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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 02 – Capítulo 58 – Sobre os Campos de Batalha de DDR/O Irmão do Meio Sente a Morte

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A ira e tristeza de Deus preenchem meu coração.

A força com a qual Ele me abençoou, Suas emoções estão todas nela.

 

-Transmissão de DDR/VOD Parte 9-

Entro na briga com uma investida de 70 km/h para uma recepção dinâmica! A propósito, meu apetite voltou! Atacando com toda a velocidade, incendeio minhas lâminas duplas e corto não apenas um inimigo, mas sim divido todo o exército inimigo bem no meio. Cheguem perto e eu vou transformá-los em cinzas, malditos! Sou Kuroi, ouçam meu rugido!

Não posso pará-la, e não quero. Não há tempo… e não é só porque o sol está se pondo. Estou ficando sem tempo em muitas coisas. A estamina de Kuroi está quase no fim, e sua mana também não irá durar muito. Não se sabe quando minha magia de fogo pode acabar também, pois os vampiros estão avançando para o palácio. Sem ter Ignição seria ruim, mas sem Metabolizar eu estaria ferrado. Se Kuroi desmaiar, já era.

Sei que estou forçando. Isso claramente é maluquice. Disso eu sei. Mas consegui. De alguma forma, consegui; só mais um pouco agora. Vamos terminar rápido com isso, Kuroi! Venham, meus guerreiros! Chamado de Einherjar! Ergam-se da sombra do meu cavalo! Preencham o espaço que Kuroi abriu para vocês! Formem esquadrões no centro do exército inimigo! Não precisam de misericórdia nem de senso comum! Agora, façam com que eles vão à loucura! Deem uma surra neles!

Vocês são lentos demais, vampiros. Nem mesmo preciso quebrar suas Paredes de Terra e Escudos de Pedra; posso simplesmente me esquivar deles. Oh, e boa sorte tentando me acertar com os Projéteis de Pedra e Raios de Trovão. Sou rápido demais!

Uou! Eles ainda pulam em mim. Acho que já deveria esperar isso. Corta! Eu facilmente afasto um. Contra-atacar ataques de cima é o básico do básico. Tenho um pouco de experiência em jogos de luta, sabe. Pelo menos é o suficiente para parecer que sei o que estou fazendo. Esses ataques antiaéreos são fáceis de se executar.

Agora, Kuroi, continue! Rasgue por completo este campo de batalha! Acabe com essa luta o quanto antes! É cruel demais deixar que continue. É quase como se eu estivesse olhando para o próprio Inferno: campos queimados repletos de cadáveres e cinzas… Uma visão clássica de DDR, é claro, mas… a destruição é imensa. Não é mais uma questão de vencer ou perder; tudo se baseia em quem vai conseguir sobreviver ao banho de sangue.

Isso é triste demais… Não posso aceitar. Onde está a salvação?

Disparo através do exército inimigo sozinho. Eu deveria estar feliz, mas não estou. Estou furioso. Muito, muito furioso. Quase sinto náuseas… e não é porque estou com fome.

Kuroi se vira, e o campo de batalha preenche o meu monitor.

Os ataques de Einherjar são cruéis. Talvez por causa do crepúsculo e as sombras serem mais profundas, o vermelho ardente de dentro da armadura deles cintila fortemente. Embora sejam silenciosas, suas emoções — sua raiva — apresentam-se com clareza.

Os vampiros, para não serem superados, dão gritos de guerra e revidam com vingança…, mas a inferioridade deles também fica clara. Perfurados por lanças e cortados por espadas, cada um deles se torna cinzas. Vejo um vampiro agarrando um Einherjar, mas foi pego pelas suas chamas vermelhas transbordantes, e a mão do inimigo transforma-se em cinzas. Ele tenta lutar, mas serve apenas para transformar o restante do seu corpo em uma pilha de cinzas.

Parece que não há necessidade de outra investida. Podemos vencer; posso simplesmente observar o restante daqui. Mesmo assim, isso não me deixa feliz. Quer dizer, era para ser um jogo muito difícil. Quem sabe, talvez seja um daqueles eventos. Talvez uma guerra de verdade seja assim, e os desenvolvedores foram com tudo no realismo de alta qualidade. Acho que eu deveria ser grato.

