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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 02 – Capítulo 64 – Origis Confia no Homem que Está na Vanguarda/Erros de Controle de DDR

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Deus existe, e Ele está ao meu lado. Sei disso.

Lá… também está outro deus. Posso senti-lo no meio do inimigo.

-Origis II-

Ah… Este é um campo de batalha, verdade.

É afiado e frio, como se um fio invisível estivesse esticado entre o céu e a terra. Um fedor pungente está misturado com as nuvens de poeira. O céu é tão vasto, e a terra, estreita; isso me faz querer segurar a respiração. Fumaça exala do corpo do meu cavalo. Meu cinto, amarrado ao redor da minha cintura, está duro e quente.

Este é o lugar ao qual pertenço. Cheguei ao lugar em que os homens de Willow devem viver e morrer.

— Formar fileiras!

Uou! As ordens de Agias estão em outro nível. Elas fazem o meu coração palpitar de verdade, limpando a minha mente. Elas transformam um homem em um soldado — este é o poder que sua voz possui.

— Felipo, forme uma ala direita fechada com os seus bravos oito mil soldados de infantaria. Son Peine, vá à extrema direita com os seus três mil cavaleiros. Odysson, forme uma linha no centro com os seus mil magos. Zakkow, seus quatro mil soldados à prova de fogo e familiares formarão a ala esquerda. Marius, seus Cavaleiros Bombardeiros ficarão na extrema esquerda.

Entendo. Então ele não pretende bater de frente. A ala direita parece mais densa, mas a nossa elite está toda estacionada na esquerda. Ele está colocando importância em manter certos grupos juntos, mesmo que isso faça a nossa força assimétrica. Desta forma, nossa formação está completamente adaptável. Mostraremos um exército imponente enquanto buscamos uma oportunidade, uma pequena abertura…

— Origis, seus dois mil cavaleiros serão nossas reservas. Você permanecerá à espera, na retaguarda.

E aí está. Este é o meu trabalho: ficarei o mais longe atrás, mas também preciso ser o mais rápido a responder. No momento que Agias julgar que sou necessário, voarei como uma lança arremessada. Em outras palavras, cavalgaremos como os cavaleiros que somos.

Exato, é aquilo que quero. Isso… é tudo que posso fazer. Não sou o mais rápido em pensar como o Marius, nem flexível com as minhas táticas. Não sou um grande líder como Agias. Para ser honesto, não amo poesia nem dança também… são vergonhosos demais.

Sou um soldado. Isso é tudo. Sei disso melhor do que qualquer um.

Não tenho um dom para o governo nem para a vida social como Nazarus; não seria capaz de suportar o fedor do palácio. Meu amor pela minha nação é medíocre, no máximo. Além disso, dificilmente tenho a coragem do meu pai.

Então, pelo menos, quero ser mais ousado como um soldado do que qualquer um. Se não puder… então, como irei encará-los? Farei isso. Não importa para qual inferno Agias mande eu ir, dispararei em frente sem hesitação. Lutarei com bravura.

— Quanto a mim, ficarei posicionado no centro com mil cavaleiros…

Minha tarefa não pode se comparar com a de Agias. Ele representa não só a Fronteira, mas todo o norte. Também se tornou recentemente a figura central da Casa Willow. É o comandante da nossa elite de soldados e um dos fundadores da nossa revolução. Apenas ser o comandante nesta batalha seria uma responsabilidade pesada, e mesmo assim ele arca com muitos outros fardos. Estou surpreso pela sua espinha não ter quebrado debaixo de tanta pressão. Ao invés disso, continua com a magnificência absoluta, a qual exibe o quão incrível ele é. Serei o primeiro a admitir, entretanto, que suas rotinas de canto, dança e treinamento são… inconvencionais.

Ele tem a magnanimidade para arcar com tudo sem sentir o peso. Essa não é a qualidade de um rei? Não é o que mais precisamos agora, com as terras dos humanos jogadas em caos? Ele não pode morrer. E, ainda assim, deve permanecer na vanguarda do nosso exército. Precisamos dele como representante de nossas vontades, como um símbolo do nosso exército — o inimigo precisa ver que seguimos este homem.

— … E sigam atrás de Lady Kuroi.

