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Registros de Guerra: Tanya, A Diabólica – Vol. 01 – Cap. 01.4 – O Céu sobre Norden

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De acordo com os instrutores com quem Lergen conversou para obter informações, depois de aprender sobre política para que os alunos de primeira classe instruíssem alunos de segunda, ela proclamou que eliminaria os tolos incompetentes. Entusiasmo era bem normal para alunos de primeira classe, então os instrutores inicialmente riram com a inspiração saudável, no entanto, Degurechaff manteve sua palavra, que até fez os rostos dos instrutores sangrarem.

Enquanto estava em um treinamento de campo, um aluno de segunda classe começou a brigar e contradizer as ordens da Mentora Tanya Degurechaff, subestimando sua pouca idade e aparência. Lergen testemunhou o momento em que ela tentou cumprir seu dever como comandante e tentou executá-lo no local por insubordinação, conforme a lei militar. Esse incidente marcou o momento pelo qual Lergen sentiu que, de todos os oficiais feiticeiros do Exército Imperial, Tanya Degurechaff era alguém perigosa e digna de ser lembrada.

Claro, o cadete insubordinado deveria ter sido punido com severidade. Regulamentos e disciplina formam o coração do Império. Se ninguém cumprisse, os alicerces do exército desmoronariam. Quando uma questão dizia respeito à doutrina fundamental, a atitude padrão dos oficiais era, na verdade, que os instrutores assumissem uma posição firme.

Na verdade, historicamente, a pistola de um oficial servia como uma ferramenta para punir a deserção ou insubordinação. Não havia necessidade de dizer que manter a disciplina entre os subordinados era uma das principais funções de um oficial.

Mas mesmo assim, Degurechaff foi longe demais quando gritou: “Se você é burro o suficiente para não se lembrar das ordens, que tal eu abrir seu crânio e socá-las aí dentro?!” Agilmente, sacou e apontou uma lâmina mágica para o cadete que ela havia derrubado. Lergen tinha certeza de que tinha visto a lâmina descendo no momento em que os instrutores correram e a pararam. Se não a tivessem impedido, com certeza teria matado o cadete.

 

 

 

Talvez Degurechaff tenha sido uma excelente oficial de linha de frente, mas ela com certeza não tinha uma mente sã.

Em termos de humanidade, ela tinha um parafuso a menos. Talvez essa fosse uma característica ideal para os soldados que lutavam no campo de batalha. Na realidade, poucos possuíam personalidades inatamente adequadas para o combate. Assim, o Exército Imperial, semelhante aos exércitos de outras nações, treinava as pessoas por meio de regulamentos e exercícios antes de finalmente reconhecê-las como combatentes treinados.

A esse respeito, Degurechaff foi abençoada com grande talento. Era tão óbvio que chegava a irritá-lo, precisamente porque Lergen trabalhava com Pessoal. A garotinha era a encarnação do oficial ideal do ponto de vista do exército, desde a maneira como calmamente usava uma manobra quase autodestrutiva até a maneira como lealmente cumpria seus deveres. Claro, ela era claramente perigosa em alguns aspectos.

Em particular, o desejo do exército por unidade e coesão, não chegava nem perto do que ela queria. A maneira de pensar de Degurechaff era perigosa o suficiente para que não fosse possível confiar nela para agir por conta própria, então Lergen foi forçado a considerá-la uma ameaça em potencial. Ela tinha fome de guerra.

— Isso aqui não é brincadeira.

Percebendo que ele estaria em minoria no que dizia respeito às suas opiniões, Lergen foi tentado a reconsiderar a condecoração proposta.

A garotinha segurou os inimigos até os reforços chegarem, lutando tanto que sua vida estava por um fio quando a infantaria a encontrou. Tal façanha era definitivamente digna de elogios, mas considerando sua disposição, ele estava convencido de que era o resultado natural. Quanto à maneira como ela lutou, não era de surpreender que tivesse seguido o livro à risca, opondo-se com uma resistência nobre. Ela tinha extensos ferimentos de perfurações de tiro em seus braços e pernas, e havia sinais de que segurou o orbe de operação com os dentes. Resumindo, isso indicava que ela havia tomado a decisão estratégica sensata de ganhar tempo e de proteger seus órgãos vitais enquanto segurava as forças inimigas pelo maior tempo possível.