Entretanto, não gosto. Não é do meu gosto; não aceito. Só porque a batalha não pode ser evitada não quer dizer que eu quero esmagar ou ser esmagado. Quero um final feliz; um final clichê e doce. Um final não envolve aniquilar nossos inimigos, mas sim viver em prosperidade. É isso o que eu quero.

Cenas horríveis como essa, em que posso praticamente ouvir o Deus Demônio rindo ao fundo… em que os esforços de todo mundo não encontram salvação… quero esmagar todas!

Força enche minhas mãos. Meu mouse e teclado estão tremendo. Talvez seja porque Kuroi parece se mover sozinha. Ela enfia o pé no estribo e se levanta em sua sela. Sei que está cansada — posso ver pela sua barra de estamina. O que está fazendo? Larga suas espadas e estica os braços para se equilibrar. Então, formando punhos com as mãos, respira fundo.

— OHHHHHHHHHHHHHH! — ruge ela.

Hã? Por que faz isso? Está sem mana e estamina. Hã? É algum tipo de técnica ou feitiço? E como está se movendo sozinha? Mas essa voz, esse rugido… sinto que já ouvi antes. Uma vez, há muito tempo.

O grito de Kuroi parece estar repleto de ódio contra o mundo.

O-Oh! A batalha… parou? Meu computador travou? Parece que não. Credo, não me assuste desse jeito! Ainda assim, ninguém está se movendo. E, a julgar pela fumaça, o vento também parou. O mundo está em completo silêncio.

Os Einherjar estão alinhados. Eles parecem tão maneiros posando com suas espadas e lanças como se fossem estátuas. Os vampiros estão parados, de joelhos ou sentados. Nenhum deles está segurando armas; não sinto a sede de sangue.

O campo de batalha… deixou de ser um campo de batalha. Isso quer dizer que acabou?

Ha… Ahaha… Uou… Kuroi é incrível. Ela é tão forte. Sua voz alcançou o mundo inteiro. Não só isso — o mundo ouviu. Ela os repreendeu, e eles desistiram.

Sim, é assim que deveria ser. Sira e os soldados também devem ficar bem agora. Já que vampiros e humanos podem conversar no mesmo idioma, podemos ser capazes de dar um jeito nisso de maneira apropriada. Seria idiotice se não pudéssemos. Nossas conversas, histórias, lendas, músicas… tudo que move nossos corações tem um sentido.

Talvez essa paz de agora tenha sido trazida à força, mas está tudo bem, pois ainda é progresso. Tenho certeza que seremos capazes de sorrir juntos algum dia.

Hm? O que aconteceu com o meu monitor? Não consigo ver… Estou com sono? Sinto-me tão cansado. Tipo, nem consigo ficar sentado. Droga, isso não é só má nutrição, é? Oh, não, minha visão está se estreitando devagar…

A pizza. Tenho que pegar a pizza. Preciso comer. Está tão fria.

Kuroi, coma também. Trocando para o modo observador. Nós… Nós ainda temos muita luta pela frente…

-Origis I-

Olho para o céu, que lentamente escurece, da sela enquanto meu cavalo rapidamente trota. O forte ainda estará reconhecível quando eu chegar lá? O exército ainda estará lutando? Aposto que o General Bandkan estará liderando-os, e ele não é do tipo que cai sem lutar.

Será que a Lady Kuroi chega a tempo? Onde está agora? Está lutando? Cinco mil dos nossos Cavaleiros Bombardeiros estão cavalgando com força para alcançar, indo em linha reta na direção do campo de batalha; sem nenhum tipo de batedor. Nenhum dos nossos homens teve descanso. Nossos cavalos secam todo e qualquer poço com água que encontramos durante a corrida. Mesmo assim, não fomos capazes de alcançar.

— Qual o problema, Origis? Por que do suspiro? — Marius quer saber.

— Hm? Oh, só estava pensando que não poderia ser um sota.

— Isso… Hm… Tem razão.

