole, uma ocorrência incomum. Embora ela sempre respondesse às minhas mensagens (eu mandava mensagens sobre Gribblin Tamer com frequência), ela ainda não havia tomado a iniciativa de iniciar uma conversa, embora eu imediatamente entendesse por que ela o fez neste caso.

Nicole: Ei, Tofu? Por acaso você ouviu algo da polícia? Outro corpo de monstro apareceu.

Oh! Outro corpo de bio-arma. Talvez este revele informações mais valiosas.

Tofu: Tenho que ir a uma orientação para o meu trabalho, mas irei aí quando terminar.

Enviei a mensagem e me dirigi para a sala de orientação. Ela mandou várias mensagens de volta dizendo que eu não precisava ir pessoalmente, mas eu fingi não estar prestando atenção nas mensagens e as ignorei. Eu queria uma desculpa para colocar minhas mãos na bio-arma.

Na sala de orientação, encontrei vários outros minions com poderes, Ifrit, Gregor, Olson, Pebbles e vários outros que eu não conhecia, a maioria dos quais eram modelos de combate mutantes. Imp também estava lá, sua máscara vermelha de vilão destacando-se totalmente, e parecia que ele lideraria a reunião.

Assim que os últimos minions a chegarem se acomodaram (todos os minions em máscaras de poderes, surpreendentemente), Imp começou a delinear o próximo trabalho. Este seria um roubo como o anterior, mas neste caso seria durante o dia, num local movimentado, e os civis seriam uma grande preocupação. Aparentemente, esse “assalto a banco” pretendia ser uma operação de alto destaque de propósito, e o vilão que contratou os Capangas de Hellion tinha uma lista detalhada de requisitos que precisavam ser cumpridos. Imp distribuiu maços de papel com detalhes específicos.

As instruções eram… excessivas. A maior parte eram detalhes sobre onde estar e quando, mas também continha detalhes sobre a conduta e o que precisávamos realizar nas diferentes fases do plano. Vários planos de backup foram fornecidos com base na situação, e havia uma seção confusa que detalhava o que fazer se… os “lemingues robôs” escapassem antes do tempo? Normalmente eu teria aprovado um plano tão detalhado, mas a descoberta de que cada minion tinha um conjunto diferente de instruções específicas para eles parecia totalmente imprático. Certamente este “Trebla, o Terrível” compreendia que um plano tão complicado nunca sobreviveria à aplicação, certo?

Imp terminou a reunião, deixando os minions coçando a cabeça em confusão e frustração enquanto quebravam a cabeça com suas próprias instruções específicas. Eu rapidamente memorizei meu maço, antes de ir para onde os outros novatos estavam reunidos. Talvez se eu também olhasse suas instruções o plano fizesse mais sentido?

As reações aos planos foram variadas. Gregor parecia tão confuso quanto eu, Ifrit parecia focada em memorizar os planos com precisão, Olson estava surpreendentemente rindo enquanto lia sobre a seção de lemingues robôs e Pebbles apenas sentou em sua cadeira com a cabeça entre as mãos, resmungando sobre vilões excêntricos. Decidi perguntar a Pebbles sobre Trebla, já que ele parecia tê-lo encontrado antes.

— Ei, Pebbles? Por acaso você poderia me falar mais sobre o cliente?

Os outros novatos se viraram com minha pergunta, também curiosos sobre o que Pebbles tinha a dizer sobre o vilão. Pebbles ergueu a cabeça e suspirou antes de responder.

— Bem, como você deve ter adivinhado, ele é do tipo excêntrico — ele sacudiu seu maço já amassado — tudo que você precisa saber provavelmente está nesse maço de papelestúpido. Mas se é um conselho que vocês querem, tudo o que posso dizer é que se preparem para tédio e caos. Vocês estão prestes a trabalhar para Trebla, o Terrível.

 


 

Tradução: Lodis

Revisão: Mori & Fran

 

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