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O Mago da Morte – Vol. 1 – Cap. 18 – O inimigo do inimigo começa a se mover, mas as preparações continuam mesmo assim

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A aventureira que se rendeu aos Orcs sem resistir foi amarrada com vinhas ao invés de cordas e levada embora.

O jovem Orc Nobre tinha um sorriso de burguês safado em sua cara enquanto puxava a ponta da videira como se fosse a corda de seu cachorro de estimação. Os monstros seguindo seu comando também riam.

Eles estavam felizes porque enquanto essa mulher fosse o brinquedo do seu mestre, o humor dele melhoraria.

E então a aventureira foi arrastada pelo Orc Nobre para o reino onde seu pai havia se estabelecido.

Mesmo sabendo que ela seria forçada a dar a luz a monstros até morrer, a aventureira não tinha nenhuma expressão em seu rosto. Ninguém parecia reparar nisso, nem mesmo o Orc Nobre.

Era impossível para os monstros lerem detalhes da expressão facial de humanos, e para começo de conversa, o Orc Nobre não tinha nenhum interesse na cara da aventureira.

 

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Um homem de rosto arredondado sentado em sua cadeira com os olhos fechados, parecia estar dormindo. De repente, suas pálpebras se abriram e ele pressionou um lenço contra sua boca.

— Oh, que nojento…

O hálito cheirando a sangue dos Orcs, a risada dos Goblins, os ligeiros Kobolds. E em cima de tudo isso, havia alguns porcos que acreditavam estar no topo das criaturas de alta classe. E, é claro, as mulheres que estavam sendo tratadas como gado, incapazes de morrer mesmo que quisessem.

O homem havia se preparado para ver isso; ele sabia pois foi requisitado para fazer isso. Mesmo assim, ele lutou para conter sua náusea.

— Está tudo bem, Luciliano-dono?

— N-nada que você deva se preocupar. Uegh… Mais importante, mordomo-dono, por favor chame o visconde. Tenho algo a relatar.

— Claro; Vou chamar o mestre. Eu sinto muitíssimo, mas por favor aguarde enquanto eu faço isso, Luciliano-dono.

O mordomo, que aparentemente veio verificar as coisas, fez uma xícara de um chá preto cheiroso antes de sair da sala. Provavelmente foi um ato de consideração oferecer a Luciliano um pouco de chá para aliviar as náuseas enquanto ele esperava pelo mestre.

Enquanto o maravilhoso aroma do chá preto entupia suas narinas, Luciliano sentiu o cenário gravado em sua mente começar a sumir lentamente. Ele tomou cuidado para não se esquecer, já que este era seu trabalho.

— Seu reconhecimento foi um sucesso?!

Gritando alto sobre esse pedido ultrassecreto, um bigodudo entrou na sala. Não, um nobre bigodudo entrou na sala. Largando rapidamente a xícara, Luciliano fez uma reverência ao nobre.

— Vou apresentar um relatório agora, Visconde Berno Balchesse.

Este nobre, o visconde Berno Balchesse, era o senhor desta região e quem tinha contratado Luciliano.

Ele parecia ser um nobre inteligente nos primeiros anos de sua vida, sem nenhuma característica notável além de seu magnífico bigode; ele não era um homem incompetente. Ele era um nobre típico.

— Meu Vivo-Morto se infiltrou com segurança na vila Orc.

Vivo-Morto. Este é um tipo especial de morto-vivo… não, uma criatura classificada como morto-vivo, criada usando magia do atributo vida.

É criado lançando um feitiço em um cadáver fresco cujo batimento cardíaco e respiração pararam, reiniciando suas funções biológicas.

Embora seu coração e pulmões se movam, ele é classificado como morto-vivo porque não tem alma, mas não parece diferente de uma criatura viva. É quente ao toque e pode-se detectar sinais de vida usando magia. No entanto, parece ser uma pessoa inexpressiva e monótona.

Sua única desvantagem é que o feitiço concede vida diretamente ao corpo, portanto, ele ainda requer comida e sono. Além disso, ao contrário dos mortos-vivos, ele é afetado por veneno e doenças.

O visconde Balchesse havia contratado Luciliano para usar este Vivo-Morto como um familiar e emprestar seus cinco sentidos para confirmar se os rumores eram verdadeiros ou não.

