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Otomege: O Mundo dos Otome Games é Cruel Para Mobs – Vol. 02 – Cap. 03.5 – Corrida de Motos Aéreas

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— Jiiilk!

A voz de Marie reverberou nas paredes do consultório médico. Ela se agarrou a ele enquanto Jilk estava deitado na cama, gritando com os olhos arregalados.

Jilk sorriu, tentando tranquilizá-la. O branco das bandagens enroladas em sua cabeça destacou-se fortemente contra o verde de seus longos cabelos.

— Eu vou ficar bem, Srta. Marie. Como pode ver, ainda estou vivo.

O príncipe Julius e Kyle também estavam na sala. O resto do Time de Interesses Amorosos estava todo envolvido em seus próprios eventos individuais.

Enquanto isso, Angie falava com os outros membros do comitê executivo do primeiro ano.

— Suponho que teremos de encontrar um substituto.

Todos pareciam preocupados com sua declaração.

— M-Mas o problema é, quem poderíamos escolher?

— Todos os outros garotos talentosos estão participando de eventos diferentes. Não será fácil encontrar alguém digno.

Ao mesmo tempo, Lívia agarrou meu braço e baixou a voz para um sussurro.

— Você, hum… acha que o senhor Jilk ficará bem?

— Ele estará novo em folha em três dias. Incrível como podem curar um osso quebrado tão rápido.

Magia com certeza é incrível. Com essa velocidade, era quase como se este mundo estivesse tentando se mostrar para a ciência médica do meu mundo anterior.

— Dependendo das condições da lesão, eu poderia curá-lo em um dia. Não, nem precisaria de vinte e quatro horas inteiras. — Luxion pontuou obedientemente em meu fone de ouvido.

Lívia parecia confusa.

— Três dias? É muito tempo. Posso curá-lo muito mais rápido do que isso.

Poucas pessoas no mundo podem usar magia de cura. A protagonista tinha habilidade especial nessa área; com certeza a tornava especial o suficiente para ser chamada de Santa. Contudo, Lívia não tinha ideia de que era tão preciosa. De sua perspectiva, o fracasso de todos em realizar as coisas que ela podia fazer sem esforço era um total mistério.

— Lívia, sua ideia de normal é na verdade bem anormal — respondi, esperando convencê-la a manter suas habilidades em segredo por enquanto. — É melhor guardar esse comentário para si mesma ou pode irritar o médico.

— S-Sério? Bem, se você diz…

Embora Lívia não parecesse entender totalmente minha implicação, achei cativante que aceitasse meu conselho com tanta facilidade.

Por favor, pare ou vou acabar mesmo me apaixonando por você.

Mais importante, embora soubesse que Lívia era mais proficiente em cura do que os especialistas da escola, a revelação de seu poder causaria problemas inevitáveis. Isso machucaria o orgulho do médico, com certeza, mas pior, os rumores do evento atrairiam todos os tipos de resultados indesejáveis. Tínhamos que ser discretos sobre quando e onde Lívia tornava seu poder aparente.

— Porém o prêmio para a corrida de motos aéreas é tão grande! Meu dinheeeeiro! — Marie lamentou, revelando por fim o verdadeiro (e sendo franco, deplorável) motivo de sua angústia.

O príncipe Julius colocou suavemente a mão nas costas dela, na tentativa de amenizar sua dor.

— Vai ficar tudo bem, Marie. Os outros e eu vamos ganhar nossos eventos, prometo.

Sem surpresa para a academia de nobres, eles alocaram uma enorme quantidade de dinheiro para os prêmios do evento do festival. Nos termos do meu mundo anterior, era equivalente a vários milhões de ienes. A premiação para cada evento diferia, no entanto a corrida de motos aéreas registrou o maior número, cerca de trinta milhões. Essa discrepância indicava a nítida popularidade do evento.

— Porém estava contando de verdade com este — murmurou Marie. — Todos os outros combinados ainda somam apenas metade do prêmio em dinheiro para a corrida de motos aéreas!

Jilk parecia culpado.

— Peço desculpas. Nunca pensei que eles iriam tão longe.

Marie enxugou as lágrimas.

— Sério, os veteranos não estão sendo muito cruéis? Devemos exigir compensação por seus ferimentos.