O rosto de Marius está estranhamento sombrio. Ele está acostumado com cavalgadas duras, então duvido que esteja cansado. A batalha na Expansão Infernal deve ter pesado em sua mente, para qual assinto com a cabeça. Para alguém de fora, ele pareceria ter se saído muito bem, pois capturou o general inimigo em uma batalha fácil. Porém, a situação atual da humanidade origina-se do fato de que não fomos capazes de ver a situação como um todo. Não é culpa de Marius, e tenho certeza de que ele sabe disso, mas o fato de que a batalha em si era uma armadilha deve ser o que dói mais.

— É engraçado que estamos, surpreendentemente, levando um exército da Fronteira para o Forte. É quase como se os rumores fossem verdadeiros. — Eu rio.

— Oh, aquela coisa sobre a revolta da Casa Willow? Acho que ouvi algo sobre isso.

— De acordo com son Peine, o pessoal do forte tem se preparado.

— Isso sim é exagerar. Ou talvez não; Agias é popular.

— Além disso, General Bandkan é um dos nossos.

O rumor diz que Agias, mandado para a Fronteira depois de uma disputa pela sucessão, está planejando uma revolta comigo e Marius. Não é uma completa loucura, eu acho. A única preocupação do meu pai é a lealdade ao trono, e meu irmão Nazarus está totalmente coberto pela podridão da sociedade nobre. Por isso sempre foi Agias que tomou conta das forças dos Willow. No fim, foi punido por caçar monstros, o que foi visto como “apropriação indevida de fundos de guerra”. Então, sem resistir nem conversar com alguém, foi embora.

Um tempo depois, do nada, ele nos enviou uma carta — o infeliz estava muito bem. Para ser honesto, me senti compelido a agir na época, por isso trouxe Marius comigo.

— Em contrapartida, uma revolta parece tão descuidada. — falo.

— Heheh. Aquelas são as palavras de um grande homem. Lembro de quando você chamou Agias de aberração durante nossa reunião.

— O que mais eu poderia ter dito? Não tinha como eu saber que aquela coisa que ele estava fazendo era treinamento… É incrível eu não ter puxado minha espada naquela hora. Além disso, você lutou ao meu lado.

— Eu queria treinar vocês dois; o motivo não importa.

— Não é de admirar que não me impediu. Lembre-me de manter um olho em você.

Nós dois rimos enquanto os olhos se desviavam para a frente. O olhar de Agias estava fixo no sul. Ele não parecia nem um pouco nervoso. Deixamos os soldados de infantaria para trás, com o Padre Felipo, enquanto a cavalaria disparava na frente.

— Acha que vai dar tempo? — Se a pergunta de Marius se referia a nós ou Lady Kuroi, não sei dizer.

O que podemos salvar se chegarmos a tempo, afinal? O que será perdido se não conseguirmos? Não há espaço para erro nessa guerra. A resolução de Agias é asseguradora, pelo menos.

— Tenho certeza de que Lady Kuroi irá chegar a tempo. — asseguro, rezando um pouco. A situação parece perdida demais para que algo seja feito. — Além disso, ela não estará em desvantagem, mesmo que esteja sozinha. Ela é um exército de uma garota só, afinal. Se o forte ainda permanecer, ela deverá ser capaz de pensar em algo.

— Essa era está em tanto caos…, mas você pode ter razão, sim.

— Viu só?

— Mas não é como se a Lady Kuroi não ficasse cansada, né?

— Claro que não, ela só tem mais estamina que eu, ou até mesmo que Agias.

— Certo. Tem todo o treinamento, além da bênção de Deus.

— Pois é, estivemos fazendo isso à noite ao redor do fogo ultimamente…

Ótimo, Marius voltou ao normal. Um pouco de cor até mesmo voltou às suas bochechas.

Olho para o horizonte à frente. Tenho a sensação de que morte e despedidas aguardam por nós — companheiras constantes de um soldado militar. Não importa o que eu faça, não consigo deixar essa sensação de lado.

Agias grita algumas ordens. Estamos indo para o próximo poço de água. Ótimo, vamos cavalgar para que eu possa parar de pensar. Vamos cavalgar o mais longe que pudermos, em direção ao horizonte.

 


 

Tradução: Taiyō

 

Revisão: MidNight

 


 

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Vol 02 – Capítulo 58