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O Começo Depois do Fim – Cap. 306 – Penas na Neve

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O mundo se deformou, estendendo-se e dobrando-se em um mar de violeta, o som onipresente dos ventos fortes foi reduzido a um estrondo distante no intervalo de meu único passo etéreo.

Para todos os outros, Passo de Deus foi instantâneo. Mas tive dificuldade em processar totalmente a paisagem mudando rapidamente enquanto me aproximava de meu destino. Precisava entender e prever exatamente o que estaria ao meu redor quando chegasse, ou aquela fração de segundo de desorientação daria ao meu inimigo tempo mais do que suficiente para retaliar.

Mas nem a estrutura imponente da besta semelhante a um urso nem meus companheiros puderam ser vistos quando cheguei ao meu destino. Em vez disso, fui recebido pela completa escuridão. Então, veio a sensação claustrofóbica de estar totalmente cercado, como um roedor preso em um punho. Algo estava cobrindo minha boca, segurando meus braços e pernas, pressionando contra meus olhos, enchendo minha boca.

Uma sensação cega de medo percorreu meu corpo, fazendo com que meu ritmo cardíaco acelerasse e o ar entrasse rápido, minha respiração ofegante através da boca cheia de neve derretida ao redor ameaçando me sufocar.

— …rra aconteceu? — Regis pensou, sua própria mente quase em branco de preocupação. — Arthur? Arthur!

Tentei usar o Passo de Deus, tudo está confuso por conta do vento, devo ter errado, sob a neve em algum lugar…

Meus pensamentos estavam dispersos e difíceis de juntar, ainda mais do que minha repentina emergência sob a neve poderia explicar.

Esse foi o único caso em que eu falhei com Passo de Deus, e foi a primeira vez que senti não só a desorientação, mas a repercussão da arte spatium. Se eu tivesse acabado no subsolo ou no fundo do oceano, as consequências poderiam ter sido fatais.

Afastei os pensamentos desnecessários, o que me fez afundar ainda mais na neve, abrindo um centímetro de espaço em volta do meu rosto e torso.

Me contorcendo, usei todo o meu corpo para separar a neve compacta e pesada e me dar algum espaço para respirar. No momento em que eu tinha uma pequena caverna áspera para me aconchegar, minha mente também havia clareado um pouco.

— Regis, encontre-me. Procure pela explosão de éter.

Eu podia sentir um toque de hesitação em meu companheiro.

— Você quer que eu desista do…

Se eu não posso usar o Passo de Deus, então não há como continuarmos aqui. Basta procurar o—

— Canhão de éter. Sim, sim, estou a caminho, princesa.

Usando a técnica que fiz para perfurar a neve profunda ao redor da cúpula, liberei uma pequena quantidade de éter do meu núcleo e o juntei em minha mão, moldando em uma esfera. A esfera violeta disparou para cima, passando facilmente pela camada de neve acima de mim, então subindo mais quinze metros através da tempestade.

Assim que o buraco foi exposto à superfície, o vento cortante e o rugido da nevasca voltaram. Contei até trinta e, em seguida, lancei outra rajada de éter para o céu, que brilhou como um clarão em meio à parede de gelo e neve.

Mantive o controle do tempo pelo número de esferas de éter que enviei para o céu. Por volta do quinto tiro, comecei a me perguntar o quão longe havia saído do curso. No décimo, eu estava ficando nervoso. Então, logo depois de enviar a décima terceira bola de éter roxo e brilhante para o céu, uma forma escura delineada em chamas negras cintilantes mergulhou inesperadamente no buraco no alto, caindo em cima de mim com um grunhido. A figura gritou de surpresa e algo duro me atingiu no nariz, então o fogo se apagou.

— Gray! — Caera gritou, lutando para se desvencilhar de mim. — O que aconteceu?

— Mais tarde! — gritei de volta. — Só esperando por Regis, então nós…

Os pensamentos do lobo das sombras interromperam os meus.

— Uh, Arthur?

— Onde você está, Regis? — pensei, incapaz de suprimir a frustração que senti vazando em nossa conexão. Podia sentir a presença do meu companheiro mais perto de mim do que antes, mas não fui capaz de localizá-lo na tempestade etérica.

