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Rei Demônio ao Trabalho – Vol. 04 – Cap. 02.3 – A Heroína Ajuda o Rei Demônio a Remodelar seu Local de Trabalhov

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Os três nobres demônios respiraram fundo, se preparando em antecipação ao que poderia vir a seguir, então cautelosamente entraram no pátio banhado pelo sol, em frente à estação Inuboh.

Chiho e as moças seguiram logo atrás, caminhando até a área pavimentada na frente da estação.

Lá, eles viram uma van comercial parada, sua cor já não tão branca, com um tom mais próximo de creme, bem gasto.

Maou engoliu em seco nervosamente assim que a pessoa no banco do motorista os notou. Ela tirou o cinto de segurança e saiu do veículo.

Quando a figura deu um passo para fora em meio a luz do sol, os olhos de Maou, Ashiya, Urushihara e Emi se abriram.

— Você é o Maou?

— Hum, sim. Sim, eu sou. Você é a Sra. Ohguro?

— Claro que sou! Obrigado por vir até aqui. Bem-vindos a Inuboh!

 

 

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Em uma palavra, ela era linda.

Seu longo cabelo preto estava amarrado descuidadamente atrás da cabeça, emoldurando sua camiseta preta, havia um avental verde bem usado, portava jeans gastos e um par de sandálias. Um visual direto, com certeza, mas Maou ainda podia dizer que suas proporções poderiam facilmente dar uma canseira em Kisaki.

Ela não usava maquiagem, mas seu olhar contava a história de uma mulher com força de vontade ilimitada. Eram uma combinação perfeita com sua pele bronzeada e bem cuidada, quase evocando a aparência de algo como uma princesa guerreira de outrora.

Essa garota era mesmo Amane Ohguro? A sobrinha daquela senhoria?

Além do fato de serem ambos vertebrados e fêmeas da mesma espécie, ela não tinha absolutamente nada em comum com Miki Shiba.

— Aposto que você está pensando que não somos muito parecidas, huh?

Maou deve tê-la observado por tempo demais. Amane Ohguro olhou para ele, com um sorriso discreto no rosto. Maou não soube como reagir…

— Hm…

Ele teve dificuldade em escolher se deveria acenar com a cabeça ou negar.

Para uma mulher em sua idade sensível, seria prudente dizer que ela lembra aquela senhoria? A questão exigia um debate sério.

— Ha-ha-hah! Desculpe, desculpe. Acho que você nunca saberia de qualquer maneira!

— Hum… sim…

— Tia Mikitty e eu somos muito parecidas quando ela tira a maquiagem. Se você ver algumas de suas fotos quando ela tinha minha idade, ela é praticamente minha sósia.

Se fosse verdade, o tempo era um amante cruel.

Por mais rude que Maou soubesse que era, imaginá-la sem maquiagem o lembrava da pele dos dinossauros de sessenta e cinco milhões de anos atrás.

— Mas de qualquer forma, eu sou Amane Ohguro, praticamente quem toca o Ohguro-ya. Prazer te conhecer.

— Ah, claro, hum, meu nome é Sadao Maou.

Ashiya se levantou, seguindo de perto Maou. Urushihara, apesar dos sinais de exaltação que deixou escapar alguns momentos atrás, agiu com frieza.

— E eu sou Shirou Ashiya. Obrigado novamente por sua oferta generosa.

—…Hanzou Urushihara.

— Ashiya, Urushihara… e…

Os olhos de Amane Ohguro se concentraram nas mulheres atrás de Maou e seus companheiros.

— Com certeza vieram muito mais do que você tinha comentado.

— Não, somos só nós três…

Maou apressadamente tentou inventar uma desculpa. Depois de um dia sendo empurrado e incomodado no trem por esse bando de mal-intencionados, Maou não ia deixá-los estragar sua oferta de emprego.

— O resto deles…uh, eles estão apenas meio que nos acompanhando por conta própria. Ei! Quanto tempo vocês meninas planejam nos acompanhar, afinal?!

