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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 22 – O Irmão do Meio Aniquila e Solicita, Pelo Bem da Garota que Irá Liderar a Humanidade

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Destrua os monstros, assim como iria eliminar um vírus ou uma maldição.

Como pode dizer que ama Deus se não é capaz de fazer isso?


-Origis I-

 

Setecentos cavaleiros cavalgam em direção ao deserto. Claramente nos movemos a um ritmo veloz e rigoroso, mas quase não há exaustão. Esses são os resultados daquele treinamento estúpido? A dança, os giros… por que cada um dos exercícios tinha que ser tão estranho? Não havia algo mais normal que pudéssemos fazer? Entendo que é assim que ganhamos bençãos divinas, mas ainda me dói na alma.  Até mesmo o pelo e os coices de nossos cavalos melhoraram, mas me recuso a aceitar isso.

— A Expansão Infernal fica além daquela colina. A batalha chegará a nós logo depois.

Há uma euforia no comando de Agias. Ele está cheio de energia. Meu irmão sempre teve um lado excêntrico, porém parece que foi polido a um nível surpreendente. Como posso descrever? Quando você remove a vaidade de um homem, é isso o que resta.

— Está ouvindo, Origis?

— Estou. Nos movemos rapidamente, mas não esperava que chegaríamos aqui em apenas dois dias.

— Perderíamos dois dias, você quis dizer. Não sabemos se vamos chegar tarde demais.

— Sim, eu acho…

Apenas o fato de que conseguimos chegar a tempo já é incrível, na minha opinião. Foi quando nos separamos para salvar os pobres aldeões dos ataques dos monstros que eu percebi quão perigosa era a Expansão Infernal. Meu sangue corria frio, fique sabendo. Aquele lugar era morada da maior população das pessoas na fronteira nortenha. Quando fiquei sabendo que uma gigantesca horda de monstros se dirigia para lá, minha mente ficou confusa. Devíamos ir ao seu socorro, mas também não poderíamos nos dar ao luxo de dividir nossos homens. Sendo assim, nossa única escolha era ir para lá enquanto gradualmente nos reuníamos novamente com nossas forças. Estamos destinados a pegar um desvio, o que não poderia ser evitado no fim

Mesmo assim, a Expansão Infernal ainda não havia caído, e conseguimos chegar antes que isso pudesse acontecer. Até mesmo de longe eu podia ver que haviam sido invadidos e saqueados. Malditos goblins, largando esse fedor horrendo como se fossem donos do lugar. Uma certa quantia de hobgoblins também os acompanhava.

Mas, assim como os batedores relataram, alguns cidadãos pareciam ter evacuado. Do topo de um penhasco com vista para a cidade, paredes amarelas tinham sido erguidas para criar um tipo de forte. Fumaça erguia-se do centro e, na área desértica no sopé do penhasco, esperando por uma chance de invadir, estão os goblins. Alguns hobgoblins estavam entre a horda maligna. Uma contagem rápida mostra mais de dois mil. Isso não é normal; o número é estranho demais. Mas, para um campo de batalha, talvez não fosse tanto.

É uma vanguarda vampírica — não uma ocorrência natural, mas sim criada.

Goblin é uma raça puramente masculina. Entretanto, a reprodução era algo fácil para eles, já que muitas espécies serviam como hospedeiras para seu nascimento. Mas os malditos vampiros dizem que humanos são “os melhores”.

O caminho para subir o penhasco é estreito. Muros defensivos devem ter sido construídos também, mas os números inimigos são grandes demais. Eles acabariam passando, sem dúvidas. Não, talvez já tivessem percorrido metade do caminho.

— Vamos dividir nosso exército em duas forças.

Esse é o meu irmão Agias, alguém rápido para tomar decisões.

— Liderarei duzentos homens em direção à cidade. Pelo que está parecendo, uma grande parte da população não foi capaz de evacuar. Eles devem ser prioridade.

Verdade. Goblins só se importam em comer e estuprar, e, com uma quantidade tão grande deles nas proximidades… Em outras palavras, ao buscar por sobreviventes, podemos descobrir mais sobre seus números.

— Origis, pegue quinhentos homens e destrua aquilo. — Ele aponta para a horda de goblins na área desértica, a qual era composta por mais de dois mil. — Você consegue, eu sei.

— Claro. Só preciso ir com tudo, certo?

— De fato. Traga glória à bandeira da Casa Willow.

— Gosto dessas ordens. Posso assumir que tenho rédeas livres para usar magia também?

Chamo meus soldados e cavalgamos colina abaixo. Contemplem, vocês que lutam aí em cima. A bandeira que erguemos é uma cruz flamejante em um campo negro. Deixem seus espíritos se elevarem, meu povo. O exército da Casa Willow está aqui para salvá-los. Vocês já estão salvos, pois nós destruiremos os goblins.

— Homens, preparem suas bombas de fogo!

Cavalgamos em grupo, e eu seguro uma esfera marrom carbonizada em minha mão. Canalizo minha mana para dentro do objeto, o qual foi retirado de uma árvore de hamamélis e enchido de carvão.