Os rumores que estavam vagando entre os aventureiros… Os rumores de um monstro poderoso assombrando o Ninho do Diabo localizado na floresta mais longe da cidade.

Faz algum tempo, que os aventureiros que se aventuravam na floresta distante do Ninho do Diabo não voltavam. No início, eles foram descartados como sendo aventureiros fracos, mas um Ladrão que agia sozinho testemunhou algo assustador. Um Orc Nobre liderando Orcs, Goblins e Kobolds.

Em muitos casos, os inteligentes Orcs Nobres que eram uma raça superior de Orcs eram capazes de organizar grupos de monstros, e havia várias centenas deles ao redor do mundo.

O trabalho de Luciliano era determinar se o monstro que o Ladrão viu era realmente um Orc Nobre e, se fosse, ele também deveria descobrir quantos monstros o Orc Nobre comandava.

— O Vivo-Morto que estou controlando foi capturado por uma companhia de médio porte liderada por um Orc Nobre e levados para sua vila. O local fica a cerca de três dias de viagem da borda do Ninho do Diabo.

— Então, quantos Orcs Nobres existem?! Quão grande é o grupo deles?!

— Até agora eu confirmei que existem pelo menos dois Orcs Nobres, o que está no comando da companhia e o que é o rei da vila. No entanto, parecia haver mais um ou dois. Acredito que a contagem total de monstros gire em torno de quatrocentos ou quinhentos.

— Três nobres orcs e quinhentos monstros…!

O visconde Balchesse parecia prestes a desmaiar depois de ouvir o relatório de Luciliano.

Orcs Nobres eram monstros de Rank 6 no mínimo, e Orcs Nobres individualmente superiores eram considerados capazes de matar Dragões. Havia pelo menos dois deles, possivelmente quatro ou até mais. Com quinhentos monstros sob seu comando, mesmo que Balchesse mobilizasse todas as forças em seu território… Os cavaleiros, guardas da cidade e até mesmo os aventureiros ativos na região, a derrota era o único resultado imaginável.

— No entanto, acredito que os Orcs Nobres, incluindo o rei, não são indivíduos superiores. Ah, claro, quero dizer em comparação com outros Orcs Nobres. Se você me permitir expressar minha opinião pessoal, eu acho que a situação poderia ser resolvida se você reunisse cerca de duzentos aventureiros dos ranks C e D com um aventureiro rank B no comando.

— Mesmo?!

Quando o visconde Balchesse ouviu essas palavras, o sangue voltou a seu rosto, que estava pálido como uma folha de papel. No entanto, um momento depois, ele deu um suspiro.

— Mesmo se for o caso, este é um assunto sério. Devo reunir duzentos aventureiros, bem como um aventureiro de primeira classe de rank B ou superior. Não tenho certeza de como os cavaleiros e soldados podem lutar contra monstros… Está além da minha capacidade lidar com isso sozinho. Devo consultar o marechal Palpapek.

Como governante, Balchesse tinha o poder de solicitar ajuda de pessoas em cargos mais elevados em situações com as quais não conseguia lidar sozinho. Se ele permitisse que seu orgulho atrapalhasse, tentasse lidar com o problema sozinho e depois falhasse, ele não apenas cairia em desgraça, mas todo o seu território seria invadido por monstros.

Nesse aspecto, o visconde Balchesse era um nobre que vivia de acordo com seu bigode.

— Os Orcs Nobres estão aparentemente planejando se mudar quando o verão chegar. Parece que há um grupo de monstros no Ninho do Diabo que não está sob seu comando, então eles estão agindo para lidar com isso primeiro. Esses monstros são Ghouls, eu presumo.

— Portanto, temos algum tempo. Bom trabalho, Luciliano. Eu pagarei a taxa por seus serviços para a Guilda dos Aventureiros, mas solicito que você ainda mantenha esta situação em segredo. Isso causaria pânico entre as pessoas.

— Muito obrigado.

Luciliano se sentiu realizado por finalmente ganhar algumas despesas de viagem. Ele estava guardando dinheiro a algum tempo para escapar do Império Amid e suas nações, onde a influência do Culto de Alda era forte e o uso de mortos-vivos era restrito.

