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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 02 – Capítulo 56 – A Mercadora Observa a Luta dos Homens Corajosos/A Garota Luta, Aquecida e Protegida

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Ofereço tudo que tenho; queime minha vida até não restar nada.

Mostrarei ao mundo minha ira. Farei com que a testemunhem.

 

-Mercadora Ange II-

Meus punhos tremem… meus lábios estremecessem enquanto os mordo.

— Lady Ange, por que não se senta um pouco?

— General Bandkan ordenou que eu ficasse aqui. Esse é o meu dever.

Recuso-me a virar e olhar para o mensageiro; meu olhar está fixo no sul. Não consigo dar um único passo para longe dessa torre de observação. Medo já tomou conta de mim.

Essa batalha… é algo que nunca vi antes.

O próprio General Bandkan disse que não podemos vencer em uma batalha direta…, mas nunca imaginei que eles sairiam pelos portões com esquadrões suicidas. Aqueles que dão as ordens e aqueles que as recebem estão igualmente calmos e decididos. São loucos da mesma forma, enfrentando o impacto do ataque feroz dos vampiros com a coluna central de soldados.

Sira está logo ali! O que os soldados da infantaria e cavalaria nos lados estão fazendo? Estão recuando, espalhando-se! Nem mesmo tentam ajudar! Oh, viu? Viu?! O inimigo está focado na coluna central agora. Eles estão praticamente cercados. Soldados e mais soldados são esmagados, com escudo e tudo, ao atacarem os vampiros da frente e dos lados. Entretanto, um novo soldado sempre substitui os espaços abertos, então os vampiros passam a usar sua aterrorizante força física para saltar sobre eles.

Deveriam saber que isso aconteceria. O primeiro vampiro a escalar os escudos é… preso pelos escudos por todos os lados e incendiado com óleo?! Agora eles o cortam em dois com uma espada… e ele se torna cinzas. É esse o plano deles? Não, não acredito que seja. Eles… Eles estão sendo pressionados com força, pouco a pouco perdendo terreno…, mas não cedem. É uma determinação com um grande propósito. E eu sei o motivo: General Bandkan está lá para ordenar diretamente o selamento de cada buraco na parede de escudos, por isso a coordenação deles não desmoronou ainda. Mesmo assim, é um milagre ainda manterem a moral enquanto são pressionados.

Sira está lá, bem no centro. Os soldados estão bem reunidos para protegê-la. Esta não é uma batalha desesperada; está além do heroísmo — a prova do poder de um pai protegendo seu filho.

Entretanto, os soldados continuam caindo… Eles não podem ter esperanças de se igualarem aos vampiros em força. Mesmo assim, a coluna central recusa-se a morrer. Na verdade, a formação deles está ficando cada vez mais firme. Que estratégia maluca, usar a pressão inimiga dos lados como uma ferramenta de defesa! Não há mais previsão de qual será o resultado desta batalha, e… qual é o motivo para a retirada?

Oh… Compreendo. Que grande estrategista o General Herman Bandkan é. Soube que ele era rígido e intransigente, mas isso… a coluna central também está recuando, porém, visto de um ângulo diferente, pode-se dizer que estão chamando a atenção de toda a força ofensiva do inimigo… atraindo-os para uma posição. É uma armadilha! Com isso eles podem ser capazes de eliminar todos os vampiros.

Os soldados da infantaria se alinham abaixo e investem, chocando-se contra os flancos dos vampiros enquanto a cavalaria vem rugindo por trás. Eles são rápidos para cair nesta oportunidade… viu? Agora os vampiros estão completamente cercados. Soldados feridos e caídos também se fazem presentes entre os grupos de vampiros; ninguém sai ileso. Nossos homens podem não ter sido capazes de aprender com os treinamentos de Sira, mas certamente sabem como encher suas bombas de mana. Esses também não são explosivos comuns… são bombas de alta explosão. Criadas no sul, ainda não chegaram até a Fronteira.

Ouço ordens sendo gritadas e o bater de tambores… O contra-ataque começou. Ao mesmo tempo, os soldados atacam. Lanças perfuram os vampiros por todos os lados. Chamas e explosões irrompem. De repente, a batalha está quase de igual para igual. Um dos nossos soldados feridos corre em direção ao centro dos ranks do inimigo, bombas em ambas as mãos. Ele é seguido por mais dois, então três. Eles não param de vir.

Fogo impiedoso. Explosões ribombantes. Impactos destruidores.

Nossos homens jogam tudo que têm, literalmente, nos vampiros para esmagá-los por completo.

Eu não posso chorar. Devo segurar minhas lágrimas. É o meu dever observá-los deste lugar; queimar a imagem desses homens honestos, orgulhosos e maravilhosos em minha memória. Devo me tornar um registro do orgulho em vida e morte deles, gravando suas histórias em minha alma.

Ó Deus. Por favor, garanta-lhes sua bênção. Rezo para que nossos mais sinceros e desesperados esforços levem à esperança.

-Sira III-

— Wahaha! Os vampiros caíram em cheio na nossa armadilha! — grita o homem, sua cabeça lisa e brilhante coberta pelo elmo. Estamos no meio do combate. — Ataquem! Ataquem! Essa é a nossa última chance de brilhar!

