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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 01 – Capítulo 12 – A Garota Jura em Nome da Sombra Irresoluta de Deus/Sobre os Problemas em DDR

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Deus nos dá táticas, estratégia, esquemas e planos.

A grandiosidade de um veterano… A lâmina de Deus, abrindo caminho por inúmeros obstáculos.

 

-Sira III-

 

Elfos não são como nós, humanos. A pele deles é de um branco puro, o cabelo tem uma coloração clara, e também são magros, como se fossem derreter no vento ou na água. Usam roupas soltas, e seus calçados são tecidos. Podem voar no céu e caminhar como se deslizassem. São como fadas que se vê em um livro ilustrado… e é realmente assustador. Seus olhos são frios como gelo. Nos observam de longe, sorrindo, mas não devemos baixar nossa guarda. Gostam de puxar as cordas de seus arcos na nossa direção e nos assustar com seus leopardos e falcões. Riem quando entramos em pânico.

Uma vez, encontramos uma bela decoração de pedra no chão. Uma das crianças tentou pegá-la, mas a impedi. Notei um elfo com uma flecha puxada, e acho que realmente queria disparar na gente.

Lady Kuroi observa os elfos. Sempre está os encarando. Seus olhos são os mesmos que usa quando enfrenta um monstro. Nunca dorme. Apenas observa. E observa.

Hoje à noite, ela está no topo de uma torre de escombros, com o cabelo mais escuro que a noite flutuando com a brisa.

— Lady Kuroi, você… odeia os elfos? — pergunto, como se sentisse que deveria o fazer.

— Não.

— Mesmo que eles matem humanos?

— Mm.

— Mesmo que… tenha matado um?

— Mm.

Me pergunto se amor e ódio são considerados enquanto Lady Kuroi luta. Ela tinha um olhar focado no rosto ao enfrentar monstros, mas não parecia que os odiava.

— Mas então… por quê? — Será que luta porque é forte? Espero que não seja por isso.

— Porque estou com raiva.

— Hã?

— É por isso que luto.

Não parecia isso para mim. Nem um pouco. Lady Kuroi está sempre tão quieta.

— De quem você tem raiva?

— Do mundo.

— Do mundo… este mundo?

— Sim. Não posso deixar as coisas como estão.

O mundo. O lugar em que vivemos. O lugar em que morremos… O lugar em que podemos ser mortos.

— Por quê?

— Porque não faz a mínima diferença se os humanos vivem ou não.

Oh!

— E isso me deixa… furiosa.

Entendo. Entendo, Lady Kuroi. Meu pai disse a mesma coisa. O mundo é cruel demais, e é por isso que não podemos parar de lutar, mesmo que seja perigoso. Ele disse que se não lutássemos, seria muito pior do que patético.

Humanos não têm um Deus, então não importa o que façam, ainda são fracos. Não podem ser levados em conta. Nem seus desejos podem ser realizados. É por este motivo que outras raças inteligentes não se incomodam conosco. Não nos amam; não nos odeiam; e nem é como se nos ignorassem. É um tratamento mais desigual e lamentável… Às vezes são rígidos, às vezes são gentis. É como se os elfos e vampiros não dessem a mínima para nós.

Entendo… Então, se ninguém nos enfrentar, não podemos odiar alguém em específico. Essa sensação de querer gritar… pois é… é raiva. “Estamos bem aqui!”, é o que quero gritar com todas as minhas forças enquanto lágrimas escorrem pelo rosto.

— Deixe-me lhe ensinar uma coisa.

— Tudo bem.

— Deus nem sempre está ao seu lado.

— Hã? O q-o que quer dizer?

— Os deuses também têm suas próprias batalhas, eu acho. — Uma luta entre os deuses… o deus élfico e o deus vampiro têm lutado por eras, de acordo com o sacerdote. Ele descreveu como uma batalha bastante complicada.

— Está falando sobre o monstro lagarto dos elfos e o chefe morcego dos vampiros?

— O deus humano é… um anjo diabólico.

— Um anjo diabólico?

— Um anjo diabólico da batalha. Eu luto, luto e luto, mas ele ainda exige que eu continue. É um deus da guerra e chamas.

Conforme Lady Kuroi fala, é quase como se uma grande presença aparecesse e sumisse atrás dela, ondulando. Está sentado… consagrado? Mas, diferentemente das pinturas e estátuas que decoram a igreja, ele não parece ter vários braços, nem está portando uma espada e escudo. Está cercado por diversos dispositivos estranhos e… seus olhos estão fechados. Não consigo ver seu rosto, mas sei que os olhos estão fechados.

Deus existe.

Essa coisa que estou olhando talvez não passe de uma sombra de Deus, entretanto Ele está ali, logo ao lado de Lady Kuroi. Posso O sentir. Deus. Quando aqueles olhos se abrirem, a batalha irá começar mais uma vez. Tenho certeza disso.

— Sira. — Foi a voz de Lady Kuroi. Uma voz bela, preenchida pelo poder de Deus. — Se eu for derrotada, será sua vez de se erguer.

