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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 18 – Sobre o Ambiente de Gravação para DDR/O Irmão Mais Novo se Reúne no Crisol de Raças

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Se Deus me abandonou, morrerei.

Se eu continuar a ter fé em Deus, viverei.

-Transmissão VoD de DDR, Parte 1-

 

Comida, banho e cama. Além disso, videogames. Pensei que tudo isso era o que eu precisava na minha vida

Ei! Sou eu, PotatoStarch, mais ou menos. Tenho um monte de coisa rolando na vida real… Não quero reclamar enquanto estou gravando, mas… tudo bem, vamos lá. Isso poderia ser usado como evidência futuramente, embora eu não tenha certeza se posso postá-lo.

Então, minha folga chegou ao fim há alguns dias. Mas eu não podia salvar nem fazer logout, por isso deixei o jogo no modo observador e fui trabalhar. Foi então que meu chefe veio correndo até mim e, pela primeira vez, entrei no escritório do presidente da empresa.

Me foi dado férias remuneradas ilimitadas. Também me disseram para “recarregar as energias” e me deram um envelope estufado de dinheiro.

Não consigo acreditar. Nunca vi um evento bônus como esse, nem mesmo em meus jogos. O presidente estava falando de coisas que eu não entendia… assuntos administrativos que não tinham nada a ver com um simples funcionário como eu. Durou uma era, e ele estava todo feliz, sorrindo sem parar o tempo todo.

Não entendi ainda.

No meio da conversa, comecei a ajustar o rosto dele em minha mente como se estivesse em uma tela de criação de personagem. Fiz todo o seu corpo menor, deixei a sua estrutura óssea mais fina e até lhe dei um penteado espetado, no estilo aventureiro.

Seja qual for o caso, eu sabia que era tudo bastante confidencial. Eles deixaram bem claro. Posso gravar, mas não posso postar até que me deem permissão. Por quê? Deixe-me colocar na transmissããããoo! E também falaram algo inacreditável.

— Continue jogando, pela nossa empresa!

Pois é, galera. Eu estou deveras confuso agora. Tipo, a empresa em que trabalho é uma empreiteira terceirizada da infraestrutura da cidade, e não tem nada a ver com jogos, nada mesmo. Haha! Chega a ser engraçado.

Aiai… Depois disso tudo, ainda não parece ser verdade. Mesmo assim, vou continuar jogando DDR. Isso me faz lembrar, alguns dos meus problemas de sistema foram resolvidos. Bem, é mais como se tivesse partes do jogo sendo consertadas.

Parece que agora o sistema de progresso de alta velocidade está utilizável. Que alívio. Caso contrário, eu seria forçado a passar minhas férias ilimitadas assistindo à recuperação da cidade. Estou usando o modo de alta velocidade neste mesmo instante, na verdade. Enquanto observo a fronteira de longe, o sol passa pelo céu rapidamente… Oh, eu queria que você pudesse ver as acelerações e paradas engraçadas. É tão instável. Mas, por outro lado, a fronteira parece estar segura e prosperando. É mesmo incrível. O distrito administrativo ainda é um amontoado de barracas que deixam óbvio o fato de serem escritórios oficiais temporários. Entretanto, o distrito residencial se recuperou até voltar a como era no começo do jogo. Tudo isso é graças ao trabalho frenético dos militares e dos cidadãos para restaurar a cidade.

Os campos e animais estão relativamente bem. A julgar pelas silhuetas vagantes, posso ver que as crianças também estão trabalhando duro. Nossas defesas melhoraram bastante. Está quase em um nível diferente. E os elfos estão nos ajudando! Veja! Canais de irrigação! É apenas um sistema de pequena escala, mas é trabalho élfico. Pode até mesmo chamar isso de barreira criada por magia de água. Monstros e vampiros não conseguiriam passar sem o auxílio de magia.

Não posso acreditar que elfos estão fortificando a fronteira humana. Sakiel é realmente um anjo divino. Quero fazer um post sobre isso e anunciar ao mundo. Mas isso iria contra as minhas regras.

Hm? O movimento do sol está… Agh, nada bom. De volta para o modo observador. E, quanto a Kuroi… Ótimo, maravilha! Os status dela estão subindo com tudo. Depois que repete o treinamento uma certa quantia de vezes, o treinamento automático é liberado. Foram umas médias boas.

Só tem uma coisa… me incomodando. Aqui, veja. Por que os soldados estão se juntando a mim durante minha maratona em zigue-zague enquanto carrego sacos de areia e dou saltos laterais? É nojento. Há tantos deles que até poderia espantar os pássaros das árvores.

E o líder dessa formação perversa é o cavaleiro bonitão… Credo, nada maneiro. Sira não está aqui. Ótimo, pelo menos isso. Oh, mas ela pode estar observando de outro lugar! Ugh! Ela também está dando saltos laterais repetidos!

-Marius I-

Deitado no topo da colina, deixo minha mente vagar com a inspiração poética que surge dentro de mim. O norte tem uma beleza devastadora. O vento está preenchido pela acuidade[1] de metal enferrujado. Observo os campos vastos lá embaixo, o céu tão claro e brilhante que faz parecer estar destacado. Aqui, a natureza renuncia o homem, distante e fria…

— Ei, Marius, dê uma olhada nisso. — diz uma voz mal-humorada.

