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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 23 – O Cavaleiro Comemora e Ataca, Incendiando o Campo de Monstros

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Não estou sozinho.

Estamos aqui, por isso não estou sozinho.


-Cavaleiro Agias V-

 

Com os Cavaleiros Bombardeiros alinhados, nós procedemos. Os sons de pés em marcha e cascos em trote misturam-se à medida que nos aproximamos da montanha. A horda de monstros desce como uma avalanche, e nós devemos revidar, assim como as forças de Marius já o fazem.

— Tem sido batalha após batalha para você. Não está cansado, irmão?

Bufei para a brincadeira dele. Meu plano original era esperar até que ele se tornasse um homem antes de deixar nossa casa, mas, por algum motivo, apesar de ter se tornado um excelente soldado, sua natureza de garoto não mudou nem um pouco.

— Uma pergunta meio tardia, mas alguns dos soldados da Expansão não deveriam estar se juntando a nós?

— A prioridade deles é proteger a Expansão. Mesmo com os monstros eliminados, o fedor ainda presente irá atrair mais. Além disso…

— Soldados com diferentes métodos de batalha irão apenas nos atrasar, certo?

— De fato. Não é mais uma questão de habilidade.

— Bem, suponho que seja verdade.

Duas novas peças de equipamento estão presas à minha cintura: quatro bombas de fogo e dois recipientes de ignição. A Conflagração disparada pelas bombas de fogo é tão destrutiva quanto qualquer ataque de exército. Controle sobre magia de combustão é difícil, mas cada um dos nossos soldados a dominou. Entretanto, isso é mais do que natural; não os chamaríamos de Cavaleiros Bombardeiros se não o tivessem feito.

Os recipientes de ignição, por outro lado, ainda estão se mostrando deveras complicados. Cheios de óleo e bastante efetivos, seus resultados dependem grandemente de mana e habilidade do usuário. Origis só consegue usar um tipo de recipiente. Quanto a Marius… ele poderia muito bem se tornar um guerreiro de magia de chama.

— O povo da Expansão estava tão eufórico. Toneladas de soldados queriam vir conosco. Poderíamos ter, pelo menos, trazido alguns deles conosco.

— Entendo o que está querendo dizer. E, se estivéssemos apenas marchando, não, apenas caçando monstros, eu os teria aceitado de bom grado.

— Mas os vampiros, hein?

— Eles não irão aparecer tão de repente. Entretanto, não pense que é garantido que não irão de fato aparecer.

Conforme avançamos, mandamos batedores com frequência. Durante a manhã e o meio-dia, nos apressávamos em frente. Antes de o sol se pôr, selecionamos um lugar para nos esconder e descansar durante a noite. Então, antes de o sol nascer, partimos uma vez mais. Devemos estar atentos aos vampiros, mas não há tempo a perder. O desgaste físico e mental não é algo a ser levado na brincadeira.

Mas nenhum dos nossos soldados ficou para trás. Nossos novos métodos de treinamento estão dando frutos. Nossas provisões também se mantêm fortes. Fomos capazes de reabastecer na Expansão, o que tornou possível esta expedição.

Se tiver que citar um problema, seria a Fronteira. Nossa força principal está longe de casa. Entendo que a situação atual nos obriga a isso e que Padre Felipo e os outros tomaram esta decisão após muita consideração… Ainda assim, é difícil. A festa do chá tinha acabado de acontecer, também. Ouvir sobre isso me deixa agitado e lembrar me faz tremer.

Lady Kuroi nunca comentou sobre o assunto, mas todo o nosso empreendimento começou do zero. Nossas opções eram limitadas e tudo estava por um fio. Eu só espero que baixar nossas defesas contra os vampiros não leve a algo terrível. Se levar, por favor, que Lady Kuroi possa escapar, pelo menos.

Esse deserto desolado, composto por areia e pedras, tão secos quanto ossos… é como nós no passado. Mas, agora, é impossível aceitar uma vida que nos obriga a nos tornarmos simples torrões de terra.

Um clarão de luz em meus olhos aparece diante do sol… logo antes de clarear o dia. Um ronco atrasado e baixo segue logo depois.

— Irmão! Veja!

Parece que o campo de batalha mudou mais para o leste do que nossos batedores informaram. Entre a pilha de corpos, Conflagração está sendo usada de maneira focada. Marius está sendo pressionado.

— Toda velocidade à frente, homens!

Pense enquanto cavalga, Agias. Qual é, nosso inimigo é um especialista em grandes hordas de monstros. Comparado com o ataque à Fronteira, há muito mais deles… e mais tipos, também. Alguns monstros são extremamente perigosos, como: trolls, ogros e bugbears1Possível referência a um monstro de Dungeons & Dragons (D&D).

Marius lidera quinhentos cavaleiros para a intercepção. Ele disse que atrasariam os monstros até que chegássemos. Ele não é do tipo que faz promessas que não pode cumprir, por isso, se diz que irá fazer, com certeza o fará. Também deve saber da nossa posição. Estamos nos aproximando do sul, quase chegando. Os batedores já entregaram os relatórios e estão dando meia volta.

E, mesmo assim, o campo de batalha moveu-se para o leste, e as bombas de fogo estão sendo usadas de maneira tática. Por que será? Não pode ser…  Ah, entendo. Neste caso, assumo que aquele som de antes foi o sinal.

— Vanguarda, puxem suas armas e recipientes! Retaguarda, certifiquem-se de usar todas as bombas de fogo que possuem!

Deixa comigo.