Sufoco um grito e ouço. Tenho que ouvir.

— Você deve se preparar. Deve apostar tudo nisso.

Concordo com a cabeça. Concordo, colocando a minha vida em jogo, pois este é um contrato, um contrato com Deus. Então eu quero que ouça, pai: também vou lutar, para que assim possamos ser humanos… para que assim tenhamos orgulho.

-Transmissão de DDR, Parte 8-

Oh, droga! Dormi. Mas nenhuma batalha aconteceu, então está de boa. Em momentos como esse, preciso do meu abençoado café! Sou do tipo de pessoa que enche de café instantâneo e joga água quente por cima. Sem açúcar, sem leite e sem colher. Contanto que eu tenha aquela cafeína preta, estou suave. Ah, que delícia… A bebida dos deuses.

Então, hora de avaliar a situação na Fronteira. Hmm, é aceitável. Setenta pontos. As coisas estão indo bem por enquanto. A ocupação do exército élfico apresenta um perigo real, por isso não podemos baixar a guarda. Por favor, sem eventos que farão os níveis de satisfação do povo despencar.

Sério, esses elfos são realmente bons em incomodar os outros. Ou são só preconceituosos mesmo. A maneira com que fazem as coisas é bastante arrogante. Os crimes de guerra continuam a acontecer. Essa é uma realidade de DDR. A maioria dos problemas ocorrendo devido à ocupação élfica está centralizada pela área residencial.

Talvez seja porque vivem em florestas, mas elfos parecem pensar que casas são brinquedos, então são rápidos para roubá-las. Depois, sem motivo algum, destroem o lugar, brincam com os objetos da casa, os transformam em alvos para prática de arco e flecha e distribuem as obras de arte. Tudo isso depois de já terem forçado os humanos a dormirem no relento. E não me faça falar das crianças. Eles gostam de usar as crianças em seus “jogos” a um nível quase sádico.

Mas, hm, se você jogar como elfo, pode acabar meio que entendendo. Para eles, crianças humanas são como animais raros. Elfos não participam da educação infantil. Quando são jovens, vivem vidas comuns na Floresta Cogumelo. Seus familiares também adoram comer crianças humanas. Pelo amor de deus, eles não são um lanchinho!

Então, pois é, já tinha ideia de que algo como a batalha anterior aconteceria. Eu estava focado em observar outra coisa, por isso alguns soldados foram sacrificados. Quando duelamos, foi uma vitória fácil. Dois elfos eram magos de vento e um era de água, além de seis leopardos prateados. Se quiser parar a minha Kuroi agora, terá que trazer um exército dez vezes maior! Ha ha ha!

Tipo assim, eu não só tenho Lâmina Permitida mas também tenho Espada de Fogo, especializada em combate próximo. Para elfos, ela é tão perigosa quanto um Golpe Trovão de um vampiro. Oh, ambas são habilidades para romper a magia do inimigo. São melhores para pessoas que gostam de combate próximo ou direto. Mas isso não significa que podem ficar se achando. Ainda tem a garota morte instantânea, Fleilyu, a Falcão. Ela usa uma magia chamada Cauda de Falcão Permitida, que invoca penas para ela. Usar magia de vento também a permite voar livremente no céu. O cuidado maior tem que ser com os seus Dardos Teleguiados, os quais são silenciosos e podem mirar em múltiplos alvos. Ela também pode secretamente aplicar veneno neles. Isso é maldade demais, né? Qual é, ela é uma lutadora versátil ou uma especialista em armas? Cê é louco! Não quero ser assassinado! Sua soberana, Sakiel, parece ser de boa índole, mas o outro a se tomar cuidado é o NPC comandante. Aquele elfo de meia-idade parece um mago de água de curta distância.

Entretanto, elfos são nossos aliados. Por enquanto. No momento. Não importa o quão desgostosos estejam com a ideia. Fato é que a próxima batalha será contra vampiros. Eles irão, sem dúvidas, nos atacar primeiro. Não são do tipo que apenas ficam olhando enquanto os elfos residem na fronteira humana. Os machos e fêmeas da raça deles são, por natureza, viciados em batalha e realmente tratam humanos como comida. Não sei dizer se vamos sobreviver. Não, seja mais forte. Vamos vencer! Não tenho certeza se há fé total o suficiente para a magia de Convocação de Kuroi, no entanto.

O maior problema, todavia, é que o erro de sistema parece não querer ir embora. Isso é ruim demais. Não consigo salvar nem sair. É ainda mais fatal não poder usar o avanço rápido. Na realidade, não saí nenhuma vez durante essa jogatina, então, hm, tenho várias necessidades que devem ser realizadas! Tipo um banho e uma troca de roupas! E o trabalho!

Mas já cheguei até aqui, por isso odiaria ter todos os dados apagados… Ahhh… Sinto muito, tive que bocejar. Se o pior acontecer, talvez eu tire uma licença paga. Mmm… Ainda tenho que dar uma borra surra em Dourada e Mar Profundo… Zzz… Zzz… Não consigo comer mais…

 


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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Vol 01 – Capítulo 12