— Meu nome é Chiho Sasaki! Trabalho com Maou, então pensei em dar uma volta e conferir o lugar em que ele estaria ficando.

Chiho curvou-se educadamente, salvando Maou de ter que explicar as coisas sozinho.

— Uh, Chiho? Você ouviu minha pergunta ou algo assim?

As outras duas garotas se aproximaram, sem se importar com Maou.

— Eu me chamo Suzuno Kamazuki. Ele é meu…vizinho, pode-se dizer.

— Emi Yusa. E essa garotinha é Alas Ramus.

Ele esperava que elas avançassem para negar as palavras de Chiho, mas não fizeram nada disso.

Os seis haviam decidido há algum tempo que não criariam um nome Japonês para Alas Ramus. A garota era muito jovem para entender, além disso, ela não parecia particularmente uma asiática. Até agora, pelo menos, ninguém os chamou a atenção quanto a isso. Amane também não, nem parecia ofendida com as mulheres se intrometendo na fala de Maou.

— Uau! Você realmente trouxe várias surpresas, huh? Quem são os pais sortudos?

Urushihara apontou diretamente para Maou. Chiho e Suzuno apontaram para Emi. Ashiya olhou para o céu, fingindo que estava em outro lugar.

— Ei! — A resposta dos “pais sortudos” veio em perfeita harmonia.

— Bem, eu não posso culpá-lo por todos terem vindo. É o que se ganha por trabalhar em um paraíso, não é? Quer saber, gostariam de dar uma olhada na minha casa antes de abrirmos? Você pode nadar na praia se quiser, desde que fique por perto. Eu posso indicar alguns pontos em Choshi também.

Os olhos de Amane se voltaram para Emi.

—…E, tenho certeza que você gostaria de ver onde seu marido está trabalhando, certo? Maou, você poderia ter me dito pelo telefone que tinha uma coisinha linda assim! Eu pensei que você viria sozinho!

— N-Não é isso! Não, não é assim que as coisas são…

Foi a missão delas, e a curiosidade de Chiho, que as fez querer ver o novo trabalho do Maou. Mas nenhum dos “pais” estavam interessados em serem tratados como uma família.

Emi protestou do fundo do coração, mas Amane deu pouca atenção.

Todos, exceto Urushihara, acharam seus olhos atraídos por Emi e Chiho. Emi tinha uma carranca irritada no rosto, mas Chiho, estranhamente, tinha seu sorriso comum.

— Tudo bem, bem, que tal vocês entrarem na van? Não tem sentido ficarmos cozinhando aqui fora. E vocês também, senhoritas. Oh, deixe-me preparar a cadeira de criança primeiro, ok?

Amane tirou uma cadeira de criança do porta malas, como se soubesse o tempo todo que levaria um bebê, e a amarrou no banco do passageiro da frente.

Os seis trocaram olhares distintos enquanto se amontoavam na van.

Com Alas Ramus na frente, as mulheres assumiram toda a segunda fileira, com os três demônios amontoados atrás delas.

Depois de jogar toda a bagagem, Amane fez o anúncio final antes de subir.

— Ótimo! Tentarei ter cuidado com a pequena caçadeira, ok?

Ela deu partida no motor, que contrariava sua idade enquanto roncava de forma estridente. Logo, eles estavam longe da estação Inuboh, a suspensão já acabando com o traseiro de todos.

A primeira visão ao longo da estrada foi um bando de placas que anunciavam os hotéis e resorts próximos. Nenhum deles tinha visto qualquer sinal de água desde a partida de Chiba, mas exatamente como Amane prometeu, a vista se abriu significativamente depois de apenas cinco minutos de carro.

No momento em que chegaram na estrada que percorria a costa, o Oceano Pacífico de repente se abriu à direita.

— Uauuu… — Chiho quase aplaudiu.

— Eu nunca vi o mar por aqui…  É tão azul.

