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Sobre Quando Reencarnei Como um Slime – Vol. 05 – Prólogo – O dia da Ruína

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O lorde demônio Carillon olhou para o céu por um longo tempo, com uma expressão tensa em seu rosto. Muito além, ele podia sentir uma grande bola concentrada de energia mágica voando em sua direção com uma aura tão poderosa que seu dono nem se importou em escondê-la.

Tinha que ser sua companheira lorde demônio Millim. Ela claramente estava pronta para o combate e seu alvo era este mesmo país.

Voando mais rápido do que a velocidade do som, Millim parou bruscamente, exatamente acima do castelo de Carillon. A declaração que se seguiu foi feita em volume ensurdecedor, que se desenrolou assim:

— Ah-ha-haaaa! Eu sou Millim Nava, a lorde demônio! E a partir deste momento, declaro que todos os tratados e acordos feitos entre mim e os outros lordes demônios estão anulados. Isso inclui todo e qualquer pacto feito com o lorde demônio Carillon! Eu também estou declarando guerra contra ele, então que tal nos encontrarmos de novo daqui uma semana? Boa sorte tentando descobrir como lidar comigo. Ahhhhhh-há-há-haaaa!!

Como um lorde demônio e Mestre das Feras de seu reino, Carillon teve uma dor de cabeça só de ouvir essa declaração unilateral.

— O que diabos essa mulher cabeça de vento está pensando?! — Ele ponderou.

Mas poderia pensar nisso mais tarde. No momento, precisava dar ordens para suas tropas partirem.

— Todos os guerreiros do reino, reúnam-se aqui de uma vez!!

O comando foi obedecido rapidamente. Em pouco tempo, toda a Aliança Guerreira do Mestre das Feras, liderada por seus antigos líderes, os Três Licantropos, foi reunida na grande praça em frente ao castelo.

— Meu Senhor — falou a Cobra de Chifres Dourados Albis —, estamos todos presentes, com exceção de Gruecith.

— Certo. — Carillon assentiu com a cabeça sabiamente. Aparentemente, aquele único momento foi o suficiente para ele recompor seus pensamentos.

— Em uma semana, — ele começou a falar gravemente, enquanto seu exército aguardava ansiosamente seu discurso — Millim virá nos atacar. A tola impertinente abandonou todos os acordos feitos com os outros lordes demônios, sem nem mesmo se dar o trabalho de convocar um Walpurgis para tornar essa ação oficial. Isso significa que ela fez de inimigo todos os dez outros grandes lordes demônios que governam seus domínios. Algo simplesmente além da compreensão. Millim sempre foi do tipo que age por impulso precipitadamente, mas pode ser astuta e prudente ao mesmo tempo. Só posso presumir que algo aconteceu para colocá-la em ação.

Ninguém na multidão duvidou dele. Eles podiam ouvir em alto e bom som o nome Millim. Mas tudo parecia tão irreal que muitos deles nem mesmo conseguiam pensar no que responder.

— Então — Albis disse calmamente —, como os outros lordes demônios estão reagindo?

— Frey e Clayman não estão acreditando em nem uma palavra do que ela disse — Carillon respondeu —, Valentine está tão indiferente como sempre, e Ramiris está muito ocupada se gabando de seu “novo tutor” ou qualquer outra coisa para ouvir uma palavra do que eu digo. Meu compatriota Guy não dá a mínima, e imagino que os outros três estejam igualmente desinteressados. Claro, se Millim e eu guerrearmos, eles certamente serão obrigados a acreditar.

Não parecia que Carillon tinha muitos aliados em quem confiar.

— Então a guerra é a única opção, General! — Berrou Sufiam, a Garra do Tigre das Neves. — E quanto a mim, já tenho um ingresso para a primeira fila!

Phobio, a Presa do Leopardo Negro, um homem conhecido por deixar sua paixão pela batalha tomar conta dele, levantou-se.

— Sufia — disse ele —, você só consegue ser tão otimista porque não sabe nada sobre a força da lorde demônio Millim. Deixando o mais claro possível, ela está em um nível diferente de qualquer outra pessoa. Toda a Aliança Guerreira poderia enfrentá-la, só para ser exterminada em segundos.

Sua experiência anterior com Millim deu-lhe motivos para ser cauteloso, adotando uma abordagem mais analítica contra essa ameaça. Para ele, qualquer luta os levaria a uma derrota rápida.

— Fico feliz em te ver agindo com mais maturidade, Phobio. Você conhece o poder de Millim; não tenho razões para duvidar de você. Então, quem acha que é mais forte, Millim ou eu?

Phobio estremeceu com a pergunta repentina de Carllon. Ele levou um momento para se recompor, então olhou seu mestre nos olhos.

— É impossível para mim, Lorde Carrilon, estimar a força total de dois lordes demônios. No entanto, por mais rude que possa soar, consigo afirmar que a lorde demônio Millim faz jus a cada sílaba do seu apelido, a Destruidora.

Ele evitou dar uma resposta direta, mas Carillon conseguiu ler nas entrelinhas muito bem.

— Beleza então! Ela é mais forte do que eu? — Ele deu uma boa gargalhada. — Então, talvez esta seja a oportunidade perfeita para mostrar a todos vocês o quão poderoso o Mestre das Feras pode realmente ser!

Isso, no que dizia respeito a Carillon, poderia ser uma oportunidade de ouro. E ele também não estava confiando muito em seus próprios poderes. Ele sabia, com razoável certeza, que Millim provavelmente era mais forte do que ele. Mas—

— Sabe, no final, se eu fugir com o rabo entre as pernas simplesmente por causa de sua força, eu honestamente mereceria ser chamado de lorde demônio? Além disso, você quer que eu desista da chance de lutar contra um dos lordes demônios mais lendários de todos os tempos? Eu nunca daria as costas a tanta emoção!

Agora seu sangue fervia, seu coração batia forte. Millim era reconhecida por todos. Um dos lordes demônios mais antigos e (apesar da aparência) alguém que dava medo nos corações de qualquer pessoa em sã consciência. E ele iria lutar contra ela. Era impossível não ficar entusiasmado.

Seus pais liam para ele, quando criança, um conto de fadas sobre uma princesa dragão que governava como um tirano sobre seu reino. Talvez fosse sobre Millim; talvez fosse sobre outra pessoa. Mas naquela época, as palavras de seus pais para ele foram:

Atraia a ira da princesa dragão, e sua nação cairá em ruínas! Não se envolva em conflito com a princesa dragão, a todo custo!

Carillon sempre achou que eles estavam sendo bobos. O Reino das Feras de Eurazania era uma das superpotências continentais, ostentando uma grande extensão de terras abundantes. Eles eram um povo guerreiro, e mais da metade da população podia se considerar combatente. Seu exército se equiparava facilmente ao de qualquer outro lorde demônio, e  desde quando Carillon se tornou um lorde demônio, os vários séculos seguintes serviram para aumentar seu poder ainda mais. Não havia ninguém a temer. Carillon tinha certeza disso. E ganhar a chance de exibir totalmente sua força fez seu sangue queimar em brasa dentro dele. Mas, como o rei de uma nação, ele permaneceu de cabeça fria o suficiente para dar mais uma ordem.

— Millim será minha presa, apenas minha. Sendo assim, se ela trouxer um exército com ela, eu ordeno que lutem contra eles; mas se Millim vier sozinha, quero que todos vocês evacuem o país de uma vez. Senão serão pegos no fogo cruzado, e eu garanto que será doloroso.

— M-mas, meu senhor…?!

— Permita-me me juntar ao seu lado…

— Lorde Carillon nós devemos—

— Silêncio!! — Carillon gritou, cortando as reclamações dos Três Licantropos. — Eu sou o único de nós que pode ser um oponente digno para Millim Nava! Todos vocês devem dedicar mais atenção à proteção do nosso povo. Vocês estão proibidos de se juntarem à batalha!

Nesse momento, Carrilon liberou toda a extensão de sua aura, usando-a para convencer todos os demônios de alto nível a concordar. A força absoluta era opressora o suficiente para que ninguém ousasse se opor. Imediatamente, todos os presentes se ajoelharam e expressaram sua lealdade.

— Confiem em mim. Eu vencerei por todos nós!

— Raaaaaaahhh!!

A praça ficou repleta de “Vivas!”. Todos os demônios e vassalos olhavam para o seu mestre, rugindo de excitação. Levou muito pouco tempo para a nação tomar uma decisão. A partir desse momento, o Reino das Feras entrou em modo de guerra total. Assim que foi decidido, as feras começaram a trabalhar rapidamente.

Em pouco tempo, a evacuação dos não combatentes começou. Seria feita com rapidez o suficiente para ser concluída dentro do curto período de uma semana.

