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Otomege: O Mundo dos Otome Games é Cruel Para Mobs – Vol. 02 – Cap. 04.3 – Fraqueza

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Os alunos se reuniram em um dos salões de luxo com vista para a arena, assistindo à corrida.

— Peguem-no!

— Sim, assim mesmo! Bata nele até que fique irreconhecível!

— Vamos lá, vocês estão pegando leve demais com esse idiota!

Todos irradiavam alegria, enquanto aplaudiam os pilotos que assediavam Leon.

Angie massageou as têmporas, uma dor de cabeça chegando.

— Entendo que temíamos que pará-lo apenas atiçasse o ressentimento dos outros alunos. E sei que concordamos que seria melhor deixá-los desabafar um pouco de sua raiva… Porém estão se acumulando de uma forma ainda pior do que esperava.

Lágrimas brotaram nos olhos de Lívia.

— Meu coração dói por ele. Leon não é tão ruim quanto eles… Hum, quero dizer…

Tentar defender Leon inevitavelmente deixou um aquém, então Angie tentou consolá-la.

— Está tudo bem. Sabemos que Leon tem seus defeitos. Mesmo que sejamos suas únicas apoiadoras, vamos continuar torcendo por ele. Embora seja um pouco irônico que o pessoal de Clarice não consiga sequer alcançá-lo…

Pode-se pensar que o grupo de Clarice teve Leon como alvo primeiro, contudo vários outros participantes viram a corrida como uma oportunidade de exercitar seus próprios rancores e vencê-los ao soco. Eles cercavam Leon e agora o atacavam de forma implacável. Os seguidores de Clarice pairavam por perto em confusão, hesitantes em se jogar na briga.

Até agora, Leon tinha conseguido evitar qualquer ferimento com risco de vida, mas assistir a briga deixou os nervos de Angie tensos. Ela apertou os dedos em frustração quando a filha do Conde Offrey, a cliente problemática de Leon de alguns dias atrás, mostrou as caras ao lado dela e de Lívia. Embora olheiras aparecessem sob os olhos da garota Offrey, um sorriso enfeitou seus lábios enquanto olhava através do vidro.

— Meu Deus, seu lacaio tem tantos inimigos.

— Ele não é meu lacaio. — disse Angie rigidamente.

— Como se me importasse. Ele é um dos seus acompanhantes, não é? Tem ideia de quantos problemas minha casa me deu por aquela façanha que você fez?

Uma repreensão que a garota Offrey mais do que merecia, já que havia instruído seus servos a atacar a rainha. Angie notou que nem a garota nem seus seguidores pareciam ter servos à mão. Bem então.

Angie bufou.

— Se quer algo para se ressentir, considere sua própria ignorância.

Os olhos da garota se estreitaram e ela agarrou Angie.

Lívia se intrometeu entre as duas.

— Por favor, se contenha!

— Lívia… — murmurou Angie, aliviada pelo apoio da amiga.

A garota Offrey ficou menos impressionada, seus olhos agora eram como fendas finas.

— Como se atreve a intervir, sua pequena desagradável plebeia.

Lívia estremeceu.

— Ah, mas eu…

Agora foi a vez de Angie se colocar protetoramente na frente de Lívia.

A garota Offrey sorriu sombriamente.

— Você mudou mesmo, Angelica. Ficou tão fraca desde que seus seguidores se voltaram contra si? No passado, nunca teria olhado duas vezes para uma qualquer como ela. Não me diga que seu orgulho caiu tanto que se agarraria a essa… criatura, agora? Que estranha se tornou, nunca teria sonhado em falar com esse lixo antes. Ou talvez sua casa tenha caído em tal desfavor que ninguém, a não ser os camponeses, prestam-lhe atenção, hum?

— Não!

Angie fez uma careta para a garota Offrey, porém desviou os olhos. Lívia importava mais que ela. E Angie precisava dizer a Lívia que esse vitríolo, essas alegações, eram tudo apenas um mal-entendido. No entanto, quando abriu a boca para dizer isso, as palavras pareciam grudar em sua língua.

— Lívia, isso não é… Eu…

Angie não conseguiu dizer o que queria. O problema era que tudo que a garota Offrey disse sobre o antigo eu de Angie era assustadoramente verdadeiro, e tal coisa a envergonhava. No final, tudo o que pôde fazer foi desviar o olhar da trêmula Lívia.

Lívia, rígida e com os olhos marejados, deu meia-volta e fugiu.

Angie estendeu a mão para detê-la, mas era tarde demais. Assistiu, congelada, enquanto Lívia desaparecia porta afora.

— Ah…!

A princípio, Angie se moveu como se fosse perseguir Lívia, contudo seus pés não se moveram. Sua mão pendeu para baixo. Ainda tenho o direito de segui-la?

A vida diária da filha de um duque diferia da vida de outros nobres como Leon. Angie nunca tinha pisado em um campo, não até este verão. Nunca havia interagido com plebeus, e nunca teria, se não tivesse conhecido Lívia e sido convidada para a casa de Leon. A Angie do passado pensava muito pouco nas pessoas que não conhecia.

— Ah, que pena, ela fugiu. — a garota Offrey sorriu ironicamente. — Parece que a única amiga que sobrou te abandonou também.

Angie lançou um olhar fulminante para a garota.

— O que você sabe?

— Desculpe? — a garota perguntou com um sorriso alegre.

Angie levantou a mão até o rosto da garota. O tapa seco ecoou pelo salão.

A garota Offrey apertou sua bochecha.

— Agora… Agora você conseguiu!

— Consegui o quê? Não tenho tempo para perceber o que acontece com uma ninguém como você. — disse Angie.

A garota atacou, no entanto Angie a empurrou para trás. Os sons de pânico aumentaram na sala, outros alunos gritando e fofocando.

Angie não ouviu. A garota Offrey não iria recuar. Então Angie agarrou o colarinho de sua oponente e deu um soco na bochecha da garota.

— O que sabe sobre mim? — Angie rosnou. — Eu vou te esmagar. Vou reduzi-la a pó com esses dois punhos!

A garota Offrey agarrou o cabelo de Angie.

— Você terminou, sua puta! Acha que pode ganhar? Sua casa vai perder essa guerra! Você está acabada.

O salão logo se transformou em alvoroço.

 


 

Tradução: Demiurgo

Revisão: Bravo

QC: Errei

 

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