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O Começo Depois do Fim – Cap. 257 – Mãe

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Quando a pedra de Sylvie absorveu o éter de mim, consumiu até a última gota do meu núcleo. No entanto, apenas uma fração desse éter foi absorvido, espiralando para dentro por um caminho designado. O resto parecia estar quase filtrado enquanto a parte que foi capaz de alcançar Sylvie, que estava em coma, era muito pouco para ser considerado.

Foi quando percebi que a pedra de Sylvie não era tão semelhante à uma bateria que eu precisava carregar lentamente como havia assumido. Não, era mais como um filtro que eu precisava encher com éter mais rápido do que poderia vazar.

O fato de a pedra de Sylvie não ser capaz de “receber” a maioria do éter que tentei dar, mesmo depois de consumir a fruta, significava que meu núcleo de éter estava defeituoso. Não é, defeituoso por si só, mas assim como os núcleos de mana começavam com impurezas naturais do corpo que limitavam a produção e o armazenamento de mana, meu núcleo de éter estava passando por um fenômeno semelhante.

Agora eu sabia que o núcleo do éter que havia forjado estava cheio de impurezas. Isso estava prejudicando a capacidade de armazenamento e me impedindo de utilizar todos os recursos do éter. Ótimo.

Se eu quisesse ser capaz de fazer o éter fluir da maneira que acontecia dentro da pedra de Sylvie, precisaria que o éter em meu núcleo se tornasse muito mais puro. E se eu quisesse trazer Sylvie de volta, precisaria ser capaz de liberar esse éter mais puro em um volume muito maior do que era atualmente capaz de conter, tudo isso de uma vez.

O que me levou à razão pela qual estava de pé aqui agora, a alguns metros da cova do milípede gigante, vestido com nada além de um colete de couro frágil e calça de pano desfiada.

— Não é tarde demais para desistir. — Regis sussurrou em meu ouvido.

Sabia o que significaria caso eu não pudesse matá-lo. No entanto, isso era um sério lembrete que me fez reafirmar minhas prioridades. Sair daqui na verdade não era minha principal prioridade, afinal, mesmo se eu conseguisse sair nesse momento, estava realmente mais fraco do que quando lutei contra Nico e a foice, Cadell.

Minha prioridade era ficar mais forte, o que, felizmente, também estava alinhado com trazer de volta Sylvie. E matar esse milípede seria um grande passo adiante para isso.

Encontrando o olhar de Regis, respondi a ele.

— Vamos entrar.

 

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À medida que adentrávamos mais a fundo o buraco gigante com a largura do milípede que descia em espiral até o chão, o lugar ficou estranhamente mais iluminado. Havia um leve brilho púrpura que se agarrava ao chão, paredes e teto do túnel sinuoso.

Regis olhou à frente, voando de volta para mim a cada poucos metros para informar se haveria alguma mudança.

Conforme tomava um gole da minha bolsa d‘água, vi o fogo-fátuo negro voltando pelo canto dos meus olhos. Retomei meu ritmo, pisando levemente no chão, esperando ouvir alguma notícia diferente, além de “mais pedras”, de Regis.

— Arthur. Há algo em frente. — Regis afirmou discretamente depois de voar para meu peito.

— Se você fizer a piada das pedras mais uma vez, eu vou bater em você. — respondi com suspeita.

— Apenas vá. — meu companheiro suspirou antes de flutuar de volta para liderar o caminho.

O túnel se dividiu em dois caminhos, mas Regis rapidamente me direcionou para o mais largo do lado esquerdo. Não só era mais largo em diâmetro, como também mais brilhante. Foram necessários apenas alguns minutos de passos silenciosos para alcançarmos o que Regis queria que eu visse.

Espalhados por todo o chão havia grupos de cristais… cristais de éter.

Minhas sobrancelhas franziram em confusão ao ver os cristais roxos brilhantes espalhados na nossa frente como lixo. Rapidamente, e silenciosamente, peguei um cristal do tamanho de um punho e consumi a essência dele até o brilho roxo desaparecer.