Sim, Lady Kuroi. A representação da nossa revolução e esperança. Ela parece tão régia em seu novo manto de batalha vermelho. Protegida pela armadura de cavaleiro leve, parece a exata definição de guerreiro. Posso sentir meu coração batendo mais rápido ao vê-la.

“Contemplem!” é o que desejo gritar, mas minha voz não sai. “Diante de vocês está Kuroi, Apóstola de Deus e Lebre da Chama! Do norte ela vem, cortando o país em dois! Montada em seu cavalo negro imortal, sem espada nem lança, e ainda é inconfundivelmente o cavaleiro mais forte de toda a humanidade. Mil cavaleiros são seus guardas sagrados, e atrás dela estão vinte mil dos mais bravos soldados que a humanidade tem a oferecer, agitando a bandeira da chama. Ela é a personificação das bênçãos de Deus; mesmo de longe, pode incendiar o coração de qualquer um!”

O que foi agora? O que foi, seus traidores? A força principal deles consiste de cinco mil cavaleiros reais e dez mil soldados, mais dez mil lanceiros totalmente equipados tirados do palácio e cidades vizinhas. Números grandes, de fato, mas…

É patético demais.

Seus cavalos relincham e lutam contra as rédeas, suas lanças se batem, mesmo não havendo vento, e a conversa incessante entre suas fileiras… estão nervosos, e ainda tem aquilo: a moral dos seus soldados está tão abalada; é como se alguém tivesse jogado água fria sobre todos eles.

Minha única vontade é de agarrá-los e enfiar um pouco de senso nesses malditos.

Defender o palácio deveria ser a honra de um soldado. Eles deveriam estar animados para abanar a bandeira da nação. Não têm coragem de clamar que somos rebeldes? Parem de parecer tão patéticos!  Não nos façam lutar contra companheiros humanos. Por favor.

Olhem para nós: nossas linhas de batalha já estão formadas. Estamos prontos para um ataque a qualquer momento. O sol ainda está no alto do céu, também. Poderíamos acabar com isso antes do anoitecer, se quiséssemos. Sem usar magia de fogo, ainda por cima. Essa é a fragilidade da “formação” deles — despencaria no primeiro toque.

Oh, aqui vamos nós. Lady Kuroi começou a cavalgar. Os cascos do seu cavalo batem contra o chão, ela se move lentamente na direção do palácio. Não está armada. Não há guerreiros vermelho-pretos invocados ao seu redor, também. Seu cabelo negro balança em harmonia com a cauda de seu cavalo.

— Mantenham suas posições! — grita Agias.

Ele tem razão; não deveríamos nos mover. Ainda não é uma batalha. Certo, poderíamos atacar e esmagá-los, mas isso seria apenas fogo amigo. Nosso inimigo são os vampiros. Onde eles estão? Onde? Um Apóstolo deveria estar aqui — aquele que derrubou uma montanha, assim como o seu nome sugere. Decerto não está observando de um ponto alto do palácio, está? Eu poderia vê-lo, se este fosse o caso. Está contente em apenas observar os humanos matando uns aos outros? Aposto que sim. Quase posso ver seu sorriso malicioso mostrando as presas agora. Afinal de contas, eles gostam de um pouco de brutalidade.

— Companhia de Magos, preparar bombas!

Hã? Agias, o que está planejando? Lady Kuroi não vai parar, também. Até onde vai? Essa é uma daquelas cenas “o cavaleiro solitário cavalga adiante”? Quero dizer, se Lady Kuroi ficasse séria, poderia passar por um exército de milhares — não, centenas de milhares — como uma faca quente cortando manteiga. Lady Kuroi é o símbolo da esperança da humanidade, e Agias é o seu cavaleiro mais confiável. Eles não pisariam em seus companheiros humanos, mesmo que fosse para se vingar por suas famílias e nação.

A esperança é maravilhosa. Não deve vir a custo do desespero do outro. Para nós, humanos, a esperança não deve se tornar desespero para o fraco e derrotado. Nobre, soldado ou plebeu, no final, somos todos patéticos. Fomos esmagados pelo peso do mundo, tivemos nossas espinhas arrancadas de nós e caímos em desespero. Até mesmo a habilidade de estimar o próximo nos foi tirada. Fechamos nossos olhos para o mundo, sacrificamos e buscamos desesperadamente algo bom nisso. Ao fazer isso, muitas pessoas perderam a vida. Muitas pessoas foram mortas. E elas continuarão a morrer, tenho certeza.

