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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 26 – A Sombra Suspira Diante do Orgulho dos Homens/O Segundo Comandante Odeia Este Mundo de Mulheres

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Deus sinaliza para a guerra.

Sua presença é furiosa… O ar está preenchido pelo presságio da violência.


-Sombra Tamika II-

 

Que desastre.

— Ei, Tamika, você conhece a cor “café”?

Sempre tive vontade de agradar a Dourada, mas ela me surpreendeu ao vir até mim… Que grande sorte, agora posso ganhar fama como um oficial não-comissionado inútil. Não, valeu, isso não me agrada nem um pouco. Quero dar o fora daqui.

— Aposto que não. É uma palavra que ouvi diretamente de Deus. É um “marrom celestial e enternecido”, assim como a cor da sua pele.

Não acaricie a minha bochecha. Não passe seus dedos pelo meu pescoço. Uou! Ela vai descer até os meus peitos?! Sei que estamos em uma caverna, mas há guardas por perto… Tipo, esse não é o problema! É assustador! M-Meu pulso está claramente elevado!

— Lady Dourada! Você é uma grande brincalhona!

— Mmm, grande e macio… e ainda um pouco firme. Está nervosa?

— C-C-Claro! Tipo… — Tento balançar minhas mãos freneticamente, mas não consigo me libertar. Essa garota tem uma força monstruosa! — Estamos no meio de uma batalha! Os elfos estão-UOOOUU?!

— Eles não passam de alguns batedores inúteis, então não precisa dar bola para eles. Mais importante, estou atraída por esse grãozinho… que cor ele tem, será?

— Eep!

Não consigo fazer isso. Desisto. Minha única escolha é deixar que ela faça o que quiser com o meu corpo. Malditos vampiros, sem exceção. Eu deveria me fazer de difícil um pouco e, então, fingir que desmaiei, para que assim pudesse usar minha Visão das Sombras a fim de que a minha mente possa escapar, pelo menos… Duvido que a minha virgindade será tomada. Pois é, não iria querer que isso afetasse o sabor do meu sangue.

Focando-me em uma mosca, na qual coloquei minha mana, troquei de lugar e…

Hm. O ataque foi impiedoso. Flechas disparavam por entre as árvores. A armadura de um cara foi atingida, mas ele ficaria bem. A pele de outro foi arranhada, então era o seu fim. Parece doloroso. O veneno que pode matar vampiros, fiquei sabendo que é extraído de sapos.

Água forma espirais entre as folhas que caem — o feitiço Serpente de Água. Todos os soldados que são tocados por ele parecem estar sofrendo. Normalmente, entra pelo esôfago e afoga a vítima… Mais veneno? Que aterrorizante. Qual é o sentido em escolher uma estratégia dessas? Pelo que estou vendo, a maioria dos mortos são vampiros. A julgar pelos números… são três mil vampiros contra quinhentos deles… Não passa de um ataque forçado.

Um ataque feroz, com uma força pequena durante o dia, essa é a vantagem dos elfos em uma floresta que já conhecem bem, hein?

Hmm? Aquele mago de água é o líder? Oh, é mesmo, ele é o líder da força principal na Fronteira. É forte, e também ortodoxo. O alcance e velocidade dos seus Chicotes de Água estão em outro nível, e suas ordens são precisas. É, sem dúvidas, um mestre. Um veterano como esse seria um problema para o inimigo. Seus instintos rápidos mostram que ele tem poucas aberturas, seja em ataque ou em recuo.

Mas, então, por que um soldado assim está liderando uma investida inútil como essa?

Há alguma emboscada por perto? Ao trocar para os olhos de um gafanhoto… não, não vejo nada. Talvez um flanco pelos lados ou pela retaguarda? Trocando para os olhos de um besouro… Não. Do céu, então? Olhos de abelha… Oh, que tempo maravilhoso. Tem apenas alguns gaviões no céu.

De qualquer forma, não faz sentido. Isso só pode significar que deve haver algum pensamento anormal aqui.

Hmm… Oh, entendo. Descontentamento, talvez? A Fronteira recebeu dois mil e quinhentos reforços élficos. Naturalmente, como líder de apenas algumas centenas, ele perderia o comando do exército inteiro, e também foi forçado a recuar na batalha anterior, por isso tenho certeza de que foi repreendido. Feriu o seu orgulho. E, pela forma que luta, fica claro que é um homem orgulhoso. Está indignado e não tem onde descontar sua raiva.

Em outras palavras, não ficará satisfeito com apenas uma missão de observação, então está tentando transformar isso em uma batalha de aquecimento. Uma triste demonstração de orgulho.

Este é o significado por trás do seu ataque.

Tolo. Homens fazem acrobacias malucas como essa com frequência. Não satisfeitos em apenas fazer coisas malucas, também elogiam e exaltam os outros pela sua insanidade e os admiram. Além disso, falam sobre a beleza da ruína. É uma filosofia que não consigo compreender.

Mas se isso irá derrotar o Deus Demônio, eu não me importaria em ajudar.

Viu só? Agora Arco Curto juntou-se à luta graças a esse romance masculino — ou simplicidade, mais precisamente. Aposto que acha que é uma batalha destinada. Mas a verdade é que ele só será ridicularizado, na minha opinião. Será que pode mesmo se sentir orgulhoso depois disso, enquanto observa seus homens morrerem um após o outro? É por isso que guerra é uma burrice tremenda… Ei!

— Hmm, enfim acordou?