Elas não são tão potentes quanto as frutas que peguei anteriormente, mas ainda estão bastante concentradas, observei mentalmente enquanto Regis pesquisava à frente.

Depois de consumir mais um cristal do tamanho de um punho para elevar minha capacidade de éter ao limite, guardei alguns cristais menores nos bolsos antes de seguir em frente. Voltaria pelo restante depois que minha luta terminasse.

À medida que continuamos mais fundo no território do milípede, o túnel gradualmente se tornou mais brilhante até uma luz roxa resplandecente cintilar no final.

Regis e eu trocamos um olhar tenso antes de avançar. Meu coração batia forte no meu peito enquanto minhas palmas ficavam úmidas com o pensamento de lutar contra a besta gigante. Estando tão perto do animal de éter em sua própria casa, meu corpo podia sentir a pressão que exalava do gigante milípede.

Respirando fundo, acalmando e firmando meu passo, caminhei para frente, pronto para enfrentar meu adversário mais difícil.

Vamos fazer isso.

Pisei para dentro da luz roxa ofuscante, meu corpo tenso em alerta para movimentos bruscos, porém quando o brilho diminuiu, vi que o túnel se abria em uma caverna enorme com um teto abobadado. Toda a extensão foi banhada em um mar de púrpura emanado das montanhas de cristais brilhantes empilhados um sobre o outro.

Mas, apesar das dezenas de cristais de éter, alguns maiores que todo o meu corpo,, minha atenção foi forçada ao milípede gigante.

Instintivamente, dei um passo para trás e levantei meus braços para me proteger do que estava por vir. Até Regis se encolheu atrás de meu ombro enquanto contemplávamos a figura imponente da besta etérea.

Ele estava curvado num arco alto, enquanto todo o seu corpo convulsionava. Então, quando estava começando a pensar que ele estava prestes a explodir, uma cachoeira de cristais de éter jorrou pela extremidade traseira do milípede, formando uma pequena colina ao lado das outras montanhas de cristais.

Era como uma cena diretamente de um conto de fadas. Exceto que, em vez de um dragão gigante guardando sua montanha de tesouros, era um milípede guardando sua montanha de… excrementos?

— Pfft! — Regis abafou uma risada que ecoou por toda a caverna gigante, chamando minha atenção e “para nosso horror” a atenção do milípede gigante.

— Se mexa! — gritei, abandonando todos os pensamentos de furtividade ao ver o milípede vindo em nossa direção.

Eu corri para a direita enquanto Regis voou para a esquerda.

— Sinto muito, Arthur, mas você basicamente comeu bosta de inseto! — Regis riu.

Revirei os olhos mentalmente. Felizmente, para mim, ele também estava chamando a atenção do milípede, o que me deu tempo para me posicionar em seu flanco.

Soltando éter de meu núcleo, me empurrei do chão com uma força que formou uma cratera sob meus pés.

Me aproximando em um instante, bati meu punho coberto de éter contra o lado do milípede com um retumbante “baque”.

No entanto, enquanto o milípede se curvava com o impacto, a onda de dor que subiu no meu braço sugeria que o dano que eu havia causado a ele não era muito para se comemorar.

Pousando habilmente de volta no chão, atravessei a extensão da caverna em uma corrida com o milípede me perseguindo.

No momento em que se aproximava, levantei a mão acima da cabeça em um punho, um sinal que Regis e eu planejamos para confundir a besta de éter sensível ao som.

Imediatamente, Regis gritou:

— Aqui, seu inseto de cristais!

O milípede parou e girou em direção à fonte da voz. Enquanto isso, continuei a esgotar meu éter, envolvendo meu corpo em uma espessa camada de éter, na esperança de que houvesse um resultado diferente quando eu avançasse.

Meu arredor ficou turvo conforme me aproximei do milípede que estava estalando suas pinças no ar, tentando pegar Regis. Apontei para as articulações onde uma de suas muitas pernas estava presa ao corpo e, desta vez, houve um “crac” satisfatório quando meu punho afundou em sua perna.