Emi suspirou, sua voz suave. Mesmo depois de sua jornada de ponta a ponta por Ente Isla, nunca testemunhou um tom de azul tão bonito quanto aquele que o Pacífico ostentava.

— Um azul gracioso, não é? Nunca vimos nada desse tipo em nossa terra natal.

Suzuno ficou profundamente comovida. Ambas tomaram cuidado para que Amane não as ouvisse.

— Mamãe! Azul Tudo azul! Tudo Kehsed!

Alas Ramus, enquanto isso, gritava de alegria, deixando escapar o nome da Sephirah que governava a cor azul no processo.

— Esta é a costa de Kimigahama. Se olhar um pouco para a direita, verá um cabo, certo? Esse é o Farol Inuboh-saki.

Virando para trás como instruído, eles viram um impressionante farol cor de calcário no topo de um penhasco íngreme, o qual sondava o oceano como uma criatura gigante, enquanto era emoldurado pelo azul profundo do céu atrás de si.

— O que é isso na frente do cabo…?

— Ah, você viu? Aquele é Ohguro-ya, bem ali.

Havia um prédio no meio da ampla praia que formava a costa de Kimigahama.

À primeira vista, parecia apenas uma casa velha comum.

No momento em que perceberam o que estavam olhando, Amane saiu da estrada e entrou em uma clareira aberta que aparentemente servia como estacionamento na praia.

Ashiya olhou à frente de seu assento.

— Hmm. Não há tantas pessoas quanto imaginei.

Amane prometeu a eles duas semanas ocupadas, mas apenas alguns carros ocupavam as vagas em que acabou de parar.

Dado que sua única experiência com a praia foi abrir guias de viagem e se maravilhar em como cada centímetro quadrado de areia estava repleto de pessoas, toalhas de praia ou ambos, a situação era quase decepcionante.

Amane desligou o motor e removeu o cinto de segurança.

— Sim, é porque a praia está fechada até amanhã. Neste momento, não haverá muito além de alguns surfistas.

Maou aceitou, já que não sabia como as regras de acesso à praia funcionavam por aqui. Chiho, no entanto, colocou a mão na testa enquanto examinava a praia vazia da janela do carro.

— Amanhã…?

Ela soou dúbia antes de avistar algo entrando e saindo de vista entre as ondas.

— Ah, entendo. O mar é um pouco…

— Srta. Sasaki? Algum problema?

A maneira como Chiho estava agindo chamou a atenção de Ashiya. Havia algo estranho nisso.

— …Nada não. — Ela se recusou a explicar.

Ele dispersou a questão para as regiões mais profundas de sua mente.

— Esta praia é bastante popular entre corredores e pessoas que vêm para ver o farol ou o nascer do sol. Ainda temos um fluxo bastante decente de pessoas antes mesmo da praia abrir.

Eles começaram a notar mais algumas pessoas na praia. Alguns passeando com cães, juntamente com um punhado de homens e mulheres se bronzeando em cima de esteiras de praia.

— De qualquer forma, é melhor levarmos suas malas para dentro. Deixe-me mostrar-lhe os aposentos dos hóspedes primeiro.

O grupo desceu a colina, em direção à praia e à casa que haviam avistado anteriormente.

Amane os conduziu quando saíram do carro, cada um exibindo diferentes níveis de excitação, e chegou a uma porta de madeira semi-erodida na parte de trás da loja.

— Não há praticamente nada aqui, exceto alguns futons, mas espero que isso seja suficiente para vocês.

Amane abriu a porta enquanto falava, revelando uma visão que fez os olhos de Maou, Ashiya, Urushihara e Suzuno saltarem.

— …Esse lugar não é mais amigável que a nossa casa? — O sussurro de Urushihara resumiu a impressão de todos.

A sala tinha talvez cerca de cento e cinquenta metros quadrados, contando o armário e um espaço para cozinha semelhante ao do Castelo Demoníaco. O sol entrando pela grande janela iluminava o local, mas o espaço ainda era fresco.