— Quase lá, eu acho. Envie outro sinalizador.

Segui as instruções do meu companheiro e em instantes ele estava deslizando para dentro do nosso buraco agora apertado ao lado de Caera e eu.

— É bom ver vocês dois de novo, que clima romântico estamos tendo. — brincou Regis. — Eu acho que está realmente prestes a ficar—

Pegando um flash com o canto dos olhos, interceptei um objeto pouco antes de atingir a lateral da minha cabeça. Em minha mão estava uma pedra de granizo do tamanho do meu punho.

— Muito pior. — Regis terminou quando um segundo projétil congelado caiu perto de mim, deixando uma cratera a apenas alguns centímetros de meu companheiro.

Ao meu lado, chamas negras explodiram da forma de Caera no momento em que um pedaço de gelo do tamanho de sua cabeça a atingiu no ombro. Embora a aura tendo devorado ​​a maior parte do granizo antes de atingi-la, prendeu a respiração e se encolheu com o impacto.

— Não podemos nos mover nisso. — disse ela, falando por cima do barulho. — Nós vamos… eu serei espancada até a morte.

Sabendo que ela estava certa, fiz a única coisa que pude pensar. Girando no pequeno buraco para ficar de costas para os outros, enviei uma rajada de éter para baixo, abrindo o buraco até o solo permanentemente congelado e até removendo alguns centímetros do solo escuro.

Deslizei pelo túnel liso, que tinha cerca de um metro e meio de profundidade e dois metros de largura, os outros me seguiram rapidamente. Abrindo minha capa, fiz um gesto para que Caera se deitasse ao meu lado.

— Regis, dentro de mim. Caera, aqui.

— O que você—

— Não há neve suficiente acima de nós para bloquear o granizo. — disse impacientemente. — Eu posso proteger meu corpo com éter, e você com meu corpo. Apenas deite.

Regis saltou imediatamente para o meu corpo, mas Caera continuou a olhar para mim com incerteza. Este momento de hesitação foi interrompido quando uma enorme bala de gelo explodiu na neve acima de nossas cabeças e ricocheteou no chão duro aos meus pés, nos jogando neve, terra e gelo.

— Eu sinto que ficamos muito mais próximos nestes últimos dias, Gray, não é? — disse, deixando escapar uma risada dura antes de abaixar-se ao meu lado.

— Próximos demais para meu conforto. — Resmunguei, puxando a capa ao nosso redor e me mexendo de modo que pairava desajeitadamente sobre Caera, protegendo-a do granizo e compartilhando meu calor. Meu corpo inteiro começou a zumbir com uma camada palpável de éter.

— Bem, isso é aconchegante. — Regis transmitiu alegremente.

Revirei os olhos e me preparei para uma longa espera.

 

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Quando o granizo parou de cair e o vento diminuiu, estávamos quase enterrados novamente, pois o bombardeio contínuo fez com que o telhado de neve desabasse sobre nós, e a nevasca depositou vários metros de neve em nosso buraco.

O recinto nos protegeu do vento, no entanto, deixou uma área menor para nossos corpos aquecerem, o que provavelmente salvou a vida de Caera. Ainda assim, ela estava azul em torno dos lábios e tremendo violentamente enquanto cavávamos o nosso caminho de volta à superfície.

Depois sair do buraco, congelei, minha respiração cortada pela visão ao meu redor. O céu sem sol estava claro e sem nuvens, uma tela azul glacial pintada com amplas faixas verdes, amarelas e roxas.

A paisagem dolorosamente brilhante cintilava sob a luz sem fonte e, semicerrando os olhos, pude ver a forma completa do lugar pela primeira vez. Passo de Deus tinha me levado além da caldeira onde a cúpula contendo o portal quebrado estava escondida, em um vale de neve que se estendia até o horizonte. Ainda assim, o fato de podermos ver a grande cratera à distância era algo que me deixava feliz.

Seguindo pelo cume da caldeira ficava desnivelado, com o abismo de pedras irregulares e ravinas profundas, enquanto atrás de nós, a zona continuava subindo até desaparecer em montanhas distantes e enevoadas.

