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Otomege: O Mundo dos Otome Games é Cruel Para Mobs – Vol. 02 – Cap. 01.4 – A Rainha

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— Vossa Majestade, fico em uma posição embaraçosa quando me faz exigências tão irracionais.

Disse Angie, ainda vestida com sua roupa de empregada.

A pessoa que a solicitou      não era outra senão a Rainha Mylene, que, ao que parecia, estava inocentemente aproveitando as festividades do lado de fora do prédio da escola.

Sua Majestade pediu desculpas com pressa e acrescentou.

— No entanto, ainda quero que me ceda sua companhia hoje. Passei por muitos problemas para honrar seu pedido antes, sabe. Aquele que diz respeito ao barão de quem você gostou.

Angie mal pôde continuar protestando quando a rainha tocou no assunto.

A rainha a puxou para um abraço rápido antes de fazer uma pausa para aproveitar a atmosfera do festival.

— É a primeira vez que venho a um desses! E já faz muito tempo desde que te vi com uma roupa de empregada assim, Angie. Embora a novidade tenha acabado, suponho.

— Hum, sim, aprecio como você cuidou de mim naquela época.

Angie usava uma roupa semelhante durante o tempo em que esteve como dama de companhia no palácio, onde fora para aprender a etiqueta adequada. Em essência, passou a duração de sua estadia atendendo a rainha. Por ser jovem, Angie cometeu muitos erros, em especial em seus dias menos maduros. Sua personalidade era mais feroz e implacável, seu comportamento mais extremo.

 

Eu me sinto envergonhada, relembrando o passado.

 

Ela era tão ignorante do mundo, confundindo a bondade exterior das pessoas com sinceridade. No processo, acabou causando muitos problemas para a rainha. Angie olhou para baixo enquanto as memórias humilhantes voltavam à tona.

A rainha parecia estar se divertindo com a reação de Angie. Ao que tudo indicava, estava apenas brincando.

Não sou párea para ela e provavelmente não serei pelo resto da minha vida, pensou Angie.

Angie voltou sua atenção para os arredores. Vários guardas de Mylene se misturaram para evitar serem notados enquanto mantinham a vigilância disfarçada.

— De qualquer forma.

Mylene mudou de assunto.

— O festival desta academia é incrível. Não tínhamos tal coisa na minha terra natal.

Evidentemente, a coisa toda a instigava.

— É assim mesmo?

Como uma princesa estrangeira, Mylene se casou com um integrante da família real do Reino Holfort. No geral, esse status a colocaria em desvantagem, todavia a rainha provou ser tão engenhosa que o palácio nunca foi capaz de ignorar sua crescente influência. Se não fosse pela aprovação de Sua Majestade, Angie nunca teria sido reconhecida como prometida de Julius.

A rainha olhou para o rosto de Angie.

— É um alívio ver sua pele tão melhorada desde a cerimônia de cavalaria. Imagino que esteja se divertindo mais hoje em dia.

Apesar de parecer ingênua, a Rainha Mylene é uma excelente observadora. É um pouco enervante. Angie uma vez mais reafirmou em sua mente que não tinha chance contra a rainha.

— Sim, estou atesourando meu tempo na academia.

Após uma pausa, Mylene perguntou.

— Está planejando fugir para ver Leon depois?

As bochechas de Angie coraram.

— Não, de maneira alguma. Você pretende mesmo entrar de forma sorrateira e encontrá-lo?

Mylene ergueu a cabeça com orgulho.

— Claro que pretendo. Julius é responsável pelas ações que levaram à sua deserdação, mas eu sou sua mãe. Devo dar a esse barão uma palavrinha. Admito, Julius foi tolo em aceitar aquele duelo tão frivolamente, porém não me importo com a maneira como aconteceu. Sendo franca, fiquei horrorizada quando soube. Sem palavras, até.

— Peço desculpas em nome de Leon. Ele era meu representante.

A rainha estava certa. O duelo fora desprezível e Angie sentia uma constante obrigação de expressar seu remorso por todo o ocorrido.

Leon usou seu poder opressor para torcer metaforicamente os braços de seus oponentes e, em seguida, apesar da diferença em seus status, deu sermões e insultou cada um deles. Julius ainda era o príncipe herdeiro na época. Tal coisa seria impensável em circunstâncias normais. Uma punição severa deveria ser aplicada a Leon, contudo em vez disso, este foi recompensado por suas realizações.

