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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 14 – A Guerreira Dragão Distancia-se e Fica Confusa com o Ataque Vampiro

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Esperar em vão para que as coisas terminem e acabar sendo pisado no final?

Não aceito isso. Não aceito uma vida de meramente não estar morto ainda.


-Guerreira Dragão Fleilyu II-

 

Como? Como isso está acontecendo?

— Hyawa-wa-wa-wa! — Lady Sakiel está movendo os braços frágeis de maneira tão comovente. — E-Eu vou salvar as crianças!

Quão irritante é ser incapaz de fazer algo. Apenas Lady Sakiel é capaz de controlar os espíritos divinos Sino de Água-viva e Gongo do Peixe-lua. E é o meu dever servi-la.

— Fleilyu!

— Estou do seu lado, Vossa Graça!

— D-Diga a Arcsem para espantar os mais assustadores!

Me dói ter que partir, mas, se eu colocar um familiar no meu lugar, talvez, por pouco tempo…

— Agora mesmo! — Já estávamos no telhado, então voei. Hostilidades começaram a se manisfestar. Elfos voadores estavam disparando suas Flechas de Vento para manter as sombras dos vampiros imundos longe. Não era mais de duzentos deles; uma força pequena. Onde está o Segundo Comandante Arcsem? Ali, na frente do portão oeste, preparando uma formação de batalha.

— Uma ordem antes que parta para batalha, Segundo Comandante!

— Guerreira Dragão? Veio para me eleger a Primeiro Comandante? Que admirável.

— Do que você está falando? Tenho uma mensagem da Sua Graça. Expulse os vampiros. Ela não deseja que mal algum recaia sobre os humanos.

— Compreendo. Então, como comandante deste exército, ordeno que nos dê apoio do céu. Isso é tudo.

O que ele acabou de dizer? Eu queria que isso fosse apenas um ato de desafio vindo da situação crítica que nos encontramos no momento. Entretanto, aqueles olhos, aquela expressão, a maneira de falar… É assim que age ao receber uma ordem de Sua Graça?

— Segundo Comandante Arcsem!

— Desobedecendo ordens, hein? Essa é uma causa de corte marcial militar. Porém, há boas e más maneiras para um subordinado destruir os grandes feitos do seu mestre.

— O que você está…

— Aquele show com a invocação fez um ótimo trabalho ao atrair os vampiros para este local em específico. Muito efetivo, eu diria.

Como é? O que ele está querendo dizer com isso? Por que está bufando pelo nariz?

— Uma magia deveras brilhante aquela. Se bem usada, poderia invocar ainda mais vampiros. Sim, pense desta forma, o bem fica em balanço com o mal. Isso poderia nos trazer muito mais batalhas do que imaginamos. Sua Graça também tem uma política de defesa não agressiva. As batalhas que ocorrerão serão todas minhas.

Não. Não. Lady Sakiel não deseja batalhas.

— Não, talvez ainda seja meio a meio. Afinal de contas, perdi três homens e seis bestas.

Lady Sakiel sorriu tanto quando o Conselho lhe deu a ordem de vir a esta terra. Ela disse que estava animada também; que desejava conversar com crianças humanas. Talvez até mesmo brincar com elas, se o destino deixasse.

— De qualquer forma, não fique no meu caminho e estaremos quites. Continue sendo a nossa isca.

Sua Graça colocou todo o seu coração naquele show musical para compensar as lágrimas das crianças.

— Retiro minhas ordens, Falcão. Continue com os seus deveres de Guerreira Dragão o quanto quiser. Devemos proteger esse lugar, assim como a Sua Graça deseja. É um belíssimo campo de caça, afinal. — diz ele, e eu não tenho como recusar. O que poderia ser obtido ao gritar com ele? Serviria apenas para deixar a minha idiotice mais clara.

