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Rei Demônio ao Trabalho – Vol. 04 – Cap. 02.2 – A Heroína Ajuda o Rei Demônio a Remodelar seu Local de Trabalho

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— É um trem bem velho, não é? Aposto que foi uma surpresa para você. Certamente não é o tipo de coisa em que vocês jovens querem ser vistos, hmmmmm?

—  Ah, não, eu, um…

Maou teve dificuldades para responder a um total estranho avaliando sua personalidade em termos tão francos.

— Mas, sabe, essa pintura é a mais popular por aqui. Esta linha tem todos os tipos de vagões, então você ficaria surpreso com quantos vagões diferentes vai ver. Ohhh, sim! Mas esse safadinho preto e vermelho é o mais popular de todos. Todos dizem que é como relembrar o passado!

— Memórias do… passado?

— Claro, nós andamos nele todos os dias, então não é nada especial para nós, mas você não vê mais trens tão velhos rodando por aí, hmmmm? Ora, este De-Ha 1001 aqui está na ativa desde que o construíram em 1950!

Havia um sentimento de orgulho na voz da mulher, como se estivesse elogiando um membro de sua família.

— Toda a linha estava em perigo de fechar, sabe? Mais de uma vez, na verdade! Mas mais e mais jovens como você apareceram, e a criança que mora aqui trabalhou tão duro que hoje em dia existem muitas pessoas que gostam da nossa pequena linha de trem. Então, muito obrigada.

Não era como se Maou tivesse feito algo em particular. A mulher devia ter várias vezes sua idade (humana). Mas Maou sorriu e assentiu, sem ver a necessidade de estragar o desfile de nostalgia dessa senhora.

— Então você está aqui pelas vistas? Vai para Inuboh?

— Um, Sim, senhora. Meio que um passeio turístico.

— Oooh! Bem, que bom. Espere até ver o sol nascer acima do horizonte pela primeira vez. Aposto que vai se surpreender, filho! Tenho assistido todos os dias por anos. Mas mesmo agora, acalma meu coração. Chegue na minha idade, e vai começar a acordar cedo também. Ah, sim!

— Sim?

Amane Ohguro tinha mencionado isso, não foi? Kimigahama, seu destino final depois de chegar a Inuboh, via o nascer do sol antes de qualquer outro lugar em Kanto.

— Oh! E se você vai para Inuboh, presumo que você vai querer experimentar alguns dos nossos nure-senbei. O nure-senbei, eu disse. Experimente eles. Eles são deliciosos!

A conversa continuou até que o trem tivesse que partir, permitindo que Maou escapasse do olhar vigilante de Suzuno por pelo menos um tempo.

Foi um pouco desconfortável para Maou no início, mas logo, a senhora deu um resumo de cada estação ao longo da linha, com detalhes que fariam um guia turístico se sentir totalmente desqualificado. Chiho e Emi se juntaram à conversa conforme ela continuou, e apesar de ninguém saber os nomes um do outro, o bate-papo assumiu um tom carinhosamente afetuoso.

Quando a hora marcada chegou, os demônios e humanos entraram no vagão De-Ha 1001 antes que saísse lânguido da estação.

O trem estava mais cheio do que a viagem na linha principal de Sobu, mas do lugar de Maou, ele desfrutou de uma excelente vista do assento do condutor e dos trilhos à frente deles.

— Uauuu… O túnel da árvore!

Chiho exclamou de forma familiar enquanto observava a vista.

— Isso está se tornando…uma grande aventura.

— Whoa…

Ashiya e Urushihara se encontraram igualmente estarrecidos.

O trem atravessou um túnel verde puro, o sol transpassava entre as árvores altas, que pairavam sobre eles em ambos lados.

Flores de verão floresciam bem longe dos trilhos, o velho “cavalo de ferro” trovejava sob seu caminho conforme seguia colina acima.

Eles passaram por uma travessia, uma simples, composta por algumas linhas no chão e um poste elétrico de madeira.

Era como se estivessem no passado, um que só existia no papel da perspectiva de Maou, Ashiya e Urushihara.

—  É… muito bom. Meio exótico.

A senhora acenou sabiamente ao ver a reação de Ashiya.

— Ooh, é sim, é sim!

A mulher acabou se despedindo em Nishi-Ashikajima, uma estação sem funcionários, apenas um pouco mais do que uma plataforma com máquina de venda automática.

— Nós nem perguntamos o nome dela.