E-Ela me mordeu! Dourada mordeu o meu pescoço!

— Não se preocupe, não suguei o seu sangue… Apenas lambi um pouquinho. Você não acordava, por isso tive vontade de passar um pouco dos limites.

Não me lamba, mas que diabos! Isso não faz sentido. Ugh, todo o meu corpo está gosmento!

É… É por isso que odeio vampiros!

-Segundo Comandante Arcsem I-

— Qual é o problema, Arcsem? Você parece bastante desesperado!

— Não se segure contra mim, chupador de sangue!

Esquivando-me de um ataque do seu martelo de guerra, ataco com o meu Chicote de Água. Não preciso acertar, só preciso de um pouco de espaço. Meu chicote contorce-se, e eu preparo a armadilha. O solo da floresta é fortificado pelas raízes das árvores e está repleto de água. Usar magia de terra é difícil aqui, mas a minha magia é perfeitamente adequada.

— Você não percebeu o tamanho de nossas forças antes de atacar? É por isso que ficou tão frenético?

— Não me compare com seres como você!

Bato meu chicote e atraio a sua atenção para cima. Ele não pula. Agora, tome essa: uma onda com mais de cem Serpentes de Água! Se uma sequer o tocar, sua vida chegará ao fim.

— Belos truques!

Impossível. Ele usou Escudo de Pedra nos pés? Como foi capaz de utilizar magia de terra tão facilmente? Oh, o ataque de antes. Quando errou com o seu martelo, esmagou a terra e a preencheu de mana.

Com um salto de cima do seu escudo de terra, atacou mais uma vez. Malditos vampiros.

— Morraaaaa!

O martelo de guerra, com sua dureza aumentada por magia, é um amontoado horroroso de metal, que representa uma ideia selvagem de “quanto mais duro, melhor”.

Flexiono meu chicote, fazendo-o voltar para a minha mão. Consegui fazer isso a tempo, mas o golpe foi mais forte do que eu esperava. Mais de metade da água que utilizei no meu chicote foi dispersada. A mana que estava nela permaneceu, entretanto, sendo o suficiente para um feitiço.

Vamos testar o tamanho dessa… Um círculo de corrente de água, que irá selar um vampiro… Barreira do Córrego!

— Tsk! Que saco!

Ele saltou para longe? Deveria ter apenas atacado. Eu o teria feito cair no sono para sempre. Felizmente, consegui capturar o seu pé por um segundo. Os sentidos dele estão ficando mais fracos, então é hora de dar sequência.

— A única coisa que você faz é atacar os pontos fracos! Não tem coragem?!

— Armadilhas são mais adequadas para bestas.

— Hah! Não acho que a pessoa que acabou dentro de uma armadilha para bestas deveria estar latindo!

Ele moveu as pedras com magia, as quais aceleraram a uma velocidade tão alta que não podiam mais ser vistas. Era o feitiço de terra, Disparo de Pedra.

Esquivei-me, atirando-me para trás de uma árvore para me proteger. Consigo ouvir as pedras chocando-se contra a árvore sem parar. O poder destrutivo delas também é surpreendente. Hmm, a presença dele desapareceu. Deve ter usado essa oportunidade para fugir. Uma retirada a toda velocidade, é claro, já que vampiros não têm vergonha nem honra. São selvagens que só atacam baseando-se no instinto em batalha.

E eu vou perder para isso?

Já decidi que iria invadir esse lugar, mas, no fim, não fui capaz de atrair Dourada. Apesar de ter matado tantos, ainda que estivéssemos em menor número, tivemos grandes perdas e estávamos cercados pelo inimigo. Também não há esperança por reforços.

Não era para ter acontecido assim… Pensei que finalmente encontrara a oportunidade perfeita. O plano tinha começado ao usar os monstros para atacar o território humano. Um esquema nada original, repleto de incômodos e sem chance de conquistas. Então tornou-se um plano para atrair os vampiros, o qual, embora fosse estranho, deveria me dar a oportunidade de erguer minha bandeira.

Mas, de repente, tudo foi arruinado.

A Comandante Dragão e a Guerreira Dragão vieram juntas, e eu fui ordenado a ajudá-las, enquanto residia no território humano.

Basicamente, fui relegado a ser o guarda-costas de uma mulher. Mas tomei precauções e consegui atrair os vampiros. Mesmo assim, graças às maquinações das mulheres, a vitória fugiu de mim.

Mesmo agora, interferência fez com que a minha possível ascensão escapasse novamente. Eu acho que foi uma falha desde o começo quando a mulher chamada Dourada surgiu. Um vampiro homem teria corrido até aqui para me enfrentar de frente, até mesmo gritando o seu nome.

Mulheres. Mulheres são a ruína da minha existência. Sempre. Em todos os lugares. Até mesmo no campo de batalha.

Isso me faz lembrar: o primata que supostamente matou elfos era uma mulher. Eu tratei aquilo como impossível naquela vez, mas uma humana fêmea ainda é uma mulher; talvez ela tenha feito o impossível apenas para me atingir.

Não, o verdadeiro problema vem de muito antes disso… as deusas — dragão e demônio. O mundo luta por esses dois seres divinos. Talvez este seja o meu lugar natural neste mundo. O meu propósito é de apenas morrer em um canto do campo de batalha para atender aos caprichos de um deus?

Como se eu pudesse aceitar uma coisa dessas. Não em vida, nem em morte. Continuarei lutando, até que finalmente possa lhes ensinar uma lição.

Malditas mulheres.


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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