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Rei Demônio ao Trabalho – Vol. 04 – Cap. 01.7 – O Rei Demônio Perde o Trabalho, Então a Casa

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No dia seguinte da proposta de trabalho inesperada, os demônios do Castelo Demoníaco se preparavam desesperadamente para as próximas duas semanas.

Em posição de súplica para a Clériga da igreja, sua vizinha, Rei Demônio e seu grupo de generais receberam a confirmação de que ela transportaria a geladeira e seus demais pertences para um armazém público.

— Ah, como eu gostaria de poder tirar uma foto disso e mandar para a igreja! Um sinal divino da subserviência do Rei Demônio à nossa causa!

Isso foi o quanto Maou teve que se curvar para ela.

Com essa questão resolvida, o próximo item da lista era comprar as coisas que precisariam, que seria feito no dia seguinte. O “dono de casa” da residência foi coagido a agir.

— Isso pode ser um grão de fortuna dos céus, vossa excelência, mas precisamos estar completamente preparados… ou vamos deixar a chance de ouro passar pelas nossas mãos!

Amane não sugeriu levar muito além de sandálias de praia, mas não era como se eles pudessem partir com as roupas do corpo e nada mais. Eles ficariam lá por duas semanas, o que indicava trazer pelo menos roupas suficientes para isso.

— Eu suponho, meu senhor, que roupas para quatro dias sejam suficientes. Devemos ficar bem, desde que sejamos diligentes com nossa lavanderia.

— Sim, eu não acho que eles tenham um uniforme ou algo assim, então é melhor levarmos roupas em que não teremos vergonha de trabalhar.

— Ah. Sim. Nesse caso, meu senhor, é melhor dividirmos nosso guarda-roupa entre trabalho e lazer. Shorts devem ser o suficiente para o trabalho.

— Eu poderia apenas dobrar a barra dos meus jeans, mas… sei lá. Tipo, quando todos costumam usar o mesmo tipo de roupa no trabalho, é meio estranho pensar em usar outras coisas.

— Sim. Posso imaginar. Você se lembra dos quatro emblemas diferentes que nossas forças demoníacas usavam em Ente Isla, meu suserano, representando o exército ao qual pertenciam.

— Huh. Talvez nós podemos comprar camisetas em atacado na UniClo. Desse jeito, pelo menos, combinaríamos.

— Ah, isso me lembra de nossos dias de trabalho temporário, meu suserano. Lembra como eles nos forçaram a comprar o uniforme deles?

— Ah, sim, com o logotipo da empresa e outras coisas, certo? Ainda temos alguns desses, mas acho que são todos de manga comprida.

— Realmente. Com certeza não é uma roupa para o verão.

Enquanto Maou e Ashiya organizavam sua bagagem, vasculhando as roupas cuidadosamente armazenadas no armário, Urushihara olhava como quem não quer nada.

A expressão em seu rosto era estranhamente resoluta. Alguma reviravolta bizarra do destino estava guiando-o para ajudá-los.

Mas seu desempenho no início do dia… o óleo ainda grudado nos pratos depois que ele os lavou, camisas dobradas em paralelogramos com formatos estranhos, cobertores caindo no chão depois dele os pendurar para secar… foi além da incompetência e mais atrapalhou que ajudou. Assim, sentou-se silenciosamente em um canto.

— Todo mundo é péssimo nisso na primeira vez. Por que você está tão mal?

A vontade de ajudar era coisa do passado. Voltou a resmungar sobre a situação.

Maou e Ashiya já foram líderes, generais poderosos encarregados de unificar milhares de demônios para uma única causa.

Dê um peixe a um homem e ele comerá por um dia. Ensine-o a pescar e ele comerá pelo resto da vida. Mas se fosse o anjo caído, ex-Grande General Demônio, e comandante da força de invasão da Ilha Ocidental, pediria uma pizza e já teria ido para casa antes mesmo que o entregasse a vara de pesca.

A rebelião da Heroína Emília começou na Ilha Ocidental. Maou estava começando a se perguntar se era a falta de habilidades de liderança de seu general nomeado que havia trazido sua derradeira desgraça.

E mesmo que ele se impedisse de insistir em pensar na conexão entre falhar em parar o avanço do Herói e não lavar a louça corretamente, apenas o pensamento hipotético de ser jogado na Terra com um recluso sem talento ao invés de um Ashiya trabalhador e capacitado o fez tremer.

— Ashiya… não consigo pôr em palavras o quão feliz estou por você estar aqui. — tocou o ombro de Ashiya quando disse sinceramente.

Ashiya olhou fixamente para a mão por um momento. Então, uma vez que seu cérebro processou o que Maou quis dizer, se ajoelhou diante dele em pânico.

