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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 20 – Pessoas em DDR/A Garota se Alimenta do Aconchego de uma Família

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Batalha requer preparação, por isso como, bebo e durmo.

Preparações e tempo são necessários se irá ter uma luta longa e valente.


-Transmissão VoD de DDR, Parte 2-

 

Quando eu tenho algo urgente para fazer, jogo-me em algo servil com toda a minha vontade.

Olá, pessoal, sou eu, PotatoStarch. Acabei de limpar toda a bagunça do meu quarto. E, com tudo brilhando, voltei ao meu monitor e me deparei com uma batalha acirrada de cavalaria fora da fronteira. Uh, o que está rolando? Nunca vi esse nível de batalha feroz de outra pessoa. Oh, parece que o cavaleiro bonitão ganhou. Tem tantos eventos misteriosos ocorrendo.

Deixando isso de lado, a população da fronteira teve um boost. Pode ser que tenhamos ultrapassado o estado em que estávamos antes do ataque dos monstros. E as pessoas continuam chegando. Uma grande ajuda é o fato de que o forte está nos mandando comida e vários outros suprimentos. Os eventos de reabastecimento do forte ocorrem às vezes, quando se está jogando na fronteira, mas não lembro de tê-los visto fornecendo tanto assim. Estou um tanto alegre e um tanto preocupado. Esse sentimento me passa uma sensação de déjà vu.

Além disso, os elfos se tornaram muito mais educados. Eu tinha certeza de que eles estavam armando para matar crianças de novo, por isso fiz Kuroi começar suas patrulhas, mas… nada aconteceu. A paz é adorável. Porém, eu me sentia um pouco vazio pelo fato de os eventos serem tão estranhos. Felizmente, Sira ficou ao meu lado o tempo todo como uma companhia tranquilizante. Se eu tivesse que reclamar de algo, seria o fato de que gaviões e a Falcão estavam de vigia vinte e quatro horas por dia.

Mas, bem. A falta de acidentes significava que não havia problemas. A satisfação do meu povo é a principal prioridade.

E o mais empolgante foi o salto geral dos níveis de fé. Quanto aos meus níveis de poder de Deus Diabólico… ainda duvidoso! Kuroi só podia usar magia de Convocação por enquanto! Os sistemas de religião não deviam estar funcionando direito. As pessoas ao redor dela estavam subindo de nível rapidamente, mas os outros ainda eram um pouco estranhos ou, acho que assim posso dizer,  não tinham fé. É como se pudessem rezar o quanto quisessem, mas o poder do Deus Diabólico não estava sendo saciado. Faça o seu trabalho aí, Igreja.

Não posso colocar toda a culpa no sacerdote baixinho e gordo. A sua habilidade de discurso está fazendo maravilhas nos assuntos governamentais. Ele pode estar sobrecarregado devido ao seu status. É também trabalho dele negociar com os elfos. O líder representante, nosso cavaleiro bonitão, tem músculos no lugar do cérebro, afinal… Acho que precisamos começar a encher nossa equipe de trabalho.

Equipe, hein? Pessoas que são necessárias sempre parecem estar ocupadas. Não estou elogiando ambientes terríveis de trabalho, mas é a realidade em organizações em que algumas pessoas são de grande necessidade, e algumas são substituíveis. Então, o que acontece com alguém que foi ordenado a ficar em casa, jogando videogames? Ahaha… Eles nem tentaram correr atrás. Nem mesmo uma ligação.

Mm… estou com fome! Isso me faz lembrar que a comida em DDR é tão simples. Para humanos é pão, sopa e carne tostada. Só isso. Tão gourmet. As outras raças têm uma culinária detalhada, então realmente parece que os desenvolvedores ficaram com preguiça. Até mesmo os sites de estratégia dizem: “coma um pouco de pão”. Qual é o sentido do sistema de fome, então? Hein? Uh, espere um segundo. O que é aquilo no canto do pátio? Mesmo pela vista com zoom do modo de observação, posso ver macarrão sendo sugado… Mais zoom! Uou, eu sabia! Kuroi, isso aí é udon? Está comendo udon?! E com mochi junto? Ou é o limite da resolução do jogo? Esse macarrão não está grosso demais? De qualquer forma, foi um choque… a versão deluxe é surpreendente. Nunca teria imaginado que melhorariam a cultura culinária. Eu não esperava um elemento tão humano de uma vida diária pacífica.

Entendo… é isso, então. Até mesmo os desenvolvedores de DDR têm coração!