O pensamento ocorreu a Ashiya depois que saíram da estação.

— Ah, bem.  Talvez seja melhor assim. Para ela, somos apenas mais um eco da era moderna. Algo que pode tocar, mas que ela mesma não pode realmente aceitar de braços abertos.

— Do que você está falando? O calor te deixou maluco?

A resposta rude veio de Emi, os olhos fixados na vista da janela do condutor, enquanto segurava Alas Ramus. Não incomodou muito Maou.

— Sim, bem, eu estava pensando um pouco sobre… Sabe, conquistar o mundo e essas coisas.

— Oh, sério? Pronto para desistir e viver sua vida no Japão?

Emi, assim como Maou, colocou um pouco de calor na resposta. Maou ficou em silêncio depois disso, e ela não continuou.

O trem partiu de Nishi-Ashikajima, passando pelas estações Ashikajima e Kimigahama antes de finalmente chegar a Inuboh, o extremo leste da região de Kanto.

Ashiya, liderando o grupo enquanto levava sua mochila, enxugou o suor de sua testa.

— Certamente uma estação bela, não é?

A estação foi feita em azulejo branco, evocava mais da Europa mediterrânea do que do Japão. Vários funcionários administravam, prontos para lidar com o fluxo dos turistas, comum no verão.

Maou desceu do trem, evitando os espectadores que fotografavam antes de seguir para sua parada final em Toyama, e acompanhou o grupo até o prédio da estação. O ambiente exterior era banhado pela luz do sol de verão, mas o interior revestido de azulejos marrons era refrescantemente frio, calmo e refinado.

Enquanto seguiam os outros passageiros para o prédio, Maou notou uma mulher na loja do lado direito grelhando biscoitos de arroz senbei à mão.

— Oh, ei, aqueles são os nure-senbei que a senhora tinha falado?

Chiho desceu para a loja.

— Isso mesmo! O salvador da Ferrovia Elétrica Choshi!

— Mamãe, o que é isso?

Emi, enxugando o suor de Alas Ramus com um lenço depois de sentá-la em um banco próximo, virou-se para Chiho enquanto corria para dentro da loja.

— Eles são chamados de senbei. Sen-bei. Você gosta deles, não é, Alas Ramus?

— Oh! Senbeeeiii!!

A menção da palavra foi suficiente para fazer Alas Ramus afastar a mão de Emi e ir em direção a Maou e Chiho.

— Ei! Espere! Você vai tropeçar e cair!

— Papai!

— Irmãzona Chi! Senbei! Eu quero senbei!

— Hmm? Oh, vai pedir para a mamãe comprar senbei para você, Alas Ramus? Ela é um pouco nova para isso, não é, imbecil?

Maou dirigiu a sentença final em Emi.

— Eles têm senbei de vegetais macios para bebês. Ela pode mastigar sozinha, então ficará bem com isso.

— Bem, os nure-senbei são úmidos o suficiente, ela provavelmente poderia lidar com eles também. Ah, mas eu não quero estragar o almoço dela. Você quer dividir com a sua irmazona?

Chiho se agachou enquanto perguntava. Alas Ramus ergueu os dois braços para o ar.

— Dividir!

A vontade instintiva de comer, na cara larga.

— Bem, você ouviu ela… Ah, não se preocupe, Chi. Emi vai pagar por isso.

— Você não deveria dizer “Eu vou pagar por isso”?

— Sim. Você.

Emi fez uma careta para Maou enquanto ele tomava a abordagem extraordinariamente pão-duro de cumprir o favor com Alas Ramus usando dinheiro alheio. Ashiya o observou, seu rosto melancólico. Seu suserano estava completamente no modo turista descontraído.

— Vossa Alteza Demoníaca! Precisamos entrar em contato com nossa carona.

— Ah, é mesmo. Foi mal.

Maou acenou com a cabeça desajeitadamente para pedir desculpas enquanto pegava seu celular e saía, entrando no pátio.

Com o canto do olho, Emi avistou Maou saindo enquanto ela estava em frente à caixa registradora da loja.

— Tudo bem. Podemos conversar um segundo, Chiho? — Emi ficou em silêncio quando chamou Chiho, puxando-a para um lado do prédio.

— Fiquei realmente surpresa ontem, sabe? Você conseguiu a permissão da sua mãe, certo? Porque se sim, caramba.

— …Desculpe por ter te chamado assim do nada.