— Eu…eu, eu aprecio um elogio tão gentil e magnânimo, meu senhor, mas o que o levou a dizer isso de repente?!…Uh, quero dizer, eu nunca me incomodaria com seu louvor, mas…

Ashiya olhou ao redor da sala, perturbado, antes que seus olhos se fixassem em algo.

— U-Urushihara! Vá embrulhar nossos pratos naquela pilha de jornais e coloque-os em uma caixa. Você certamente pode fazer isso, pelo menos.

— Eu não sou tão estúpido!

Urushihara ficou genuinamente para baixo com o comando de Ashiya, ter sido levado tão francamente pelo constrangimento, mas não tinha nada para contra-argumentar. Fazendo beicinho, se levantou, trouxe o jornal e as caixas de papelão para seu lugar no canto e, silenciosamente, começou a embrulhar as coisas frágeis da cozinha.

— Sabe… eu não quero encorajar Urushihara ou qualquer coisa, mas você realmente acha que ele está bem?

— Você quer dizer que eu poderia ser procurado ou algo assim…? Eu não notei nenhuma câmera de vigilância ou qualquer coisa quando estávamos fugindo, mas…

A maneira como ele comentou sobre sua curta carreira de “assaltante” no Japão tão naturalmente combinava bastante com o estilo dos demônios.

— É, mas você não pareceu muito diferente de quando era um demônio. Tente usar a cabeça um pouco quando estivermos lá fora, ok?

— Certo, como assim cara? Eu não estava pensando que isso aconteceria.

Urushihara virou as costas para Maou, que estava ocupado tentando tirar a capa de seus dias de Rei Demônio. Todos os babados e bordados a tornava demoniacamente difícil de se dobrar corretamente.

— Oh! Vossa Alteza? Acho melhor colocarmos repelente de insetos na sua capa. É grosso o suficiente para ficar cheio de traças com essa umidade.

O ex-Rei Demônio não estava interessado em melhores castelos e dicas de limpeza de jardins.

— …Dois anos atrás eu também não me imaginava colocando naftalina nessa capa. Não adianta pensar no passado, certo?

Franzindo a testa para Urushihara, que tentava segurar um riso, Maou seguiu humildemente a sugestão de Ashiya e enfiou um pacote de repelente na caixa.

— Quero dizer, os policiais prenderam Olba?

Depois que Maou reprimiu a conspiração de Olba e Urushihara para destruir a cidade com sua força demoníaca recém-recuperada, Olba foi levado pela força policial local. Isso, os demônios viram por si mesmos.

— Tenho certeza de que sim. Por porte de armas, pelo menos.

— Sério?

— Sim. Já faz um tempo, mas eu vi isso ser falado na internet. Acho que não foi emocionante o suficiente para aparecer na TV ou nos jornais.

— Uh, isso é meio ruim, não é?

— Eu duvidaria disso, meu suserano.

Ashiya interrompeu.

— Eu li a mesma reportagem. O descreveram como um cidadão estrangeiro que entrou ilegalmente no Japão e estava destruindo propriedades com uma arma. Eles especularam que ele era algum tipo de agente secreto ou agente da máfia. Já era suspeito de assalto à mão armada antes disso, também…

— Sim. Não que tenhamos tirado tanto das pessoas. As grandes empresas provavelmente não o escolheriam, a menos que realmente matássemos alguém.

— Pfft. Ainda bem que temos o criminoso aqui para esclarecer as coisas. Onde você viu isso, Ashiya?

— Ah, no nosso computador. Ou de Urushihara, deveria dizer.

Ashiya virou-se para o notebook que agora era o dispositivo exclusivo de navegação na internet de Urushihara.

O anjo caído insistiu, é claro, que o computador iria com eles. Junto com o WIFI. Mas é claro.

— Ele pode ser apenas um vagabundo ocioso nos dias de hoje, mas quando isso aconteceu, eu estava bem pronto para entregá-lo às autoridades.

— Uou! Cara! Você realmente não confiava muito em mim? Essa é uma maneira meio maldosa de dizer isso.

— Desde aquele dia, eu já disse ou fiz algo que indicasse que confiei em você?

O escarnio gélido de Ashiya silenciou Urushihara.

— Mas independente disso. Desde então, meu senhor, não houve nada relacionado aos eventos relacionados a Olba.

— Nada divulgado, pelo menos.

As mãos de Maou pararam quando um pensamento veio a ele.

— Ei, Urushihara. Olba não usou toda a sua energia sagrada, certo?

— Eu acho que não. Ele definitivamente lutou com você e Emilia, então não sei se tem força suficiente sobrando para abrir um portal ou algo assim. Mas o quê? Você está preocupado que ele faça algo desagradável no Japão?

— Bem… basicamente sim.

— Hmm… Porque eu não acreditaria.

Urushihara deu de ombros.