Mas esse era o problema. Depois de terminar de ler os documentos, Lergen não pôde deixar de colocar as mãos na cabeça. Era verdade que Degurechaff era extremamente perigosa. Ao mesmo tempo, com base no princípio de recompensar a excelência e punir a inadequação, ele não poderia ignorar uma conquista tão notável. Seria inaceitável se o fizesse.

Não estava claro o que o futuro reservava, mas considerando a conquista que rendeu a Degurechaff essas recomendações, ela provavelmente receberia a gloriosa Medalha de Assalto de Asas de Prata. A Unidade de Exército do Norte provavelmente considerava este como o maior feito na fase inicial da guerra. Durante uma fase crítica nas primeiras batalhas, ocorreu uma crise. Uma feiticeira da academia teve a distinta façanha que o exército buscava para levantar o moral. Ela obteve resultados reais. E a história era incrivelmente perfeita. Era uma honra para um feiticeiro receber este título e logo no começo de carreira. Ele entendeu que ela recebera o elegante apelido de “Prateada” porque todos estavam vibrando.

Mesmo que Degurechaff possa não ter a personalidade de uma heroína para aumentar o moral, Lergen deveria ser justo. Ele se orgulhava de sua justiça e fidelidade em seu dever. No entanto, pela primeira vez, estava dividido entre suas emoções e suas obrigações como um burocrata militar.

Uma criança disciplinada para ser uma arma perfeita é aterrorizante. A única maneira de usar Degurechaff é virá-la contra o inimigo. A deixarei como uma heroína. Respeitarei suas façanhas o máximo possível. Permitirei que você opere do jeito que quiser. Vou apoiá-la como puder para que possa continuar operando. Farei tudo isso. Então, por favor, imploro, vá para frente de batalha.

É certo conceder honra e influência a um soldado que só posso esperar controlar com uma oração?

— Se isso fosse um grau abaixo… — Lergen resmungou para si mesmo. A Medalha de Assalto de Asas de Prata dava enorme influência e reconhecimento no exército.

Esta condecoração era uma das medalhas mais valiosas de muitas que o Império tinha a oferecer. Naturalmente, os prêmios por mérito também eram dados por honra e cortesia por anos de serviço contínuo ou em certos pontos da carreira de um soldado. Ainda assim, era verdade que as condecorações por coragem e devoção notável à nação eram vistas com mais honra. – Esta tendência era atribuída à fortitude e ao utilitarismo do Império, mas poderia entrar facilmente como nacionalismo.

Há muito tempo, cada indivíduo recebia uma coroa de louros por suas ações corajosas. Mas com a modernização do exército, isso foi mudado para as condecorações atuais. Entre essas condecorações, as medalhas de assalto honravam os soldados que lutaram com coragem destemida em operações. Normalmente, em uma ofensiva em larga escala, a unidade que serviu como vanguarda receberia a Medalha de Assalto Geral, enquanto quem contribuísse mais receberia a Medalha de Assalto com Folhas de Carvalho.

Um soldado com a Medalha de Assalto com Folhas de Carvalho era visto como um membro muito importante da unidade e recebia uma confiança incondicional. Mas mesmo essa honra não poderia competir com a Medalha de Assalto de Asas de Prata. Afinal, era reservado apenas para aqueles que eram como arcanjos que vinham em socorro de aliados em perigo. Mesmo os requisitos de nomeação diferiam das medalhas de assalto normais.

As indicações para a Medalha de Assalto de Asas de Prata não eram apresentadas pelos oficiais superiores do indicado. Geralmente, o comandante da unidade resgatada nomearia o soldado por respeito. Mesmo que, na maioria dos casos, o oficial de maior posto da unidade resgatada que faria isso.

Mas o aspecto mais singular da Medalha de Assalto de Asas de Prata era que a maioria de seus destinatários já estavam mortas. Em outras palavras, o nível era tão alto que a medalha não era concedida, a menos que o soldado lutasse heroicamente sob condições muito perigosas.

Um indivíduo poderia resgatar uma unidade em apuros? Como alguém conseguiria fazer isso? Tal feito era possível por meios normais? Não precisa nem responder, ao ver as fotografias tiradas em comemoração aos destinatários da Medalha de Assalto de Asas de Prata, deixava tudo muito óbvio. Na maior parte, as medalhas ficavam no capacete apoiado em cima de um fuzil. Os regulamentos oficiais diziam que a única decoração que poderia ser apresentada ao fuzil e ao capacete no lugar do falecido era a Medalha de Assalto de Asas de Prata, então não seria um exagero dizer que esses requisitos eram bem complicados de atingir.