Fui eu quem recomendou que a Sua Graça fizesse aquele show. Falhei em descobrir o plano deste homem. Deixei que me manipulasse. Não fui perceptiva o bastante. Um comandante que luta nas linhas de frente iria assim tão longe? Ele realmente deseja tanto pelas batalhas?

O exército parte. Pelo portão oeste eles vão entrando em formação: magos de água na vanguarda, magos de vento na retaguarda. Leopardos prateados no meio, à espera. Uma longa linha que faz uso da sua superioridade numérica. Com Flechas de Vento e rajadas de água, destroem os projéteis de pedra enquanto molham o chão, preparando o campo de batalha.

A mudança é rápida, a habilidade dele, alta. É a primeira vez que vejo a verdadeira força do Segundo Comandante Arcsem.

— Qual é o problema? Só isso que têm? — Alguém grita. O comandante inimigo? É uma vampira mais velha. Ela é grande e porta um martelo de guerra como arma. — Vocês têm uma magia brilhante aí! O que acham de mais uns mil ou dois mil soldados para nos enfrentar, sua pilha de folhas mortas! — ruge ela, rindo.

Três flechas, guiadas por um vento forte, vão em sua direção, mas são pegas em sua mão firme.

— Não me dizem os seus nomes e também não me deixam dizer o meu? Um bando de soldados que se acham melhores do que a gente. Que bela maneira de estragar a diversão. Beleza, garotos, vamos voltar.

— Todo aquele papo furado era apenas uma desculpa para colocar o rabo entre as pernas e fugir?

— Oh? O que é esse farfalhar de folhas que acabei de ouvir?

— Se deseja fugir, fuja. Caçaremos vocês até os confins do mundo para acabar com sua raça.

— Hah! Essa folha seca anônima tem uma boca.

— Sou o Segundo Comandante Arcsem. Diga isso ao seu imundo deus monstruoso depois que morrer.

— Sou a Presa Chefe Arco Curto. O que foi, adormeceu chorando em seu ninho musguento?

As linhas de batalha se movem. Da terra molhada do exército élfico saem hordas de cobras de vários tamanhos, todas feitas de água. Elas atacam. Os magos de água colocam tudo de si neste feitiço: Serpente de Água. Os magos de vento se juntam, disparando Flechas de Vento que rasgam o ar em altura baixa. Uma onda simultânea de magia. Impressionante.

Mas ninguém pode se igualar à defesa vampírica. Diversas paredes erguem-se do chão ao longo de nuvens de poeira. Parede de Terra e Escudo de Pedra. Eles têm vários magos de terra. A rajada de pedras para e os leopardos prateados atacam, seguindo as flechas disparadas. Ótimo.

Mas o inimigo é implacável. Nada pode passar pelas suas paredes. E, com todos os olhos em suas defesas, eles se movem para trás em grande número. Estão recuando? Temos a vantagem nos números, verdade, porém, isso é conveniente demais. Quase posso ouvir o Segundo Comandante Arcsem estalando a língua agora.

— Linha de frente, separar. Comecem a perseguição. Linha de trás, flanqueie os lados deles e os parem.

Os magos de água agarram seus recipientes. Estão se preparando para o ataque. Enquanto isso, os magos de vento estão usando Deslizar? É um feitiço que permite percorrer o chão a uma grande velocidade, como se deslizasse no gelo. Ótimo trabalho, Segundo Comandante Arcsem, ao começar a perseguição mais do que depressa, assim como tentar cercá-los.

— Vão! Não deixem que ninguém escape.

O exército sai em disparada. A floresta no oeste está repleta de coníferas[1] em uma encosta íngreme, então é uma questão de se podem ou não alcançá-los antes de chegarem lá. Ou talvez a ideia seja apenas se enfiar naquele lugar. A resposta estava nas ações dos nossos voadores. Se houvesse um esquadrão no aguardo para uma emboscada, nosso exército seria destruído. Mas eu conheço o Segundo Comandante Arcsem; ele saberia disso. Mesmo assim, me sinto incomodada. Talvez seja porque estou longe da Lady Sakiel. Há tão poucos soldados na reserva.

