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O Começo Depois do Fim – Cap. 345 – Um Passeio com Deuses

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POV ALDIR

Um mar de névoa se movia no ritmo inconsciente da terra e do ar, rodopiando ao redor da base da montanha e sob a ponte multicolorida que guardava o Castelo Indrath. Rios largos e brancos fluíam mais longe, longe das correntes tumultuadas perto dos penhascos de pedra.

Era quase como se alguém pudesse navegar no rio selvagem de nuvens para longe do castelo Indrath e para os confins de Epheotus, onde a política e as intrigas da guerra eram uma sombra distante e sem sentido.

Havia carregado o conhecimento da sobrevivência de Arthur Leywin por vários dias, mas a compreensão do que fazer com isso me faltava. Como soldado, tinha a obrigação de informar ao meu senhor imediatamente, e ainda assim…

Meus dedos traçaram a história esculpida na parede onde parei para pensar. Contava a história de um antigo príncipe Indrath e como desafiou Geolus, a montanha viva. Centenas de quilômetros foram dilacerados pela ferocidade de sua batalha, mas no final, Akranus Indrath partiu Geolus quase em dois, e a montanha ficou imóvel.

Eras depois, os descendentes de Akranus construíram sua casa nas costas da montanha. Como um sinal de respeito, eles proíbem o uso de mana ao escalar ou descer Geolus, uma tradição que permaneceu até os dias de hoje.

Um fio de mana de terra escorria das runas e ao longo de meus dedos estendidos, transmitindo-me a essência impassível da rocha antiga. Minha mente se aquietou enquanto meu espírito se acalmava. Essa história era uma das minhas favoritas; transmitia a passividade da rocha e da pedra, permitindo um pensamento mais racional.

— Imaginei que poderia te encontrar aqui, velho amigo.

A voz de Windsom veio do corredor.

— Sua mente ainda está atormentada por dúvidas?

— Não.

Respondi, virando um pouco para ver o dragão que se aproximava. Usava seu uniforme como sempre, o que denotava sua posição como um servo de Lorde Indrath. O tecido azul meia-noite era bordado com fios de ouro nos punhos, ombros e gola, e uma corda de ouro trançado pendia de seu ombro direito até o botão do meio de sua jaqueta. Tinha me permitido mais conforto, vestindo um manto de treinamento cinza simples amarrado com um cordão de seda.

Seu olhar pousou em mim com o peso do céu noturno.

— Quando falamos pela última vez…

Ele deixou o resto sem dizer, mas nós dois entendemos bem o suficiente. Eu havia expressado preocupação que nossas ações tivessem levado a mais mortes de pessoas de Dicathen do que as de Agrona já tiveram ou provavelmente iriam ter, um momento de fraqueza que agora me arrependi.

— Não carreguei bem o fardo das minhas ações, mas a distância amplia a perspectiva de uma pessoa. — respondi.

Windsom olhou para a história na parede.

— São palavras de Aldir ou de Geolus?

— Eu sou um guerreiro. — respondi simplesmente.

— Minha mente está cheia de táticas e batalhas, e às vezes requer calma.

Afastando-me da parede, gesticulei para o corredor.

— Caminha comigo? Estou gostando do castelo esta manhã.

Windsom acenou com a cabeça e caminhou ao meu lado, as mãos cruzadas atrás das costas, os olhos fixos à frente.

— Estou feliz que você aceitou a necessidade do que foi feito. Pelo menos sua parte está desempenhada, por enquanto.

Demos um passo para o lado quando dois guardas blindados passaram marchando. Pararam para fazer uma reverência profunda antes de continuar a patrulha.

— É por isso que você foi tão rápido em se voluntariar para liderar o ataque? Para acabar com o seu papel de guia para os menores, com o qual você sofreu por tanto tempo?

Windsom endireitou seu uniforme.

— Farei o que Lorde Indrath ordena, agora e sempre. Mas a verdade é que foi fácil para você, velho amigo. Os menores tornaram-se mais enfadonhos a cada dia. Pelo menos o menino, Arthur, era interessante. O resto são apenas vaga-lumes.

Não tinha certeza se o dragão falava por ignorância ou se estava me testando com sua sugestão de que minha tarefa tinha sido de alguma forma, fácil. Era possível que ele estivesse tentando me irritar para que eu pudesse revelar algum ressentimento oculto. Deixei suas palavras sem resposta.

— A situação em Dicathen é recuperável? — Eu perguntei.

— Eles não aceitaram nossa versão dos eventos tão prontamente quanto os Asura

Respondeu, seu tom acusatório.

— Menores são desconfiados por natureza e anseiam por esperança acima de tudo, mesmo que isso signifique abandonar a lógica.