Jilk e o príncipe Julius coraram, como se Marie demonstrasse preocupação por eles, não pelo lucro.

Dizem que o amor é cego.

— Ela falou sobre dinheiro o tempo todo. Isso realmente não os incomoda? — resmunguei baixinho.

Lívia franziu as sobrancelhas.

— Tenho, hm, certeza de que Marie está preocupada com o senhor Jilk também. Afinal, todos abandonaram suas posições para ficarem juntos.

Sim, sim, jogaram fora seus títulos por ela. O príncipe Julius e os outros tinham sido herdeiros, nascidos com colheres de prata, o mundo sua ostra, todo aquele plano de fundo, mas em sua devoção a Marie, romperam seus noivados e, posteriormente, foram renegados.

Honestamente? Foi um pouco perturbador o quão prontamente sacrificaram tudo.

— Eh, estou bem certa disso — disse Lívia. — Marie parece amar mais o dinheiro do que eles. Isso é tudo que tem dito desde que chegamos aqui.

Nesse momento, a porta se abriu e alguns veteranos entraram. Na frente seguia uma estudante do segundo ano, filha de um conde, Clarice Fia Atlee. Ela tinha um volumoso cabelo laranja preso em um rabo de cavalo baixo sobre o ombro direito. A última vez que a vi, se vestia como uma verdadeira aristocrata, porém saída das férias de verão parecendo mais uma gyaru1Gyaru ou gal é uma moda japonesa, sendo muitas vezes uma garota com idade entre 15 e 25 anos, com cabelos descoloridos, às vezes com um bronzeado artificial, usando micro saias, roupas e acessórios da moda e maquiagem ocular., uma proto-punk japonesa completa. Apesar da mudança de estilo, ainda era alta, esguia e bonita o suficiente para ser modelo.

Seu novo visual provavelmente chocou todos que a conheciam como a noiva afetuosa e adequada de Jilk e, aham, ex-noiva. Ainda assim, Clarice era filha de um nobre da corte e tinha influência. Um esquadrão de seguidores do sexo masculino a seguia, assim como cinco servos semi-humanos. Eles se espalharam atrás dela, como se os tivesse instruído a se exibir.

— Oh meu Deus, você parece esfarrapado — disse Clarice, examinando o homem a quem havia sido prometida. — Diga-me, Jilk, como se sente?

Entre seu decote aparecendo através de uma camisa desabotoada em parte e seu uniforme desarrumado, não conseguia descobrir se ela estava indo para uma declaração de moda ou apenas sendo uma delinquente.

Espere. Acho que em essência são a mesma coisa nesta academia, não são?

Seus seguidores zombaram de nós, mas no momento em que reconheceram Angie, corrigiram na hora seu comportamento.

Jilk, entretanto, fechou os olhos. Talvez não pudesse suportar olhar para as evidências do que sua traição havia feito a Clarice. Da minha parte, pensei que estava ostentando seu novo estilo. Embora, desde que uma garota fosse bonita, não me importava com o que usava.

— Então de fato foi você a responsável por isso, Clarice — disse Jilk.

— Isso mesmo! Depois que me jogou de lado assim, decidi fazê-lo sofrer mais do que nunca. Nunca vou te perdoar!

Quando alguém tão bonita estoura é, em uma palavra, aterrorizante. Sua aura intimidante a fazia parecer uma nova e muito mais ameaçadora pessoa.

— Wow, a fúria de uma garota bonita é dura — murmurei.

— Leon, como pode dizer algo assim? — Lívia sussurrou. — Por favor, fique sério!

Honrei o apelo de Lívia calando a boca.

Angie se interpôs entre o ex-casal que estava brigando. Ela olhou para baixo, olhando para a outra garota.

— Por favor, Clarice, este é um centro médico. Posso entender como se sente, porém desafiar abertamente as regras da corrida? Perdeu a noção?

Clarice deu um passo para trás, contudo sorriu. Seu cabelo despenteado só serviu para deixá-la ainda mais selvagem.

— Não venha dar sermão em mim. Nada disso teria acontecido se tivesse freado o príncipe. Você tem coragem, agindo bem e altiva depois que seu noivo te jogou fora, assim como o meu fez. Não posso acreditar. Você deveria estar gritando com ele do jeito que costuma gritar com todo mundo!