Estou cansado disso. Cansado demais. Precisamos unir nossas forças, não matar uns aos outros, mas sim lutar e nos libertarmos desse absurdo que nos cerca. Precisamos trabalhar por um futuro de esperança. Não é isso, Agias? Lady Kuroi?… Deus?

Lady Kuroi ergue a mão para cima. Seus dedos parecem se estender para o céu. Todos estão observando, talvez até mesmo Deus. Se ela mover o braço para frente, esse será o sinal para atacar. Mas não faria isso; não foi por este motivo que viemos.

Hã? Seu braço está começando a baixar… Oh, ela ergueu uma vez mais. Agora, sua saudação foi ainda mais alta. Ela estendeu-o bem alto com toda a sua força. O que é isso?

— Companhia de Magos, mirar para o céu.

Mil Disparos de Fogo disparam para o céu, iluminando-nos e aquecendo-nos, então se espalham pelo vento como cinzas. É lindo — tão brilhante como o sol, o pilar de chamas é tão alto que pode até mesmo chegar aos céus.

Isso mesmo. Eu sabia que você era diferente, Lady Kuroi! Agias! E Odysson também. Veem isso, traidores? Conseguem sentir a presença de Deus? Este é o nosso espírito. É isso o que queremos que vocês saibam!

-Transmissão de DDR/VOD Parte 11-

U-Uou, isso foi uma surpresa. Fiz um pequeno erro de comando e de repente meus aliados dispararam fogos de artifício. Deixe-me tirar a mão desse controle em formato de luva rápido… Ei, pessoal, PotatoStarch aqui.

Não pude me segurar, tá? Se você encontra um console VR caro na frente da sua porta, também iria querer experimentar, não é? Somos todos humanos. Somos todos gamers. Estava tão entediado com toda aquela marcha, por isso estava lendo o manual, o que me deixou um tanto animado para experimentar. Talvez não os óculos, mas e as luvas? Sempre quis experimentá-las em segredo. E tudo acabou assim… Aiai. Pelo menos aconteceu antes de a batalha começar. Quando se consegue um equipamento novo, tem que praticar primeiro; não me tornei um mestre do controle e teclado da noite para o dia.

Então, de volta ao jogo: os exércitos humanos estão se preparando para lutar. O que eu faço agora? Acho que esse é um caso bem comum em jogos de estratégia. Poderia ignorar tudo e investir sozinho, mas isso arruinaria o espírito das coisas, não é?

Hm? O que é isso? Parte do exército inimigo está fugindo. Uou! Está ficando mais caótico a cada segundo! Alguns estão até mesmo correndo na nossa direção. Não parecem estar atacando, entretanto. Que surpresa agradável. Tudo bem, mas podem parar de correr até a Kuroi. Sério, isso é assustador. Oh, bom trabalho em bloqueá-los, Sir Cavaleiro. Ninguém pode tocá-la.

E agora ambos os lados estão em estado de pânico… Na realidade, o inimigo está mais em um estado de histeria. Um grupo de aparência um tanto nobre começou a atacar os aliados fugitivos. Isso não é o correto. Agora uma liteira chique está vindo e agitando uma grande bandeira. Não é o general deles? Então eu deveria encontrá-lo com a Kuroi… Não, o cavaleiro bonitão. Vá! Foi mal, só me pareceu esse tipo de evento. Vamos observar em silêncio. DDR não tem vozes em japonês, mesmo. Além disso, o texto é apenas resumos.

Bem, o pedido pode ter sido revertido, mas assumo que é aí que ambos os lados começam a argumentar que a justiça está do lado deles. Diálogo poderia, provavelmente, resolver isso sem luta, porém, dada a situação…

Hã? O que é isso ao lado da minha tela? Uma janela de chat? O quê? Esse não é o campo especial reservado apenas para a arena online?

(Acredito que o seu pacote tenha chegado?)

Hã? Uh… como é?

(Por que não está usando todo o equipamento da maneira correta?)

Isso… é…?

(Você é idiota?)

Essa sensação inconfundível de uma tradução por máquina…! Não me diga… eles?

(Responda, por favor. Você é idiota?)

Foi você a pessoa que me enviou aquele estranho e-mail e o cartão, e o presente caro pra porra — e que ainda consegue ser tão irritante assim? É você, romeno?!


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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