A fim de encontrar uma cidade confortável para viver, ele decidiu ir para o Reino de Orbaume.

— Bem, então você aceitará meu próximo pedido, não é?

Contudo, as palavras de Balchesse adiaram seus planos.

 

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Por volta do começo de Fevereiro, Vandalieu organizou os Ghouls sobreviventes do Ninho do Diabo em um exército para lutar contra os Orcs Nobres.

Normalmente, um Rei deveria ficar em sua fortaleza, mas ele saiu visitando as outras vilas e convencendo os outros Ghouls a se unirem à causa.

A razão disso era usar os efeitos de [Atributo da Morte: Charme] para seduzir os Ghouls tranquilamente, mas…

— Me pergunto se sou um Rei ou um faz-tudo com o título de Rei.

— Você não é pedreiro, Rei. A propósito, nossos números aumentaram, então por favor construa para nós algumas casas, Rei.

— Sim, sim.

Vandalieu usou sua magia [Transmutação de Golem] para criar Golens e Madeira e mudar sua forma em casas. Ele não tinha o conhecimento para construir uma casa perfeita, mas ele viveu nela por anos, então ele conhecia o suficiente para construí-las.

Os materiais se moveram para seus lugares e tomaram a forma necessária, esse método de construção era muito fácil. Enquanto ele tivesse materiais, levaria menos de dez minutos para construir uma casa.

— Oloko, incrível! Mais dez casas por favor!

— Rei, estamos expandindo a vila então por favor construa uma muralha externa também.

— Sim, sim.

Ele transformou algumas árvores caídas em Golens de Madeira e mudou sua forma para transformá-las em madeira. Ele transformou a terra em um Golem de Terra e o fez sair para criar buracos, depois começou a construir as moradias. Enquanto todos estivessem em seu campo de visão, ele poderia construir dez casas de buraco* simultaneamente.1(NT: Sim, você leu corretamente. As casas deles são feitas cavando um buraco e adicionando um teto. Esse tipo de casa se chama Pit House: https://en.wikipedia.org/wiki/Pit-house)

Vandalieu conseguiria ganhar a vida fazendo isso no Reino de Orbaume? Ele não sabia se aquele país realmente precisava de moradias, mas estava de boas o suficiente para se perguntar sobre essas coisas.

Depois de terminar de construir as dez moradias, ele começou a trabalhar nas paredes externas. Isso era ainda mais fácil do que construir casas para os Ghouls. Tudo o que ele precisava fazer era construir paredes duras.

Ele só precisava dar o comando para as paredes se construírem sozinhas, então foi feito em apenas alguns minutos.

— Esse é o nosso Rei!

— Que esplêndido!

— Rei Rei Rei!

Os Ghouls ergueram os punhos no ar e começaram a cantar por seu rei. Ghouls eram uma raça fundamentalmente vadia, então eles não se contiveram ao elogiar Vandalieu, que fez todo o trabalho difícil.

Porém, não parecia que eles estavam afim de ajudar.

— He ~ ey, Van. A mãe está chamando você.

— Bem. Bem, então deixo o resto contigo.

Vandalieu fez uma breve reverência antes de sair. Como os Ghouls não precisavam mais fazer nenhum trabalho pesado graças a ele, eles continuaram a elogiá-lo por mais um tempo.

Os Ghouls haviam absorvido quatro aldeias, incluindo a aldeia de Tarea, e agora tinham mais de duzentos e setenta membros. Metade deles eram mulheres e, embora fossem poucos, havia também alguns idosos. No entanto, Ghouls eram uma raça cujos membros eram excelentes guerreiros até quase trezentos anos de idade, independentemente do sexo.

Os Ghouls mais fortes nessas aldeias eram Guerreiros Ghoul de Rank 4, e não havia nenhum Ghoul de Rank 5 ou superior como Vigaro e Zadiris, mas graças a Tarea, eles estavam totalmente equipados.

Armadura feita de cascos de Tartaruga de Ferro, possuindo as capacidades defensivas de armadura de placa completa, embora não seja nem de longe tão pesada.

Uma lança com o chifre de um Touro Lança na ponta, capaz de perfurar uma armadura de ferro.

Mesmo os aventureiros da Rank D não estariam tão bem equipados. Embora nem todos os seus equipamentos fossem Itens Mágicos, as capacidades de combate dos Ghouls não podiam ser julgadas por seu Rank.