As sobrancelhas de Angie estão franzidas, seu pavio era curto. Apenas precisava cutucá-la um pouco e ela explodiria. Ainda que Angie tenha amadurecido um pouco nos últimos tempos. Provavelmente pela influência de Lívia.

— Desculpe, acha que estou “bem”? — Angie zombou. — Está se imaginando a heroína de alguma tragédia? Sem dúvida parece que sim, pela maneira como desfila em torno dessa trilha de servos. Suponho que seu comportamento feminino de antes não era nada mais do que uma fachada.

— Grr…! O que você sabe?

As duas pareciam estar prestes a começar a balançar os punhos, então os seguidores de Clarice intervieram, afinal, Angie era filha de um duque. Não queriam fazer dela uma real inimiga.

Acho que até os seguidores têm seus problemas. Posso simpatizar um pouco.

Clarice voltou sua ira para Jilk, que ainda estava deitado com os olhos fechados. Nem mesmo dirigiu um olhar para ela.

Você já percebeu o quanto errou? Me perguntei. Isso é inteiramente sua culpa, seu idiota. Faça alguma coisa a respeito.

— É melhor estar lá para a próxima corrida. Vou espancá-lo como nunca antes na sua vida, na frente de todos. E vou fazer isso mais de uma vez. Fazê-lo chorar e me implorar por perdão. Não que vá receber! — Clarice disse a Jilk.

Hã, pessoal, acho que ela pode estar chateada.

— Se acalmar sua raiva, faça o que quiser. Só saiba que se agir contra Marie ou meus amigos, serei eu aquele guardando rancor — respondeu Jilk, tão legal quanto um pepino amassado.

Nesse ponto, Marie havia desaparecido no segundo plano, esquecida. Ela só voltou à realidade quando Jilk mencionou seu nome e estremeceu quando por fim enfrentou Clarice. E então, como se uma claquete tivesse trocado, Marie voltou ao seu ato fofo. Ugh, odeio ver isso.

Essa garota é realmente a sucessora perfeita para minha irmã mais nova. Sempre fingindo ser boa quando se depara com outras pessoas. Odeio, odeio, odeio.

— A vingança não levará a lugar nenhum — disse Marie. — Você deveria se preocupar mais com…

— Não fale como se soubesse o que passei! “Isso não vai me levar a lugar nenhum”? E daí? Acha que me importo?

— M-Me desculpe! Você está absolutamente certa!

Essa concordância tênue apenas alimentou a raiva de Clarice. Uma pequena surpresa aí. Ouvir lição de moral assim pela destruidora de lares que roubou seu homem enfureceria qualquer garota.

Mais importante, os olhos de Angie também se encheram de ódio enquanto olhava carrancuda para Marie.

Com isso, o príncipe Julius abriu caminho entre elas.

— É o bastante. Angelica, não olhe para Marie dessa maneira. — Angie desinflou.

— Minhas desculpas, Vossa Alteza.

Ugh, estou com tanta inveja. Ele tem mesmo aquele ar real.

O príncipe Julius voltou sua atenção para Clarice.

— Entendo porque tem dificuldade em perdoar Jilk, contudo imploro que pare com esse comportamento vil agora.

Clarice baixou o olhar, um sorriso sombrio no rosto. Ela parecia quase maníaca.

Você vai mesmo dizer isso para mim? Não consegue entender quantas vidas de pessoas foram descarrilhadas por aquela garota? Não é apenas Angie. Sou eu e todas as outras garotas que descartaram, as pessoas falam a todo o momento nas nossas costas, na nossa cara, sabia? Não, não sabe. Não há como nenhum de vocês saber.

A busca de Marie para alcançar um harém reverso criou um pesadelo para outras pessoas.

Sabia. Este mundo de jogo otome é completamente miserável.

O príncipe Julius pareceu estar triste quando disse.

— Sei que não temos o direito de nos defender para vocês que rejeitamos, mas ainda assim não posso deixá-la continuar atacando dessa forma. Não vai beneficiá-la também.

Bufei e, antes que pudesse me impedir, falei.

