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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 36 – O Demônio das Sombras Olha de Cima para os Dias Dourados e para a Guerra dos Deuses

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Deus está comigo.

Vemos o mesmo mundo; buscamos o mesmo horizonte. Tenho fé.


-Sombra Tamika III-

 

O que está acontecendo? Que mito estou vendo se desenrolar?

Minha Visão das Sombras vê de muitas perspectivas em uma grande escala. Por assim dizer, estou vendo a realidade mais pura. Dourada, chefe dos Apóstolos dos vampiros e, inquestionavelmente, a maior guerreira deste continente, está furiosa em uma luta desesperada até a morte com um humano. E ela tem estado na desvantagem desde o começo. Isso está muito além do que eu poderia ter imaginado.

A Dourada, aquela que pode enfrentar até mesmo dragões. Na realidade, ela já se livrou deles. O seu poder é imenso. Ela tem um número incrível de ataques. Ninguém chega perto de se comparar. Além de ser mestra em magia de relâmpago e terra, também tem habilidades físicas extremamente altas e é uma lutadora corpo a corpo capaz. Pode invocar relíquias divinas com magia, o que a permite escolher a distância e estilo de ataque que mais lhe convém. Cada um dos ataques tem poder suficiente e flexibilidade para ser decisivo. Além disso tudo, tem uma experiência acumulada de várias batalhas. Suas técnicas de combate são soberbas. Uma postura que não perde abertura alguma, assim como não fornece nenhuma.

Mas, mesmo com tudo isso… cada uma das suas respostas foi esmagada.

Quem diabos é essa humana assustadora? Bem, tipo, fora o fato de ser uma Apóstola.

Merda, o braço da Dourada cansou por causa da disputa de força, então ela perdeu. E, com a investida repentina da sua oponente, acabou perdendo o equilíbrio. Ela rapidamente o recuperou, mas parece que ainda tomou um corte ao lado. A alabarda está lá, largada. Parece que foi atingida por uma nova espada curta.

— Graaaaah!

Que som! Ela ataca com fúria, mas sua oponente não está mais lá. A Apóstola inimiga continua deslizando para trás dela. Mesmo que deva estar usando o Corpo de Relâmpago, continua sendo superada.

— Guh!

E, no momento em que tenta um golpe, acaba recebendo outro corte.

A Apóstola inimiga é impressionante por ter cortado a sua nuca enquanto pulava por cima dela. Desta vez, a arma é uma espada de um gume apenas. Quanta delicadeza ao trocar de armas à vontade.

— Hraaaagh!

Ela dispara outro Raio de Relâmpago, mas o impacto do feitiço, amplificado pela relíquia, apenas corta ao meio casas e outras estruturas. A sua oponente já não estava mais lá.

A Apóstola inimiga está… uau, de volta em cima do cavalo que foi explodido momentos antes e abriu distância.

Pois é, agora foi confirmado. Quase todos os seus movimentos estão sendo lidos.

Eu sabia que havia algo de errado desde o começo. Não importa a quantia de treino, um humano não pode superar um vampiro fisicamente. E ainda tem o Corpo de Relâmpago. Em um simples teste de força, a Dourada deveria esmagar a Apóstola inimiga. Mas o motivo para a sua posição que se deteriora é… que a inimiga está lendo seus movimentos.

A sua oponente move-se mais depressa do que ela pode escolher a ação. Não, a oponente pode estar se movendo antes mesmo que ela decida o que fazer. Essa é a única maneira de explicar a esquiva do relâmpago. Tempo acima da velocidade.

Suponho que seja fácil entender uma vez que perceba. Um tanto filosófico, entretanto.

— M-Maldita… Grr… Urrgh!

Oh, cara, ela está ficando cansada demais.

Isso já era de se esperar. Tipo, parte disso é por ter perdido todos aqueles golpes, mas ela também estava disparando o Trovão Celestial sem parar antes. Aquilo estava combinado com um feitiço de invocação de segundo rank. Uma carga pesada, até mesmo para ela. O preço por lutar sem descanso.

Ainda assim, ela é a Dourada. Não irá recuar. Não irá se acovardar. Não irá baixar a cabeça.

Veja aquilo, a cavalaria preta e vermelha dispara até ela, mas ela não dá mais do que meio passo para trás. Pisa com força no chão. Magia de terra, Escudo de Pedra. Há uma colisão, mas ela continua.

Então corre e pula. Agora não é mais apenas um escudo, mas sim uma parede. Na direção da qual ela dá uma voadora. Entre os chutes, move-se em frente. É uma técnica de combate tradicional para os vampiros. Foi criada originalmente para lidar com os Mundos Fluídos dos elfos, tornando-se um ataque decente quando feito pela Dourada.

Mas… o inimigo também previu essa. Os soldados de preto e vermelho preparam seus dardos, planejando cercá-la quando pousar. Eles alinham as pontas dos dardos e disparam com toda a vontade, parecendo dispostos a atingir até mesmo os aliados para chegar até ela.