Os humanos são fisicamente mais fracos do que os monstros e não possuem habilidades especiais como os monstros. Para derrotar os monstros, eles contam com três componentes principais. Essas são a coordenação entre si, suas habilidades e seus equipamentos. Os Ghouls obtiveram o último desses componentes.

No entanto, também havia algo que faltava.

— O que você quer dizer com você não consegue lutar direito na sua idade? Você realmente viveu dez vezes mais do que eu?

— O que é que tem? Usei minha habilidade para forjar equipamentos e as armas com que uma mulher nasce para chegar a esta posição. Uma menina que nunca deu à luz a um filho deve ficar quieta.

Basdia e Tarea se entreolharam. Uma era uma guerreira de 190 cm de altura em seus vinte e poucos anos, enquanto a outra era uma pequena Ghoul que parecia estar no final da adolescência. Na realidade, uma era uma jovem de 26 anos, enquanto a outra era uma líder feminina de duzentos e setenta anos que viveu uma vida incrível.

Por algum motivo, essas duas não se davam bem.

Mas a realidade era que Tarea e as mulheres de sua aldeia não conheciam técnicas de luta.

Eles não podiam nem mesmo usar a magia para a qual deveriam ter aptidão, a não ser os feitiços que usavam em suas vidas cotidianas, muito menos habilidades relacionadas a combate. Era difícil imaginar que seriam úteis em batalha.

No entanto, graças a Tarea, eles eram um grupo de trabalhadores capazes condizentes com a raça Ghoul. Embora suas habilidades não estivessem no nível de Tarea, cada um deles era mais do que totalmente qualificado como ferreiro e mesmo agora, eles estavam criando mais equipamentos para os guerreiros usarem.

— V-Van vai me dar um bebê!

— Van-sama vai, para essa garotinha?! Isso é verdade, Van-sama?!

— … É verdade, embora não da maneira que você está imaginando.

Eles estavam se referindo a como Vandalieu lidaria com o problema da baixa fertilidade dos Ghouls. Mas Vandalieu olhou para longe, perguntando-se porque aquelas duas brigavam tanto entre si.

— Você está próxima demais de Van.

— Você é quem está próxima demais dele, já até parou de adicionar sama ao nome dele.

Elas se encararam com olhares penetrantes. O rangido alto de suas presas era particularmente parecido com um Ghoul.

As duas se davam mal desde que Vandalieu trouxe Tarea de volta com ele.

A fim de obter favores do Rei Ghoul imediatamente, Tarea subiu a bordo da carruagem, dizendo: – Tenho coisas a discutir com você sobre a batalha que se aproxima. – E quando Vandalieu tirou sua soneca de tarde, ela segurou Vandalieu em seus braços até eles voltarem para a aldeia.

Quando Basdia saiu para recebê-lo de volta, ela viu isso e começou a discutir… e agora as coisas estavam assim.

Não, Vandalieu tinha uma boa ideia do que estava causando isso. Mas ele não conseguia entender por que Basdia estava tão brava com Tarea, considerando que Ghouls não tinham o conceito de casamento. Se ela sentisse que seu irmão mais jovem, de quem ela era íntima, fosse levado embora, aí sim justificaria a zona que ela estava fazendo agora. E porque as duas estavam competindo seriamente por um garoto de dois anos de idade em primeiro lugar?

— Que tal agir de acordo com sua idade pelo menos uma vez?

— Oh desculpa. Talvez porque eu era originalmente um humano, eu ajo como se a minha idade mental fosse a mesma que a minha física sem pensar. Estou com ciúmes de você, já que você envelheceu.

— … Considerando tudo, eles são bem flácidos.

— Flácidos?! Você tá enganada! Eles não estão flácidos, só um pouco mais largos!

— Sério? No entanto, o meu não fica tão para baixo assim.

Tarea ficou pistola e começou a brigar enquanto Basdia simplesmente olhava para ela calmamente. Ambas eram donas de peitos abundantes, e de fato, os seios de Basdia eram como bolas de canhões projetados para frente, sem sinais de flacidez.

— Sua cabeça de músculos.

— Você não sabe? Van curte alguns músculos.