Uma horda massiva de monstros, blasfêmia sobre o mundo. Com mais de dez trolls, assim como ogros e bugbears juntos, é o suficiente para ter o fim da nossa nação em mãos. O miasma do fedor que sai da boca deles e a baba vil que pinga de seus lábios corrompem esta terra. Eles não têm organização, mas não estão tão espalhados. Bom trabalho ao mantê-los contidos, Marius. Você pode estar na correria agora, porém serviu bem ao seu propósito.

Na realidade, parece que está usando sua alta velocidade para brincar com eles, atraindo os monstros menores. Macacos loucos, que se agarram a cavalos sem medo; ratos venenosos, que mordem suas pernas; omega pherox, que saltam e enxameiam… todos esses são um incômodo para a cavalaria, mas não vejo nenhum deles. As explosões de antes devem tê-los eliminado. Eles preparam o palco e agora esperam pela nossa chegada.

— Formação de lança longa!

Então devo atingir suas expectativas. Deixe-me mostrar a determinação daquele          que lhes trouxe durante todo esse caminho. Duzentos cavaleiros formam uma cunha, comigo na ponta. Quinhentos cavaleiros cavalgam em quatro linhas verticais logo atrás de nós, como se estivessem protegidos por nossa cunha. No final da formação deve estar Origis. Nós dois estamos em posições arriscadas. Todavia não há algo mais adequado para os homens de Willow.

Agarro minha lança com as duas mãos e rezo a Deus.

— Ataqueeeeemm!

Deem seus gritos de guerra, meus soldados. Destruam as bestas com suas vozes e invadam o campo de monstros.

Com a velocidade servindo como minha arma, perfuro.

Esquiva! Corta! Dilacera! Monstros malditos. Somos a lança que guia a humanidade. Com apenas mero instinto, vocês não podem se opor aos nossos espíritos corajosos e vontades afiadas.

Diante de mim está um bugbear. É um monstro parecido com um urso e de mente maligna. Seus braços estão erguidos, como se tentasse me intimidar. Inútil. Comparado a um vampiro, é um movimento nada artístico e patético, tendo apenas poder por trás dele. Estendo-me e perfuro sua garganta. Posso me sentir atravessando seu crânio. Deixando de lado o seu corpo que se contorce, olho para frente. Mais a fundo.

Um ogro, hein? Está tentando o melhor que pode para me alcançar enquanto arremessa alguns monstros menores para longe. Não é a minha prioridade. Vá em frente e tente me pegar. Mate seus companheiros enquanto o faz, por favor.

Tudo bem, está na hora.

— Retaguarda, disparem suas bombas! — ordeno, e explosões surgem ao meu redor, feitiços de Conflagração são constantemente conjurados. A cunha da vanguarda perfurou profundamente na horda inimiga. Enquanto os monstros tentam nos esmagar, nossa retaguarda dispara bombas de fogo para pulverizá-los. Essa é a nossa formação de lança longa.

Sinto o calor das chamas em minhas costas e movo-me para frente. Venha, troll. Desafie-me. Vamos testar o quanto seus ossos e carne conseguem regenerar.

Muitos soldados já arriscaram suas vidas antes, morrendo em vão…, mas não mais. Isso serve para provar que chegamos tão longe.

Em minha mão seguro um recipiente de chamas. Coloco mana nele, segurando-o com força. Esse feitiço, Lâmina de Chamas, me foi ensinado pelo próprio Feiticeiro Odysson. Com uma gigantesca lâmina de chamas, rasgo a barriga do troll. Ouço um uivo e sinto o cheiro de gordura e carne sendo queimadas. As chamas são descontroladas.

Sofra. Corto seu couro espesso, queimando-o de dentro para fora. O troll tenta ao máximo apagar as chamas, a ponto de até mesmo rolar no chão, mas elas não são apagadas. Contanto que minha mana permaneça, irá continuar a queimar. Sem parar para ver os resultados, continuo em frente mais uma vez. Eu perfuro, corto e luto com cada monstro que vejo, abrindo caminho em direção a outra extremidade desta terra apodrecida.

Perfure. Retome.

Em meio a isso, ouço uma comemoração. Este é um campo de batalha, tolo. Entendo a euforia, mas mesmo assim…

— Conseguimos! Conseguimos, droga! Toma essa, monstros! E vão se ferrar também, vampiros!

Origis, hein? Por que um homem da Casa Willow é o primeiro a comemorar? Estou feliz que tenha sobrevivido, mas a batalha ainda não acabou.

— Irmão! — É Marius. Ele deve ter dado a volta pela direita. — Uma investida excelente pelo centro!

— Mm. Admiro-o também por ter atrasado aquela horda. Foi de grande ajuda ter eliminado os menores.

Troto em frente e observo nossos inimigos. Os cadáveres dos trolls são como pedregulhos em chamas. Os feitiços de Conflagração foram bastante efetivos, também. Milhares de monstros já foram mortos. Os homens de Origis são bons com as bombas de fogo; eles realmente mostram seu poder de destruição.

— Ótimo. Marius, junte-se à retaguarda. Pegue os Cavaleiros Bombardeiros da vanguarda e divida as forças com Origis.

— Vamos atacar uma vez mais?

Sim. Vamos cravar uma cruz neste campo de monstros. Mais tarde, quero que você mate um troll.

— Sim, senhor!

Esses monstros foram, sem dúvida alguma, influenciados mentalmente pela magia de trovão dos vampiros. A prova disso é como uma grande quantidade de indivíduos está em frenesi. Isso não se dá pelo medo à nossa magia, mas sim por terem sido libertados de algum feitiço de controle mental.

Mas não devemos mostrar misericórdia. Nossas espécies não podem coexistir. Além disso, este é o território humano.

— Ataqueeem!

Deus, abençoe nossa batalha! Agias Willow, em frente!


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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