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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 31 – O Cavaleiro se Move, Rápido e Vívido/O Filho Mais Novo Ordena, Hábil e Sábio

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Deus, você está aí?

Ó, meu Deus… Por que não consigo me mover?


-Cavaleiro Agias VI-

 

Um zumbido que traz uma dor de cabeça, um cheiro que atinge o nariz. Meus membros ficam entorpecidos, e eu sinto uma dor aguda por todo o corpo. Pisco para desfazer as imagens residuais roxas e testemunho o terror que se desdobra diante de mim. Centenas de cavaleiros estão caídos no campo, com a destruição deixando marcas de garras retorcidas no chão. Todos estão em choque. Gemidos ecoam a partir do solo.

Então esse é o poder de um Apóstolo dos Vampiros. Essa é a força destrutiva que eles representam. Possui um poder enorme…, mas é exagerado e desprovido de arte. Vejo um traço de arrogância nele — o pouco cuidado que usa.

A grandiosa magia élfica que vi no ar naquele dia ensolarado, no céu sobre o acampamento… O processo musical que foi um trabalho meticulosamente preciso e fabulosamente grande em escala… nem é digno de comparação. O relâmpago pode ferir e deixar entorpecido, mas não é nada como o impacto que atinge a própria alma.

Isso não passa de força bruta. Para controlar a violência que corre solta, estudei a arte da guerra e treinei nas artes marciais. Um grande feitiço que se agarra apenas na base da força bruta não pode abalar o coração de Agias Willow.

— Todas as tropas! Formar quadrados! Feridos no centro!

Pelo que estou vendo, nosso exército foi dizimado. As perdas entre a milícia e voluntários são particularmente altas. Pode ser que aqueles que seguravam dardos estivessem mais suscetíveis aos raios, baseando-se na forma com que estes caíram. Os portadores de bandeira estão todos no chão, e até mesmo Padre Felipo parece vacilar.

Nossas forças restantes são de cerca… de mil e mais algumas centenas. A maior força que nos resta é de quatrocentos soldados da Companhia de Marius. Eles tiveram sorte pelo fato de que estavam espalhados para dar apoio à Companhia de Origis.

Havia também a Companhia de Origis e de Magos, com aproximadamente duzentos cada, mas talvez fosse melhor fazer com que recuassem. Há muitos que sequer conseguem ficar de pé, o que foi causado pelo uso de magia. É possível, já que este não era um relâmpago natural, mas sim um feitiço mágico.

Minha companhia… Mmh, não tem necessidade de uma chamada, pois todos estão aqui. Seja qual for o ataque, são inúteis se não puderem nos atingir. Estes são os frutos das instruções de Lady Kuroi.

Por falar nela… está montada, mas não se move. A lama e sangue, espalhados pelo seu cabelo negro, impedem que este se mova. Não é possível ver nenhum movimento do seu espírito. Uma rápida olhada para o seu manto militar mostra com clareza a intensidade que foi o seu ataque.

Há algo de estranho com ela, como se não tivesse ciência de seus arredores. As espadas caem de seus braços pendidos, desaparecendo antes mesmo de atingirem o chão.

Esse é… o momento de mudança de planos.

— Todas as tropas, preparar para recuar! Origis, ordene uma retirada! A Companhia de Marius irá cobrir a retirada enquanto se defende contra o inimigo! Comecem a recuar!

Meus irmãos, meus companheiros, deixo Lady Kuroi aos seus cuidados.

A garota é a própria esperança. Ela é uma esperança distante, uma que ainda está longe de dar frutos. Nós buscamos, rezamos e sacrificamos por esta esperança. Mas, por não sermos capazes de fazer mais do que apenas isso, também estamos desesperados por resultados. Caso contrário, morremos.

Mas a batalha não termina hoje. Sem dúvidas de que o futuro reserva vitórias e derrotas. De novo e de novo. Isso já era de se esperar. Planejamos inverter a ordem natural deste mundo de desespero. Não podemos vencer sempre, assim como não podemos mudar as coisas com uma única vitória. O mundo não é tão simples. Podemos apenas inverter a ordem natural ao lutar continua e vigorosamente, e é por isso que, com esta compreensão… fortalecemos nossos corações.

— Todas as tropas! Desembainhar lâminas!