— Wow, olhe para o Sr. Perfeito aqui, ele realmente tem tudo. Rosto certo, palavras certas, a coisa toda. Quero dizer, você também largou sua noiva depois de ser seduzido, mas de alguma forma faz isso parecer razoável. Acho que um rosto bonito é tudo o que importa de verdade.

— Leon, isso é um não-não! — Lívia balançou o dedo para mim. — Não pode dizer coisas assim. Não-não!

 

 

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Puta merda. Ela era absolutamente adorável. Entendo com facilidade como Lívia tinha sido o nexo do harém reverso pretendido. Seu charme fundamental fez com que todo o pensamento parecesse menos ofensivo para mim do que, digamos, quando tive que olhar para Marie e seu bando de garotos de brinquedo idiotas. O apelo da protagonista é sem dúvida assustador.

O príncipe Julius lançou um olhar furioso para mim, então virei meu olhar para o teto e mantive minha boca fechada.

Clarice virou-se para sair.

— Se sair, Jilk, vou garantir que o esmaguem. Do contrário, quem quer que tome o seu lugar enfrentará minha ira em seu lugar. Vou garantir que a mensagem seja alta e clara, não importa o que aconteça, você não está perdoado. — Clarice sorriu enquanto saía. A atmosfera que deixou para trás era tensa e inquieta.

Soltei um suspiro.

— Bem, acho que não há substitutos para você. Ninguém vai querer ser voluntário com essa ameaça pairando sobre suas cabeças.

Jilk lutou para levantar o corpo ferido da cama.

— Ugh!

— Jilk, pare! — O príncipe Julius segurou seu amigo, mas Jilk parecia determinado.

— Por favor, me solte, Sua Alteza. Ninguém mais vai se machucar enquanto eu for lá. Essa é a melhor maneira de lidar com a situação.

A melhor maneira de lidar com a situação seria, para começar, não romper seus compromissos, cérebro de pássaro.

Era um pouco tarde para dizer agora, porém ansiava por esclarecer o ponto. Com as coisas como estavam, a futura Santa abandonada, os cinco nobres bocós renegados, todas essas consequências em espiral, estava começando a duvidar da minha capacidade de prever o futuro. Não gosto desse rumo, nem um pouco.

De repente, percebi que os outros membros do comitê executivo estavam olhando furtivamente para mim.

— Hum, oi, o que acha de usarmos Bartfort?

— Você sabe que as notas dele mal são boas o suficiente para permitir que venha a competir, certo?

— Se alguém vai levar uma surra de merda, melhor ele do que Jilk.

Dito isso, todos tinham seus olhares fixos em mim.

Angie desceu sobre eles com a ira de, bem, Angie.

— Eu não tenho nenhuma intenção de mandar Leon lá fora. Como poderíamos deixar alguém participar depois de ouvir aquele discurso? Lamento muito, mas os primeiro-anistas apenas terão que se retirar.

No momento em que Marie a ouviu, gritou, em pânico.

— Espere um minuto! O que acontecerá com o prêmio em dinheiro?

Se olhares pudessem matar, Marie teria caído morta com a tentativa de assassinato no rosto de Angie.

— O que importa? Que quantia de dinheiro poderia valer ainda mais lesões como a de Jilk?

A voz da razão, por fim! Preciso dizer que tirou um peso do meu peito. Não tinha intenção de participar de qualquer maneira, no entanto sabia que se o fizesse a multidão sem dúvida ficaria maravilhada ao ver a porcaria ser jogada pra cima de mim.

De jeito nenhum vou lá fora.

Embora… Hã.

— M-Mas se não encontrarmos um substituto, sua reputação pode estar em jogo, senhorita Angelica! — protestou um dos outros representantes.

— Está certo. Você é a representante do primeiro ano. Refletirá mal se não conseguir encontrar alguém — disse outro.

— Se pudéssemos encontrar uma pessoa disposta a correr… — comentou o terceiro.

Inclinei minha cabeça, contemplando.

Ao mesmo tempo, Marie se agarrou aos comentários dos representantes, desesperada para me jogar para os lobos.

— Eles estão absolutamente certos! Se não encontrarmos alguém por aí, a senhorita Angelica terá problemas! Certo, Julius?

