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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 33 – O Mago Testemunha e Compreende o Poder da Raiva e Tristeza da Jovem Garota

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Ó Deus, dê-me uma lâmina para cortar o inimigo.

E a força. Força para esmagar a horda de inimigos que se reúne. Eu suplico.


-Feiticeiro Odysson VI-

 

Não tenho nem fumaça para magia; minhas varinhas de carvão e lanças de foco acabaram.

— Estamos bem! Relaxem! A água do fosso nessa parte sul é bastante rasa! Já chegamos até aqui, tudo o que precisamos fazer é enfrentar um pouco de frio e logo estaremos livres!

Sem desistir. Nem ferrando que vou desistir.

— As lanças! Peguem as lanças vazias e entrem! Ah! Barris de cerveja também servem! Joguem fora o que está lá dentro e subam neles! Não precisa de pânico! Apenas olhem para o céu e flutuem! Ficará tudo bem! Humanos são feitos para flutuar!

Temos cabeças. Se não parar de pensar, novas ideias irão surgir.

— Podem dizer! Isso aqui não parece divertido? A Companhia de Magos, os Mantos Vermelhos, são fortes para caralho! Esses monstros não vão conseguir se aproximar, então podem aproveitar o nado da meia-noite!

Monstros, hein?

Eu achei que soubesse que os olhos amarelos fossem perigosos demais, mas essa Dourada… Ela está acima do resto. Mas que infernos foi aquilo? Uma tempestade de raios? O poder está em outro nível! Sinto-me iluminado agora. A Dourada existe para dar fim ao mundo. As nuvens negras ainda cobrem o céu, olhando com arrogância para o mundo, grunhindo como um deslizamento de pedra à medida que pensa sobre qual é a melhor maneira de destruir o mundo. A cor da morte em uma panela.

Maldição, não tenho medo de morrer. Todos nós morreremos algum dia. Vivemos sabendo disso.

— Não se preocupem! A princesa élfica está ao nosso lado! Vamos sair dessa! Vamos sair… Vamos sair dessa se conseguirmos continuar vivos… Então é melhor continuarem vivos, porra!

Mas tem esses caras que eu não quero que morram comigo. Tem tantos deles aqui que não posso suportar deixar alguém os matar. Não vou desistir. Não agora, merda…

— Ei, Odysson.

— Eh? O que é isso, homem-curativo? Cale a boca e durma. Estamos com falta de camas e pessoal. Espere a sua vez, infeliz.

— Não, não, estou tentando te dizer que não preciso da minha vez.

O que diabos ele está dizendo? Esse… Peine no Saco, o comandante da guarnição do Penhasco. Quando os Cavaleiros Bombardeiros o trouxeram, ele era, basicamente, um cadáver, mas esse tipo de gente é a mais propícia a se agarrar à vida. Ele não consegue mover o corpo, mas ainda consegue mover a boca.

— Bombas de fogo, né? Pode deixar uma comigo?

— Acabaram. Além disso, não subestime a dificuldade de usar magia de fogo.

— Aw, merda. Que droga… estava esperando levar aqueles sugadores de sangue de vez comigo agora.

— Bem, esse momento vai ter que esperar, parceiro. Os feridos têm que agir como tal e simplesmente achar alguém para te tirar daqui.

— Booo.

Todo aquele sofrimento para salvar a vida dele, sem chance que vou deixar que saia correndo com uma bomba suicida… Não que eu possa dizer isso a ele.

A zona de guerra está se movendo para cá. Infernos malditos, tarde demais para trazer de volta as ordenanças.

— Não é o melhor substituto para munição, mas, aqui, pegue essa adaga. Use-a bem.

— Pode ficar. Tipo, parece mesmo que posso usar? Olhe para mim.

— A-Ah? Bem, suponho que tenha razão.

Está querendo me dizer que vou ter que acabar com esse maluco? Oh, bem, melhor do que ser comido vivo, né?

— Huh. Então, Odysson, o seu ás na mangá não é a adaga?

— Do que diabos você está falando…?

— Bem, você claramente está planejando tentar algo. Tipo, se está sem munição, irá queimar o seu sangue…

— Oh? Eles te alimentaram com alguns livros? É verdade, sangue tem magia. Mas é crua demais para se usar sem que seja refinada. Não é estável o bastante para ser um agente.

— Então sangue refinado é o seu ás, hein?

— Você realmente está afiado. Pois é, sim.

Uma substância branca e cheirosa, como pedra de sal, está em minha bolsa. Sal de fogo. Feita principalmente de baço humano. Um dos meus soldados, um cavaleiro de berço, implorou que eu fizesse isso, já que suas feridas eram fatais, por isso dei sequência ao processo e fiz à mão.

— Sendo bem honesto, não acho que possa controlar. Estou quase sem magia… pode ser capaz de ativar se colocar a minha vida na mistura.

— Então é uma bomba suicida de verdade. Que legal.

— Não há nada de legal nisso, bocó.