Sua mãe concordou prontamente com sua narrativa descarada de visitar a linha de Choshi, desde que pudesse falar com seus companheiros de viagem Emi e Suzuno primeiro, ou seja. Emi ficou chocada, mas concordou com a ideia no entanto.

— Eu estava pensando em me certificar de que está totalmente segura antes de vigiar com o Rei Demônio. Então isso é uma espécie de dádiva de Deus para mim. E também

Emi sorriu quando se virou para Suzuno.

— Chiho! Tenho uma mensagem para você da sua mãe.

— Hum?

Suzuno removeu uma folha de papel da mala de viagem.

— De acordo com isso, desde que nos reportemos à pousada que sua mãe especificou e um de nós ligue para ela em ocasiões regulares, você recebeu permissão para uma estadia de duas noites.

— Huh? Hm? Quê?

Chiho quase derrubou o nure-senbei que dividiu com Alas Ramus.

— Agora todos nós temos a chance de ver se eles estão realmente trabalhando ou não. Sem repercussões!

— Po-por que…?

Chiho estava mais do que satisfeita com uma simples viagem de um dia, então se convenceu. De qualquer maneira essa também era a intenção dela. Mas porque Emi e Suzuno teriam uma mensagem da sua mãe em primeiro lugar?

— Bem, se eu estou viajando com você, sua mãe precisava de alguém para entrar em contato em uma emergência, sabe? Então eu dei meu número de telefone a ela, e então me ligou mais tarde.

— Talvez eu seja um pouco tendenciosa, mas Chiho é uma jovem tão brilhante. Ela também nunca mente para mim. Ela está preocupada com o que vai acontecer com o Sr. Maou, é claro, mas acho que ela também está preocupada que se algo der errado com o trabalho dele, isso fará com que todos vocês se afastem dela também.

Riho, do outro lado da linha, falava sério, com um tom quase sombrio.

— E se Chiho está disposta a dividir tanto comigo, tenho certeza que alguma coisa está causando toda essa preocupação. Para mim, parece que você e a Sra. Kamazuki são pessoas muito importantes para ela. Alguém em quem ela confia diariamente. Então, peço desculpas antecipadamente por um pedido tão egoísta, mas eu só pensei, se tem algo que você poderia fazer para ajudar a acalmar Chiho…

Emi aceitou de bom grado o pedido de Riho, ela se arrependia por envolver Chiho nos assuntos de Ente Isla mais do que qualquer coisa que sua mãe pudesse imaginar. Assim, as duas entraram em longas brigas amigáveis sobre quem pagaria os custos do hotel.

Chiho nunca falou nada sobre Ente Isla com a mãe. Mas se ela sentiu “algo causando toda essa preocupação”, Riho aparentemente estava disposta a colocar toda a sua confiança nela.

Para Emi, que conheceu Riho pessoalmente, não parecia ser uma mãe extremamente mente-aberta. As palavras da mãe de Chiho foram apoiadas, sem dúvida, pela relação harmoniosa entre mãe e filha que construíram ao longo dos anos.

Ela não podia negar que isso a deixava com ciúmes. Só soube quem era a mãe dela há pouco tempo. E então desapareceu de novo. Além disso, nem era humana.

— Então, basicamente, para resumir, Chiho, acho que sua mãe lhe deu total apoio. E em troca de deixar seu pai sozinho, ela quer que você pegue alguns dos peixes tsukudani cozidos que eles fazem de saury do Pacífico. Vamos encontrar um pouco disso juntas, certo?

— Cara, isso… Minha mãe é apenas…

Os olhos de Chiho umedeceram um pouco enquanto abaixava a cabeça.

— Mas para que tudo isso, afinal? Quero dizer, por que você fez uma jogada tão ousada em primeiro lugar? Não é só porque está preocupada que Lucifer os demita, é? Porque, se assim fosse, você teria se oferecido para ir no momento em que eles reproduzissem aquele vídeo.

Chiho fungou, apenas uma vez, depois colocou Alas Ramus no chão.

— …Sariel me disse algo outro dia. Ele disse que Gabriel não desistiu de Alas Ramus.

A súbita menção do nome de Gabriel fez com que Emi e Suzuno sentissem um ligeiro pânico.