Balancei a cabeça solenemente quando viramos uma esquina. À nossa direita, uma sala de treinamento estava aberta para o corredor, separada apenas por uma série de colunas esculpidas na forma de dragões serpentinos. Quatro alunos praticavam uma série coordenada de movimentos e golpes, cada um em uníssono quase perfeito com os outros.

Parei para assistir por um momento. Testemunhei mil, talvez até dez mil, exibições desse tipo em minha vida, mas agora não pude deixar de ver isso como muito mais do que a lenta perfeição da forma, velocidade e entrega que ensinamos aos nossos jovens. Com cada ataque e bloqueio praticado, aprendiam um golpe com a intenção de desarmar ou matar um oponente. Se os Asuras continuassem em seu caminho atual, esses jovens guerreiros teriam motivos para usá-los em breve.

— Taci parece forte.

Windsom comentou, seus olhos em um panteão jovem e alto.

A cabeça do menino tinha sido raspada, como era a tradição entre a classe lutadora dos panteões. Seus olhos, antes castanhos, dos quais havia apenas dois, uma raridade entre os panteões, escureceram e se tornaram negros como um besouro.

Taci, o único panteão entre os que treinavam, estava na adolescência, mas o tempo gasto treinando no reino do éter, um privilégio, especialmente para aqueles que não eram do clã Indrath, o havia deixado mais intenso e maduro do que sua idade poderia sugerir.

Ficou claro ao vê-lo treinar que não estava em busca de exercícios físicos ou mentais. Não, para Taci, tratava-se de dominar a arte da morte. Eu quase podia ver a imagem que ele tinha em sua mente: um inimigo quebrando a cada soco e chute, um exército caindo diante dele.

Entendi o que ele sentia, porque eu tinha sido muito parecido, há muito tempo atrás.

Os jovens guerreiros terminaram seu exercício e pararam para dar a Windsom e a mim uma reverência profunda. Enquanto os outros começaram a se preparar para continuar o treinamento, Taci correu até nós e curvou-se novamente.

— Mestre Windsom. Mestre Aldir. Por favor, aceitem minha gratidão novamente por me permitirem treinar no Castelo Indrath

Disse em um tom seco e sério.

— Kordri viu uma grande promessa em você. — Windsom respondeu.

— Não o decepcione, Taci.

O panteão jovem e feroz curvou-se mais uma vez e correu de volta para seu parceiro de treinamento.

— Se ele continuar como tem sido nos últimos anos, pode ser o próximo portador da técnica Devoradora de Mundos. — comentou Windsom.

— Eu tinha mais de duzentos anos antes de ser escolhido. — apontei.

— Se ele for escolhido, ainda demorará muitos anos.

Por dentro, porém, não pude deixar de me perguntar: quando os anciões inevitavelmente me pedissem para passar a técnica para outro guerreiro, eu faria isso? Eu poderia dar este fardo a outro membro do meu clã, sabendo que um dia eles podem ser forçados a usá-la?

Deixando Taci e os outros para trás, continuamos em nosso passeio lento pelo interior do castelo. Caminhamos em um silêncio confortável por um minuto antes de Windsom falar novamente.

— Por que você acha que ele escolheu usar desta vez? Mesmo com os—

Windsom olhou ao redor do corredor, certificando-se de que estávamos sozinhos.

— djinn, Lorde Indrath nunca considerou usar essa técnica.

— Seus ouvidos estão mais perto da boca de nosso senhor do que os meus. — eu apontei.

— Mas não vejo razão para termos precisado dela. Os djinn eram pacifistas. Eles não possuíam um exército e tinham pouca magia de combate. Aquilo foi um abate, não uma guerra.

— Foi uma guerra.

Rebateu, me observando com o canto do olho.

— Nós simplesmente atacamos preventivamente.

Havia poucos, mesmo entre os Asuras, que realmente entendiam o que havia acontecido com os djinn. A maioria dos Asuras nunca olhou além de Epheotus e não se importava com os menores. Aqueles que se preocupavam receberam uma mentira muito convincente. Aqueles que viram através da mentira e se importaram, nós lidamos com eles.

— Nosso senhor fez o que achou que precisava ser feito, tanto naquela época quanto agora. — me acobertei.

Windsom riu.

— E você diz que não tem cabeça para política. Você é tão cuidadoso com suas palavras quanto qualquer bajulador.

— Não há necessidade de cautela quando palavras são compartilhadas entre velhos amigos, não é?

Eu perguntei, parando para refletir sobre uma tapeçaria que pendia do chão ao teto.

— Veja esta imagem, por exemplo.