Eu voo. Devo retornar. Agora que a rajada de pedras acabou, Sino da Água-viva e Gongo do Peixe-lua desapareceram e o céu está voltando a uma cor perturbadora — vermelho, como uma floresta em chamas, e preto, como uma noite repleta de chupadores de sangue. Não sinto aquele olhar. Aquele que era extremamente perigoso. Não o senti mais desde que cheguei. Nem um sinal sequer desde àquela vez. Não foi uma ilusão, mas se estava em silêncio, eu não tinha motivos para procurar.

Há, entretanto, irregularidades. Especialmente na magia de fogo que nos queimou… e a garota que nos cortou. Ainda é difícil de acreditar neles, embora eu mesma tenha testemunhado. O Segundo Comandante Arcsem certamente não acredita. Na realidade, acha que eu executei seus soldados. Talvez eu devesse pedir ao Conselho. Se a segurança da Lady Sakiel não pode ser garantida, preciso ter uma estimativa de quanto tempo essa operação irá durar. Ela tem uma guarda de cinco magos de água e cinco de vento, assim como dez leopardos prateados. Entretanto, contra demônios, só servirão para ganhar tempo.

Lady Sakiel ainda está no telhado. Está deitada sobre o seu tigre branco, usando-o como se fosse um sofá, e com a mão sobre um leopardo prateado. Ela parece bastante tranquila.

— Oh, Fleilyu!

Vejo que está cansada, mas ainda se recusa a voltar para a sua cama. Que durona e nobre. Não entendo como o Segundo Comandante Arcsem não deseja proteger um tesouro desses.

— Como foi? Arcsem estava animado?

— Sim… Ele partiu heroicamente para afastar o inimigo. Estão sendo perseguidos agora.

— Ohh! Entendo. Isso é bom… muito bom. — O sorriso dela desabrocha como uma flor, mas preocupação e ansiedade nublam sua expressão. Me dói o coração ver isso. Sua Graça é tão benevolente.

— Os ventos do campo de batalha irão deixar sua pele com cheiro ruim. Por que não volta para o andar de baixo por um tempo?

— Hmmm.

Tento encorajá-la a tomar uma decisão. Porém, caso seja necessário, irei desrespeitar meus limites e arrastarei ela de volta para a capital. Esse não é lugar para alguém como a Lady Sakiel. Se deseja proteger humanos, poderia fazer isso de algum lugar mais seguro…

— Acho que vou assistir às coisas por mais um tempo.

— Vossa Graça, os gaviões já estão de vigia. O Segundo Comandante Arcsem também ficará bem, tenho certeza.

Se é crianças humanas que ela quer, há muitas outras, mesmo que as consideremos raras.

— Mmm. Quero fazer o que posso para ajudar.

— Mesmo assim, Vossa Graça…

— Ouça. Há muito, muito tempo, Deus uma vez me disse…

Ela vai compartilhar uma conversa que teve com Deus? As palavras de Deus, tão raras que até mesmo os Apóstolos dificilmente as recebem. Palavras tão transcendentais que até mesmo se tornaram a política nacional da República de Ewlogond! Devo ouvir com total atenção!

FAÇA O SEU MELHOR.

Que… frase misteriosa. Não é um encantamento de feitiço. É como se já houvesse um ar de poder nela.

— Essas são as palavras que Ele disse a mim. Quanto ao que significam… Yeek!

Uma explosão ensurdecedora. Conheço esse som desagradável. É magia de trovão. De onde está vindo? Lá! Do sul, provavelmente de perto do portão. Um esquadrão separado de vampiros!

 


Notas:

1 – As coníferas são um grupo de árvores e arbustos que produzem cones, os quais contêm suas sementes.


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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