— Nah, é legal. Vou assistir os resultados por você. Dê o seu melhor.

Tentar o meu melhor. Pois é, suponho que esta seja a verdade suprema. É disso que se resume a vida, no final.

Beleza… aí vem eles. Malditos desgraçados sujos, vindo logo atrás dos feridos, mesmo que a luta esteja toda ao nosso redor. Vampiros de olhos amarelos. Maldição, são vários deles, ainda por cima.

— Beleza! Deixe esse lugar comigo, Feiticeiro Odysson! Então, todos vocês, pulem no fosso! Ajudem uns aos outros e flutuem! E certifiquem-se de viver!

— Oh, não precisa se preocupar comigo. É provável que eu vá morrer se entrar na água mesmo… Hein?

Eh, o que diabos é aquilo? Quando o barulhento fica quieto, todos os sinos em minha cabeça tocam.

Há inimigos vindo do fosso também… hã?

Cavalaria.

Pelo equipamento, parecem ser reforços do Penhasco, mas… que diabos de cor é aquela? Preto, iluminados por dentro por um vermelho ardente, com pequenas chamas na superfície, quase como se fossem carvão queimando.

Há outro. Mais dois. Merda, mais deles. Um após o outro. O que diabos são esses caras? De onde estão vindo? Não deveria haver civis nem feridos por aqui… apenas o pessoal do exército precisa sacrificar todas as suas forças para a evacuação… Ah, entendi. Então é isso o que está acontecendo.

Aham, lá está ela.

Kuroi.

Montada em um cavalo em chamas, com o cabelo negro voando… Uou, seus olhos estão em outro nível. Queimando de verdade agora, hein? Transbordando de magia, a qual tem a cor de metal derretido. Um olhar intenso de raiva. Uma raiva muito mais quente, profunda e intensa.

Quer dizer que a cavalaria em brasas silenciosas é, basicamente, você, não é? Pois é, faz sentido pensar neles como carvão queimando. São como os seus dois olhos. Portando chamas nas profundezas de minerais negros. Olhos que não deixam o inimigo escapar quando o encontram.

O que significa… sim, imaginei. A cavalaria ataca. Uma cavalaria vermelha e ardente marcha com uma centena de soldados. Eles destroem os olhos amarelos. Bem, estão sendo contra-atacados, e alguns deles caem, mas acabaram com o inimigo.

Espere, não, não é isso. Não é o que está acontecendo. Os cavaleiros caídos desaparecem… então ressurgem. Eles se manifestam mais uma vez perto de Kuroi. Ardendo com um brilho vermelho, revivem todas as vezes, lutando para eliminar os inimigos que os olhos de Kuroi conseguem enxergar. Então isso é eles. Esses são eles.

A Legião Imortal do livro sagrado.

Maldição, isso chega a ser ridículo. Essa é a única palavra que serve. Ridículo. Não, palavras não farão jus a isso, nem um pouco.

Kuroi, ó Kuroi.

Você está voltando para a batalha, liderando trezentos soldados imortais da cavalaria. Você passou de uma guerreira solitária e poderosa para líder de uma companhia esmagadora, a qual é apenas sua.

Com o calor da raiva da humanidade… e a profundeza da tristeza da humanidade em seus olhos.

— Senhores… incrível. Que luta incrível.

O capitão está sorrindo. Da forma que o faz, seus lábios estremecem.

— Parece… que ainda não é a sua vez.

— Estou ansioso por isso. Nem ferrando que vou ficar de fora da batalha.

— Sem dúvidas. Para se juntar a essas tropas, você terá que ser capaz de lutar.

— Que vida boa. Ter uma grande razão para viver e uma grande razão para morrer.

Sim, não tenho do que discordar, companheiro.

Pois não há motivo para desistirmos de viver, assim como não precisamos ter um final ruim para nossas esperanças. Uma vida em que você pode chorar e rir. Um propósito para ter nascido.

Oh, Kuroi está avançando.

Cercados pela zombaria dos orelhas pontudas, oprimidos por eles, é um lugar terrível. Sitiados pela arrogância dos olhos amarelos, abusados por simples diversão, este é um lugar cruel. Este campo de batalha cruel e impiedoso é uma miniatura deste mundo terrível.

Você avança sem hesitação, sempre em frente. Sem parar, sem olhar para trás. Pelas pessoas que ainda lutam. Pelas pessoas que pedem ajuda. Como líder da humanidade. Como a Apóstola de Deus.

Acabe com eles, Kuroi.

Não… eu rezarei a você, Deus.

A garota que o serve… ela ainda é jovem. Não sabe que há alternativas ao levar cada coisa a sério. Ela é dedicada demais. Ingênua demais.

Por favor, não a sacrifique.

Se for por Kuroi, eu… não, nós morreremos mil vezes. Serviremos alegremente como forragem e combustível, e, se você nos tornar imortais, lutaremos pela eternidade.

Então, por favor… proteja Kuroi.

Por favor, Deus Ex.


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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