As terras desoladas, purificadas pelo fogo, estão preenchidas por novas ameaças. Vampiros e lobos negros. Ambos são inimigos da humanidade e se alimentam de nós. Eles abrem os estômagos, como se fossem consumir nossas esperanças enquanto também devoram muitos dos nossos companheiros.

E é por isso que cavalgamos para nos encontrarmos aqui. Nós marchamos em frente. Não há necessidade de formações nem táticas. Esses duzentos são os poucos que foram escolhidos. Todos eles viram incontáveis campos de batalha. Todos suportaram as dificuldades do treinamento adicional; todos nós, juntos.

Andamos em nossas montarias como se elas fossem uma parte de nós, formando um único guerreiro poderoso. Matilhas de lobos negros, meras bestas em busca de sangue, não são nada para nós. Cortamos todos sem muitas mudanças em nossa formação. Outras mãos além das minhas são responsáveis por cortar eles, mas posso sentir o corte contra minha palma, como se fôssemos uma única entidade; como se fôssemos uma única alma.

Pedras são jogadas de todos os lados. Não há necessidade de defesa, pois podemos evitá-las com apenas a nossa velocidade. Nos desviamos das pedras à frente com o mínimo de movimento. Não passa de um ataque direto. Nem um único soldado acaba como vítima. Então cortamos nossos inimigos, não lhes dando tempo para que peguem suas armas rústicas. Muitos soldados cortam um único algo em rápida sucessão.

Ah, uma centena de vampiros diante de nós. Todos eles têm um ar de força. Parece que planejavam fazer com que percamos velocidade, amontoados em grupos. Não precisamos atingi-los de frente. Nos separamos em dois grupos. Eu lidero o da esquerda e penso, sem muito mais do que apenas pegar minha lança. Uma ou duas bombas de fogo serão o suficiente. Quanto ao momento certo… Ainda não… ainda não… agora!

Explosões. Ao todo, duas, cada uma disparada da esquerda e da direita. E já movo minha montaria para o próximo alvo. O grupo da direita faz o mesmo.

Cercamos nossos inimigos, agora confusos devido à nossa Chama Explosiva, e avançamos, como se passeássemos. Rompemos com facilidade e separamos os dois grupos de cem em quatro grupos de cinquenta, cada qual começa a cercar e destruir suas tropas. Rapidamente dominamos o inimigo.

A alguns passos à minha frente está o que parece ser um comandante, o qual grita ordens e começa a reunir magia em sua palma.

Varredura Ardente. Derrubo ele e o que estava próximo, matando dois de uma só vez.

O campo, o domínio do guerreiro montado. Vampiros não são nada a se temer para nós.

Os duzentos convergem novamente, tornando-se apenas um corpo. Lá, o próximo alvo, uma unidade inimiga. Deixamos os inimigos espalhados para Marius. Nós, enquanto isso, buscamos reunir alguns grupos deles e acabar com as ameaças uma por uma.

Enquanto ainda estamos armados. Enquanto nossas montarias conseguem correr.

Estamos chegando. Provem da nossa vingança.

-Marius II-

Agias é como um meteoro. Os seus movimentos precisamente refinados são como caminhos de luz.

— Pelotões individuais podem atacar como preferirem! Parem cada um dos inimigos que ir em sua direção.

Ainda não posso me mover como ele se move, nem Origis pode.

Como o coração do nosso exército é a cavalaria, esta é a ponta da formação. Eles são a companhia que estão a cargo da virada crucial, na qual devemos vencer e voltar sem nenhum arranhão. A companhia sequer está permitida de ter ferimentos.

— Movam os feridos para a proteção da tropa! Não extrapolem!

Por outro lado, as tropas que têm experiência de batalha contra os vampiros formaram quadrados e estão recuando. Eles também são preciosos, pois possuem a chave para as batalhas futuras.

— Armas soltas! Usem toda a munição e lanças que precisarem! Recarreguem na tropa!

Meu papel é administrar o campo de batalha para que ambos os grupos possam recuar de maneira correta. Manter a possibilidade de sacrificar alguns dos meus para que eles escapem… Ah, preciso cuidar daquele lá.

— Dez de vocês vêm comigo! Vamos pegar aqueles que estão tentando flanquear!

Uma rápida olhada para Lady Kuroi.