Deus, essa idiota me deixa puto. Toda vez que ouvia sua voz, ouvia minha irmã, todas as minhas irmãs, na verdade, tanto as do meu mundo atual quanto as do meu anterior. Que coro horrível.

— Uh, sim, suponho que sim. — O príncipe gaguejou. — Afinal, Angelica é a nossa representante principal. É muito provável que se torne um reflexo negativo para sua imagem se não for capaz de oferecer uma solução. As pessoas podem questionar suas capacidades.

Olhei para Angie, que me deu um sorriso preocupado em troca.

— Não estou preocupada com isso — insistiu. — Não vale a pena alguém se machucar por minha causa. Não quero causar mais problemas do que já causei.

Whoa, ok, espere um minuto… E agora?

Em primeiro lugar, o que foi essa conversa de Angie levando a queda? E se alguém vai ser o bode expiatório, por que não pode ser um pirralho mimado como, digamos, o Príncipe Julius? Eu não poderia me importar menos com sua reputação.

Porém, Angie… Não posso deixar a imagem de Angie ser manchada. Ela estava basicamente nessa situação porque me protegeu. Devo isso a Angelica e ao seu pai, se estamos sendo terrivelmente honestos. Ele ficou do meu lado durante todo o período daquele duelo, e se abandonasse Angie aqui, o pai dela sem dúvida consideraria como minha culpa.

Tudo bem, então o que devo fazer?

Fique puto, é claro. Sempre fui o chorão indignado.

Tudo bem, eu vou.

— O que? — Lívia deixou escapar sua surpresa.

Angie ficou boquiaberta.

— Leon, peço para que não tenha pena de mim…

— Não é pena! Basta preencher a papelada e me dar uma moto.

Um dos membros do comitê executivo saiu quase que correndo porta afora.

— Impressionante! Vou deixar todos saberem.

Sim, ele quer dizer que vai contar a toda a escola que estou prestes a ter minha bunda chutada. Delicioso.

— Leon, você não está se forçando, está? — Lívia me perguntou, seu rosto tão brilhante de preocupação que me cegou.

— Me forçando? Nah. Estou sendo um idiota teimoso!

Sério, não tive escolha.

O rosto de Angie permaneceu turvo.

— Não, não pode fazer isso. Os seguidores de Clarice são pilotos experientes. Um deles foi o campeão do ano passado. Se quiserem dificultar as coisas, não há limites para o que podem fazer.

— Não importa. Este é um daqueles momentos em que um cara tem que fazer o que um cara tem que fazer!

Com essa deixa, as meninas pareceram perceber que não eram páreas para minha determinação.

— Leon. Se… Se você vai tão longe, não vou tentar dissuadi-lo de novo, mas estarei orando por sua vitória — disse Angie.

— E-Estarei te apoiando também. — Lívia gaguejou. — Prometo que estarei!

Obrigado as duas, sério.

Em qualquer caso, essa situação agora era mais do que cair na briga de ressentimento de outra pessoa. Eu correria um verdadeiro perigo político se perdesse a consideração do pai de Angie por não dar tudo de mim.

Marie ficou, é claro, muito satisfeita.

— Bem, está tudo resolvido! Funcionará para mim mesmo se você perder. Se ganhar, no entanto, esse prêmio em dinheiro será meu. Sim, é perfeito!

Alguém teria me culpado se acertasse meu punho naquele rosto presunçoso dela? Acho que não. Bom. Só me deixou ainda menos disposto a me desfazer de todo o prêmio em dinheiro que agora pretendia ganhar para mim.

Jilk olhou para o meu rosto. A decepção coloriu sua expressão quando se virou.

O quê? Você me odeia tanto assim? Bem, o sentimento é mútuo! Também odeio sua coragem!

Depois de uma pausa, Jilk finalmente disse: — Suponho que não tenho escolha a não ser confiar em você.

— Chore um rio de gratidão, sua cobra verde traiçoeira, porque me deve agora — respondi com um sorriso.

Jilk deu uma risadinha.

— Tenho certeza de que devo muito a você.

— E é melhor estar pronto, porque o farei pagar imediatamente.

Com isso, saí e comecei meus preparativos para entrar na corrida de motos aéreas.

— Luxion, é hora do show.

— Claro, Mestre.

 


 

Tradução: Demiurgo

Revisão: Bravo

 

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