E ainda…

A rainha deve guardar rancor.

Mylene perdoou Leon publicamente, porém pessoalmente não podia deixar o que havia feito ficar impune. Angie entendeu, é claro. Afinal, Julius era filho de Mylene e Leon o havia humilhado.

Mesmo depois de tudo, mesmo sendo capaz de conter seus sentimentos.

Apesar de seu aborrecimento privado, na cerimônia de cavalaria, Sua Majestade havia absolvido Leon com o maior equilíbrio.

— Agora que foi nomeado cavaleiro, o reino é responsável por todas as ações que ele realizar. Quero deixá-lo ciente disso.

Disse Mylene docemente.

Angie desviou o olhar, um tanto desajeitada.

— Espero que não seja muito dura. Eu… Sentiria pena de Leon caso contrário.

— Está sendo mais gentil agora do que antes. Antes, você teria dito: “Deixe comigo, vou repreendê-lo em seu lugar!” ou ainda está um pouco presa a como as coisas terminaram com Julius?

— Estaria mentindo se dissesse que não.

Mylene abrandou.

— Como mãe de Julius, devo me desculpar pelo que meu filho a fez passar. Como pode ter sido tão completamente absorvido por aquela garota? Ele nunca pareceu tão ingênuo em todos os anos em que o criei.

Angie concordou. Na verdade, no passado, Julius sempre estivera em guarda quando as mulheres se aproximavam.

— De acordo com Sua Alteza, ele gosta da “normalidade” de sua vida como estudante aqui, e sente que essa menina, Marie, o entende.

Mylene balançou a cabeça.

— Temo que minha inexperiência com esta academia signifique que não tenho a menor ideia do que “normalidade” envolve. Contudo, com base no que ouvi, este parece um lugar terrível.

A rainha, sem dúvida, referiu-se às atitudes das nobres presentes. Angie seguiu o olhar da rainha até uma garota discutindo em frente a uma barraca de comida próxima.

— Só pode estar brincando. Espera que eu pague por isso? Apenas dê para mim.

— Não posso fazer isso.

A cliente bufou e saiu sem pagar ao vendedor pelas mercadorias que havia recebido, seu servo semi-humano logo atrás.

Por ser estrangeira, Mylene teve que achar esta visão estranha.

— É de fato terrível…

Angie baixou a cabeça.

— Estou envergonhada por tê-la presenciando isso.

As duas vagaram juntas pelo festival escolar, caminhando devagar em direção à cafeteria de Leon. No momento em que o vira, o rosto de Mylene endureceu.

— Então é isso. Parece que a loja vizinha está prosperando.

Uma longa fila se formou na frente da outra sala de aula. Ao mesmo tempo, nem um único cliente esperava do lado de fora do negócio de Leon.

Angie hesitou. Eu devo economizar tempo para mostrá-la o café do príncipe depois que Mylene terminar seu negócio com Leon. Ou talvez seja melhor evitá-lo, já que ela deveria estar visitando em segredo. E… Sua Alteza pode se sentir desconfortável ao ver nós duas juntas.

Mylene estendeu a mão e pegou a mão de Angie.

— Venha, é hora de causar estragos. Você vai me ajudar, não é?

— Não, hum, não posso. Sou uma garçonete, sabe, e—

— Detalhes, detalhes. Pretendo apenas reclamar que o chá está muito frio,       algo dessa natureza. Na pior das hipóteses, farei com que refaça algumas vezes. Isso vai me satisfazer por enquanto.

Angie achou a ideia muito      extrema por si só, mas quando as duas entraram…

— O chá esfriou! O quero fresco!

Uma cliente gritando jogou a xícara inteira em Leon.

A julgar por sua aparência desgrenhada, agora encharcada de chá, esse não foi o primeiro abuso que Leon enfrentou na ausência de Angie. Ele parecia absolutamente horrível. Seu queixo pressionado contra o peito, tornando difícil ver sua expressão.

Lívia, por outro lado, parecia que ia explodir em lágrimas a qualquer segundo quando pairava ao lado de Leon.

— Leon, é melhor cuidarmos de suas feridas…

Leon estendeu a mão para interrompê-la, gesticulando para que recuasse. Então voltou sua atenção para a cliente irada e vestida de maneira espalhafatosa, e seu grupo de seguidoras.

