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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 29 – O Filho do Meio Avança Entre os Pelotões dos Vampiros/O Oficial Sorri e Vislumbra a Esperança

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Deus, dá-me força. Deus, dá-me força.

Forneça-a através de vosso espírito tumultuoso para que eu esmague meus inimigos.


-Origis II-

 

Caramba, ela é forte. Não há palavra alguma para descrever seu ataque solitário.

A magia que queimou os vampiros era forte, mas a força de Lady Kuroi incita até aquele poder da minha mente. É opressor, como um espírito de guerra brincando em um campo de lâminas. Até onde meus olhos conseguem acompanhar, ela corta, queima e destrói. Ela não mostra sinais de que irá parar.

Porém, até onde vai? Irá percorrer as linhas vampíricas e atacar o comando deles?

Me diga que não. Por favor, diga que não.

Ao proteger seu cavalo… ela recebe golpes de pedras e relâmpago. Porém, por continuar em frente, as pernas do cavalo começam a ceder.

— Irmão! Eu lhe imploro, permita que me junte a ela!

— Origis… Muito bem, vá! Faça o possível para alcançá-la! Iremos pressionar do sul!

— Estamos com você. Já vamos, Lorde Tenente representante?

— Capitão… que a fortuna o favoreça!

— Deixe conosco! Hah! Estou começando a gostar disso!

O capitão e os trezentos cavaleiros da Fortaleza do Penhasco pretendem vir comigo. Não, eles são os que possuem o maior direito de me acompanhar. Estão aqui apenas para seguir Lady Kuroi em batalha.

— Movam-se ao centro! Formar linhas!

Partimos, quinhentos soldados formando uma linha única. Posiciono os trezentos da Fortaleza do Penhasco atrás de nós.

Eles são corajosos, mas não cavaleiros. Não entendem o raio de efeito de fogo e bombas de fogo. Não tenho outra escolha a não ser direcionar de perto seu avanço.

— Preparar armas! Usem lanças de fogo à vontade! Avancem, todos! Sigam-me!

Disparamos a galope. Nossos cavalos pisoteiam as cinzas dos vampiros que ficaram no chão. Os vampiros e elfos são lentos. O poder incrível de Lady Kuroi tem todo o campo de batalha entorpecido de choque. Ela nos conseguiu tempo para ganhar a preciosa velocidade e distância.

Um movimento da minha alabarda, enquanto um vampiro encara em pura surpresa. O movimento faz com que a sua cabeça voe. Pisando nela com os cascos do meu cavalo, movo-me em frente.

O brilho de chamas. Alguém disparou um feitiço incendiário. Eles não têm outra escolha. O som de um cavalo caindo. Os lobos negros — familiares —, esses são a maior ameaça, não os vampiros.

Um vampiro está diante de mim, com um porrete de aço em mãos. Seu plano é derrubar a mim e o cavalo.

Vá se ferrar.

Sinalizo para o meu cavalo com uma inclinação do peso do meu corpo, e nós dois pulamos juntos sobre a cabeça do inimigo. Enquanto passamos por cima dele, golpeio-o com minha alabarda. Sinto o impacto contra o braço. Um grito abafado. Seu rosto é dividido em dois.

Mais inimigos. Lobos negros saltam sobre os cavalos. Eu cravo minha arma em suas mandíbulas perversas até atingir a cabeça.

O som do choque de uma explosão. Sete, não, oito deles logo atrás. Alguém ativou seus explosivos. Havia aqueles que desmontaram, o que não ia contra as ordens. Eles tinham a liberdade de fazer o que preferirem caso fossem cercados, de frente à morte por espancamento. O direito de levar pelo menos um dos malditos junto.

Lady Kuroi está naquela direção. Muito além, atrás das linhas inimigas. Os inimigos começam a se amontoar ao seu redor. Ela perdeu tanta velocidade que agora o inimigo podia a cercar.