A perna gigante se soltou e caiu no chão, enquanto um líquido semelhante a gel tingido de roxo jorrou da lesão. O animal etéreo soltou um choro estridente voltando sua atenção para mim.

Levantei meu punho mais uma vez e Regis soltou outro grito para chamar sua atenção. O milípede hesitou por um momento, mas decidiu atacar Regis novamente, dando-me algum tempo para absorver mais éter dos cristais abundantemente espalhados ao nosso redor.

— Qual o gosto de bosta, Arthur? — Regis provocou enquanto ziguezagueava no ar para longe do milípede.

Eu levantei minha mão novamente, levantando um dedo específico. Este não era um sinal.

As engrenagens do meu cérebro giraram quando recarreguei meu núcleo de éter com o excre—cristais espalhados. Com o desenvolvimento do meu núcleo de éter, estava tecnicamente capaz de usar a Forma de Manopla três vezes, mas Regis não conseguiu se fortalecer o suficiente para suportar o fardo de três usos.

Por isso que decidimos testar as defesas da fera sem ter que recorrer ao uso da Forma de Manopla.

Continuei tentando procurar fraquezas enquanto Regis evitava freneticamente as mandíbulas do milípede. Mesmo depois de eu ter conseguido quebrar mais duas de suas incontáveis ​​pernas e ter atingido a ferida aberta, onde as pernas estavam presas ao corpo, isso não pareceu causar nenhum tipo de dano duradouro.

Se fez algo, foi apenas eu o deixar mais irritado.

Enquanto meu suprimento de éter era abundante graças aos cristais acumulados nesta caverna, minha resistência estava diminuindo lentamente.

Acho que não temos escolha.

Agora que eu sabia que infligir danos ao corpo dificilmente mal fez algo para desacelerá-lo, a única opção era mirar na cabeça. O problema era que sua cabeça era onde estavam suas pinças serrilhadas e também parecia ser a área mais fortemente blindada por seu exoesqueleto roxo translúcido.

Precisaria realizar os dois ataques usando a Forma de Manopla no mesmo local, na esperança de que fosse o suficiente para romper suas defesas.

Saltando de uma das suas pernas, aterrissei nas costas do milípede e comecei a correr por sua carne lisa. Subir em suas costas não era um desafio, mas permanecer nela enquanto girava como um garanhão bêbado provou ser muito mais difícil.

Dancei e girei em volta do tronco contorcido do milípede gigante, que usava as pernas para tentar me espetar em suas próprias costas. Mesmo assim, como a maioria da sua atenção ainda estava concentrada em tentar pegar Regis, pude evitar as pernas afiadas que apunhalavam dos dois lados.

O terreno irregular dos inúmeros tergitos que segmentavam o tronco da fera, além do fato de que o milípede continuava tendo espasmos para tentar me arremessar, me proporcionou um desafio que não enfrentava há algum tempo. Saudades de voar.

Quando me aproximei da cabeça do milípede, o éter se esticou pelo meu corpo em uma fina camada de púrpura. Esticando meu braço direito para o alto, cerrei e soltei minha mão em um punho. Desta vez eu estava acenando para Regis.

Pegando meu sinal, soltou outro grito para chamar a atenção do milípede antes de evitar por pouco as mandíbulas da besta e voar para minha mão.

Imediatamente senti a onda de éter do meu corpo se fundindo em minha mão dominante, mas senti algo diferente de apenas o éter forçando seu caminho para onde Regis permaneceu. Um sussurro de uma voz, quase confundível com um pensamento passageiro, ecoou na minha cabeça.

A voz disse para matar.

Dei de ombros, tal qual meus próprios pensamentos. Afinal, eu vim aqui para matar a fera.

Correndo para a frente fazendo o possível para manter o pouco controle que tinha sobre o fluxo de éter, cheguei onde sua cabeça estava conectada ao tronco.

— Forma de Manopla, recitei para Regis.

A ensurdecedora trovoada ressoou por toda a caverna quando nosso ataque atingiu seu alvo. A cabeça do milípede colidiu com o chão formando uma cratera do tamanho de uma pequena casa.