— Bem, é um pouco mais que curtir, eu adoro.

Músculos eram força e força é poder. Em outras palavras, se Vandalieu pudesse ter músculos, ele poderia ser uma das pessoas que pisam sobre os outros. Ah, quão maravilhoso músculos são.

Ouvindo ou não os pensamentos dele, Basdia e Tarea continuaram a brigar. Enquanto Vandalieu observava Tarea gritando e Basdia lidando calmamente com ela, ele só podia imaginar um futuro em que a sabedoria de seus anos seria derrotada pela jovem. No entanto, como Tarea se recusou a desistir, esse futuro ainda estava distante.

O futuro em que eles teriam uma discussão decente sobre como lidar com os Orcs Nobres, quando isso aconteceria?

— O que posso fazer para parar essas duas?

Embora Vandalieu se fizesse essa pergunta, Zadiris estava sussurrando: – Tente se colocar na minha posição, eu não tenho nem músculos e nem seios – Enquanto isso, Vigaro estava perdido em pensamentos com os braços cruzados… ou pelo menos parecia estar. Como os chefes das outras aldeias eram inferiores a Tarea na hierarquia, pareciam relutantes em dizer qualquer coisa.

— Você deve para-las agora, Jovem Mestre.

Sam não podia deixar a carruagem que era seu corpo, então Saria estava ali, dizendo o óbvio e pedindo para ele botar ordem na bagaça.

— Você quer virar um nobre, não é, Jovem Mestre? Então você precisa ser capaz de fazer ao menos isso. 

— … Acho que a imagem de um nobre que tenho em mente vai passar por muitas mudanças.

— Os nobres lutam em seus relacionamentos com as mulheres. Na família nobre onde trabalhávamos era a mesma coisa. 

O conflito entre uma esposa e uma amante era aparentemente um espetáculo para ser visto. Este tópico lembrou Vandalieu das histórias que ouviu quando estava morando no Japão sobre as câmaras internas do Castelo de Edo durante o período Edo 2(NT: 1603-1868).

Nem Basdia nem Tarea eram sua esposa ou amante, mas ele ser a causa do conflito era fato. Vandalieu sabia que precisava detê-las, então se levantou.

— Hmph! Vamos resolver nossa treta depois que uma das armas que criei arrancar a cabeça do Orc Nobre!

— Sim, depois que eu usar sua arma para fazer isso.

Por que eles terminaram sua discussão assim que ele se levantou?

— Bem, então vamos construir um plano para aniquilar os Orcs Nobres agora.

Vandalieu estava quase satisfeito em apenas poder dizer isso sem tremer.

Suas forças militares atuais eram representadas por cerca de duzentos e trinta Ghouls e o próprio Vandalieu. Entre os itens mágicos que Vandalieu distribuiu e o equipamento que Tarea criou, eles estavam totalmente equipados.

Eles estavam em desvantagem em termos de números, mas seu equipamento era claramente superior ao das tropas dos Orcs Nobres. Não importa quantos Orcs, Goblins e Kobolds os Orcs Nobres reuniram, seus subordinados não se tornariam mais trevosos, então seu equipamento seria apenas um pouco superior a outros grupos de monstros.

Mas eles não tinham certeza se só isso neutralizaria a diferença em números e força.

Em relação aos números, Vandalieu pensou em produzir Golems e Mortos-Vivos em massa, mas como se tratava de uma floresta, as pedras usadas para para criar os Golens de Pedra eram escassas, então a ideia de usar Golems foi rejeitada.

Mortos-vivos criados a partir de cadáveres e ossos de monstros seriam Rank 1, dificilmente teria alguma utilidade contra Orcs, então mortos-vivos também foram rejeitados.

Havia também a opção de criar mais Armaduras Vivas, mas usar armaduras para equipar melhor os Ghouls era uma forma mais eficaz de aumentar sua força, então essa ideia também foi rejeitada.

Era uma situação difícil.

— Em primeiro lugar, seremos nós que os atacaremos. Acredito que isso já esteja decidido.

Todos concordaram com as palavras de Vandalieu. Como estavam em grande desvantagem numérica e o inimigo também era um pouco mais forte que eles, não havia outra escolha a não ser atacar primeiro.

