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O Começo Depois do Fim – Cap. 298 – Contando Contos

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Estendendo a mão, Haedrig fechou os olhos cegos de Riah antes de se voltar para o resto de nós reunidos em torno de Ada.

Embora parecesse imobilizada por tudo o que Regis estava fazendo em seu corpo, sabia que isso não havia acabado. Os olhos roxos brilhantes estavam fixos em Riah, e um sorriso trêmulo continuava passando por seus lábios enquanto ela lutava por seu controle.

— Eu não posso segurar isso para sempre! — Regis transmitiu para mim.

— Precisamos amarrá-la. — disse, minha voz soando crua e cansada para meus próprios ouvidos.

Haedrig ajudou Kalon e Ezra a se levantarem enquanto segurava Ada, para o caso dela se livrar do controle de Regis. Kalon a tirou dos meus braços e a colocou suavemente no banco ao lado do corpo de Riah, então começou a prendê-la usando uma corda de seu anel dimensional.

De repente, sua cabeça saltou para frente e seus dentes se fecharam, quase acertando o nariz de Kalon.

— Ada… me desculpe. — Kalon sussurrou, tristeza escorrendo de sua voz.

Depois que foi contida, Regis saltou de suas costas, caindo na fonte entre os bancos. O lobo das sombras imediatamente rolou de costas e começou a espirrar na fonte, tossindo de uma forma gutural e cortante que me lembrou um gato tossindo uma bola de pelo.

— Isso… foi… nojento! Preciso de um banho. — transmitiu para mim.

— Obrigado, Regis. Foi o suficiente para a contermos com segurança, então…

Um empurrão na minha esquerda me pegou desprevenido, fazendo-me recuar, embora não houvesse força o suficiente para me tirar o equilíbrio.

— Se você não tivesse derrubado Kalon, teríamos chegado a Riah a tempo! — Ezra, com o rosto vermelho brilhante e os olhos esbugalhados, gritou a plenos pulmões. — Ela está morta por sua causa! Eu deveria matar você agora—

Eu o deixei desabafar. Atrás dele, Kalon congelou no ato de cobrir Riah com uma capa extra. Haedrig deu um passo para o lado para dar algum espaço aos irmãos. Poderia dizer pela maneira como sua mão se moveu em direção ao punho de sua espada que, no entanto, estava pronto para se intrometer se necessário.

— Quanto tempo você vai ficar sentado aqui e deixar ele gritar com você?

— Ele tem razão em estar chateado, Regis.

— Pode ser, mas isso não significa que ele não seja um idiota.

— …nunca devíamos ter trazido você conosco, seu bastardo!

Não, vocês provavelmente não deviam, pensei.

Assim como na zona de convergência, parecia que minha presença tornava as coisas mais difíceis para os outros. De tudo que eu ouvi, a primeira zona deveria ter sido bastante fácil para ascendentes fortes como Kalon e Haedrig.

— Faça isso, irmão! Mate-o! — Ada entrou na conversa, sua voz transbordando malícia. Depois que matou Riah, qualquer pretensão de que essa criatura de olhos roxos ainda fosse Ada se dissipou, deixando para trás uma sombra violenta da alegria inocente de Ada.

— Cale a boca! — Ezra rugiu, virando-se para Ada como se fosse bater nela. Kalon estava entre eles em um instante, seus olhos perfurando os de Ezra. O irmão Granbehl mais jovem foi rápido em ceder, afastando-se de todos nós e caminhando até o espelho quebrado, olhando para o nada.

Os olhos brilhantes de Ada o seguiram, seus lábios se torceram em um sorriso de desdém decepcionado. Então se virou para Kalon e deu um sorriso inocente.

— Oh, irmãozão, por favor, me desamarre? Essas cordas machucam…

Tendo aguentado o suficiente, deixei escapar uma onda de intenção etérea que congelou todos no lugar, incluindo a falsa-Ada. Dei um passo em sua direção, meus olhos abrindo buracos em seu crânio.

— O que você está fazendo? — Kalon perguntou com os dentes cerrados, minha intenção o pressionando para baixo como um punho gigante.