— Eu sei que o espancamos uma vez, mas… Maou, você e Alas Ramus continuam correndo para todas essas situações terríveis, porém vocês conseguiram sair delas … porque não estavam sozinhos. Certo? Não estou pedindo que perdoe Maou por tudo que ele fez em Ente Isla. Nada disso. Mas se as coisas ficarem perigosas de novo, pensei que ter os dois por perto seria muito mais seguro. Mas… eu não sei, parecia que você estava realmente feliz em ver Maou ir embora, Yusa, então…

— Ahh…

Emi inconscientemente assentiu.

Se ajudarem anteriormente foi por conta do desespero. Acabou por ser assim. Nunca foi uma escolha.

Emi realmente evitou o pior, graças a Maou ou Ashiya ou Urushihara estarem por perto. Mas ela também nunca implorou ativamente pela ajuda deles.

Ela não demonstrou nenhum interesse especial em perseguir Maou até Choshi, dado que ele estaria sob o olhar atento da sobrinha daquela senhoria enigmática, Miki Shiba. Mas deve ter despertado a suspeita de Chiho, sem saber que tipo de mulher aquela senhoria realmente é.

— Quero dizer, o fato de Maou, você, Suzuno, Ashiya e Urushihara… O fato de vocês estarem todos em Sasazuka, bem perto de mim… É tudo apenas um monte de pequenas coincidências. É um equilíbrio delicado. E se dermos uma gorjeta, vocês iriam embora, e isso me assustou muito quando percebi. Sei que é egoísmo, mas é assim que me sinto. Então pensei que poderia tentar manter as coisas equilibradas do meu lado…

Chiho ficou de olho em Ashiya e Urushihara, sentados em um banco distante e compartilhando o que parecia meio litro de sorvete um com o outro.

— Eu sei que todos vocês podem ter que voltar para Ente Isla e resolver as coisas para sempre algum dia. Mas se quiserem fazer isso, então… Não sei. Quero que trabalhem juntos para isso. Apenas, quando precisarem. Isso seria ótimo.

Chiho, a seu crédito, não foi tão longe simplesmente por pura afeição por Maou.

— Eu não sei se o próprio Maou percebeu tudo isso. Mas Sariel disse outra coisa também. Ele disse que sabia o tempo todo onde sua espada sagrada estava, Yusa. Todos os seus atacantes devem ter sabido exatamente onde você estava antes de virem para cá. Então eu pensei que… que se Gabriel atacasse novamente enquanto Maou estivesse em Choshi…

Emi venceu Gabriel uma vez em uma batalha individual. Mas o arcanjo podia não atacar de forma arriscada na próxima vez.

Tudo que Chiho disse, tudo que Chiho viu, era a verdade.

Mesmo quando Emi e Maou saíssem por aí se chamando de Herói e Rei Demônio, nenhum deles resolveu nenhuma das ameaças que os seguiam para o Japão sozinhos, estritamente falando.

Na verdade, eles estavam muito orgulhosos de seus poderes, frequentemente envolvendo Chiho, a colega de trabalho de Emi, Rika Suzuki, e todos os outros japoneses em suas batalhas, mesmo que ninguém além de Chiho tenha percebido.

— Você é uma jovem sábia, Chiho.

O sussurro de Suzuno atraiu sua admiração.

— A estrada pode ter se mostrado tortuosa e complicada, mas o objetivo final de Emilia é resolver as coisas, como você diz, com o Rei Demônio. E neste mundo, se Emilia ou o Rei Demônio estiverem desaparecidos, nada será resolvido. Nunca devemos nos permitir enganar sobre o inimigo que realmente devemos enfrentar, se quisermos alcançar nossos objetivos supremos…É isso que você está nos dizendo, Chiho?

Chiho assentiu levemente.

Graças à sua “escolha errada” do inimigo que ela precisava enfrentar, Suzuno já esteve em uma posição em que eliminou implacavelmente aqueles que bloqueavam o caminho para a paz. Odiava que a “eliminação” fosse o único método disponível. Isso a machucou. Internamente, gritou para si mesma, implorando para saber quem era seu verdadeiro inimigo.

Agora, o inimigo que Suzuno e Emi precisavam matar era e não era o Rei Demônio.

Era… alguém. Alguém usando a máscara da justiça, enquanto tentava esvaziar o mundo de tudo o que permanecia bom dentro dele.

Este alguém, ou alguns, poderia ser muito mais poderoso do que a Heroína ou o Rei Demônio. E, até agora, eles nunca agiram para jogar esse mundo delicadamente equilibrado da humanidade em crise.