— Cavaleiros do Penhasco! É aqui que nos separamos! Deem e volta e vão até a Lady Kuroi!

— Pode deixar, mas e quanto a você?

— Continuaremos correndo em direção ao inimigo! Os jogaremos no caos! Use isso para avançar!

— Entendido! Vamos fazer isso, eu juro!

É claro. Eles irão alcançar Lady Kuroi. Ou, pelo menos, forçarão a chegada de um ou dois até ela. É por isso que avançam.

— Todas as unidades! Formar cunha! — Eu sendo a ponta, formamos uma cunha afiada. Então… — Sigam-me!

Agora é a hora. A hora da morte; a hora da glória.

Colidimos com toda a força. Agarrado nas costas do cavalo e com a alabarda estendida, eu corto. Impulso é tudo. Parar é o mesmo que morte. Até mesmo a perda de velocidade é uma sentença de morte.

Uma sensação gigantesca de claustrofobia1A claustrofobia é uma fobia situacional que envolve o medo de espaços fechados ou confinados. Uma pessoa com claustrofobia sofre de ataques de pânico ou receio constante de ter um ataque a qualquer momento.. Há momentos em que parece que o impulso está prestes a decair, e, em cada um deles, alguém se coloca entre mim e a morte, cada qual traz um brilho de magia, e nós aceleramos uma vez mais, reganhando o impulso.

Rompemos. Rompemos através da horda de vampiros. Quantos matamos e quantos perdemos; não contamos, apenas continuamos em frente.

 Ainda podemos ver a Lady Kuroi. Porém… o obstáculo à frente é complicado.

Uma onda de corpos em nossa frente. Vampiros se reúnem tão apertadamente que formam uma parede. Alguns estão cobertos de armaduras. Mordo o cabo de minha lança com os dentes e puxo uma lança de fogo. Agarrando-a com as duas mãos, encho-a de magia — meu coração transbordante… Ótimo, vou acertá-lo. Eles hão de experimentar a fúria completa da minha alma.

Magia de fogo, Tempestade de Fogo. Uma chama surge da lança de fogo disparada. Línguas e mais línguas de chamas irrompem, engolindo tudo ao redor enquanto se espalham. Provem essa, malditos!

Uma chama grande o bastante para engolir uma casa, o resultado de tentar usar Chama Saltitante sem um controle decente, usando toda minha força para intensificar as chamas. É apenas fogo, o que não é o suficiente para ser letal, correto? Mas sei que vocês, malditos, odeiam fogo. Vejo que estão correndo para longe.

Somos completos opostos. O fogo nos atrai, e entregamos nossa vida a ele.

— Formação em linha! Façam com que queimem!

Uso mais uma Tempestade de Fogo. Outros acompanham com a Chama Saltitante. É assim que formamos nossas chamas constantemente. Elas ganham intensidade. De uma única casa para uma estância, continuando a crescer.

É como nós. Começamos pequenos, trabalhamos e ficamos maiores, mais fortes.

É lindo, muito lindo.

— Todas as tropas! Formação roda de fogo!

Disparamos com as chamas à nossa direita. Damos a volta pelo flanco direito dos vampiros, atacando à medida que as chamas os deixam confusos. Continuamos nosso avanço enquanto eles arremessam pedras e relâmpagos, jogados com sua força sobrenatural. Estaremos condenados antes mesmo de pararmos. Não importa quantos possamos perder, continuamos nosso cerco sem parar.

Por que hesitam? Venham para cima de nós. Nos cerquem. Ao nosso redor, aqueles que alimentam e arcam com as chamas. É isso o que significa enfrentar a humanidade. É isso o que significa lutar contra nós.

Os trezentos do Penhasco… foram reduzidos a cerca de duzentos, mas eles estão em um lugar bom. É melhor estarem prestando atenção.

— Preparar bombas de fogo! Disparem à vontade!