— Eu preciso de respostas. — disse com naturalidade. — Então, vou fazer a essa… coisa… algumas perguntas.

Liberei a pressão e me ajoelhei na frente de Ada. Ela sorriu.

— Quem é você? — perguntei, querendo começar com o óbvio. — Ada da Casa Granbehl.  disse com confiança.

— Onde está a verdadeira Ada?

— Eu sou a verdadeira Ada. — disse sem hesitação ou qualquer sugestão de mentira.

— Como nós tiramos ela do espelho?

— Você não pode. — ela respondeu com um sorriso de escárnio.

Estreitei os olhos. A criatura simplesmente escorregou ao admitir que a verdadeira Ada estava presa no espelho? Não tinha certeza se estava lidando com um aventureiro preso ou alguma manifestação das Relictombs, então não tinha como saber qual era o propósito desse fantasma.

— Como escapamos desta sala?

— Você não pode. — repetiu, o escárnio se transformando em um sorriso vingativo.

— Os djinn não teriam projetado um teste que não pudesse ser concluído. — respondi em um sussurro. Por um momento, pensei em tudo o que sabia sobre as Relictombs.

Algumas zonas que visitamos eram claramente testes de nossa força, exigindo que lutássemos contra criaturas poderosas para prosseguir. Outros, como a selva milípede, testaram a desenvoltura e a adaptabilidade, exigindo menos força bruta, mas mais cautela. Em seguida, havia a zona da plataforma, que exigia consideração cuidadosa em vez de ação direta para ser concluída.

Essas “zonas de éter”, no entanto, pareciam menos distintas do que aquelas que eu tinha visto na minha primeira ascensão. O corredor dos rostos se apresentou como um teste de nossa força contra os monstros serpentes, mas eu não tinha dúvidas agora que a horda nunca teria sido derrotada. Qual foi o teste, então?

Exigiu o uso de uma habilidade etérica que eu já conhecia, Passos de Deus, para ser concluído. Além disso, também me forçou a reconhecer os limites do meu poder; nenhum guerreiro poderia lutar para sempre contra um exército infinito de inimigos, não importa o quão forte. Em vez de lutar até a vitória, a retirada era a única maneira de vencer.

Qual aspecto do meu controle sobre o éter a sala de espelhos pretendia testar então? Regis e eu compartilhamos o controle sobre a runa de destruição, mas eu não conseguia ver como a destruição nos ajudaria a escapar da zona.

Olhei para Kalon, que estava observando minha conversa com Ada de perto. Falar abertamente sobre minhas habilidades na frente dos outros revelaria mais do que eu pretendia quando procurei um grupo para minha ascensão preliminar, mas também pode ser a única maneira de escapar.

— A capacidade de manipular o éter é necessária para escapar deste lugar?

O olhar de Haedrig, que seguiu Ezra até o espelho quebrado, voltou-se para mim com uma intensidade furiosa. Ele deu um passo à frente, boquiaberto, e encontrei seu olhar. Havia algo estranhamente familiar em sua expressão; isso me lembrou de outra pessoa, mas eu não conseguia pensar nisso no momento.

Percebi que Ada tinha falado, mas estava tão focado em Haedrig que perdi a resposta.

— O quê?

— Não. — Embora Ada tenha dito a palavra com uma confiança mesquinha, ouvi como uma mentira. Não pude acreditar que esta zona não era um teste de algum aspecto do éter.

— Eu tenho que usar a runa da destruição para escapar deste lugar?

Kalon me deu um olhar confuso e incrédulo. Haedrig pareceu surpreso, mas fez um trabalho melhor cobrindo sua expressão desta vez.

Ada sorriu.

— Sim.

Regis bufou em minha cabeça.

— Mas isso não faz sentido. Se a solução requer que você use destruição, então requer que você use éter, certo? Essa coisa está apenas fazendo você rodar em círculos, cara.

Sorri de volta para Ada, encontrando seus olhos roxos brilhantes conscientemente. Achei que tinha entendido o que estava acontecendo, mas precisava ter certeza com algumas perguntas pontuais.