Ainda assim, ela não se esquiva de nada.

— Raaagh!

O braço direito dela faz um movimento circular com o Fulgrod, o suficiente para jogar longe todas as pontas de dardos e soldados. Do braço esquerdo, forma um Raio de Relâmpago. Com habilidade praticada, ela expande o seu raio, pressionando o inimigo.

Essa é a Dourada. Táticas inabaláveis. Domínio polido. Tudo opressor.

Mas, ainda assim, o oponente prevê tudo. Uma única lança arremessada, com a lâmina brilhando na cor vermelha devido à magia, vem da frente.

Ela encontra o alvo, cravando-se profundamente o peito da Dourada, então atravessa, irrompendo em chamas.

— Grraaaaaagh!

Uou, fogo e relâmpago se entrelaçam. Contra a magia que a incendeia, ela luta com a sua própria magia. Sua força monstruosa também entra na jogada. Ela quebra a lança ao meio e a joga para o lado.

Está machucada e desesperada. O seu cabelo dourado está queimado, enquanto fumaça ergue-se dele. Mesmo assim, sua presença sonda os arredores. A Dourada ainda é a Dourada.

— Kuroi… não era?

Huh, ela começou a falar.

Preciso ouvir isso… Hora de chegar mais perto.

— Impressionante… Kuroi, Apóstola do Deus da Guerra. Você me derrotou, eu, a Dourada. Uma conquista notável. Hoje é um dia que será assunto por eras. Um dia em que a humanidade finalmente conseguiu atingir um golpe. Uma história de inspiração, independentemente das pessoas…, mas apenas até o fim da história do continente.

Posso ver de perto, este é o fim para ela. Este destino foi determinado pelo corte em suas costas.

Sua vontade e magia ainda estão lá, mas o seu corpo está se desfazendo. Algo dentro dela, bem no fundo, que não deveria ser tocado, foi danificado. Seu cabelo, dedos, pés… tudo está começando a secar e flutuar para longe. Tudo está se tornando cinzas.

— Tenho uma última opção… Mmh… Parece que você sabe o que é. É por isso que está segurando sua arma. Mesmo que sua magia esteja se aproximando do limite, você mantém suas forças e busca uma abertura… Um olhar tão intenso e ardente.

A magia forma um turbilhão. Mesmo agora, ela irá usar sua última carta na manga? Ela é, afinal, a Dourada.

Invocação — uma magia especial que apenas Apóstolos podem usar. O terceiro rank é a forma suprema. Um feitiço que ela usou apenas uma vez, quando enfrentava o chefe dos elfos, o Absoluto: Invocação Daemon.

Um daemon, uma enorme manifestação de medo. O maior servo do Deus Demônio. Se algo assim for invocado, toda a região se tornará uma terra desolada.

— Não se preocupe, estou optando por não fazer nada. Se tentar isso agora, isso irá tomar tanto da minha magia que eu apenas desaparecerei, e somente aquilo permaneceria. Terminar assim, como um sacrifício… seria patético. Não faz jus à Dourada.

Sim, essa é uma escolha digna a ela. A vampira orgulhosa, mesmo sendo a primeira Apóstola do Deus Demônio, sempre odiou e ressentiu o fato de ser governada por ele. Ela é assim mesmo.

Por isso que eu queria a conhecer, só não esperava que fosse lamber todo o meu corpo.

— Magia… de invocação mostra a filosofia do indivíduo.

Talvez seja algo que apenas Apóstolos entedem, mas eu acho que posso compreender.

— Eu queria governar no topo do mundo, e não tinha dúvidas de que merecia. Então, primeiro, desejei um símbolo da minha dominância sobre o mundo. Em seguida, desejei a influência para oprimir os céus e governar a terra. Por fim, quando desejei um trono… Deus me mandou um único fragmento.

Ah, entendo. Há desejos que podem ser adivinhados… assim como tê-los arrancados das suas mãos. Suponho que isso aconteça também.

— Isso é tudo, mesmo…? O mundo em que vivi, quando eu fui criada, parecia um lugar maravilhoso.

Das cinzas às cinzas, do pó ao pó.

O final de um vampiro sempre é trágico. Diferente dos elfos e humanos, eles são pessoas que jamais poderão voltar para a natureza.

— Kuroi, como você, a humana, viverá? Neste mundo que deveria ser maravilhoso… e neste mundo que se tornou uma mera brincadeira para os deuses… como você morrerá?

Uma risada quase infantil veio da Dourada, a sem nome.

— Espero que seja divertido o bastante ver Deus fazer um escândalo.

Ela se dissolveu, tornando-se pó…

Tudo o que restou foi apenas uma pedra negra e danificada.

Não se preocupe. Mesmo depois de tudo isso, sou sua vassala. Não deixarei que os humanos fiquem com sua pedra da morte. Não deixarei que ouça os louvores da vitória humana, nem que veja o amanhecer nestas terras.

Então, bem, descanse em paz.

E deixe o resto para os vivos, pode ser?


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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Vol 01 – Capítulo 36