— É lindo. — Disse Caera, retirando a metade da neve de si ao meu lado.

— Brr’ahk!

O grito estridente foi tão repentino e tão próximo que agi por instinto, levando um braço sobre minha cabeça e o outro sobre Caera para me defender de um ataque do céu. Caera tropeçou com minha ação repentina, usando meu corpo como suporte enquanto afundava na neve.

Atrás de mim, houve um bater de asas e outro canto áspero.

Girando meu corpo na neve profunda, avistei uma criatura alta e magra, parecida com um pássaro, alguns metros atrás de nós. Ele tinha longas pernas pretas, finas como gravetos, um corpo coberto por penas brancas brilhantes, asas largas que prendia firmemente em suas laterais e um pescoço graciosamente curvo.

Seu pescoço estava torcido para o lado, inclinando a cabeça comicamente. Dois olhos violeta vibrantes brilhavam por trás de seu bico preto, que tinha a forma de uma cabeça de dardo. O bico abriu e fechou duas, três vezes, o estalo agudo ecoou pela caldeira.

Esperei com cautela, sem saber se a criatura era hostil ou simplesmente curiosa. Em vez disso, Caera foi a primeira a agir.

— Uh, olá. — Ela disse suavemente.

— Uh, olá. — Ele imitou de volta em sua voz estridente e áspera. A besta etérea parecida com uma garça deu um passo para o lado, depois deu uma série de passos arrastados para a frente e para trás que quase pareciam uma espécie de dança, depois disso bateu suas asas largas voando vários metros para a esquerda.

— Acho que o grande pássaro aqui gostou da Caera. — brincou Regis. — Isso parece algum tipo de ritual de acasalamento para mim.

— É mais como tentasse escrever algo. — Pensei em voz alta. Como que para reforçar essa ideia, a criatura gesticulou bruscamente em direção à série de pegadas na neve com seu bico em forma de lança.

— Escrevendo o quê? — Caera perguntou quando ela se libertou da neve mais uma vez. — Oh.

Movendo-me lentamente para não assustar a criatura, me libertei da neve e me movi para ficar sobre a série de marcas de garras entrelaçadas. Parecia muito com a escrita, embora não fosse em um idioma que eu pudesse ler.

Caera apareceu ao meu lado, com as mãos enfiadas sob as axilas enquanto se abraçava para se aquecer. Não estava tão frio quanto antes, percebi. A temperatura ainda estava abaixo de zero, mas dentro da capacidade de um mago talentoso sobreviver com o uso efetivo de mana.

— Você tem alguma noção do que ele está tentando nos dizer? — Ela perguntou, olhando para as pegadas na neve cristalina.

— Não faço nem ideia. — respondi, quebrando a cabeça em busca de uma maneira de me comunicar com a criatura. Era claramente inteligente, possuindo comunicação escrita e talvez até sua própria linguagem falada. Ele tinha a capacidade de imitar os ruídos que fazíamos, então, teoricamente e com bastante tempo, poderia ser capaz de ensinar a língua comum, mas isso poderia levar meses, ou até mais.

— Não faço nem ideia. — imitou novamente, pulando de um lado para o outro nervosamente. Em seguida, se virou e voou cerca de quatro metros de distância, voltou a pousar e virou-se para nós, uma asa batendo em direção a uma crista montanhosa à distância.

— Talvez ele queira que o sigamos. — disse Caera quando encontrei seus olhos vermelhos.

— Que outra escolha temos? — Eu perguntei de uma forma resignada. — Eu diria que ou comemos ou o seguimos.

Assentindo, ela deu vários passos através da neve profunda, cada passo rompendo a crosta dura com um som de estalo. O vento havia deixado a neve profunda e pulverulenta com uma concha meio congelada no topo, tornando cada passo difícil, mas ao mesmo tempo nos impedindo de afundar novamente.

Assim que chegamos a poucos metros do pássaro, ele bateu suas asas largas e voou mais seis ou nove metros, então esperou que o alcançássemos.