— Quem é aquele? — perguntei, apontando para Ezra.

Ada revirou os olhos.

— Por que você está me fazendo uma pergunta tão estúpida?

Apontando novamente, perguntei:

— Qual é o nome dele?

Ela apenas olhou para mim.

— Não sei.

Ezra se afastou do espelho quebrado para assistir. Ele parecia prestes a interromper, mas fiz um gesto pedindo silêncio.

— Você matou Riah?

— Não.

— Você sabe quem é Riah?

Ela olhou avidamente para a capa que cobria o cadáver de Riah.

— Não.

Balançando a cabeça, fiz a pergunta mais simples que pude pensar.

— Um mais um é igual a dois?

— Não!

Ada sibilou, seu rosto se contorceu em uma carranca horrível.

Haedrig foi o primeiro a entender.

— Tudo o que a criatura diz é mentira!

Acenei com a cabeça, sorrindo fracamente para Kalon.

— Vê? Ela disse que Ada não poderia ser recuperada do espelho, mas tudo o que ela diz é mentira, mesmo que a resposta seja óbvia. Trabalhando ao contrário, podemos usar as mentiras para construir uma imagem da verdade.

Longe de parecer feliz com essa revelação.

Kalon estava olhando para mim como se eu fosse um bêbado louco gritando histórias selvagens na esquina.

Foi Ezra, no entanto, quem falou primeiro.

— Quem diabos é você?! O que são todas essas perguntas sobre éter e destruição e essas coisas?

— Você não é um ascendente de primeira viagem de algum sangue rural, não é? — Kalon perguntou, seu olhar endurecendo enquanto a suspeita rastejava por ele. — Ezra estava certo. Você é a razão pela qual aquela primeira zona foi tão difícil, e você é a razão pela qual não fomos a uma sala santuário.

Não havia mais sentido em esconder minhas habilidades, então quando a lança carmesim de Ezra apareceu em sua mão, brilhando malignamente, Regis se manifestou do meu corpo e se lançou em cima dele, arrastando-o para o chão.

— O que você está fazendo?! — A mão de Kalon disparou em minha direção, mas eu agarrei seu braço, permanecendo firme.

Envolvendo meu corpo em éter, apertei o pulso do ascendente de armadura. Sua expressão se contorceu de dor enquanto tentava se livrar do meu aperto.

— Eu me sinto responsável pelo que aconteceu com sua irmã, e é por isso que não fiz nada enquanto seu irmão mais novo continuava a me insultar e perseguir. — disse com um olhar gélido, mantendo meu controle sobre ele. — Mas espero que você não confunda minha inação com medo. — Depois de uma pausa, deixei escapar um suspiro, suavizando minha voz.

— Eu também tenho uma irmã e sei o que faria, o que fiz, para mantê-la segura.

O grunhido profundo de Regis vibrou pela sala como o estrondo baixo de um trovão distante enquanto sua boca sombria se aproximava da garganta de Ezra.

— Chega. — avisei meu companheiro, que se retirou para o meu corpo.

Ezra ficou de pé novamente, tentando colocar alguma distância entre nós, e afrouxei meu aperto em volta do pulso de seu irmão mais velho.

— Se o que você disse antes for verdade, você deve saber que sou sua melhor aposta para salvar Ada e nos tirar daqui. — disse, virando-me para Kalon.

Kalon estremeceu, esfregando o pulso.

— Não vou fingir que entendo o que está acontecendo e não vou prometer a você que não vamos resolver as coisas quando sairmos das Relictombs, mas não sou estúpido. Apenas salve nossa irmã e nos tire daqui, certo?

— Irmão! — Ezra explodiu.

— Silêncio. — A voz de Kalon estava cansada, mas era imperativa. Ezra rangeu os dentes, mas não disse mais nada.

Percebendo um momento oportuno, Haedrig tossiu e disse,

— Talvez vocês dois possam ir encontrar as cópias espelhadas de vocês e de Gray? E Riah, se houver.

— E o que devemos fazer se os encontrarmos? — Ezra perguntou, olhando feio para Haedrig.