— Me desculpe. Vou pegar outra xícara fresca agora mesmo.

Leon se agachou para recuperar os cacos da xícara de chá. A cliente se levantou com um sorriso malicioso e pressionou o calcanhar da bota na nuca dele.

Daniel e Raymond espiaram para fora da cozinha. Seus rostos se contorcendo      de frustração, contudo rapidamente desviaram o olhar. Sua relutância em intervir e ajudar pode ter parecido cruel, porém a ira de uma mulher dominava por completo a academia. Além disso, Angie viu o olhar severo que Leon lançou aos amigos, alertando-os para não interferirem.

— Esqueça. Duvido que tenha algo decente aqui de qualquer maneira. Vou me despedir. Suponho que não precisará de nenhum pagamento, já que me ofereceu aquele chá morno. Na verdade, talvez devêssemos exigir uma compensação pela ofensa.

A cliente enfiou a bota de couro na nuca de Leon. Suas amigas e seus escravos riram.

Leon praticamente fez uma reverência ao aceitar o abuso.

— Não. Você vai pagar.

Desculpe? Ao menos sabe quanto dinheiro já roubou de nós? Algumas meninas estão tão sobrecarregadas de dívidas que tiveram que vender seus escravos por sua causa! Como pode ser tão ignorante?

Todo o corpo de Angie tremeu de raiva. Como se fosse culpa de Leon que essas meninas tivessem tomado emprestado dinheiro para apostar em seu duelo,      tudo, desde a aposta, ao empréstimo, à venda de escravos, tinha sido escolha delas, não dele.

Mylene, sem palavras, olhou para a cena mortificante. Olhando para Angie e Leon, como se procurasse uma explicação para o que estava acontecendo.

Angie não aguentou mais, avançando e empurrando a cliente para longe de Leon.

— O que pensa que está fazendo?

A cliente cambaleou alguns passos para trás e seu criado deu um passo à frente para mantê-la em pé. Depois de se equilibrar, a cliente encarou Angie.

Leon ergueu a cabeça, mas antes que pudesse impedi-la, Angie a criticou.

— Sua atitude é imperdoável. Presumo que possua capacidade mental para encontrar a saída.

Após a aparição de Angie, as seguidoras da cliente explodiram em sussurros, porém sua líder apenas sorriu. Não parecia estar nem um pouco intimidada por Angie, mesmo com seu status ducal.

— Ora, se não é a ex-noiva do Príncipe Julius. Eu me perguntei quem teria a audácia. O que há com esse traje? Como uma nobre, não sente a menor vergonha de usar algo tão desleixado?

Angie conteve a vontade de estalar a língua. A filha da casa de um conde, hein? E de uma facção inimiga, por cima. Que incômodo.

— O que há com esse olhar?

A cliente zombou.

— Não me diga que pensou que eu ficaria intimidada? Pouco provável! Hoje em dia, você não é nada mais do que uma…

Lívia passou na frente de Angie.

— Por favor, pare com isso! Você já atormentou Leon. Deixe Angie em paz,      ou apenas vá embora, por favor!

Os olhos de Angie se arregalaram para a amiga.

— Lívia, voc…

Uma veia raivosa projetou-se na testa da cliente.

— Não abuse da sorte, escória plebeia.

— O quê…?

Lívia se encolheu.

— Acha que alguém insignificante como você tem o direito de falar comigo como um igual? Deve estar embriagada com o favoritismo dessas duas desgraças. Acha que pode se considerar uma nobre? Acha mesmo que Angie tratá-la como um bichinho fofo significa que está em pé de igualdade comigo?

— Bichinho de estimação?

O queixo de Lívia caiu.

Furiosa, Angie interrompeu.

— Já basta. Se continuar assim, vai entender o que realmente significa atrair minha ira.

No entanto, a cliente não parou.

— Então, agora que perdeu todos os seus amigos, voltou-se para a plebeia? Quão patético é para a filha de um duque ser reduzida a essas sobras. Lembra-se do que me disse uma vez? “Plebeus são bens móveis”. Você nunca se importou com eles antes, não é?

Lívia lentamente voltou seu olhar para Angie.

— Isso não pode ser verdade.

Murmurou ela.

— Não, não é assim.