Repetimos isso várias vezes, marchando atrás de nosso guia em silêncio enquanto nos conduzia pela lateral da caldeira e por uma ravina estreita, depois por uma trilha natural em ziguezague que subia até uma montanha de rocha afiada e escura. Apesar da temperatura abaixo de zero, a escalada trabalhosa nos aqueceu, e eu nem precisei fazer circular o éter dentro de mim para afastar o frio.

— Você tem certeza de que ele não vai nos levar até um penhasco e apenas nos empurrar? — Perguntou Regis após uma hora lutando ao longo do traiçoeiro caminho da montanha.

— Não. Respondi honestamente. — Mas isso parece trabalhoso de mais para uma simples refeição. Além disso, ele não parece muito forte. Definitivamente há éter circulando dentro dele, mas não acho que seja um lutador.

— Esse é meu ponto. — reclamou Regis.

Por fim, chegamos a um local onde a trilha se tornou uma súbita subida vertical. Nosso guia voou até o topo do penhasco íngreme, empoleirado em um pequeno afloramento da rocha escura, e esperou.

A face do penhasco tinha apenas doze metros de altura ou mais, e a pedra desgastada tinha bastante apoio para as mãos e os pés, mas eu estava tenso depois de usar tanto do meu éter para nos proteger do granizo.

— Primeiro as damas. — disse, gesticulando para que Caera começasse a escalada.

Suas sobrancelhas baixaram quando me encarou, e seus olhos foram de mim para a descida íngreme atrás de nós e voltavam para mim. Não pude deixar de me perguntar se ela estava pensando em me empurrar montanha abaixo, mas no final, apenas suspirou e começou a procurar um caminho para subir o penhasco.

Fiquei logo atrás dela, na esperança de segurá-la se caísse, mas não foi Caera quem escorregou.

 

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Mais ou menos na metade do penhasco, perdi um apoio para mão e meu dedo do pé escorregou da fenda em que eu o prendi. Meu estômago embrulhou quando agarrei um pedaço de rocha saliente, mas na pressa esmaguei a pedra em meu punho, caí fora do alcance da parede e caí os seis metros de volta ao chão, aterrissando em um baque na base do penhasco.

Lá de cima, eu ouvi.

— Cra’kah!

Seguido por:

— Você está vivo?

Caera estava sorrindo para mim no alto.

Grunhindo, me levantei e limpei a poeira.

— Continue. Eu já vou… eu já vou chegar… — disse roucamente.

Observei de baixo enquanto a mulher Alacryana de alto sangue subia a parede como uma alpinista treinada. Só depois que ela se ergueu sobre a saliência acima que tentei escalar novamente, desta vez empurrando o éter pelas minhas pernas e saltando o mais alto que pude, então batendo minhas mãos revestidas de éter como cunhas nas fendas estreitas.

Olhando para baixo, havia coberto mais de um quarto da subida com um único salto.

Conseguindo um bom apoio para os pés, repeti a manobra, me jogando para cima outros seis metros ou mais, em seguida, prendendo minhas mãos em uma série de rachaduras, alargando-as e causando uma chuva de lascas de pedra e poeira.

Caera espiou do topo do penhasco no momento em que me joguei para cima pela terceira vez. Ela balançou a cabeça.

— Por que não apenas cria asas e voa, Gray?

— Talvez um dia. — Grunhi enquanto subia na saliência. À nossa frente, a borda do penhasco descia até uma bacia oca cercada por picos recortados de pedra negra. Pequenas cabanas atarracadas amontoadas ao longo da bacia, cada uma construída com gravetos, galhos e grama grossa marrom.

A maioria possuía pedaços de pano esfarrapados pendurados nas portas, que eram decoradas com mais letras em formato de pés de pássaro.

Vários pássaros estavam circulando pela pequena aldeia; todos haviam parado para nos encarar, seus olhos resplandecentes brilhando dentro da cavidade pesada. A maioria deles era totalmente branca, com pernas e bicos pretos, mas alguns tinham penas cinza mosqueadas e um se destacava por sua coloração preta.