A tapeçaria retratava um jovem Kezzess Indrath no conselho com seu melhor amigo, Mordain, um membro da raça fênix. Uma placa dourada embaixo estava gravada com o título: “Deixe Descansar”.

— Mesmo após a formação dos Oito Grandes, os dragões e a raça da fênix carregavam sua animosidade ancestral abertamente, mas Kezzess e Mordain falavam verdadeiramente um com o outro, cada um abrindo os olhos do outro para as atrocidades de sua guerra sem fim.

Windsom parou ao meu lado e estava passando os dedos pelo queixo, pensativo.

— E nessa comparação, quem sou eu?

Eu fiz uma careta para a tapeçaria.

— Eu não quis sugerir—

— Porque, é claro. — Windsom disse casualmente.

— Mordain mais tarde discordou de nosso senhor sobre a questão dos djinn, não foi? Como príncipe do Clã Asclépio, ameaçou revelar as ações do Senhor Indrath antes de desaparecer de Epheotus.

Dos poucos que sabiam sobre o extermínio dos djinn, menos ainda sabiam que Mordain e Kezzess haviam se desentendido. A discussão deles foi mantida em segredo para que nenhum asura pudesse suspeitar de que Lorde Indrath desempenhou um papel no desaparecimento de Mordain. Mais tarde, circulou o boato de que o Príncipe Perdido, como as pessoas começaram a chamá-lo, deixou Epheotus para se juntar a Agrona.

Era uma parábola quase perfeita, se eu quisesse comunicar tal coisa a Windsom. Mas eu não fiz isso.

— Foi apenas um acaso que nos trouxe a esta tapeçaria, velho amigo, e minha mente não estava na história mais ampla entre esses dois.

Descansei a mão no ombro de Windsom.

— Eu não sou Mordain e você não é Indrath.

— Claro que não.

Windsom disse em resposta, virando-se para começar a andar novamente.

— Você me perguntou sobre a situação em Dicathen, mas minha resposta foi irreverente. A verdade é que eles não têm mais grandes líderes ou magos entre eles. A menos que eu esteja errado, vai haver guerra contra o Clã Vritra e seus vira-latas.

Viramos por um curto corredor e saímos para um terraço aberto com vista para a ponte multicolorida. Uma brisa constante ia contra as paredes do castelo.

— Esse é o meu medo também.

— É uma pena. — Windsom continuou.

— Tanto trabalho desperdiçado…, mas também, sempre achei que dar a eles aqueles artefatos era uma má ideia.

E ainda assim, você os entregou e ensinou os menores a exercerem seu poder, pensei, mas guardei isso para mim.

— Os cidadãos de Dicathen ficaram preguiçosos. — continuou ele, desatento.

— Com um mago de núcleo branco com um contrato de alma para protegê-los, as famílias reais nunca precisaram se defender, e sua força mágica vacilou. Quanto aos magos que se beneficiaram com os artefatos… — Windsom zombou irritado.

— Eles nunca aprenderam a ser fortes. Eles se tornaram fortes. Não é a mesma coisa.

Um nadador do céu ergueu-se das nuvens, suas escamas iridescentes brilhando à luz do sol. O longo corpo semelhante a um peixe era sustentado por asas triangulares que se dobravam e se desdobravam para navegar nas correntes de ar. Observei enquanto a besta de mana deslizava ao longo do topo das nuvens por um momento antes de dobrar as asas para os lados e mergulhar invisivelmente de volta às profundezas.

Os olhos de Windsom permaneceram em mim, sem se importar com a vida selvagem.

— Você visitaria Lorde Indrath comigo?

Perguntei, finalmente chegando a uma decisão sobre o garoto Leywin.

Eu não podia ter certeza se era enervante ou reconfortante que Windsom não mostrasse surpresa com minha pergunta, respondendo apenas:

— Claro, Aldir.

Não fomos para a sala do trono. Em vez disso, entramos para as profundezas do castelo. Os corredores esculpidos e cheios de histórias deram lugar a túneis naturais à medida que descíamos. Musgo luminescente enchia os rochedos e ficava pendurado, amontoado no telhado, e em vários lugares haviam fontes naturais que mandavam riachos de água límpida escorrendo pelas laterais dos túneis.

Não havia esculturas aqui, nem tapeçarias ou pinturas. Esses túneis, as veias da montanha, foram deixados intocados por uma dúzia de gerações de Asuras.

A mana da Terra pesava no ar e só ficava mais pesada à medida que avançávamos para baixo. Ela se agarrava a nós enquanto nos movíamos, como lama grudada em nossas botas. Os Asuras mais fracos achariam essas passagens desconfortáveis para navegar enquanto a mana os puxata para baixo, e os menores desmoronariam rapidamente com a força dela.