Protestou Angie.

— Eu…

O lábio da cliente se curvou.

— Os plebeus nem mesmo são humanos, escória bolsista! Não consegue entender mesmo? A única razão pela qual ninguém a disse nada ainda é porque está se escondendo atrás da decepção que é a filha de um duque e daquele pretensioso cavaleiro. Mas uma desgraçada como vo…

— Cale essa boca suja de esgoto.

Uma voz baixa de repente cortou o ar. Para o choque de Angie, era Leon.

A cliente zombou.

— Também está se deixando levar agora?      Sou filha de um conde. Consegue ao menos começar a imaginar as consequências de fazer de mim um inimigo?

Ela sacudiu o queixo para seu servo, que prontamente pisou no chão e bateu com o pé na cabeça de Leon.

— Hmph, este com certeza é arrogante. Senhorita, acho que esse requer uma reeducação estrita.

O servo bufou.

Os outros servos riram.

De repente, a voz de Mylene trovejou.

— É o suficiente! Não posso aguentar nem mais um minuto.

Os olhos de todos se voltaram de repente em sua direção.

A cliente, que estava olhando para Angie, fez uma careta para Mylene.

— Qual é o seu problema, velha?

— Ve… Velha?

Angie aninhou a cabeça entre as mãos. Essa idiota nem conhece o rosto da nossa rainha? Eu… Eu quase não posso culpá-la. Quem imaginaria uma rainha aparecendo em um lugar como este?

Embora a cliente fosse filha de um conde, ela não ocupava uma posição social particularmente respeitável. A jovem era um dos novos ricos, embora não na mesma linha de Leon, que adquiriu sua riqueza com suas próprias habilidades. Dada a sua posição, nunca havia posto os pés no palácio. Havia margem para ser ignorante neste assunto. Então, como cortesia, Angie tentou intervir e avisá-la, porém parou ao ver a expressão tensa de Mylene.

— Vou fingir que não ouvi isso. Senhoritas, paguem sua conta e saiam. Agora. Vocês podem mesmo se chamar de alunas desta renomada academia com comportamento tão vil? Não, deveriam se sentir envergonhadas de até se considerarem nobres!

Algumas das meninas bufaram de escárnio. E a principal culpada não foi nem um pouco dissuadida.

— Perdão? Não haja      superior comigo. Quem pensa que eu sou? Meu pai é o Conde Offrey. Conheça o seu lugar! Remova aquela bolsa velha da minha vista.

No momento em que a garota deu a ordem, os servos das outras meninas cercaram Mylene. Angie passou da pena para o pânico.

— Suas tolas inacreditáveis, vocês ao menos sabem quem estão…

Ela se interrompeu. Leon estava olhando em sua direção. Seus olhos transitaram entre Angie e Mylene. Aos poucos, seus lábios se torceram em um sorriso. No início, Leon ficou boquiaberto em descrença com a interrupção dessa mulher mais velha, mas agora, parecia ter presumido a verdade da situação e estava… Se divertindo. Seus olhos se fecharam enquanto seu sorriso se estendia de orelha a orelha.

Angie quase pôde ouvi-lo: Sim! Justa causa! Doce, doce justa causa!

 

Oh não, isso é ruim, ele percebeu. Se eu não interceder—

 

Tarde demais.

Leon bateu com o pé em um dos servos. Semi-humanos tinham corpos robustos, porém Leon fez sua vítima voar. Leon deve ter imbuído seu corpo com magia e atacado com toda a força que pôde reunir.

— Tenha um bom voo, idiota.

Todos na sala — até mesmo Daniel e Raymond, espiando da cozinha — olharam em choque abjeto. Lívia parecia totalmente confusa.

Daniel gritou de consternação.

— Seu imbecil! Não pode colocar suas mãos em um servo…

— Claro que posso! É hora de se divertir, pessoal. Será a festa da sua vida agora!

Normalmente, os garotos não podiam tocar nos servos — eles não queriam correr o risco de irritar as garotas. No entanto, Leon agora tinha a desculpa perfeita. Ao contrário da outra nobreza na sala, ele reconheceu a rainha. Claro que sim,      Leon conheceu Mylene em sua cerimônia de cavalaria. E ver Angie ao seu lado foi tudo de que precisava para dissipar quaisquer dúvidas remanescentes.