— Destrua-os. — disse. — Exatamente como Haedrig fez. Não toque neles com nenhuma parte do corpo. Apenas armas.

Kalon acenou com a cabeça e levou Ezra para as profundezas sombrias do salão, sua mão no ombro de seu irmão mais novo. Isso não impediu Ezra de se virar para me lançar um olhar gélido antes de estar escondido na escuridão.

Haedrig ficou em silêncio enquanto comecei a questionar a falsa Ada. Agora que entendi os parâmetros das respostas do fantasma, fui capaz de direcionar minhas perguntas para obter conhecimento sobre a sala do espelho e suas regras.

Qualquer ascendente que entrasse neste lugar encontraria um espelho com sua própria imagem, assim como nós. Se o ascendente tocar seu próprio espelho, um conduto será criado para atrair a energia vital do ascendente para o espelho enquanto libera uma entidade do espelho, decidi chamá-los de fantasmas, para viver dentro do corpo do ascendente.

Foi mais difícil descobrir como reverter o processo, mas acabei fazendo as perguntas certas.

Como o corredor dos rostos, a sala do espelho exigia o conhecimento de um edito específico do éter. Era difícil determinar exatamente o que essa habilidade faria, ou de qual ramo do éter ela fazia parte, mas o que pude discernir foi que ela me permitiria reverter os efeitos do espelho, libertando Ada e prendendo o fantasma de volta para dentro da relíquia.

O problema, é claro, era que eu não conhecia nenhuma habilidade do tipo.

— Mas você tem que saber algo. — Regis argumentou. — Este lugar não pode ter nos trazido aqui por engano.

— Por que não?

Perguntei amargamente. Estava sentado no chão a vários metros da fonte, tendo deixado Haedrig para proteger Ada enquanto pensava. As Relictombs são antigas. Tem sido atacadas constantemente por Agrona e os alacryanos por quem sabe quanto tempo. Está falhando.

— Acho que isso explicaria como todos esses outros ascendentes chegaram aqui. Droga. O que faremos então?

Os outros ascendentes…

Tolamente, nem me ocorreu pensar na presença deles. Teoricamente, cada um dos ascendentes presos dentro dos espelhos ao nosso redor deveria ser um usuário de éter a ser trazido a este lugar.

Se não fossem, era verdade que poderíamos estar presos. Mas se fossem…

Pensando no ascendente aprisionado que antes havia tentado fazer eu me comunicar com ele tocando em seu espelho, pulei e comecei a pesquisar os reflexos. Ele estava perto da fonte e eu o encontrei em instantes.

Kalon e Ezra foram capazes de ouvir Ada tocando seu espelho, e eles não se machucaram. Eu não deveria ser capaz de fazer o mesmo com este ascendente aprisionado, então? Pensei. Esperando que estivesse certo, pressionei minha mão no espelho, observando enquanto seu rosto cansado e enrugado se iluminava conforme eu fazia isso.

— Olá? — perguntei. — Você consegue me ouvir?

— Sim, sim!

Sua voz soou em minha mente, da mesma forma que Regis fazia, ou Sylvie antes dele. Sua voz era áspera e rouca, como se não fosse usada há décadas.

— Oh, obrigado, obrigado. Eu não posso te dizer como é bom conversar com alguém, qualquer um!

— Eu não posso imaginar. — disse honestamente. O pensamento de ficar preso dentro desta prisão de vidro, observando ascendente após ascendente passar sem perceber que você podia vê-los, sabendo que eles provavelmente compartilhariam de seu destino em breve… era horrível demais para considerar.

— Eu sinto muito por ter ignorado você antes. Não sabia o que aconteceria se tocasse no espelho. Posso te fazer algumas perguntas?

— Claro! Meu conhecimento é a única coisa que me resta. — o reflexo se embaralhou conscientemente. — Eu pediria algo em troca.

Balancei a cabeça, minha mão ainda pressionada contra a superfície fria do espelho.

— Se o seu pedido é algo que eu possa fazer, o farei. Prossiga.

— Peço apenas que, caso encontre uma maneira, você me liberte desta prisão.