Rachaduras e lascas se ramificaram a partir de onde meu punho se conectou enquanto todo o topo de sua cabeça se tornou ligeiramente devido à força.

Regis cambaleou para fora de minha mão, sua expressão tensa, enquanto liberava outra onda de éter por todo o meu corpo. Experiência de duas vidas e incontáveis ​​batalhas me ensinaram…

Confirme a morte.

Meu corpo explodiu em um véu roxo quando bati no epicentro da cratera lascada no topo da cabeça do milípede. Outra rachadura estilhaçante se formou com o impacto, fazendo o corpo do monstro estremecer.

Mesmo com o éter cobrindo minha mão, meu punho direito estava um caos total quando o tirei da cabeça do milípede.

Com minha respiração curta e irregular, ponderei se bateria mais uma vez. O milípede permaneceu sem vida, com uma cratera formada debaixo de sua cabeça.

— Está… morto? — Regis perguntou, sua voz rouca.

No momento em que me virei para o meu companheiro, a superfície sob meus pés foi varrida debaixo de mim. Sem tempo para reagir, fui expulso de cima da besta gigante, olhando impotente enquanto as mandíbulas serrilhadas do milípede se fechavam sobre Regis.

Meus olhos se arregalaram ao ver a esfera negra flutuando desaparecendo dentro do milípede, e foi preciso cada gota de autocontrole para me impedir de gritar o nome dele.

Reorientando-me rapidamente, caí em meus pés e imediatamente girei meus calcanhares, mal conseguindo desviar de uma chuva de pernas afiadas.

O milípede se elevou sobre mim e continuou a desencadear uma torrente de ataques usando suas centenas de pernas. Cada vez que me esfaqueava, um buraco enorme era deixado no chão, mas minha concentração foi dividida entre me esquivar de suas pernas e procurar Regis.

Regis era incorpóreo, capaz de passar pela maioria dos objetos, mas eu não conseguia ver meu companheiro em lugar nenhum. Meu pânico se aprofundou quando um minuto se passou sem nenhum sinal do fogo-fátuo negro.

Não o vi até o outro minuto. Ele estava flutuando no interior do milípede gigante.

Droga.

Precisava da Regis para lançar um ataque forte o suficiente para matar esse inseto gigante. Sem ele, eu seria capaz de vencer?

Uma dor aguda surgiu quando uma das pernas afiadas do milípede deixou um longo corte no meu braço. Isso me deixou sóbrio o suficiente para me recompor.

Mesmo sem o meu arsenal de magia elementar, não tinha treinado apenas com a espada consideravelmente em minha vida anterior, como também treinei em combate com os Asuras.

Me forcei a lembrar de minhas batalhas contra Kordri, a aura opressiva que ele emanava tão casualmente, os movimentos que pareciam lentos e rápido.

Asuras. Eles eram meus oponentes.

Se eu precisasse me apoiar em Regis para lidar com todos os oponentes fortes que enfrentasse aqui, não seria capaz sequer de vencer as foices, quem dirá os Asuras por trás delas.

Respirando fundo, pensei nas palavras de Kordri. Quando disse, o combate corpo a corpo era a forma mais versátil e adaptável de luta. Exceto que seu dever naquele momento era maximizar o potencial do meu corpo humano.

Eu não era mais tão humano.

Minhas pernas ficaram borradas enquanto dançava continuamente em torno dos golpes penetrantes das pernas do milípede, aumentado meu foco para um grau aterrador.

Tive que aceitar que não era mais humano, e com isso veio uma força que me levou ao meu limite.

Quanto mais continuava me esquivando, mais movimentos desnecessários começava a evitar. Meu corpo começou a se lembrar dos ensinamentos do Asura que eu tinha deixado de lado ao longo dos anos, confiando na magia.

A batalha foi longa e desgastante. Continuei a cortar suas pernas até finalmente debilitar seu movimento.