Que coisa. Origis esteve assim o dia todo.

— Pensei que fosse um pelotão de Transporte Logístico, mas é um comboio de mercadores.

— Tem razão. Uma carruagem puxada por quatro cavalos? Que chique.

A fileira que viajava por algo que mal poderia ser chamado de estrada era um exército de formigas diligentes e tenazes com sua rainha junto. Ah, entendo. É por isso que estão acompanhados por formigas soldados que parecem ferozes.

— Veja a bandeira.

— Pois é. São os Leões Vermelhos, um grupo mercenário. É um bando de gente traiçoeira que se alia com os vampiros e ataca humanos.

— Uou… que mercador corajoso.

— Das duas, uma: ou eles são esquisitões, ou são idiotas. Não sei quem é o grande figurão, mas tem dinheiro de sobra para gastar.

Verdade. Para mercenários, ouro é a única coisa que importa. Mas contratar um grupo mercenário e ir em direção a uma terra envolta pelo conflito… Os próprios mercadores podem estar dentro daquela caravana. Seria chato demais se uma excentricidade dessas fosse meia-boca.

— Ei, Origis, por que não vamos com eles?

— Hã? Por quê? Isso parece um pé no caso.

— É que parece interessante. Se agradarmos os soldados e o empregador deles, podemos nos dar bem.

— Hmm… você acha?

Meu irmão, Origis, odeia a cidade. Ele provavelmente não quer entender as pessoas de lá. Mas isso é ruim. O que está diante de nós é uma substância tóxica que irá mergulhar nosso mundo na depravação dos humanos morrendo pateticamente. Deixá-los passar com tranquilidade assim não seria apenas chato, mas também criaria atritos no destino deles.

Devo encontrar uma conexão entre violência e afluência.

— Marius, pare de me encarar. Tudo bem, vamos.

— Obrigado, Origis.

— Você está começando a se parecer cada vez mais com a nossa mãe ultimamente. É assustador…

— Hmm, talvez eu devesse contar a ela o que você acabou de dizer.

— Espere! Eu disse tudo bem, né?! — concorda ele, xingando baixinho para si mesmo.

Ótimo.

— Vamos nos juntar a eles, então.

— Certo. Seja amigável.

— Terei o melhor comportamento possível.

Nos levantamos e nos viramos. Na sombra da colina está uma fileira de cavalaria composta por mil soldados de elite, trajados em uma ferocidade nascida pelo mais duro treinamento militar. A bandeira que erguem é uma cruz vermelha flamejante em um fundo preto, o símbolo nobre da nossa família. A Casa Willow, exército da chama, está aqui. O norte é o nosso lugar ideal.

— Talvez devêssemos mandar uma mensagem ao nosso irmão para avisar que chegaremos atrasados.

— Podemos dizer a ele que foi por causa das minhas vontades egoístas.

— Sem chance. Se coloque no lugar do mensageiro que precisa memorizar e entregar isso…

Subimos em nossos cavalos e lideramos a fileira de tropas para o topo da colina. Mesmo com as nossas lanças baixadas, nossas tropas dão medo. Ninguém porta uma bandeira. A atitude grosseira de Origis mantém os soldados nervosos.

— Será que eu devo ir cumprimentá-los?

— Vá em frente. — Sério, Origis. Quinhentos cavaleiros no topo de uma colina é a mesma coisa que gritar que está pronto para entrar em batalha a qualquer momento. Não existe uma descida colina a baixo de uma cavalaria que seja amigável. Mas posso entender por que ele está animado. Quer se reencontrar com Agias o quanto antes e ter uma palavrinha com ele. Pode até mesmo acabar se tornando uma briga. Caso ocorra, terei que intervir.

Primeiramente, entretanto, precisamos ser de alguma ajuda. Temos que ficar calmos, assim como um militar deve fazer, e analisar tudo. Um homem tão nobre como o meu irmão Agias jurou sua vida a uma garota misteriosa. O seu coração, que estava afundando em desespero, está agora “aceso com a mais brilhante das chamas” graças a ela. Essa garota, Kuroi, também deu esperança a nós todos. Quem é ela? Para ser honesto, mal consigo focar nas centenas de soldados que marcham diante de mim. Minha mente esteve funcionando esse tempo todo. Sinto-me como uma donzela que está prestes a se atrasar para um encontro secreto.

— Meus cumprimentos, companheiros. Me chamo Marius Willow. — Mostro um sorriso alegre. Não tem problema em soltarem suas espadas, queridos Leões Vermelhos. O empregador de vocês não corre perigo. — Tenho uma sugestão para o mestre desta caravana. Podemos juntar forças na jornada para o norte, em direção à fronteira?

Vamos conversar — bater um papo enquanto viajamos. E se, por acaso, eu descobrir que querem interferir nos planos de Agias… bem, serei forçado a acabar com todos vocês.

 


Notas:

1 – Sutileza, finura, agudeza; característica do que é agudo: acuidade do som. 


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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