Os orcs que representavam a maior parte da força do inimigo eram monstros com habilidades de carga excepcionais e força sobre-humana. Somente humanos que constroem fortalezas fortes seriam capazes de se defender contra tais inimigos. As paredes de madeira ao redor da vila Ghoul durariam apenas alguns segundos em uma situação de defesa.

Por outro lado, os Orcs também não manjavam muito de defesa.

— Já sabemos onde o inimigo está posicionado, e eu já terminei de explorá-los através dos olhos dos meus insetos mortos-vivos. O mapa que produzi com algum esforço está aqui.

Vandalieu não conseguia distinguir os detalhes finos pelos olhos compostos dos insetos, mas eles haviam sido suficientes para descobrir o layout dos edifícios. Os Ghouls se mexeram quando foram apresentados a um mapa desenhado com tinta em uma pele de animal no lugar de papel.

— Isso é um mapa, hein?

— O que é este quadrado?

— Você é o bixão mesmo em Van, você até consegue desenhar um mapa, hein?

— Van-sama, Ghouls normalmente não usam mapas… Mais explicações são necessárias.

— … Mas eu trabalhei duro …

Ele viveu aqui por quase dois anos, então ele tinha esquecido o quanto de diferença cultural havia entre humanos e Ghouls.

Pensar em quanto tempo e esforço ele dedicou a desenhar o mapa facilmente o deixou deprimido. Vandalieu usou [Transmutação de Golem] para fazer um Golem de Terra em cima do solo dentro da casa de buraco e criou um modelo da vila dos Orcs Nobres.

Ficou uma delícia.

— Garoto … Se você tivesse usado esse método desde o início, talvez não precisasse se esforçar tanto para criar um mapa?

— Sim…

Vandalieu estava bastante deprimido.

— Ohh, isso é incrível!

— Isso é magia da terra?! Mas eu nunca vi alguém com esse nível de controle!

— Isso é mesmo muito incrível, Van! Está bem mais fácil entender o mapa!

As pessoas em volta exclamavam sua felicidade. Vandalieu decidiu em sua mente que de agora em diante ele simplesmente faria modelos ao invés de gastar seu tempo desenhando um mapa.

— Deixando isso de lado, a vila inimiga tem uma muralha externa feita de madeira e duas entradas, uma no leste e outra no oeste. Existem quatro torres de vigia espalhadas nos quatro lados: norte, sul, leste e oeste. Porém elas são comandadas por Goblins ou Kobolds.

— Orcs têm corpos pesados. Eles não são muito fãs de subir em torres.

Um Orc tinha cerca de dois metros de altura. Eles pesavam mais de cem quilos, e suas armas e armaduras só acrescentavam. Por mais que eles quisessem subir em torres, seria difícil eles construírem uma estrutura que aguentasse seu peso.

— Todas as estruturas geralmente são feitas de madeira. Porém, devemos evitar ao máximo usar fogo.

— De fato, se o fogo se espalhar, as mulheres capturadas vão queimar também.

Na vila Orc, haviam mais de cem mulheres Ghouls e mais de doze aventureiras que eram usadas como brinquedos. Para os Orcs, elas eram as mães de seus filhos, mas era difícil imaginar os Orcs salvando elas ao invés de suas próprias vidas.

— Elas podem ser usadas como reféns.

— Sim, isso é bem possível.

Nenhuma das pessoas que Vandalieu resgatou até agora foram usadas como reféns. Isso era porque o Homem Esqueleto e os outros Mortos-Vivos estavam na vanguarda, fazendo os inimigos pensarem que não tinha sentido usar reféns para parar Mortos-Vivos.

Nessa batalha, Vigaro e os outros Ghouls seriam a força de combate principal, então é claro que os Orcs pensariam em usar as mulheres capturadas como reféns.

— Portanto, nosso primeiro objetivo é proteger os edifícios aqui, aqui e aqui.

Eles decidiram resgatar as mulheres Ghouls capturadas. Muitos dos espíritos Ghouls estavam implorando para Vandalieu fazer isso, e até Zadiris e os outros Ghouls decidiram resgatá-las durante o ataque, sem nenhuma objeção.

— O que você planeja fazer com as mulheres humanas?

— Vamos resgatá-las também. Quanto ao que fazer com elas depois, vamos decidir depois de resgatá-las.