Estou observando a todos de olhos arregalados. Não me atrevo a piscar.

— General! Tem sido um prazer servi-lo! — grita um soldado.

— Vá, homem! Para o outro lado das chamas! — grita o homem de volta.

O soldado de bigode dispara correndo, agarrando duas bombas de fogo em suas mãos. O homem observa com um sorriso enquanto o soldado vai, então comemora ao ouvir o som das explosões.

— Sira, acho bom você sobreviver! General, certifique-se disso! — grita outro guerreiro.

— Wahaha! Nem precisa me dizer duas vezes! Deixe o resto comigo!

— Sim, senhor! — Seu braço e escudo estão esmagados, ele agarra a lança na mão restante. Segurando a corda de uma bomba em sua boca, ele também corre em disparada. Observo-o enquanto parte.

Todo mundo está morrendo. Um por um, todos morrem. Mas, mesmo assim, eles lutam. A luta nunca termina.

— General, por favor, mova-se um pouco para trás! Uma unidade inimiga está atacando!

— Então eles continuam em frente mesmo quando estão cercados, hein? Malditos vampiros. São completos monstros. Lutam como se o único propósito que têm é eliminar cada um de nós. Não deem aberturas a eles! Apoiem seus irmãos!

Os vampiros: criaturas de pele marrom e olhos amarelos. Eles veneram o Deus Demônio e tratam os humanos como comida. Diferentemente deles, eu fui capaz de conversar com um elfo. Dez Mil Sinos era uma música tão boa. Até mesmo me trouxe chá e lanchinhos… foi muito gentil. Nossas religiões, estilo de vida e crenças eram diferentes, mas senti como se pudéssemos nos dar bem. Então por que não pode ser igual com os vampiros? Lady Kuroi e Dourada foram capazes de conversar, mas não de se dar bem. Lutar é a nossa única opção?

Deus. Ó Deus. Por que Você e os outros deuses lutam? Nunca dialogam? O mundo é tão triste que nada pode ser conquistado sem matar alguém?

Oh! Uma parede de pedra. Aquilo é magia vampírica. É tão alta. Está prestes a cair também. Eles vão usar como uma ponte para nos atacar… conheço essa estratégia.

— Sira?! — grita a voz do careca.

Tenho que fazer algo antes que caia; antes que mais alguém morra. Eu tenho que ser como a Lady Kuroi.

Vá, Papai!

Ele puxa a espada que eu estive abraçando, a qual cintila com mana vermelha e move-se. Posso ver fracamente suas costas grandes. Com suavidade, ele corta a parede de pedra — ouço algo desmoronando. A pedra se desfaz em pedaços.

— Ohhhhh! Muito bem! Vejam, o inimigo está em choque! Alimentem todos com suas lanças! — vocifera o homem.

Consegui. Consegui, Papai! Também posso lutar. Veja, outra parede de pedra. Corte-a para mim! É assim que posso salvar a todos. Continue! Há outra lá. E aquela também, por favor. Uou! Meu pai é tão forte… hã? Wah!

— Sira, você não deve baixar sua guarda no campo de batalha! — grita o homem de cabeça brilhante. Ele me protegeu de um vampiro que pulou na minha direção. Seu elmo foi arrancado e há sangue para todo lado.

Ah… Ahh! O braço esquerdo dele… se foi a partir do ombro.

— Está tudo bem se crianças falharem; é um passo necessário para se tornar um grande adulto. — diz ele, com uma voz gentil.

Ele não tenta enfrentar o vampiro com uma clava em mãos que corre na nossa direção. Está parado à minha frente. Ao invés disso, outros soldados lutam. Tantas lanças, espadas e escudos. Entretanto, o vampiro é forte demais. Ele balança sua clava e grita, invocando magia de relâmpago. O feitiço vai ficando cada vez mais forte.

— Mas… é por isso que adultos devem ser orgulhosos e corajosos!

O homem arremessa sua espada — ela voa tão depressa. Ainda assim, o vampiro a desvia com sua clava. O relâmpago se dissipa, permitindo que as lanças de todo mundo perfurem. Elas perfuram, e ele morre.

— Boaaaaa! — gritam os homens.

O General sorri, mas não se move. Não consegue se mover. Enquanto me protegia, foi atingido por aquela clava carregada de eletricidade. Logo ele irá…

— Sira, fique ao lado do seu pai; é lá que você ficará mais segura.

Certo. Papai está de volta. Veja, a espada dele é de um vermelho ardente. O calor de Deus está dento dela.

— Ótimo… Agora, vá. Viva. Cuidarei de você daqui.

Sim, preciso ir. O homem de cabeça brilhante e arrojado me observa enquanto parto, meu pai e alguns soldados seguem. Não se preocupe, não serei mais descuidada. Ficarei atenta. Trabalharei duro para dar um fim a esta guerra eterna que começou há muito tempo. Trabalharei duro para que um dia eu possa sorrir e ver todas as pessoas que partiram antes de mim.

Ó Deus, lutarei sob sua bandeira de fogo.


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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Vol 02 – Capítulo 56