— Farei o que eu puder. Agora, quando você estava, antes de ficar preso, você sabia alguma coisa sobre o éter?

O reflexo suspirou e balançou a cabeça.

— Não, eu tive algumas cristas medíocres para feitiços de gelo. Nunca fui um ascendente particularmente bom, para ser honesto. Não admira que eu tenha ficado preso aqui, suponho.

Embora sua resposta tenha sido desanimadora, continuei com minhas perguntas.

— Você foi capaz de fazer algo que fosse… um pouco diferente? Poderes que não se alinham com suas marcas?

O homem pareceu pensativo por um momento, então sorriu e puxou uma adaga fina do cinto.

— Esta é uma antiga herança de família. Quando me foi dado, parecia mais um prego enferrujado do que uma lâmina. Levei-o comigo na minha ascensão preliminar, sabe, para dar sorte. — Ele jogou a adaga no ar e a pegou com um floreio. — Bem, eu estava conversando com essa garota, uma das minhas colegas de time, muito bonita, e puxei para mostrar a ela, e bem, uma espécie de vibração correu pelo meu braço e toda a ferrugem caiu da lâmina, estava brilhando e nova como no dia em que foi forjada.

— Como? — Perguntei, embora já tivesse uma ideia da resposta.

— Não faço ideia. Eu apenas imaginei que tinha algo a ver com as Relictombs, honestamente. De qualquer forma, deu certo, porque aquela linda garota se casou comigo e… — O reflexo sumiu. Seu olhar viajando da adaga para um anel grosso em um dedo de sua mão esquerda.

— Obrigado. Isso foi útil, é sério. Vou encontrar uma maneira de libertar você, prometo.

Enquanto me afastava do espelho, deixando o espírito do ascendente refletir sobre a vida que ele havia deixado para trás, esperei que minha promessa tivesse sido verdadeira.

 

Separador Tsun

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Repeti este exercício com alguns dos outros ascendentes mais sãos tendo resultados semelhantes. Embora nenhum deles tivesse consciência de possuir quaisquer habilidades etéricas, cada um deles tinha histórias semelhantes nas quais coisas estranhas e inexplicáveis aconteciam ao seu redor, assim como o primeiro ascendente e sua faca.

Saber que aqueles presos aqui mostraram pelo menos um potencial para usar o éter me deu esperança.

— Então o que você sabe… que você não sabe que sabe? — Regis perguntou sem o menor indício de sua eloquência usual.

— Não sei. — pensei, sentado no chão duro enquanto observava os outros.

Kalon e Ezra haviam retornado, tendo encontrado e destruído um espelho contendo cada uma de nossas imagens. Uma parte de mim esperava que destruir os espelhos nos libertasse, mas então, ainda havia o espelho de Ada para lidar.

Enquanto Kalon foi sentar-se com Ada, vigiando-a, Ezra começou a ouvir os ascendentes nos espelhos. Eu o observei por um tempo, me perguntando o que os homens e mulheres presos ao nosso redor estavam dizendo a ele. Ezra evitou as reflexões mais sensatas, preferindo ouvir as mais selvagens e perdidas. Ele nunca disse nada a eles, aparentemente contente apenas em compartilhar sua dor e sua raiva.

— Ezra. — disse, chamando sua atenção, — você não deveria estar ouvindo eles. Eles não têm nada para lhe dar além de raiva e ódio.

Quando o garoto me ignorou, eu apenas balancei minha cabeça e me afastei.

Haedrig estava deitado no banco oposto ao corpo de Riah, seu cabelo verde puxado sobre o rosto, seu peito subindo e descendo ritmicamente. Sua reação à minha pergunta anterior sobre o éter estava me incomodando, mas eu estava ocupado demais para pensar muito nisso. Estava confiante de que se o ascendente de cabelo verde tivesse algum conhecimento importante que nos ajudasse a escapar, ele já o teria divulgado.

Um pedaço de conhecimento fundamental…

Minha mente trovejou em realização quando me pus de pé.

— A pedra angular!

 


 

Tradução: Reapers Scans

Revisão: Reapers Scans

QC: Bravo

 

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