Agora é a hora, hora de soltar todas as Chamas Explosivas que conseguirmos.

Jogamos tudo neles: a luz, o som, o calor, os impactos. Gritar está permitido. Infernos, gritem, fanfarrões!

Deem uma prova do que humanos são capazes.

-Capitão Jashan son Peine I-

Vamos mostrar do que humanos são capazes, malditas bestas sugadoras de sangue!

— Viram aquilo, homens? Claro que viram, não é?

Olho para os soldados que sobreviveram ao avanço pelos campos da morte, observando seus rostos.

— Eu, o incrível Peine, testemunhei! O terceiro pirralho do Lorde Willow indo com tudo de maneira dramática! É assim que um homem deve agir!

Faço um comentário estúpido e espero por uma resposta, esperançoso.

— Espere, espere, o terceiro filho dele ainda está vivo, senhor! Aquela não é uma chama de glória!

— Hã, quem é esse incrível Peine mesmo? Tem um Jak son Peine, que também é o nosso comandante…

— Cavalaria de bombas de fogo, essa é uma maravilhosa inovação! Um tipo de soldado que merece elogios!

— De fato, sem dúvidas. E, além disso, são de grande honra, pois nos deixaram ter o momento de glória.

Ótimo, estamos nos divertindo. Isso é o suficiente, podemos avançar enquanto rimos.

— Senhores! Agora estamos lutando pelo direito de um abraço! O vencedor irá ganhar o direito de abraçar a belíssima e invencível Lady Kuroi! O resto irá ter que se contentar um com o outro! É um mundo vasto que temos, com diversos amores e fetiches para todos! Gosto de pensar em mim mesmo como alguém de mente aberta!

A grande risada antes do ataque também dá certo. Ótimo, não tenho mais arrependimentos.

— Tudo bem, meus jovens, ataquem!

Disparamos juntos.

Apesar de toda a confiança que eu tinha neste estilo de avanço, parece lento em comparação aos movimentos dos Cavaleiros Bombardeiros. Mas, bem, vai dar certo.

Parece que todas as bestas sugadoras de sangue à esquerda e à direta nos perceberam. Os deixaremos com vocês, ó companheiros nas extremidades. Vão com suas lanças. Se isso não for o suficiente, batam neles com suas montarias. E, se ainda não for o bastante, pulem no soco. Ótimo, ganhem o máximo de tempo que puderem. Matem, se conseguirem. Parem eles, mesmo se tiverem que rasgar suas gargantas com os dentes. Avancem, avancem ainda mais. Ainda podemos conseguir. Vamos conseguir. Aquele terceiro filho da Casa Willow nos deixou orgulhosos. Não só atraiu a atenção dos sugadores de sangue, mas também atraiu os lobos.

Lá, eu a vejo. É a Lady Kuroi. Ela perdeu o seu cavalo e está lutando sozinha a pé. É uma visão dos infernos. A porra de uma visão de se admirar.

A Dama da Valsa com Lâminas. A Dança do Assassinato de Demônios.

Ela mata demônios como se estivesse dançando. A sua juba negra afasta pesadelos. O brilho prateado de sua espada corta os monstros, como se elegantemente assoprasse para longe o desespero da humanidade… É isso.

Ah, agora eu entendo as prosas de elogios quase bêbados de Felipo. Ela não recua, mesmo estando cercada por sugadores de sangue. Continua criando novas armas e massacrando o inimigo. Queimando-o. Ela luta enquanto as cinzas flutuam ao seu redor. Não mostra sinais de preocupação com o sangue jorrado sobre si. O poder divino ao seu redor cintila, deixando-a tão brilhante que fica quase difícil de olhar. Tamanha é a intensidade. Lady Kuroi ruge como a representante da humanidade.

Por isso sinto gratidão, nada além de gratidão.

