Abrindo meus olhos, lentamente soltei o aperto no chifre de Uto. Levei outro momento para examinar o estado do meu núcleo de mana e meu corpo.
Estava perto do caminho para o núcleo branco, que antes parecia tão longo, era quase palpável.
Estou feliz por não ter aceitado o artefato de Virion depois de me tornar uma lança, pensei.
Saindo da cama, toquei a mente de Sylvie, certificando-me de que nada estava errado. Satisfeito com seu silêncio calmo, comecei a alongar meu corpo cheio de energia.
Soltando um suspiro agudo, realizei uma série de ataques que aprendi com Kordri enquanto treinava com ele em Epheotus. Não era uma combinação rigorosa de movimentos, mas mais uma utilização de todos os movimentos do corpo, mantendo velocidade e precisão, conectando cada soco, chute, cotovelo, joelho, permanecendo flexível para qualquer resultado. Um verdadeiro mestre desse estilo de luta, como o Asura de quatro olhos, podia derrubar uma unidade inteira e a única coisa que os soldados veriam seria um simples monge passeando entre eles.
Sincronizando o tempo do meu fluxo de mana, que havia melhorado substancialmente durante o meu treinamento com Kathyln e os anciãos, meus ataques criaram ondas de choque no ar. Queria me mover mais rápido e com mais agilidade, mas não era um Pantheon como Kordri, muito menos um Asura. Incorporando mana nas fibras musculares e nos ligamentos para utilizar potência e velocidade máximas com a menor quantidade de movimento físico, semelhante ao que o clã Thyestes faz, apenas levaria aos mesmos resultados que o Passo Explosivo para as minhas pernas.
Talvez alcançar o reino acima do núcleo branco fortaleça meu corpo, pensei esperançosamente em meio a uma combinação de chutes.
Bem quando girei meu corpo para terminar a sequência com um golpe na palma da mão, a cabeça gigantesca de Boo entrou no meu quarto pela porta, bem no caminho do meu ataque.
Boo foi atingido por uma onda de vento do meu golpe na palma da mão, fazendo com que toda a pele flácida em torno de seu focinho e orelhas se movessem loucamente.
O vínculo de minha irmã e eu olhamos em silêncio por um momento antes que ele soltasse um grunhido e sacudisse a cabeça peluda.
— Pfft! — me inclinei para frente e comecei a rir.
A cabeça de Ellie entrou no meu quarto.
— O que é tão engraçado? Boo deveria assustá-lo.
Incapaz de formar palavras enquanto tentava, sem sucesso, reprimir minha risada, fiz sinal para minha irmã vir até mim.
Confusa, ela passou pela forma corpulenta de seu vínculo e entrou no meu quarto.
— Olha isso. — ri, desta vez conjurando uma rajada de vento no rosto de Boo. O rosto do urso feroz ondulava como líquido, as pontas da pele acima do seu maxilar superior batendo para revelar um conjunto de dentes sob uma camada rosa de gengiva.
Minha irmã riu antes de desmoronar também; seu vínculo não era tão divertido. Levamos quase todo o caminho até a sala de treinamento para nos recompor.
Provavelmente era infantil rir por de algo tão trivial, especialmente considerando a minha idade mental, mas quem se importa. Não tinha rido tanto em eras e isso ajudou a diminuir a tensão e o estresse.
— Vocês dois parecem alegres por uma manhã tão cedo. — Disse Emily, bocejando, com as mãos montando o painel roboticamente, como se tivessem uma mente própria. — Ou ainda é noite…
— Você virou outra noite, Emily? — Minha irmã perguntou, preocupada.
— Foi outra noite inteira consecutiva, na verdade. É a última sessão de treinamento do seu irmão, então senhorita Emeria e eu queríamos ter todos os dados desses dois meses compilados até hoje. — Ela riu com os olhos semicerrados.
— Lembre-me de agradecer adequadamente a vocês duas por seus esforços. — disse, meus olhos procurando por qualquer sinal da elfa. — Onde está Alanis agora?
— Ah, que droga, aprendi muito com isso também, então não é preciso agradecer. Quanto à senhorita Emeria, eu praticamente tive que forçá-la a dormir um pouco. — Emily respondeu, soltando outro bocejo. — Ela deve estar aqui log—ah, lá vem todo mundo!
Entrando primeiro pelas grossas portas de metal estavam Buhnd e Camus. Buhnd estava esticando os braços, sorrindo ao mesmo tempo em que dizia algo a Camus. Atrás deles estavam Hester e Kathyln. A anciã da família Flamesworth endireitava um vinco na túnica de treino justa de Kathyln. A princesa me viu e ficou um pouco mais brilhante tentando se afastar de sua guardiã.
Alanis, que geralmente tinha a máscara de uma empresária profissional, parecia sem alma hoje. Seus passos normalmente deliberados eram lentos enquanto seguia atrás do resto.
Levou alguns minutos para que todos equipassem seus equipamentos de proteção, mas logo fui posicionado nos campos de treinamento com Kathyln, Camus, Hester e Buhnd me cercando. Suas expressões eram sérias, assim como a minha. Percorri um longo caminho nos últimos dois meses, o suficiente para vencê-los algumas vezes. Eles sabiam que, se não estivessem completamente focados, poderiam perder novamente e não poderiam se deixar derrotar no último dia de treinamento.
— Qual foi a aposta dessa vez? — Buhnd gritou por trás.
— Virion vai nos dar um banquete em comemoração ao final das minhas “férias”. — sorri, olhando por cima do ombro. — Claro, ele tendo de pagar pelo custo de tudo não é divertido, então sugeri que o perdedor dessa última batalha pagasse por toda a festa.
Hester revirou os olhos.
— Considere pago pela graciosa casa Flamesworth. