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Sobre Quando Reencarnei Como um Slime – Vol. 05 – Epílogo: O Manipulador nas Sombras

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A raiva estava claramente evidente no rosto do lorde demônio Clayman. Ele tinha chegado tão longe, e agora cada um de seus planos estava desmoronando, um após o outro.

Ele planejou que Carillon fosse atacado por Millim; e então ela simplesmente sobrevoou, declarou guerra e voou de volta. Ao saber das ambições de Farmus, ele ordenou que Mjurran causasse ainda mais estragos; apenas para que Rimuru, líder dos monstros, voltasse à cena e apagasse os soldados de Farmus da face da terra.

Clayman planejou usar todo esse caos para despertar a si mesmo e se tornar o “lorde demônio verdadeiro” que sabia que poderia ser. Mas nada disso fazia sentido para ele.

Malditos sejam, todos eles! Logo depois daquele gentil benfeitor preparar tudo para o meu despertar….

A frustração o fez cerrar os dentes. Mas seus esforços não foram um fracasso total. Mjurran, uma de seus peões, foi morta por Rimuru; ele poderia usar isso como pretexto para declarar guerra.  Esse era o plano original, e Mjurran sempre foi considerada como um sacrifício para esse fim.

Porém, agora havia outro problema:

eu realmente consigo vencer?

Esse era um problema sério. Entre as fracas nações humanas que compunham o continente, o Reino de Farmus estava entre os mais decentemente poderosos. Para esta campanha, eles tinham uma legião de nada além de cavaleiros, vinte mil homens no total; uma ameaça que nem mesmo Clayman poderia ignorar. E bastou apenas um nascido da magia, um Rimuru, para matar todos eles.

A inacreditável notícia deixou o lorde demônio atordoado por alguns segundos. Para piorar, Pironé, o dedo mindinho dos “cinco dedos” que formavam os confidentes mais próximos e fiéis de Clayman, morreu no meio de uma operação de espionagem. Ao contrário de Mjurran, o dedo anelar, Pironé era eminentemente útil quando se tratava de se infiltrar profundamente na sociedade humana.

Como isso é irritante. De todas as coincidências, o ataque do Canhão Nuclear desviado por aquele demônio tinha que acertar justamente o meu próprio agente…

A perda inesperada de um peão vital em sua estratégia o irritou. Mas o próximo relatório entusiasmado que recebeu fez todas as nuvens escuras em sua mente evaporarem.

A lorde demônio Millim havia matado Carillon, pondo um fim ao Reino Animal de Eurazania.

Finalmente agora Clayman tinha algo com que se alegrar. Ele não conseguiu colocar Carillon sob seu controle, mas para intimidar os outros lordes demônios, isso seria o bastante. Qualquer lorde demônio que não se curvasse à sua vontade era apenas lixo em seu caminho. Millim sozinha era poderosa o suficiente para oprimir alguém tão forte quanto Carillon, e com ela ao seu lado, duvidada que precisasse reforçar suas forças ainda mais.

A novidade foi entregue pela lorde demônio Frey, que bebia elegantemente seu chá enquanto dava as notícias. Não havia porquê duvidar dela. O lorde demônio Carillon estava morto. Millim Nava não teve problemas em lidar com ele. E agora, ela pertencia a Clayman.

Dez lordes demônios controlavam a grande maioria do poder deste mundo. Três deles, contando com si mesmo, estavam agora do mesmo lado, e um fora de cena.

Doía a Clayman que seu planejado “despertar” havia falhado, mas Millim mais do que compensava esse prejuízo.

— Heh-heh-heh…! Acho que podemos alterar meus planos para colocar as coisas de volta em uma direção benéfica para nós.

— Oh, você acha? Bem, fico feliz por ter sido útil, então — com essa declaração menos do que sincera, Frey se levantou. — Não tenho mais nada a relatar, e com isso, cumpri meu dever com você. Estou indo para casa, mas o que você vai fazer com Millim? Ela está muito preocupada sobre a batalha que levou os nascidos da magia enviados para cuidar dela à morte.

Clayman respondeu com um grunhido irritado.

— Então você cuida dela. Ela é nossa amiga, afinal.

— Como eu disse a você — Frey respondeu friamente —, cumpri meu dever. Eu te ajudei a enganar Millim, e não tenho a obrigação de te ajudar mais.

Mas Clayman simplesmente deu um leve sorriso

— Você parece ter entendido as coisas errado, Frey. Estou te dando uma ordem. Volte, leve Millim com você e cuide dela. Ou você gostaria de ser a próxima oponente de Millim?

Fray lançou-lhe um olhar severo em resposta. Ela havia antecipado isso, de certa forma, então não perdeu a calma.

— … Aha. Entendo. Então era esse o seu objetivo desde o início, não era, Clayman?

— Haa-há-há-há! Vejo que entendeu. Então imagino que sua resposta seja…?

— … Tudo bem. Eu não quero ter o mesmo fim que o Carillon, não.

— Ótimo. Muito bem. Isso é extremamente inteligente da sua parte, Frey. Deixo Millim em suas mãos, então. Leve-a com você. Não queremos que meu próprio castelo seja destruído no processo, não é?

Frey revirou os olhos para a pergunta.

—  E você acha que eu quero minha casa destruída? Não que você vá me escutar…

— Fico feliz que nos entendemos. Pode ir agora.

Sua atitude indicava que ele não via mais a lorde demônio Frey como uma igual. Ele dava as ordens e ela obedecia. Frey não demonstrou grande desagrado com isso, ao lançar um último olhar frio a Clayman e sair da sala.

Assim que viu que ela tinha ido embora, Clayman fechou os olhos e começou a pensar.

A situação havia mudado tanto que agora teria que revisar seus planos. Perder a chance de um despertar foi um grande golpe, mas não era um problema. Ele chegou à conclusão de que com os poderes de Millim, poderia guerrear contra qualquer nação humana e sair vitorioso. Sua força espalharia morte e destruição por toda a terra, colhendo almas por todo o caminho. Isso, Clayman pensou, deveria ser o suficiente para elevá-lo ao status de verdadeiro lorde demônio sem precisar levantar um dedo.

 Seu plano original de transformar um lorde orc em um novo rei demônio, fornecendo-lhe todo o apoio que ele precisava, era bom, mas isso era muito mais interessante. Com Millim, o trunfo absoluto, em suas mãos, não havia mais necessidade de temer seus companheiros lordes demônios.

Heh-heh… Agora finalmente posso tirar Leon de cena.

Só de imaginar isso fez um sorriso alegre e esquisito surgir em seu rosto.

Mas antes de Leon

Ele preferia colocar suas próprias prioridades em primeiro lugar, mas isso não iria acontecer. Ele precisava avaliar as coisas e ver o que exigia mais urgentemente atenção. Afinal, o que motivava o seu benfeitor era o que importava.

Seus inimigos podiam ser divididos em três campos: o lorde demônios Leon, seu rival há muitos anos; o líder da Floresta de Jura, que provou ser mais forte do que ele inicialmente imaginou; e a sempre enigmática Santa Igreja Ocidental, junto com o Santo Império de Lubelius que estava acima dela.

No momento, o conflito direto entre lordes demônios era proibido. A queda de Carillon provavelmente seria registrada como mais um caso de Millim enlouquecendo. Talvez alguns notassem um dedo de Clayman nisso, mas ele imaginou que nenhum deles tornaria isso um problema público.

Qualquer um que fizesse essa pergunta tornaria Clayman seu inimigo na hora. Esses lordes demônios eram egoístas demais para trabalharem juntos como um grupo. E se alguém o desafiasse, ele poderia lidar com isso. O trunfo absoluto fez com que nenhum deles parecesse digno de preocupação.

O verdadeiro problema era a Santa Igreja Ocidental. O amigo juramentado de Clayman, Laplace, estava infiltrado na organização deles, e esse incidente deu um apoio imenso à ambos.  O nascido da magia Rimuru matou vinte mil soldados de Farmus, algo que a igreja não podia ignorar. Então, por que não os colocar uns contra os outros no campo de batalha e lucrar com os resultados? Ele podia esperar até que os dois lados se cansassem até o limite, jogar Millim lá e bam; ambos os lados estariam acabados, praticamente sem precisar lutar. Clayman também poderia despertar dessa forma, talvez.

Esse cenário era exatamente o que seu benfeitor queria; o único mestre que Clayman realmente serviu em sua vida. E se ele conseguisse, poderia declarar guerra a Leon e eliminar essa sua ansiedade para sempre.

O sorriso em seu rosto se alargou. Vários erros foram cometidos. Mas consertá-los não seria um problema. Agora só tinha que reportar ao seu benfeitor e aguardar a decisão final.

Ele riu alto e com prazer, lá em seu quarto, já imaginando seu sonho de toda a vida se tornando realidade.

 


 

Tradução: Another

Revisão: Flash

 

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