Passamos por vários guardas na forma de golens de terra conjurados, mas não nos incomodaram. Acima, em uma sala de guarda mais confortável, os dragões que os controlavam nos reconheceram e nos deixaram passar.

O túnel terminou em uma parede desabada. Pedra quebrada entremeada com raízes grossas barrava o caminho. Ou parecia assim, pelo menos.

Atravessei a ilusão primeiro.

Saí em uma pequena caverna. Um espesso tapete de musgo cobria o chão, enquanto joias brilhavam como estrelas no teto, refletindo a luz da piscina brilhante que ocupava a maior parte da caverna.

Lorde Indrath estava sentado imóvel no centro da piscina, com as mãos apoiadas nos joelhos, os olhos fechados. Ele não tinha mudado durante toda a minha vida. Seu cabelo cor de creme colava-se úmido à cabeça, enquanto sua forma nada intimidante gotejava com a condensação da piscina.

Windsom e eu ficamos de lado e esperamos.

Lorde Indrath gostava de expressar seu descontentamento de maneiras sutis. Por exemplo, era conhecido por deixar seus conselheiros fora das reuniões quando estava descontente com eles, ou por pedir aos enviados de outros clãs que esperassem dias, ou até semanas, se ele discordasse do senhor do clã.

Depois de várias horas, Lorde Indrath finalmente se mexeu. O brilho azul refletiu em seus olhos roxos, dando-lhes uma cor anil anormal. A simples mudança em seu olhar transformou seu rosto, e eu tive que resistir à vontade de recuar.

De pé, o Lorde dos Dragões saiu da piscina e acenou com a mão, convocando um manto branco.

— Windsom, Aldir. Obrigado por esperarem.

Cada um de nós se curvou, permanecendo curvado até que Lorde Indrath falasse novamente.

— Você tem algo em mente, Aldir.

Disse facilmente, mudando de posição para que suas mãos ficassem cruzadas atrás das costas. Sorriu suavemente, mas seus olhos eram duros e afiados como obsidiana.

— Você veio me dizer o que é.

— Sim, meu senhor.

Respondi, abrindo meus dois olhos inferiores para encontrar os dele, o que era um sinal de respeito esperado.

— Tenho notícias que podem afetar nosso curso na guerra.

Podia sentir o olhar de Windsom queimando o lado da minha cabeça, mas mantive meus olhos em nosso senhor. Ele ficou contemplativo por um momento, então deu outro aceno com a mão.

A caverna desapareceu ao nosso redor. Em vez disso, estávamos em um solar régio: um dos aposentos privados de Lorde Indrath.

— Sente-se. — ordenou simplesmente.

Afundando na almofada grossa de uma poltrona de cor púrpura real, coloquei meus braços desajeitadamente no descanso. Lorde Indrath sentou-se à minha frente, enquanto Windsom foi colocado de lado, mais como testemunha do que como participante da conversa.

Para não ficar olhando, deixei meu olhar pousar logo acima de seu ombro, focalizando a parede de trepadeiras de ouro e prata atrás dele. Flores roxas desabrochavam inconsistentemente sobre as vinhas. Muito raramente, uma pequena fruta azul safira também crescia.

Lorde Indrath acenou com a cabeça, indicando que eu deveria começar.

— Um enviado do inimigo veio até mim, procurando tirar vantagem de alguma fraqueza percebida e me virar contra meu senhor.

Disse claramente.

— Para esse fim, ela me trouxe esta informação, embora o simples fato de ela ter pensado que poderia influenciar minha lealdade diga mais sobre ela do que sobre mim, acredito.

Os dois dragões esperaram que eu continuasse.

— De acordo com a Foice Alacryana, Seris Vritra, Arthur Leywin ainda está vivo.

Anunciei formalmente.

— Ele está atualmente em Alacrya e desenvolveu um novo poder. Acredito que ele testemunhou meu uso da técnica Devoradora de Mundos contra a terra natal dos elfos.

Não houve contração de sua pálpebra ou endireitamento de costas, nenhuma dificuldade em sua respiração indicando que meu senhor estava surpreso. Mas houve uma leve ondulação em sua aura, e isso foi o suficiente: ele não sabia.

— Então Lady Sylvie ainda pode—

Lorde Indrath ergueu a mão para silenciar Windsom.

— Devemos verificar a força e a atitude do humano. Ele ainda pode ser uma ferramenta útil contra Agrona e este… legado.

— E se ele não estiver mais disposto a trabalhar ao lado dos Asura, meu senhor? — perguntei.

O olhar de meu senhor manteve-se fiel, seu tom impassível.

— Então ele vai morrer.

 


 

Tradução: Reapers Scans

Revisão: Reapers Scans

QC: Bravo

 

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