Vandalieu respondeu à pergunta de Vigaro. Mesmo que estivessem sendo mantidas em cativeiro, as aventureiras eram inimigas de Vandalieu e dos Ghouls. Não havia garantia de que eles se sentiriam gratas por serem resgatados; do ponto de vista deles, eles podem pensar que a situação não mudou e que seus mestres agora eram Ghouls em vez de Orcs.

Na verdade, havia a possibilidade de que eles fugissem na confusão da batalha ou, no pior dos casos, até atacassem os Ghouls, mas isso era improvável. Não havia como os Orcs se comportarem de maneira cavalheiresca com as mulheres; elas estariam física e mentalmente desgastadas e, portanto, provavelmente não seriam capazes de se mover muito bem.

Vandalieu também queria salvá-las, se possível, porque não queria dar aos trapaceiros que reencarnariam ali no futuro desculpas para atacá-lo.

— Bem, então, ao sinal de Vandalieu, vamos atacar e, em seguida, proteger as mulheres. Depois disso, vamos matar os inimigos até eles correrem com o rabo entre as pernas. É isso aí, certo?

— No final, eles são apenas um grupo de monstros sendo governados pelo medo. Se matarmos Orcs suficientes, os Goblins e Kobolds começarão a fugir.

— A única raça sobre a qual Orcs Nobres comandam com obediência absoluta é a raça Orc, não é?

Líderes de grupos de monstros geralmente governavam com medo. Se apresentado com um medo maior do que o do governante, o grupo de monstros entraria em colapso.

Orcs obedeceriam aos Orcs Nobres que eram sua raça superior, mas os Ghouls precisavam deles para ficar onde estavam. Se eles fugissem rapidamente e construíssem outra grande aldeia em alguns anos, não haveria fim para este ciclo.

— E eu acho que devemos derrotar aqueles Orcs Nobres chatos com a ajuda de Vandalieu.

Vigaro, o mais trevoso no combate presente ali, suspeitava que poderia lutar mano a mano no x1 contra um Orc Nobre que fosse um ou dois graus acima dele se tivesse Vandalieu como suporte.

— Até que o Orc Nobre manda-chuva saia, vou deixar Vigaro e Zadiris no comando. Vamos estar fazendo alguns ataques de bater e correr.

— Eu acho meio questionável para um Rei liderar ataques de bater e correr, mas essa é realmente a maneira mais eficaz de fazer uso de suas habilidades, garoto. No entanto, você deve preparar os mortos-vivos para a exploração, bem como uma forma de se comunicar com o resto de nós. Nenhum de nós pode ouvir as palavras dos insetos mortos-vivos ou dos espíritos além de você, garoto.

Vandalieu se tornou um Rei Ghoul, mas como ele disse quando aceitou o título pela primeira vez, ele não manjava em comandar os outros em uma batalha em grupo.

Por isso ele planejou ignorar seu Título de Rei e simplesmente conduzir ataques de bater e correr durante a batalha.

— Tenha cuidado, Van. Sua vida não pertence apenas a você.

— Sim, em relação aos filhos Ghoul, minha vida é mais do que apenas minha. Ainda tenho mais coisas que quero fazer também, então vou me cuidar.

Vandalieu ainda tinha que aprender a habilidade [Alquimia] e resolver o problema da taxa de natalidade dos Ghouls. Depois disso, ele queria tentar fazer missô de nogueira e missô de bolota, e queria criar um item mágico que lançasse o feitiço [Maturação] e uma geladeira que usasse o feitiço [Luz Demoníaca] antes de partir para o Reino de Orbaume.

Havia muitas coisas que ele queria fazer pelos Ghouls, e também havia muitos motivos pelos quais os nobres Orcs precisavam ser mortos. Ele precisava tomar cuidado e não correr riscos.

Além disso, ele ainda tinha que reviver Darcia e conseguir sua vingança. Não faltaram motivos para ele não poder morrer ali.

— Bem, então vamos embora daqui a três dias.

Bubububububu *.3(NT: Som de asas batendo.)[/mfn

Vários insetos bateram suas asas, voando cada vez mais para o leste.