— Digam — Carrilon refletiu para os seus três generais mais próximos —, não seria uma boa ideia conversar com aquele slime em um momento como este?

— Quer dizer Senhor Rimuru, senhor? — Perguntou Albis.

— Ah, sim, era esse o nome dele. Diga a ele para deixar estocada aquela bebida maravilhosa que faz, porque realizaremos uma comemoração de vitória e tanto.

— Hee-hee-hee! Estou ansiosa por isso, meu senhor. Os cidadãos devem ser evacuados para a Floresta de Jura, então?

— Que seja feito rapidamente. Deixo isso em suas mãos, Albis.

Com a ordem, dezenas de milhares de residentes eurazanianos estavam a caminho de Tempest, sob a liderança e vigilância de Albis. Os que permaneceriam no país seriam Carillon, Sufia, Phobio e cerca de vinte membros da Aliança Guerreira servindo-os. A batalha fatídica com Millim estava se aproximando, mas por enquanto, eles se contentaram em discretamente afiar suas presas.

O dia chegou. Carillon olhou para a montanha sagrada que assomava atrás de seu castelo, confiante em seu poder. Então ele se levantou, pronto para enfrentar Millim.

— Hoje será o dia em que eu provarei ao mundo que sou o mais forte!

— Lute por nós, Lorde Carillon! — Sufia acenou com a cabeça. — Assim que tivermos certeza de que a Senhorita Millim está sozinha, vamos recuar para um lugar seguro também.

— Eu não desgosto de você, Millim. Poderíamos ter sido bons amigos, eu acho.

Carillon mal sussurrou as palavras. Mesmo nas melhores condições, seria difícil para qualquer um ouvir. Mas elas foram totalmente ocultas pelo som do voo de Millim perambulando pelo campo de batalha.

***

Lentamente, Carillon voou com sua magia. Assim que Millim chegou, sem uma única troca de palavras entre eles, a batalha começou.

Primeiro, as preliminares. Seus punhos, com toda a sua força, foram suficientes para conter Millim. Mas eles falharam em machucá-la, como se seu corpo simplesmente se recusasse a receber os golpes. Sua pele era protegida por uma barreira multicamadas, repelindo qualquer contato físico.

Exalando levemente, Carillon espalhou sua aura, transbordando espírito de luta. Ao fazer isso, ele atacou consecutivamente, a fim de quebrar sua defesa. Cada golpe que atingiu Millim continha muita força, e mesmo assim nenhum deles foi o suficiente para deixá-la com algum ferimento. Os golpes infundidos de espíritos simplesmente quebraram algumas camadas de sua barreira, falhando em alcançar seu corpo real.

Mesmo seu ás na manga, a alabarda do Dragão Branco Tigre-Azul que ele empunhava, teve seus ataques absorvidos pela Espada Temma de Millim. Apesar de seu porte pequeno e infantil, ela tinha força o suficiente para resistir totalmente ao poder incalculável de Carillon dando tudo de si. Esta Espada Temma era uma lâmina sinistra, uma cimitarra longa e curva que se adequava bem a ela, e brilhava em um tom branco azulado. Era uma arma lendária, uma espada que havia derrotado muitos nascidos na magia e lordes demônios em seu tempo.

Geh, ela puxou aquela espada?!

Com um estalo de língua, Carillon foi empurrado para trás, recuperando o equilíbrio. Essa única troca de golpes foi o suficiente para sua opinião de Millim mudar. Nem passou pela cabeça dele subestimá-la, mas isso estava além de todas as suas expectativas. Ele não havia levado a batalha a sério até agora, mas ainda não tinha ideia de quão profunda era a força dela. Ele percebeu instintivamente que teria que ir com tudo.

— Ei, Millim… Por que está fazendo isso?

— …

A pergunta foi respondida com silêncio. Para Carillon, algo estava estranho. Ela mal parecia estar lá conscientemente, agia como se estivesse sendo controlada por outra pessoa.

— Heh. Me deixe adivinhar: Alguém assumiu o controle de sua mente? Se for assim, é uma pena. Eu queria que você colocasse seu coração na luta para que eu pudesse derrotá-la e provar que sou o mais forte!

— …..

— Não vai falar nada, hein? Poderia realmente ser, então…? — Carillon sorriu. — Bem, não importa. Eu vou ganhar de qualquer forma!