Como resultado, independentemente do posto ou graduação do destinatário da Medalha de Assalto de Asas de Prata, era apropriado que oficiais e soldados mostrassem respeito. A medalha demandava esse nível de honra.

Eu admito. Sendo sincero, temo o que acontecerá se dermos a Degurechaff esse tipo de influência. Ela é muito diferente. No início, ele suspeitava que a garotinha aceitou muito bem os desejos de uma agência de recrutamento excessivamente zelosa. Imaginando se ela havia sido doutrinada com crenças patrióticas fanáticas, ele chegou ao ponto de ter um conhecido da Inteligência investigando seu orfanato. Mas não deu em nada. Era um orfanato comum que podia ser encontrado em qualquer lugar, muito simples e com funcionários sensatos. O que se destacou era que eles forneciam nutrição mediana, já que doações deixavam a administração mais tranquila.

Em outras palavras, a base para a lealdade da Segundo-Tenente Degurechaff ao exército e a vontade de lutar não eram nem um meio de escapar da fome nem uma inclinação para a violência causada pelo abuso. Por curiosidade, Lergen verificou as respostas dela no exame de admissão da academia militar e descobriu que ela – esse monstro com roupas de garotinha – havia dito: “Este é o único caminho para mim.”

Transbordando devoção e lealdade à nação. Nada menos que uma magnífica exibição do que os militares procuravam em um soldado ideal. Treinamento contínuo e desejo de se aprimorar. Todas essas coisas eram dignas de elogios. Um soldado com qualquer uma dessas características faria Lergen perfeitamente feliz como um oficial imperial da administração de recursos humanos.

Se um oficial tem uma combinação dessas, estamos satisfeitos. Isso é precisamente o que o exército quer. Mas, ironicamente, agora tendo visto essas qualidades encarnadas, Lergen percebeu que os desejos do Exército Imperial eram simplesmente outra maneira de descrever um monstro. E isso o encheu de medo.

Ele não sabia o que ela estava insinuando com “Este é o único caminho para mim.” Uma das teorias lógicas que chegou, foi que talvez ela estivesse tentando esconder sua luxúria transbordante por assassinato. Quem poderia dizer com certeza que ela não nasceu com fome de guerra, e o exército era o único caminho que poderia saciar seu apetite?

Quem poderia garantir que ela não era um cachorro louco apreciando o sangue pingando e seguindo uma jornada de carnificina? Mesmo que ela se comportasse como um soldado ideal em todos os sentidos, o quadro geral sugeria que era louca, ou pelo menos anormal.

Ele entendeu que não poderia lutar uma guerra com tranquilidade. Não era como se não soubesse por experiência própria, que apenas que os surtaram ou enlouqueceram, podiam lutar sem enjoar. Mas e se alguém gostasse disso?

Ele já tinha ouvido falar que, no que diz respeito a um assassino, tanto a teoria quanto a prática não passavam de uma diferença na estética. Significa que um assassino em série misturava suas ideias com a realização delas. Na época, riu como se fosse uma opinião bem ridícula, mas entendia muito bem agora. Infelizmente, entendeu. Na melhor das hipóteses, Degurechaff é uma anomalia, fundamentalmente diferente do resto de nós.

Talvez seja isso que um herói é, alguém diferente da pessoa comum, de alguma forma. Não há nada de errado em admirar um herói, mas nunca ensinaremos “Seguir o herói.“ Não podemos nos dar ao luxo de incentivar isso. A academia militar é uma organização de desenvolvimento de recursos humanos, não um lugar para a criação de lunáticos.

 

Separador Tanya

NO MESMO DIA, ESCRITÓRIO DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO IMPERIAL, SALÃO DE GUERRA

O Estado-Maior decidiu conceder uma medalha a um certo oficial feiticeiro, uma das raríssimas ocasiões em que a Medalha de Assalto de Asas de Prata era concedida a alguém que não fosse um cadáver, mas também o julgamento foi proferido com velocidade sem precedentes. O destinatário recebeu até um título. Mas enquanto uma área se agitava com as cerimônias de premiação que acompanham a vitória, um debate acalorado acontecia em um canto do Escritório do Estado-Maior, o Primeiro Salão de Conferência de Guerra do Estado-Maior, onde os guardas impediam a entrada de qualquer pessoa não autorizada.

Para ser exato, dois Generais de Brigada estavam em oposição feroz.