Havia besouros rinocerontes mortos-vivos, moscas, libélulas e joaninhas. Alguns dos insetos entre eles eram predadores naturais dos outros, mas não prestaram atenção nisso enquanto continuavam voando.

Esses eram os insetos mortos-vivos que Vandalieu havia liberado por precaução.

Sua missão era encontrar outro Ninho do Diabo, só para o caso dos Ghouls decidirem que deveriam fugir. E o outro objetivo era descobrir o que havia ao longo do caminho, pois um dia Vandalieu faria a viagem para cruzar a cordilheira oriental.

Dia e noite, os insetos continuaram voando. Alguns foram perdidos para os pássaros e outros para os insetos vivos, mas ainda assim continuaram. Atravessando penhascos com rochas afiadas como lâminas e colinas onde terríveis plantas carnívoras cresciam livremente, eles voaram sem parar.

E então os insetos pararam um pouco além da cordilheira, onde havia uma enorme parede de pedra. Era tão grande que parecia fazer parte da própria cadeia de montanhas, mas havia rachaduras em sua superfície aqui e ali, e partes dela haviam desmoronado. Os insetos voaram perto da parede, a investigando e, em seguida, finalmente se fixaram nela.

Eles haviam cumprido sua missão. Agora eles deveriam esperar até seu mestre os contatasse. Eles permaneceram ali aguardando o momento.

 

Nome: Homem Esqueleto

Rank: 3

Raça: Soldado Esqueleto

Nível: 100

Habilidades Passivas:

  • Visão Noturna
  • Força Super-Humana: Nível 2 (SUBIU DE NÍVEL!)

Habilidades Ativas:

  • Esgrima: Nível 1
  • Técnicas de Escudo: Nível 1
  • Arquearia: Nível 1
  • Passos Silenciosos: Nível 1
  • Coordenação: Nível 1

 

Nome: Pássaro Esqueleto

Rank: 3

Raça: Pássaro Fantasma

Nível: 98

Habilidades Passivas:

  • Visão Noturna
  • Forma espírita: Nível 2 (SUBIU DE NÍVEL!)
  • Força Super-Humana: Nível 2 (SUBIU DE NÍVEL!)

Habilidades Ativas:

  • Passos Silenciosos: Nível 1
  • Vôo Veloz: Nível 1

 

Nome: Sam

Rank: 3

Raça: Carruagem Fantasma

Nível: 65

Habilidades Passivas:

Visão Noturna

  • Forma espírita: Nível 3 (SUBIU DE NÍVEL!)
  • Força Super-Humana: Nível 3 (SUBIU DE NÍVEL!)
  • Viagem em Terreno Irregular: Nível 2 (SUBIU DE NÍVEL!)
  • Resistência a Impacto: Nível 2 (SUBIU DE NÍVEL!)
  • Direção Precisa: Nível 3

Habilidades Ativas:

  • Passos Silenciosos: Nível 1
  • Viagem em Alta Velocidade: Nível 1
  • Carga: Nível 2 (SUBIU DE NÍVEL!)

 

Nome: Saria

Rank: 3

Raça: Armadura Viva de Perna Longa

Nível: 82

Habilidades Passivas:

  • Cinco Sentidos Especiais
  • Aprimoramento de Habilidades Físicas: Nível 2
  • Resistência ao Elemento Água: Nível 2
  • Resistência a Ataques Físicos: Nível 2

Habilidades Ativas:

  • Tarefas Domésticas: Nível 2
  • Técnicas de Alabarda: Nível 2 (SUBIU DE NÍVEL!)
  • Arquearia: Nível 1 (NOVO!)
  • Coordenação: Nível 1 (NOVO!)

 

Nome: Rita

Rank: 3

Raça: Armadura Viva de Bikini

Nível: 81

Habilidades Passivas:

  • Cinco Sentidos Especiais
  • Aprimoramento de Habilidades Físicas: Nível 2
  • Resistência ao Elemento Fogo: Nível 2
  • Resistência a Ataques Físicos: Nível 2

Habilidades Ativas:

  • Tarefas Domésticas: Nível 1
  • Técnicas de Naginata: Nível 2 (SUBIU DE NÍVEL!)
  • Arquearia: Nível 1 (NOVO!)

 


 

Tradução: Camponês

Revisão: Marina e Lynn

 

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Vol. 1 – Cap. 18