A ideia da lorde demônio Millim ter seu cérebro controlado parecia uma piada de mal gosto para ele. Mas ela estava agindo estranhamente – o suficiente para que ele não pudesse desconsiderar essa possibilidade. Se esse fosse o caso… Então, qualquer que fosse a causa dessa reviravolta extremamente estranha de eventos, Carillon sabia que não havia espaço de negociação com ela. Esta era uma luta até a morte, simples assim.

Sendo assim, sem hesitar – primeiro como um nascido da magia, então como um lorde demônio, pouco a pouco – ele liberou sua força.

Como condiz com seu título de Mestre das Feras, Carillon era uma criatura do tipo leão. O rei dos animais, liderando todos os outros. Transformação Bestial, a habilidade intrínseca que todos os seus súditos possuíam, era agora mais poderosa do que nunca – transformada em seu corpo na habilidade única Besta Real.

Essa era a forma que Carillon estava agora, o rei de todas as criaturas de natureza bestial e mágica. Sua cabeça era a de um orgulhoso leão, seu corpo tão resistente quanto o de um elefante. Seus braços eram fortes como os de um urso, mas ostentavam destreza simiesca. Suas pernas eram flexíveis, tão poderosas quanto as de qualquer criatura da família felina – e nas costas, carregava as asas de uma grande águia.

Todas essas vantagens naturais dos animais mescladas umas às outras da maneira mais bela, cobertas por uma pele resiliente e prateada. Ele estava protegido por equipamentos de classe Lendária – os melhores existentes, obtidos apenas com a evolução de suas próprias armas e armaduras ao longo de muitos anos.

Em sua cabeça havia uma coroa, com um poderoso pássaro decorando a borda. Em volta da cintura, um cinto incrustado de joias com uma tartaruga preta de basalto. Em sua mão, a alabarda Branca do Tigre-Azul Dragão. Todos estes foram infundidos com o poder mágico que fluía do próprio corpo de Carillon, permitindo-os liberar todo seu brilho e força.

O poder era avassalador, incomparável com antes da transformação. Esta, sem dúvida, era a verdadeira forma do lorde demônio Carillon.

Os olhos de Millim brilharam momentaneamente com a visão – por um período de tempo longo o suficiente para chamar a atenção de Carillon, mas curto o suficiente para que ele se perguntasse se tinha sido apenas sua imaginação.

— Agora, Millim — ele entoou, descartando o pensamento. — Eu odeio dizer isso, mas já que te mostrei esta forma, infelizmente terei que pedir que vá embora. É uma pena, mas adeus!

Não havia espaço para sentimentalismo no campo de batalha. No momento em que gritou, Carillon concentrou todo o poder que percorria seu corpo em sua lâmina. Se atingisse o solo, o peso da energia seria o suficiente para arrasar a terra, pulverizando tudo nas proximidades. Mesmo agora, os restos de sua aura preenchiam o ar como brasas queimadas, quentes o suficiente para queimar a própria atmosfera.

— Esteja pronta para desaparecer deste mundo para sempre! Rugido Bestial!!

Este era, essencialmente, um canhão de partículas que disparava força mágica. A ponta da alabarda do Tigre-Azul Dragão havia sumido, convertida em partículas mágicas compostas. Era o movimento finalizador do Mestre das Feras, que poderia fazer tudo à sua frente desaparecer sem deixar rastros. Normalmente, a força não começava a se dissipar até percorrer cerca de cem metros do ponto de lançamento. A partir daí, se dispersaria gradualmente antes de atingir seu alcance máximo, à 2,5 km de distância.

Era um golpe de longo alcance destinado a lidar com inimigos numerosos, e agora Carillon estava concentrando toda sua força em um único ser. Foi a primeira vez que fez algo parecido com o Rugido Bestial, mas ele tinha certeza absoluta de que ninguém sobreviveria a tal explosão. Ele deu tudo de si – sem se segurar, sem pensar sobre o que viria a seguir; o golpe continha todo o seu poder.

Ele podia sentir suas magículas sendo drenadas de seu corpo. Mesmo o voo pode representar um desafio depois disso, mas se rendesse a vitória, era um preço justo a se pagar. Normalmente, ele não usava todo o poder de uma só vez para que pudesse disparar duas ou três explosões, mas não contra esse inimigo. Esta era Millim Nava, a Destruidora.