 — Coma isso!

Leon balançou os braços no ar para outro servo, as mãos entrelaçadas como se estivesse baixando um martelo. O servo bateu no chão em seguida. Leon não demonstrou misericórdia.

Um dos servos tentou pular nele por trás, porém Leon virou os punhos para o outro homem e o jogou no chão. Em um instante havia eliminado três oponentes. Agora estava na frente de Mylene como se para protegê-la.

— Recuem, vermes humildes! Permitam-me esclarecê-lo. Vocês estão na presença da Rainha Mylene do Reino Holfort! Vocês envergonham a si mesmos e suas famílias. De joelhos!

Leon sorriu como um maníaco para a cliente e suas asseclas.

A rainha estava perdida.

— O que? Hum? Por que…?

Angie escondeu o rosto nas mãos.

— Leon, você é incorrigível.

O estratagema disfarçado de Sua Majestade tinha sido em vão, agora que Leon a usara como desculpa para agredir alguns servos e forçar um bando de nobres damas a se inclinar.

— Espero que estejam preparadas para sofrer as consequências de se voltar contra Sua Majestade! É melhor não pensar que pode escapar impune apenas porque é filha de um conde!

Leon brandiu a autoridade da rainha como se fosse sua, gargalhando o tempo todo.

Congeladas no lugar, as nobres damas estavam com as bocas bem abertas, os rostos fantasmagoricamente brancos.

Mylene agarrou-se ao braço de Leon.

— Leon, espere. Estou aqui incógnita. Não podemos nos dar ao luxo de criar confusão! Então, por favor, acalme-se. Você é um bom menino, não é?

Era estranho ver a rainha tentando apaziguar o mesmo homem que havia vindo para incomodar.

Contudo, Leon não estava ouvindo. Seus olhos ardiam com malícia, já muito empolgados.

— Deixe tudo comigo, Sua Majestade. Como seu humilde servo, quando chegar a hora de aplicar o castigo necessário, serei o primeiro a me oferecer. Apenas me dê à ordem! Se desejar, vou destruir suas famílias. Se preferir, vou exterminar até o último vestígio de sua linhagem. Eu, Leon Fou Bartfort, acabarei com qualquer inimigo que se atreva a se apresentar diante de ti. Vou obliterar todos!

— Não, é isso que estou dizendo — não faça!

Mylene chorou, com lágrimas nos olhos.

Angie suspirou. Bem, agora ele só está irritado. Não que possa culpá-lo na verdade. É muito fácil imaginar o inferno que deve ter suportado antes de retornarmos.

A dúzia de senhoritas na cafeteria tinha vindo com a óbvia intenção de atormentar Leon. Cada uma delas agora olhava para os pés, tremendo.

As roupas de Leon eram      uma bagunça. O chão estava arranhado com evidências de talheres jogados e sujeira se espalhava pelo tampo das mesas. Uma olhada no lixo revelou uma montanha de porcelana quebrada.

Um exército de garotas atacou aqui na esperança de vingança. Mylene tinha planejado fazer o mesmo, porém seu horror era aparente,      essas alunas haviam ultrapassado em muito a linha que havia traçado para si mesma.

Leon caiu na gargalhada, eufórico com o espírito de vingança.

— Atrevem     -se a ameaçar a rainha! Apenas espere — Arroganz e eu vamos atropelar o território de suas famílias!

— Por favor, pare! Isto é minha culpa. Sou aquela que deveria estar pedindo perdão.

Lívia tinha lágrimas nos olhos, perturbada com a forma como tudo girou fora de controle.

Naquele momento, encorajados, Daniel e Raymond pularam da cozinha para ajudar Leon, amarrando os criados caídos.

— A culpa é sua, sabe. Pensar que você iria ameaçar a rainha de todas as pessoas.

Disse Daniel.

— Que coragem. Sério, isso é o mínimo que você merece.

Disse Raymond.

Os dois sorriram um para o outro.

Isso saiu totalmente do controle, pensou Angie. É melhor eu chamar ele.

Incapaz de pensar em qualquer outra resolução, Angie se viu olhando para o rosto de Lívia apenas para desviar o olhar uma vez mais.

Nem sei o que dizer. Não depois que eu disse coisas tão horríveis.

 


 

Tradução: Demiurgo

Revisão: NERO_SL

 

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