— Olba não sabe o que aconteceu comigo, e além disso, também tem que se preocupar com Emilia, certo? Não tem como escapar da cadeia e tentar se vingar dela. Não sem mais energia sagrada. Suas únicas escolhas são me apontar como cúmplice ou usar um pouco de sua magia para fugir. E não é como se voltar para Ente Isla fosse ajudar. Bell está tentando expor a corrupção na Igreja. De forma alguma ele pode voltar a posição de ter poder sobre os arcebispos. Pelo menos não mais.

— É essa parte de “te apontar como um cúmplice” que mais me preocupa. Se as pessoas descobrem que estou abrigando um criminoso, isso me tornaria seriamente incapaz de ser contratado.

— Se o longo braço da lei chegar ao Castelo Demoníaco, eu me recusarei a admitir qualquer relação com você, sabe. Meu soberano deve ser protegido!

— Ótimo, obrigado. Mas a polícia já esteve aqui, lembra? E eles não fizeram nada.

— Oh… Sim. Quando Suzuno esmagou minha bicicleta.

Maou foi comido vivo por um oficial por deixar os restos contorcidos da primeira Dullahan em frente à Prefeitura Metropolitana de Tóquio. No início, Maou temia que o policial tivesse invadido para levar Urushihara.

— Então vai ser de boa cara! Só vamos a Chiba um pouquinho. Não é como se tivessem meu pôster nas estações de trem. Vocês estão pensando demais nisso.

— Você está meio que subestimando isso… Talvez devêssemos bisbilhotar um pouco quando tivermos algum tempo livre, no entanto.

De certa forma, a presença de Olba Meiyer era como uma pequena espinha de peixe presa na garganta na coexistência pacífica dos demônios no Japão. Como uma semente de gergelim entre os dentes ou um pedaço de alface em algum canto inacessível da boca, era algo que poderia deixá-los ansiosos se vazasse.

— Você já terminou de embrulhar esses pratos, Urushihara?

— Sim. Quero dizer, a maioria são de plástico cara. Eles não vão quebrar tão fácil.

Mesmo ao demonstrar um desejo de ajudar, Urushihara não pôde deixar de lamentar. Ashiya mordeu a isca.

— Se ficarem descobertos, eles podem ser infectados por todos os tipos de bactérias horríveis!

— Ugh. Foooiii mallll. Esquece!

Urushihara colocou as mãos nos ouvidos.

— Seu maldi…! Oh, você já entrou em contato com a Sra. Kisaki, Sua Alteza Demoníaca?

—Não. Mas estou quase. Pensei em me despedir pessoalmente. O pessoal da construção vai começar a vir hoje, mas ela disse que estaria por perto até a noite.

— Muito bem. Nesse caso, talvez quanto mais cedo, melhor, sim? Acho que nossos pertences estão guardados, em geral. Agora só precisamos comprar suprimentos.

— Eu poderia comprar as coisas para você no caminho de volta.

— Não precisa. Temos que comprar algum tipo de mala de viagem afinal, e acho que sei o quão grande vamos precisar. A menos que você tenha uma preferência, posso comprar sandálias e tal enquanto eu estiver fora também. Isso, e eu tenho alguém que preciso dizer adeus por mim mesmo.

— Oh, você tem?

Maou nunca ouviu nada de Ashiya sobre seus conhecidos, ou onde, se em algum lugar ele trabalhava. Ao fazer a pergunta, começou a perceber o quão pouco realmente sabia sobre a vida privada de seu ajudante.

Embora nunca tenha pedido detalhes, sabia que Ashiya ainda se envolvia em trabalhos temporários ocasionais para reforçar os cofres do Castelo Demoníaco, ajudando o orçamento em sua busca por poder (uma missão que Maou praticamente deixava de lado atualmente).

Era melhor conceder esse pedido ao seu confidente mais próximo. Além disso, sabia que Ashiya tinha o tamanho que calçava de cor. Era assim que ele era.

—Bem, lega! Muito obrigado.

– Sim, meu Soberano. Espero que as coisas corram bem entre você e a Sra. Kisaki… pelo bem de todos os nossos amanhãs.

— Sim, e nosso orçamento para comida depois disso também.

Quando viu os dois saírem, cada um andando pelas ruas de Sasazuka com seus próprios propósitos, Urushihara teve um ataque de preocupação incomum.

— Eles estão, tipo, realmente se planejando para dominar o mundo, ou o quê? Não é para isso que estão trabalhando? Se não for por isso, pelo o que então?

Suzuno, Chiho, até Emi fizeram a mesma pergunta um momento ou outro. Mas neste ponto, com seu entendimento, não havia como Urushihara adivinhar onde estavam as verdadeiras intenções de Maou.

 


 

Tradução: Vinícius

Revisão: Bravo

 

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