— Eu discordo! Se fizermos isso, podemos perder a flexibilidade de responder rapidamente, um risco que supera muito qualquer benefício! — Um militar viril em seu auge se levantou e gritou em protesto. Seus olhos azuis claros transbordavam de tanta confiança, que parecia arrogância, mas qualquer um que encontrasse seu olhar perceberia que era sempre realista. O Estado-Maior considerava o General de Brigada von Rudersdorf como um oficial cujo equilíbrio de confiança e habilidade o tornava excepcional. Agora, este homem deixou de lado sua reputação e quase se inclinou sobre a mesa enquanto continuava gritando em protesto. — Já temos tropas mais do que suficientes no campo para enfrentá-los! Devemos manter a flexibilidade tática enquanto aplicamos um pouco de pressão. Só isso!

— Concordo, devo expressar minha opinião também. Nós destruímos com sucesso as forças inimigas no campo. Por que continuar essa guerra? Já atingimos nosso objetivo, que é a defesa nacional. — Ele concordou com a necessidade de manter a flexibilidade tática. Quieto e aparência de um estudioso, o General de Brigada von Zettour dava uma impressão sensata, característica de um homem que se portava como um soldado. Ele se juntou ao debate, falando com naturalidade como um matemático lendo seus resultados.

— Ambos expressaram ótimas ideias… Gostaria de falar algo, General von Ludwig? — Presidindo o debate, o General Marchese sentiu que ambos os generais apresentavam argumentos que pareciam razoáveis demais para serem ignorados. Naturalmente, ele era experiente o suficiente para ignorar opiniões opostas no debate, se achasse necessário.

No entanto, não era como se Marchese não tivesse seu próprio motivo de preocupação. Considerando que a posição do Estado-Maior teria uma influência relativamente alta sobre o comandante-chefe, valia a pena ir mais fundo. Então, perguntou ao General de Divisão von Ludwig, chefe do Estado-Maior, que defendia uma ofensiva em larga escala. Ele pretendia ouvir todos os lados.

— É sempre bom ser prudente, mas não tem o mínimo cheiro de mobilização de nossas nações vizinhas. Se quisermos conduzir uma ofensiva em larga escala sem a restrição das condições dadas, não é esta a melhor oportunidade?

O chefe do Estado-Maior levantou-se com um olhar perturbado. Ele parecia um pouco confuso que dois dos subordinados para os quais tinha altas expectativas estavam contra ele. No entanto, também estava irritado. Como resultado, por estar tentando organizar seus pensamentos, o que todos viram foi sua expressão estranhamente perplexa.

— Senhor! No mínimo, devemos limitar a escala de mobilização! Uma mobilização total destruiria a premissa fundamental do Plano 315! — Rudersdorf se opôs fortemente.

Sua crítica concisa veio da situação geopolítica do Império. O Império era a única grande potência cercada por outras potências mundiais, então, em termos de defesa nacional, estava na difícil posição de sempre vislumbrar a possibilidade de uma guerra em várias frentes.

Havia também o contexto histórico, de como o Império construiu sua reputação como um novo poder militar. Impelido pelo medo e pela necessidade geográfica, o Império teve que buscar a superioridade militar para resistir a uma guerra de duas frentes.

— Não quero repetir as falas do General von Rudersdorf, mas não devemos alterar nossas políticas de defesa nacional, incluindo o Plano 315. — acrescentou Zettour.

Assumindo que o Império estava cercado por inimigos em potencial de todos os lados, mover e gerenciar eficientemente as tropas ao longo das linhas interiores tornou-se a única opção de defesa. O plano minuciosamente detalhado exigia mobilização em massa para neutralizar o exército de campo de um único inimigo em potencial, com forças superiores em número e qualidade. Depois disso, os militares se preparariam para enfrentar os outros países hostis. Este era o Plano 315 da política de defesa. A fim de ajudá-los a passar por uma quase impossível guerra de duas frentes, ela demandava obediência e pontualidade em seus mínimos pormenores, tal plano era uma espécie de obra-prima artística para o Império. Colocando de outra forma, levaria muito tempo para construir um novo plano se descartassem este.

— Zettour, devemos evitar enviar forças fragmentadas. Não preciso nem falar.

— Estou ciente da tolice da mobilização gradual, mas acho questionável afirmar que precisamos enviar toda a nossa força agora que destruímos o exército de campanha do inimigo.

Por outro lado, Ludwig também tinha razão. Dado que o Reino de Ildoa, a República de François e a Federação Russy não mostravam sinais reais de mobilização de tropas, estava tudo preparado para esmagar completamente a Aliança Entente. Se o Império fosse atacar, teria que ser com tudo.