Nosso guia estalou o bico várias vezes e soltou uma série de grasnidos agudos que me pareceram palavras, então acenou uma asa em nossa direção como se dissesse:

— Siga-me.

Já tendo chegado tão longe, fizemos o que pediu, e ele nos levou pelo centro da pequena aldeia em direção à maior das cabanas em forma de ninho. Os outros pássaros nos observaram passar, suas penas eriçadas e olhos correndo ao redor com curiosidade e medo. Um casal até levantou voo, subindo nos picos acima de nós, onde notei ninhos menores escondidos entre os penhascos.

Ao nos aproximarmos da cabana maior, que ficava na parte de trás do buraco, construída contra a parede de pedra preta, uma criatura aparentemente bem velha empurrou para o lado o pano azul-acinzentado e saiu mancando para nos encontrar.

Nosso guia começou a estalar e grasnar rapidamente, ocasionalmente virando-se para nós para gesticular de forma abrupta com o bico ou balançar as asas.

Observei o velho pássaro cuidadosamente enquanto ouvia. Suas penas brancas haviam se tornado cinzas e caído em muitos lugares, suas pernas finas estavam dobradas e nodosas e desenvolveram manchas rosadas. Várias de suas garras foram quebradas, e uma fenda em forma raio corria da ponta de seu bico até desaparecer em sua carne acidentada. Três cicatrizes profundas e rosadas percorriam seu rosto, deixando um olho branco vítreo em vez de púrpura intenso como o outro.

Depois que nosso guia terminou de tagarelar, o velho pássaro se virou para mim e curvou-se ligeiramente, suas asas se abrindo ao fazê-lo. Com uma voz tão velha e rachada quanto seu bico, ele disse:

— Bem-vindos, ascendentes, à aldeia da tribo do Bico de Lança. Os antigos me disseram para esperar sua chegada.

Fiquei boquiaberto com o velho pássaro, surpreso com o uso claro de nossa língua.

Caera, no entanto, devolveu a reverência rasa sem perder o ritmo e respondeu educadamente:

— Obrigado, ancião, pela recepção calorosa.

Um leve empurrão no meu pé chamou minha atenção para a nobre Alacriana, que estava olhando para mim e gesticulando para seguir seu exemplo.

— Obrigado. — disse uniformemente, também abaixando minha cabeça.

— Não temos escolha, mas estamos em uma posição bastante vulnerável agora, então fique atento. — avisei Regis.

— Justo. Não quer que eu apenas saia? Assustá-los um pouco?

— Não, apenas preste atenção. Você saberá se eu precisar de você.

— Venha, venha. — o ancião da tribo Bico de Lança gritou, gesticulando com uma asa em direção à sua cabana. — Entrar. Sentar. Falar. Então você pode se juntar aos Bico de Lança em um banquete, se desejar.

Podia ouvir o estômago de Caera roncar com a simples menção da palavra “banquete”, o que a fez corar de vergonha.

— Minhas desculpas, ancião, mas estamos com pressa e gostaríamos de algumas informações.

Meus olhos piscaram para Caera, que estava pressionando as mãos contra o estômago.

— E talvez possamos levar uma refeição leve conosco.

— Você deseja ativar o portal, não? — O ancião perguntou, inclinando a cabeça.

Escondendo minha surpresa por ele saber sobre nossas motivações, respondi calmamente.

— Sim. Gostaríamos de ativar o portal para sair.

— Se for esse o caso, você deve primeiro ouvir e aprender. — Disse o ancião enquanto coçava a cicatriz em forma de raio em seu bico com a asa.

Os olhos escarlates de Caera se voltaram para mim em busca de alguma explicação, mas eu só pude encolher os ombros em resposta antes de voltar para o ancião da tribo.

— Aceitamos humildemente sua oferta, então.

— Bom, Bom! — Os olhos conflitantes do velho pássaro se estreitaram no que eu senti ser um sorriso quando gesticulou com suas asas em direção a sua cabana.

Depois de dar uma última olhada atrás de mim, meus olhos rastreando rapidamente todos os aldeões nos escarando, entramos na cabana.

 


 

Tradução: Reapers Scans

Revisão: Reapers Scans

QC: Bravo

 

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