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Otomege: O Mundo dos Otome Games é Cruel Para Mobs – Vol. 02 – Cap. 04.1 – Fraqueza

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Segui meu caminho até o hangar de aeronaves para me preparar para a corrida. Segurei meu capacete, conversando com Luxion, que havia se conectado com minha moto.

— Está realmente certo de que seu patrono duque espera tal ação extrema de você? — perguntou Luxion. — Se não o conhecesse bem, pensaria que é um dos seguidores de Angelica. Suponho que o papel se adapte a um personagem mob como você, não é?

Obrigado, seu pequeno passivo-agressivo robô idiota. Coragem para usar minhas próprias palavras contra mim.

Na verdade, é melhor se comparado a um objeto de suporte. Por um lado, não tinha a excelente aparência do príncipe Julius e dos outros interesses amorosos. Em comparação, tenho cabelo preto comum, olhos pretos comuns e sou um garoto comum. Não odeio isso em mim, no entanto. Comum? Parece perfeito para mim. Sendo comumente mandado.

— Sendo franco, adoraria desaparecer no cenário um pouco mais. Então, para infelicidade, um servo da vilã é um papel muito grande para mim e devo recusar com delicadeza. Enfim, como está? Acha que consegue fazer isso?

Um longo cabo se estendia do corpo esférico de Luxion até a moto aérea, o que lhe permitiu fazer a reengenharia da minha montaria. Alguém com certeza já havia mexido nela.

— Mais dez minutos e deve estar tudo bem. Alguém pretendia sabotá-lo, mexeram no motor.

Suspirei.

— Esses caras me odeiam mesmo, não é?

Não que pudesse culpá-los; Ganhei a inimizade de uma parte considerável do corpo estudantil apenas com aquele duelo.

— Oh, sim, com toda certeza, a escola inteira o despreza. Deve valorizar essas duas meninas que o toleram tão bem. Se não as verá como potenciais parceiras de casamento, pelo menos as considere amigas.

— Amigas, hm?

— Além de Daniel e Raymond, são as únicas que tem. Você deveria cuidar melhor deles.

Fiz uma pausa para refletir. Originalmente, a protagonista e a vilã nunca deveriam ter se unido. Por uma série de razões básicas e óbvias, imaginei a amizade verdadeira impossível para elas alcançarem, mas as duas desenvolveram uma estranha proximidade.

— Só tenho que garantir que nenhum de nós comece a desenvolver sentimentos. Navegação suave, sem ondas, sem vento, apenas à deriva, é o que eu quero. Ainda mais quando se trata dessas duas. — respondi.

— Nenhuma delas te interessa? Nem um pouco?

— Quero dizer, você sabe, aquelas duas são…

Um aluno do terceiro ano interrompeu nossa conversa sussurrada quando se aproximou de mim. Um cara alto, com o cabelo cortado curto e, ainda por cima, completamente rasgado. Tipo, esse cara com certeza deu certo. Os músculos grossos do pescoço arqueavam quando ele me olhava de cima a baixo. Reconheci-o como um dos principais candidatos, ou seja, a aposta número um para o vencedor final, na verdade.

— Então você está substituindo Jilk, hein? — ele perguntou. Não senti muita hostilidade.

— Bem, se não é o favorito. Precisa de algo? Estou um pouco ocupado, então podemos conversar mais tarde? Tive alguns problemas com o motor. — eu disse.

Dei um passo à frente da minha moto, mantendo Luxion escondido atrás de mim. Esse cara é um seguidor de Clarice, então não posso ser muito descuidado.

O cara parecia surpreendentemente relaxado.

— Já sabe sobre mim então? Isso me poupa o trabalho de avisá-lo. Embora eu nunca tivesse imaginado que o cara da pá tomaria o lugar de Jilk. Meio que torna tudo mais difícil.

Cara de pá? Suponho que, de fato, usei uma pá naquele duelo com o príncipe e os outros grandes senhores.

— Apelido chique, obrigado.

Ele soltou uma risada autodepreciativa e ficou sério.

— Queria me desculpar com antecedência. Quero dizer, não tenho nada contra você, mas vou esmagá-lo na próxima corrida.

Que declaração de guerra agradavelmente direta! Embora, se esta se sentindo tão incomodado ao ponto de se desculpar, talvez pudesse apenas se abster de bater em mim em primeiro lugar? Eu não gosto de dor.

— O que, está sendo forçado? Senhorita Clarice está te chantageando ou algo assim? — perguntei.

— Não! — sua indignação me pegou desprevenido, e ele se desculpou em seguida. — Desculpe, meu erro, não queria gritar…

Limpando a garganta, seus olhos fitaram para os dois lados e então se aproximou para se explicar.