-Sira IV-

— Entendo. Então vocês duas são como Apóstola e serva, hein? — A senhora de cachimbo exala fumaça pela boca com uma expressão cansada no rosto. Sei que essa fumaça é veneno. Mesmo assim, ela escolhe fumar, assim como o meu Pai o fez. Ele dizia que esse veneno o ajudava a mascarar sua miséria. — Então está me dizendo que o Deus dos humanos não só é jovem e bonito, mas também é um esquisito? Não entendo. De acordo com o livro sagrado, contanto que a gente trabalhe duro durante toda a nossa vida, seremos recebidos de braços abertos quando nos tornarmos decrépitos e feios com a idade. — Ela também me dá toda a sua comida, assim como meu Pai. Nunca tive nada assim. É bom. Deixa meu estômago quentinho. Queria que pudéssemos comer juntas, entretanto.

Mais fumaça. Diferentemente de álcool, isso não deixa mais alegre, né?

— Está delicioso.

— Entendo. Coma. Tenho muito mais disso aí. — Meu Pai sempre dizia que se sentia muito mais feliz ao me ouvir dizer que estava delicioso do que quando ele mesmo comia. Ficava insistindo para que eu comesse.

— E você… quantas tigelas já comeu? — Lady Kuroi estava na quinta tigela no momento. Quando não tinha comida, podia ficar sem para sempre, mas, quando tinha, comia o máximo que conseguia.

— O seu estômago parece não ter fundo. Esse é o segredo para derrotar cinquenta vampiros?

— Mm.

— Outra tigela? Tudo bem, tudo bem. Você é tão magrinha. Para onde vai tudo isso? — A senhora de cachimbo fez um sinal, e uma pessoa da tenda rapidamente trouxe outra tigela. É estranho. Não temos que pagar com dinheiro nem tickets.

— Não vou cobrar nada por essa comida. Entretanto, é uma cena alegre. Você aí, escreva “Assassina de 50 Vampiros” na placa. Vamos nomear este prato em homenagem a ela. — Essa tenda, a loja, e até mesmo a outra loja mais longe se moveram ao comando da senhora. Deve ser algum tipo de negócio.

Uh, como é chamado mesmo? Isso mesmo, a Empresa Flor Carmesim.

Ela veio em uma carruagem que eu nunca tinha visto antes, puxada por quatro cavalos, e clamou estar aqui a “negócios”. Desde então, esteve alimentando nós duas com uma comida deliciosa. Eu a agradeço, mas tudo que ela diz é “são negócios” e se vira, fria. As crianças e eu queremos comer junto com ela, entretanto.

— Deus, hein? — Oh. Esse tom, como se estivesse prestes a chorar. É igual a mim antes de ter encontrado a Lady Kuroi. — O Deus dos humanos é, basicamente, o rei da bebida e do fumo. Eu sempre pensei que era uma forma para covardes se ludibriarem. E os fiéis fervorosos eram como viciados em drogas. Mas, ainda assim, eu não conseguia me desfazer do selo sagrado…

Entendo. Então é isso. Essa senhora não tem ninguém. Eles se foram, não é mesmo? O filho dela, assim como o meu Pai. E, assim como eu, quando meu pai nunca mais voltou para casa, ela chora sem derramar lágrimas.

Dói. Estou triste. Estou sozinha.

— Eu acreditava que religião era semelhante à escravidão. Por isso nunca coloquei tanta fé nisso… — Ela se aproxima de mim com um rosto transbordando de emoções. Ela encara… a espada que seguro e a mão que não é minha. A mão do meu Pai, a qual segura a tigela quente no meu lugar.

— Seu pai…?

— Pode ver?

— Sim. A mão de um pai, quando se junta ao seu filho durante uma refeição, é tão alegre que pode derreter.

É assim que funciona? Eu ouço com frequência que, caso eu me torne mãe, passarei a entender. Mas meu Pai sempre parecia mais alegre quando estava beliscando minhas bochechas.

— Senhorita Kuroi. Se eu a venerar, minhas preces chegarão a Deus?

— Mm-mm.

— Não? Então o que eu deveria… Hã?

Lady Kuroi estendeu os braços para o nada e formou um grande círculo.

— Deus está aqui agora.

Sim, isso mesmo. Também posso ver. Sua presença está mais fraca do que a vez em que descendeu em suas costas naquele outro dia, mas ainda a sinto. Deus está aqui.

A senhora parece chocada, mas então a expressão desmorona, e ela reza com todas as forças. Está tremendo. Lágrimas escorrem dos seus olhos. Não consigo ouvir o que diz, mas seus sussurros devem ser o nome do seu filho morto.

Eu também deveria rezar. Pai, se puder usar as duas mãos, também pode o fazer. Vamos. Mas, espere… Deus parece cabisbaixo. Posso sentir. Ele está como a senhora e meu Pai — com fome, mas não come, apenas me observa com um sorriso gentil, o qual parece a aproximação das mãos sobre as brasas em um dia frio. Quero que ele se anime.

— Isso está delicioso, Deus. — digo eu. Oh, acho que Ele sorriu.


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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