O ataque acertou, expandido para o alcance máximo e poderoso o suficiente para causar danos ao próprio lançador. Nenhuma criatura poderia sobreviver a isso – era por essa razão que Carillon estava tão confiante. Ele suspirou profundamente enquanto tentava descer ao solo…

… Então imediatamente entrou em ação evasiva quando seus instintos animais o alertaram sobre uma ameaça letal bem atrás dele. Essa rápida decisão salvou a vida de Carillon. O sangue jorrava do ferimento de um dos lados de seu corpo, causado pelo há pouco desferido golpe de espada. Ele fechou o corte com pura força de vontade.

Em pânico, se virou. Ele sabia que não adiantava confirmar, mas sua mente ainda não conseguia acreditar. Seus olhos foram saudados pela visão da pessoa que esperava, flutuando no ar, seu cabelo rosa platinado balançava ao vento enquanto abria suas asas de dragão. Agora havia um chifre vermelho-sangue em sua testa, que não estava lá antes. Sua roupa diminuta, em algum momento, tinha se transformado em uma armadura de ébano.

Ahh… Essa é sua aparência quando está lutando sério…?

Carillon tinha exaurido quase toda sua força mágica. O desespero começou a superar sua vontade de lutar, anteriormente indomável. Você está de brincadeira! Ela foi atingida por aquilo e nem se machucou? Dá um tempo… Isso o deixou em um estado de espírito estranho; ele queria chorar e rir ao mesmo tempo.

Então, pela primeira vez desde o início da batalha, Millim falou:

— Há-há-há! Nada mal! Gostei disso. Fazia muito tempo desde a última vez que minha mão ficou dormente assim. Como agradecimento, vou te mostrar algo que estava guardando.

As palavras soaram um pouco monótonas e sem emoção aos ouvidos de Carillon. Mas o sentimento de perigo iminente não lhe deu tempo para refletir sobre isso. Ele realmente não sabia o que era e nem queria saber. Pelo menos nenhum de seus cidadãos estava por perto. Todos foram evacuados. Não havia necessidade de se preocupar com a cidade e o castelo. Carillon pensou em fugir da batalha o mais rápido que conseguisse. Seus instintos, até agora tão confiáveis, diziam-lhe que ficar aqui era morte certa.

 

 

 

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Millim abriu ao máximo suas pupilas dracônicas, estendeu ao máximo suas asas, e então, gritou:

— Draco-Nova!!

A explosão de luz foi fina, linda, parecia uma reminiscência do brilho das estrelas. Atingiu tanto o castelo quanto a paisagem urbana ao redor, e não fez nenhum barulho enquanto desaparecia. A frequência que foi emitida estava além da capacidade auditiva de um ser humano, que, junto com a onda de choque que a acompanhou, foi o suficiente para destruir completamente tudo visível a olho nu. Qualquer coisa exposta à luz era impotente, pois era desintegrada implacavelmente.

Era o ápice da magia, a mais forte que existia, e a principal razão pela qual Millim sempre esteve no topo das batalhas que travou ao longo de muitos anos.

Isso é loucura!!

Carillon mal conseguiu voar acima de Millim a tempo. O fato de Draco-Nova ter sido lançado na direção do olhar dela salvou sua vida mais uma vez – mas o que avistou sob ele o fez ficar sem palavras. A vila, construída com estruturas simples de pedra que se integravam bem com a paisagem local, foi completamente apagada do mapa.

Esta era Millim Nava, a Destruidora. Uma lorde demônio com quem você absolutamente nunca deveria entrar em conflito. Agora Carillon tinha que admitir: seus pais estavam certos. Ele estava condenado. Ela estava em uma dimensão completamente diferente.

Mas-

— Mas eu me pergunto se há…

— Você se pergunta se há o quê? Eu gostaria de saber.

Carillon sentiu uma lâmina fina tocando sua nuca e uma mulher voando por trás dele. Era Frey, a Rainha do Céu, a lorde demônio que detinha domínio absoluto sobre os céus celestiais. Agora Carillon percebeu por que Millim não se preocupou em esconder sua aura opressora. Isso forneceu a Frey toda a cobertura que precisava para fazer sua abordagem furtiva sem ser detectada.

— Nhg, Frey… Você também…?

— Eu também o quê? Poderia me explicar?

Frey moveu sua mão – e a consciência de Carillon escureceu.

Foi o pior dia da história de Eurazania, que mais tarde seria referido pelos diversos licantropos que o nomearam de Dia da Ruína.

 

 


 

Tradução: Another

Revisão: Flash

 

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