— Minha família é da nobreza da corte, porém estamos na extremidade inferior da mesa, por assim dizer. Não tenho classificação no tribunal e também não sou o herdeiro.

Em outras palavras, esse seguidor fazia parte da classe geral.

— Apesar da minha posição, a senhorita foi gentil comigo. Quando percebeu meu talento para correr com moto aérea, ela financiou meu treinamento. Graças a sua ajuda, depois de me formar, poderei viver competindo em corridas.

Ele colocou a mão em uma das motos próximas, sorrindo, contudo com um toque de tristeza.

— Na verdade, a senhorita é gentil. Todos nós a admiramos. Muitas das outras garotas são simplesmente horríveis. Ouvindo seus seguidores reclamarem delas, sempre nos sentimos sortudos.

Fiquei quieto e escutei enquanto ele continuava.

— A senhorita tem uma pista de motos aéreas em sua casa. Nunca me faltou prática porque podia ir quando quisesse. Ela até contratou um treinador e mandou motos aéreas para aquele ex-noivo. Sempre estava sorrindo e torcendo por ele. Meio difícil de assistir, mas estava feliz por ela. Então aquele bastardo teve a coragem de romper o noivado. A senhorita tentou encontrá-lo, persuadi-lo a ter bom senso, mas esse se recusou a vê-la.

Bem, não podia culpar nem esse cara nem Clarice por isso. Jilk merecia ter o devido troco. Não entraria no caminho deles.

Vão em frente, sério! Só me deixe fora disso.

— Então não pode me deixar ir? — perguntei.

— Desculpe. Sinto por você, no entanto as ordens da senhorita são absolutas, e juramos realizar por todos os meios necessários. Mesmo que nos custe à vida.

Falando sobre determinação insana. Clarice havia inspirado um profundo nível de devoção.

— Ouvi o que aconteceu no consultório médico. Tenho certeza que é pedir demais, mas espero que não pense muito mal dela. A senhorita mudou muito durante o verão. Começou a levar escravos e festejar a noite toda. Não era assim antes.

Escravos e festas? Enh. Toneladas de garotas da academia se afundaram em ambos, minha irmã mais velha é a principal delas. Talvez eu estivesse dessensibilizado demais para ser perturbado.

Merda, é terminal agora. Este mundo canceroso de jogo otome criou raízes no meu cérebro.

Fiquei frustrado por um momento, porém minha reação instintiva ao lamento desse homem ainda foi: Quem se importa? Isso é normal!

— E daí, está me contando tudo porque espera que eu pegue leve? — provoquei.

— Sem essa, hein? Bem, imaginei que não se importaria muito com minhas circunstâncias. Isso é bom. Pense nessa situação como eu falando comigo mesmo. Pode esquecer o que eu disse. — ele riu.

O observei sair, então me joguei no assento da moto aérea. Deslizando o capacete sobre minha cabeça, encaixei a tira de queixo no lugar.

— Modificações concluídas. — anunciou Luxion.

— Excelente.

— Mestre, está pretendendo mesmo vencer o campeonato ainda depois de ouvi-lo?

— Claro. É péssimo para eles, mas apostei muito dinheiro na minha vitória.

Quanto ao alvoroço que fiz ao tomar o lugar de Jilk…? Bem, basta dizer que no momento em que o corpo discente soube que eu havia recebido uma moto aérea da escola, eles estavam confiantes na minha perda inevitável. Além do mais, em comparação com o resto da formação, fui desapontado como atleta. Em outras palavras, eu era, mais uma vez, o azarão.

— Está tentando me dizer que precisa do dinheiro? — perguntou Luxion. — É claro, comigo ao seu lado, você não precisa. Comigo, não vai querer nada para o resto de sua vida.

Seu idiota. Você não pode me arranjar uma noiva agora, pode? É realmente um robô inútil.

Além do mais, sendo sincero, só quero ganhar. Amo ganhar.

E mais uma coisa…

— O que posso dizer… Quero ver seus rostos horrorizados quando cruzar a linha de chegada primeiro. É por isso que estou ansioso. A aposta é a cereja do bolo; não é meu motivo principal.

— Uma vez mais você prova ser um espécime superior da espécie humana, Mestre. Concedido, é inconcebivelmente patético que tenha que confiar no meu poder para vencer, mas ainda tem uma cara de pau tão grande que seu desamparo não o incomoda nem um pouco. Na verdade, eu aspiro a ser mais como você.

Seu pequeno idiota. Precisa ser tão odioso?

 


 

Tradução: Demiurgo

Revisão: Bravo

QC: Errei

 

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