É quase comovente. As chamas, que queimavam com força em seus olhos, sumiram, como se tivessem deixando de exercer qualquer movimento… Mas isso não passa de sentimentalismo.

— Vamos abrir caminho pela esquerda! Concentrem-se!

Pessoas têm espírito. Cada espírito tem uma cor, e há inúmeras camadas para eles. Quanto mais brilhante, mais rico, e mais comovem as pessoas. Até grandes ápices de felicidade. Até os mais profundos vales de dor.

— Vão!

O espírito de Lady Kuroi tem a cor forte da fúria. Pelo menos, é assim que ela pensa de si mesma…, porém não acho que seja verdade. O seu estado atual é prova disso.

Porque pessoas se tornam sentimentais quando seus espíritos estão comovidos.

— Ótimo! Próximo! Aqueles três!

Sentimentalismo, em termos de cor, é transparente. Um vazio silencioso. Pelo fato de o espírito não tender a nenhuma cor, eles se tornam incapazes de agir.

— Aquilo… Vamos reforçar aquele pelotão! Preparem as lanças de fogo!

Lady Kuroi não é uma deusa. Ela é humana. A Apóstola da Humanidade. Está tudo bem se o seu coração se comover, se quebrar. Caso contrário, ela não poderia realmente sentir fúria. Apenas pessoas podem sentir as profundezas desta fúria.

Ou… talvez até mesmo os deuses sejam assim.

Por que mais alguém viria a odiar a humanidade? Sem um espírito, não há verdade alguma.

— Malditos humanos! Isso é pelo meu amado irmão! Morram!

Bem, temos um problema. Ele não é apenas forte, mas também tem uma sede por vingança misturada em sua hostilidade. Um vampiro em fúria. Sua força é ampliada. Já perdi quatro soldados para ele. Suponho que eu poderia atacá-lo, clamando que esta é uma vingança pelos meus soldados falecidos.

Entretanto, não irei, pois a magia que forneço à minha lança de fogo está repleta de tristeza.

Magia de chamas, Escamas Azuis.

— O quê?! Chamas azuis?! Duas, não, três bolas de fogo azul estão lentamente… me seguindo!

Esse fogo é tenaz. Saiba que existe esse tipo de fúria também. Não é apenas a intensidade da fúria, mas também um ódio lento e ardente.

— Gyah! Veneno?! Essa é uma chama venenosa?! E-Eu não consigo me mover!

Perceptivo. De acordo com Origis, sou um pouco saturnino em temperamento. Não quero apenas acabar o queimando. Não, vocês todos podem sofrer um pouco mais.

— Maldito… humano!

Parece que também tenho um lado trapaceiro. Enquanto ele direciona sua atenção a mim, um dos meus soldados passa por cima de sua cabeça por trás. O fim.

— Pelotões, levem os feridos até a tropa principal! Depois disso… depois disso, sigam-me!

Lady Kuroi. Ó querida Lady Kuroi. Não tenho dúvidas de que você correrá novamente, por isso ofereço-lhe uma prece a você.

Como o seu coração desejar.

Como o coração, com a divindade dentro dele, desejar. Que você permaneça assim.

— Todos os pelotões! Continuem à vontade! Vamos nos mover para parar aquilo! O núcleo da horda dos vampiros. Os mil que acompanham a Dourada. Eles não estão indo atrás dos elfos, mas sim atrás de nós. Parte disso, talvez, se dê ao fato de não quererem lidar com as defesas de Sino. Nem mesmo Agias tem chance contra eles.

E é por isso que alguém precisa atrair a atenção deles.

— Parem! Parem por um momento, ó humanos!

Uma voz vinda do céu. Para voar por essas nuvens precisa ser um elfo especial, entendo.

— Nosso exército irá lidar com eles! Foquem seus esforços em proteger suas forças que recuam! Mandei curandeiros até eles também!

Uma comandante cavaleira dragão, com várias folhas a acompanhando. Antes tarde do que nunca, suponho.

— Entendido! Deixamos o campo de batalha com você!

— Sim, agora é nosso!

É um preço pequeno a se pagar se um sorriso e um aceno de cabeça reduzem nossas perdas.

Ressentimento é melhor deixando borbulhando no fundo do estômago.

Não precisa esquecer, mas é melhor deixar de lado até que ganhe catarse.


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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