Mas, quanto ao lançamento de uma ofensiva imediata, a noção de Zettour de que haviam alcançado vitória suficiente contradiz a opinião do chefe do Estado-Maior Ludwig.

— Concordo com o General von Zettour. A vitória está em nossas mãos, então a pergunta que devemos fazer é: como explorar seus frutos? Se mobilizarmos desnecessariamente as tropas sem um bom plano, o objetivo tático será muito fraco. Não vejo como isso beneficiará a nossa defesa nacional. — Rudersdorf não sentiu que precisava aumentar suas conquistas. A pergunta que ele fez foi simplesmente como utilizar melhor seus ganhos uma vez que tivessem uma compreensão da situação. Embora esse não fosse exatamente o ponto principal de sua proposta, também estava preocupado que o exército comprometeria desnecessariamente sua política de defesa nacional bem estabelecida sem um plano.

— Rudersdorf, Enquanto o comandante-chefe não nos der ordens, o Estado-Maior só poderá buscar expandir seus ganhos militares.

— General, com todo o respeito, seria idiotice conduzir uma operação militar sem um objetivo tático claro. Sou fortemente contra uma invasão imprudente em larga escala que poderia, consequentemente, arruinar nossa política de defesa. — respondeu Rudersdorf.

Zettour concordou com uma expressão amarga em seu rosto.

— A oportunidade não espera por ninguém! Estamos dispostos a resolver de uma vez por todas a disputa territorial em Norden com esta campanha! Podemos resolver o problema geopolítico do Império!

Os aplausos dos participantes não eram totalmente injustificados. Ludwig havia pintado um belo quadro do futuro, apresentando a oportunidade de libertar o Império do problema sempre presente de estar cercado por todos os lados por outras nações. Se eles dessem um golpe devastador na vizinha Aliança Entente, poderiam eliminar com sucesso uma das potenciais ameaças enfrentadas pelo Império. Era uma bela visão de futuro, uma oportunidade de libertar o Império do problema sempre presente de estar cercado por todos os lados por outras nações.

— Discordo! Não devemos prosseguir com isso às custas de nosso programa de defesa! — O ponto que Rudersdorf atacou atingiu o ponto vital do desacordo. Devem tentar garantir um futuro seguro, correndo o risco de prejudicar seu atual programa de defesa? — O objetivo do Império é a segurança nacional. Visto que estabelecemos uma fronteira com o Tratado Londinium, talvez nem precisemos mais nos preocupar com isso.

Zettour chegou ao ponto de dizer friamente que deveriam esquecer a Aliança Entente. Em outras palavras, ele não queria abrir a ferida que o Tratado Londinium havia fechado.

— Não há necessidade de fazer o que o inimigo quer! Não deveríamos seguir nosso próprio plano? Você gostaria que desperdiçássemos todos os nossos preparativos?!

Mais importante ainda, como Rudersdorf apelou veementemente aos presentes na sala de conferências, essa decisão afetaria os fundamentos da defesa nacional do Império.

O Plano 315, que o Estado-Maior havia continuamente alterado ao longo dos anos, era a única política de defesa viável do Império devido ao ambiente geopolítico do país. Cercado por inimigos em potencial de todos os lados, o Império tomou a decisão desesperada de que, independentemente de qual país desencadeasse o efeito dominó da invasão, defenderia seu território por meio de contra-ataques coordenados. Na verdade, eram incapazes de criar qualquer outro plano de defesa com uma alta chance de sucesso.

— Você vai deixar passar a chance de se libertar desse cerco, mesmo que apenas parcialmente?

— Se pudéssemos enfraquecer a Aliança Entente, seríamos capazes de nos concentrar mais no leste. E a oeste, poderíamos montar uma linha de defesa um pouco menos tensa contra Albion e François.

Mas eles continuaram com os argumentos um após o outro, sem fim. O debate começou do desejo inevitável do Estado-Maior de aproveitar essa oportunidade, indicando que poderiam finalmente se livrar de um grande problema. Se agirmos agora, neste exato momento, pela primeira vez desde a fundação do Império, poderemos resolver nossos problemas militares de uma só vez.

— Felizmente, nenhuma das potências mostra qualquer indicação de mobilização. Acredito que se agirmos agora, podemos eliminar a raiz dos problemas do Império.

Eles não tinham como saber se essa decisão era ou não para o melhor, pelo menos não neste momento.

 


 

Tradução: Rlc

Revisão: Castro

QC: Pride

 

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