Uma vez que, sem poder controlar o fluxo de éter, não poderia causar danos suficientes com minhas próprias mãos para dar um golpe fatal no milípede, decidi usar o mesmo método que eu tinha usado contra as quimeras.

Vamos torcer para que isso funcione.

Como as pernas do milípede eram grandes demais para eu segurar como arma, tive que quebrar a ponta afiada da perna para poder usá-la.

O milípede soltou um gemido estridente enquanto vinha em minha direção com as pernas restantes.

Segurando a perna roxa translúcida como uma lança, testei minha nova arma. A condutividade não era tão forte quanto as armas da quimera, mas seria suficiente. Tinha que ser.

Esquivando-me das mandíbulas serrilhadas com as quais o milípede me atingia, procurei uma abertura.

Tinha que acertar um golpe limpo na ferida na parte de trás de sua cabeça, onde o havia atingido com a Forma de Manopla, mas não era fácil considerando que agitava sua cabeça como um touro louco.

Por duas vezes errei meu alvo, raspando a concha exterior de sua cabeça enquanto se esquivava no momento em que eu estava prestes a atacar. Sem a ajuda de Regis chamando sua atenção, ela estava atenta à minha localização, batendo ritmicamente com as pernas no chão para encontrar minha localização.

Como faço para pará-lo? — ponderei, rodando em círculos em sua volta conforme absorvia o éter dos cristais que estavam por perto.

Minha mente voltou até que a lembrança de quando a quimera se fundiu pela primeira vez surgiu na minha cabeça. Ela foi capaz de liberar essa aura contundente que nos derrubou, quase sendo capaz de me deixar inconsciente.

Era incerto se eu seria capaz de replicar seus efeitos, mas estava ficando sem tempo e minhas opções eram limitadas.

Medindo a quantidade de éter que restava em meu núcleo, imaginei que poderia gastar cerca de setenta por cento na tentativa de atordoá-lo e o restante no ataque.

Preparando-me, eu gritei.

— Por aqui!

Percebendo que eu tinha parado de correr, O milípede furiosamente se aproximou de mim, atravessando as pilhas de cristais de éter dentro da caverna enorme.

— Por favor, faça isso funcionar. — murmurei quando comecei a liberar o éter do meu núcleo. Minha aura ficou roxa com a descarga repentina de éter, mas não parei por aí.

Depois de esperar o monstro se aproximar, permiti que o éter dentro de mim rasgasse aquele limiar fino que era meu corpo, liberando-o numa cúpula translúcida tingida de púrpura.

Imediatamente, minhas pernas ficaram pesadas com o esforço, mas os efeitos foram melhores do que eu esperava.

Comparado à força contundente que a quimera fundida havia liberado, meu ataque parecia mais a manifestação de uma aura, semelhante ao Força do Rei de Kordri. Mesmo eu não era completamente imune, sentindo o próprio ar ficar pesado.

O milípede endureceu com os efeitos do meu ataque e caiu. Aumentando meu aperto em torno da arma improvisada na minha mão, corri para a frente com a lasca restante de éter deixada em mim.

Desviando-me para evitar a tentativa lenta do milípede de me enroscar, usei suas próprias mandíbulas como base para me lançar no ar.

Utilizando a velocidade da minha queda junto com a força do meu balanço, dirigi a lança profundamente no epicentro da cratera na parte de trás da cabeça da fera. A sensação satisfatória do exoesqueleto do milípede se quebrando foi seguida pela sensação de algo penetrando a carne.

O milípede gigante soltou um rugido dolorido, desta vez mais brutal e cru, antes de seu corpo cair no chão.

Tirando um cristal do meu bolso e consumindo um pouco mais de éter, bati na parte de trás da perna do milípede mais uma vez, aprofundando-a na cabeça do animal etéreo.

Meu corpo parecia chumbo e meu núcleo doía com o esgotamento. Mas me senti bem, melhor do que havia me sentido em muito tempo.

— Continue no chão. — bufei, caindo em cima da besta gigante.

 


 

Tradução: Reapers Scans

Revisão: Reapers Scans

QC: Bravo

 

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