Desde que era criança, a única coisa que senti foi frustração. Há tanta coisa de errada com o mundo a partir do momento em que se tem um vislumbre da realidade. A vida humana é miserável. Não passa de um brinquedo na mão dos outros. Vim declarando em contradição desde então.

Claro, quando enfim pode gritar bem alto, também surgem diversos problemas. Eu quase acabei sendo expulso de casa, então acabei sendo mesmo expulso do seminário…  Inevitavelmente, manter-se em silêncio acaba acumulando a frustração. Tenho certeza de que é a mesma coisa para todo mundo. Todos que tentam viver sem tirar os seus olhos do mundo lidam com coisas que não podem tolerar. Se fosse apenas sobre a fraqueza, não teria problema, pois poderia desistir. Entretanto, o desdém do forte…, bem, isso não é algo suportável.

Não me subestime. Não repudie as pessoas que me são preciosas.

Não zombe de tudo ao me redor, tudo aquilo que considero precioso.

Não despreze a humanidade. Não nos trate como despojos patéticos.

E, agora, sejam testemunhas.

Lady Kuroi é impressionante, não é? Ela é a nossa representante. Ela fala por nós todos.

E é por isso que, Lady Kuroi, já está bom por hoje. Este não é o único lugar no qual você precisa rugir. Há muitos outros malditos que precisamos derrotar. Existem muitos outros lixões que precisam saber da sua presença. E, por este motivo, não queremos dar fim ao nosso grito primordial neste campo de batalha, no meio do nada.

— Vão em frente, companheiros! Continuem! Lady Kuroi está logo ali!

Deixo que o avanço desesperado e corporal do restante dos soldados mantenha a horda afastada, que agora está debaixo das garras dos sugadores de sangue, então abro caminho e estendo meus braços.

— Isso! Venci!

Hurrah! Abracei a Lady Kuroi!

Deixem-me passar. Deixem-me passar com a precisa carga de cintura fina e, surpreendentemente leve que tenho em mãos… a santa que irá apoiar nossas esperanças e preces, para algum lugar em que possa tomar um ar.

— … Paciência, Lady Kuroi.

Eu vejo. A poeira erguida pelo exército humano enquanto ataca do sul. O corpo principal que cerca nossa companhia de magos.

— Você não precisa vencer todas as lutas do começo ao fim para ganhar a batalha, Lady Kuroi. Só precisa vencer na oportunidade correta.

Atrás de mim… Hmm, não sobrou nenhum soldado, hein? Acho que estavam obcecados demais em abraçar uns aos outros. Bem, está tudo certo.

— Quanto a encontrar as oportunidades corretas, bem, pode deixar isso para os irmãos Willow ou Felipo. É por isso que todo mundo está aqui.

Ainda há o problema de chegar até o corpo principal… Não, está tudo bem. A unidade do Terceiro Menino está chegando. Maldição, eles são demais.

Não estão com inveja? Estou abraçando Lady Kuroi.

— Este é o nosso fim, senhora…, porém, você nos deixará lutar lado a lado novamente, certo? Foi isso o que Odysson nos disse. Por favor, nos dê essa honra, eu oro a você.

Espero que eu ainda esteja sorrindo direito. Está frio, estou começando a tremer. Minhas bochechas formigam, por isso não sinto que sou capaz de sorrir de maneira apropriada. Também tenho sede. Acho que é isso o que acontece quando se está sangrando. Tem um buraco na minha perna e costas, afinal.

— Por favor, continue em frente.

Coloco Lady Kuroi na sela e dou um tapa na garupa do meu cavalo. Ouço um último relincho antes de desmontar… Não, mentira, eu caí. Isso é bastante brega, não é? Oh, bem, que seja, não importa.

Queria que o meu último oponente fosse um sugador de sangue, mas acho que um lobo negro é o que tem para hoje.

Tudo bem, pode vir, não vou deixar que nenhum de vocês passe.

— Heheh… Ahahahaha! Oh, foi tão divertido! Hurrah para a humanidade!


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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