Mais. Encha mais. Isso é tudo que tenho? Não, posso conseguir mais… Agora!

— Formem uma linha vertical! Cerquem o grupo inimigo! Disparem ao ouvir a minha ordem! — grito e corro para frente.

A pressão do vento está perfeita. Já consigo ver o rosto horroroso dos goblins; isso é o quão perto estou.

Sou rápido. Galopar traz uma sensação maior de confiança. Em cada uma das batalhas que já estive, fiz uma investida como essa, e em todas saí vitorioso. É por isso que o nome da nossa casa ecoa dentro do poderio militar.

Mas as coisas estão prestes a mudar. Viro a cabeça do meu cavalo para a esquerda; nem minha espada nem minha lança estão empunhadas. Apenas os ventos dos nossos cavalos percorrem em direção ao inimigo, com o trovejar de seus cascos deixando-os congelados.

— Acender! — Ótimo, goblins, se reúnam mais. — Preparar para lançar! — Eles se assustam ao ver a cavalaria e se amontoam. — Disparar! — Tomem essa.

Eu jogo a bomba de fogo. Diante de mim, quinhentas bombas de fogo formam um arco no ar. Elas atingem as cabeças e ombros dos goblins, caindo aos seus pés logo em seguida. Alguns deles estão prestes a pegá-las, enquanto outros já as tinham nas mãos. As esferas são magia de combustão, trazidas à vida pela Conflagração[1]. Elas foram completamente preenchidas com o feitiço.

— Recuem! — À medida que nos movemos para voltar, ouço um estrondo alto. Uou, e não para. Boom! Boom! Ba-ba-ba-boom! Os sons ressoam em minha barriga, e o calor se esfrega em minhas bochechas. É ainda mais incrível do que o normal. A mana foi bem misturada, e o nome do feitiço, Conflagração, também não é um exagero.

O vento alcança as gigantescas plumas negras de fumaça e as carregam, revelando uma enorme pilha de cadáveres. Mas não é o suficiente. Nem todos os goblins foram pegos na explosão. Alguns ainda conseguem se mover. Alguns ainda são reconhecíveis como goblins. Tudo isso são coisas extremamente ruins.

Morte a todos os monstros. Goblins não podem ser cultivados para materiais, por isso seu único propósito é morrer.

— Homens, empunhem suas espadas! Ataquem com tudo! Aniquilem todos!

Meus combatentes se dispersam, e eu também saio em disparada. Corto ao meio um goblin confuso; perfuro um hobgoblin enlouquecido. Não mostro misericórdia. Não permitirei que nenhum deles sobreviva, nem que nenhum dos meus homens seja perdido.

Surpreendentemente, nossos cavalos não estão incomodados. Sequer vacilam diante da luz e do calor das explosões, muito menos mostram medo diante do inimigo. Agias estava certo. Não se usa o cavalo para lutar, mas sim se luta com ele. Estamos em tamanha sincronia que eu basicamente amarro minhas rédeas à minha sela. Isso deixa tudo muito mais fácil para usar minha espada longa.

E, além disso, meus movimentos são estranhamente mais certeiros. Cavalo e cavaleiro juntos se esquivam do porrete de um hobgolin e, ao mesmo tempo, cortam o seu braço a partir do cotovelo. Conforme o cavalo se reajusta, o movimento de retorno da minha espada faz com que a cabeça do mostro voe no mesmo instante.

Hmm. Fiquei bastante forte desde que cheguei à Fronteira. Talvez pudesse até mesmo derrotar Agias… Pensando bem, é claro que não. Em nosso duelo, ele até mesmo usou seu cavalo para atacar, prendendo um chifre nele como se fosse um unicórnio, o que me fez duvidar da sanidade deles, tanto do cavalo quanto do cavaleiro… Entretanto, acabei derrotado, por isso não posso reclamar.

Existe mais uma pessoa que eu tenho certeza que não posso derrotar: Lady Kuroi. Mesmo sem cruzarmos espadas, posso sentir apenas pela sua aparência. Não é uma mulher normal. É verdade que é uma mestra das artes marciais, mas é algo mais semelhante a uma pressão… Basicamente, ela é um exército de uma mulher só; a definição mais literal. Não é de admirar que Agias tem tanta afeição por ela.

Mas esse também é o motivo para que pessoas como nós se fazem necessárias. Soldados que podem lutar; um exército que serve como arauto para sua chegada. Existimos para preparar o caminho a fim de que ela chegue à batalha final. Agias tinha razão. Carta alguma seria o suficiente para expressar o que ele viu.

Esse foi o último; os monstros foram todos eliminados. Gritos eufóricos recaem sobre nós. Agitem nossa bandeira em resposta! As forças do meu irmão tinham que fazer uma busca completa e demorada na cidade, por isso precisávamos ter uma bela vitória aqui. Vocês estão salvos. Se animem… e lutem ainda mais. Eu os convido, meus companheiros, a se juntarem a nós em nossa revolução, tendo Lady Kuroi nos remos.

 


Notas:

1 – Grande incêndio; combustão vigorosa e extensa; deflagração.


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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