— Cara, eu quero me esconder aqui para sempre.

Os olhos de Urushihara estavam fixos em um ponto perto do teto.

Um ar condicionado.

Tinha um ar condicionado.

Era um antigo, sim, mas a pequena caixa zumbindo acima de suas cabeças era inequivocamente um aparelho de ar condicionado em funcionamento.

— A umidade na praia tende a fazer com que os tatames no chão fiquem todos deformados e irregulares, mas espero que não se importem muito.

Comparado com o ar condicionado divino, este detalhe não significava nada aos três arque-demônios.

Ela poderia ter dito que não havia nada aqui, exceto futons, mas isso ainda era mais do que tinham no Castelo Demoníaco.

Por um momento, a atração pela nova residência fez Maou esquecer tudo sobre MgRonald.

— Provavelmente aqui deve congelar no inverno, no entanto.

A rejeição de Ashiya quanto ao devaneio de Urushihara também foi suficiente para fazer Maou acordar.

Restaurantes à beira-mar como esse funcionavam, afinal, por estações. Assim que o verão terminasse, o emprego deles também acabaria

— Bem, fico feliz que todos vocês gostaram! Normalmente volto para minha própria casa quando fechamos, então não se esqueça de trancar à noite, ok?

Deixar toda a propriedade nas mãos desses recém contratados indicava o nível de confiança que sua chefe tinha neles. Maou supôs que devia ser o quanto Amane valorizava uma recomendação da Shiba.

— Certo. Bem, eu gostaria de poder deixar vocês relaxarem, mas já que estão todos prontos, se importam de vir comigo lá para a entrada? Tenho um trabalho para vocês.

Urushihara foi o único a estremecer em protesto contra a menção da palavra trabalho. Mas um de seus companheiros ficou animado.

— Eu ficaria mais do que feliz em guardar suas coisas, pessoal. Vocês podem ir em frente e começar a trabalhar! — Chiho, deu um sorriso tão brilhante quanto o sol acima deles, enquanto tomava a bolsa de viagem da mão de Ashiya, virou-se apenas a tempo suficiente para fazer contato visual com Maou.

Ele acenou com a cabeça em agradecimento e, sem mais discussão, ele e Ashiya agarraram um dos braços de Urushihara.

— Oq- Ei! Cara! Eu nem disse nada ainda!

O Rei Demônio e seu braço direito mostraram seu trabalho de equipe enquanto arrastavam Urushihara, ignorando suas objeções.

Amane, a seu crédito, recusou-se a comentar sobre a exibição enquanto saía pela porta.

Emi, Alas Ramus e Suzuno seguiram humildemente atrás.

Os chamados aposentos de hóspedes estavam conectados ao restaurante por um simples corredor, permitindo que Maou e companhia entrassem na loja pelos fundos, se quisessem.

Havia alguma coisa sobre seu novo emprego que trazia um redemoinho de emoções, apenas por colocar os pés para dentro pela primeira vez.

Maou e Ashiya estavam sentindo isso agora, aquela mistura de nervosismo e antecipação, enquanto estavam na frente de seu novo local de trabalho.

Toda aquela emoção bruta esmaeceu assim que puseram os olhos no lado de fora.

— …Huh?

Literalmente os deixaram sem palavras.

Ohguro-ya, uma casa de praia com um andar, acomodava um restaurante de espaço bem decente e uma loja. Se pegasse a loja de bicicletas do Sr. Hirose, retirasse todas as bicicletas para fora e multiplicasse por dois, esse seria o tamanho.

Mas o lugar era… menos do que impecável. Poeira governava este reino, de canto a canto.

Um espaço parecido com um pátio se projetava em direção à praia, contendo uma mesa batida pelo tempo e um conjunto de bancos cujas lascas os tornavam um ponto de encontro à beira-mar menos excitante.

 


 

Tradução: Vinícius

Revisão: Bravo

 

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