— Nós todos nos demos bem até agora porque eu era tão egoísta. Porque eu não sabia nada sobre Ente Isla…, mas agora temos Alas Ramus. Alas Ramus, que ama a todos nós tanto, tanto. Não quero que aconteça nada  que a deixe triste.

— Esse senbei é gostoso!

Chiho assentiu ligeiramente com a resposta mansa de Alas Ramus.

 — Chiho?

— Sim… Agh!

Emi cortou Chiho com um abraço gentil.

— Não é à toa que sua mãe confia tanto em você. Você nasceu em um país tão pacífico também. De onde veio toda essa determinação em você?

Emi deu um tapinha nas costas dela para acalmá-la.

— Está tudo bem. Vou acatar a sua ideia. Essa criança também é importante para mim.

Ela soltou Chiho, depois colocou Alas Ramus no chão.

— Mas uma coisa eu quero deixar claro: eu não tenho nenhuma intenção de fazer amizade com o Rei Demônio, ou ficar junto com ele, ou ficar-pah! -perto dele.

Ela engasgou para visivelmente mudar o assunto assim que viu o Maou suado falando no telefone ao lado de fora.

— Se as coisas ficarem realmente ruins, tipo, se não houver nada que eu possa fazer sozinha e tenha certeza absoluta de que preciso de ajuda, prometo que pedirei. Não, eu juro que vou aceitar toda a ajuda que puder. Consumi-la, até não sobrar nada. E uma vez que eu terminar, vou jogá-lo na pilha de compostagem.

A declaração um tanto exagerada foi recebida por uma Chiho radiante, inclinando a cabeça em agradecimento.

— Peço desculpas pelo incômodo. Muito obrigada.

— De qualquer forma, vamos ficar de olho neles enquanto descansamos em Choshi, certo?

— De fato. Acabamos de completar uma longa viagem. Viajar até aqui apenas para vigiar os demônios enquanto eles vivem suas vidas empobrecidas e inúteis seria uma oportunidade desperdiçada.

O sussurro irônico de Suzuno era apenas a cunha que as meninas precisavam para limpar o clima.

Naquele momento, Maou voltou para dentro, suspirando contente com a diferença de temperatura, felizmente inconsciente da conversa anterior que elas tiveram.

— Oh! Ei, o que vocês estão comendo aí?

Maou protestou contra a xícara de sorvete em que Ashiya e Urushihara estavam se aconchegando.

Sorvete Nure-senbei. É bom demais.

— Peço desculpas, meu suserano. Fiquei tão encantado com a curiosidade sobre como poderia ser o gosto, que não pude evitar… Você gostaria de um pouco?

Isso explicava porque Maou parecia tão alheio a Emi e Chiho. Ele estava distraído demais com seus comparsas demoníacos recorrendo a guloseimas congeladas para evitar que morressem de sede antes mesmo de chegar ao novo emprego.

— Bem, sim, é claro que eu gostaria de um pouco!

Maou tirou algumas moedas do bolso enquanto caminhava em direção à loja. Emi torceu o rosto em desgosto enquanto o observava.

— Então eu não posso me proteger a menos que aceite a ajuda de um demônio que não consegue resistir a esse sorvete de lembrancinha brega? Isso é… meio difícil de engolir.

— Ah, mas esse sorvete nure-senbei deve ser muito bom! Pelo o que eu li, é um novo sucesso local.

— Chiho, Chiho, Chiho. O gosto não é o problema.

Maou, enquanto isso, lambia os lábios enquanto saboreava a textura indescritivelmente única dentro de sua xícara de sorvete.

— Então… como é aquela garota, afinal? Ohguro, certo?

Maou e Ashiya enrijeceram com a citação casual de Urushihara.

— Você poderia tentar não mencionar isso? Estou tentando manter isso longe da minha mente pelo maior tempo possível.

— Qual foi cara? Estou com medo! Ela é a sobrinha da senhora daquela foto!

— M-mas ela parecia meio jovem por telefone!

— Não há necessidade de se preocupar com isso. Estamos comprometidos a longo prazo. Devemos fazer todo o possível para enfrentar nossos destinos… não importa o que eles possam ser.

— Sim, mas como? Ainda nem vimos a casa dela!…Ah, ei.

O telefone de Maou começou a tocar.

Os três demônios se entreolharam por um momento. Uma batida, e então Maou atendeu a chamada.

— Alô?

— Ah, oi Maou. Estou na frente da estação agora. É uma van branca!

O momento da verdade chegou.

 


 

Tradução: Vinícius

Revisão: Bravo

 

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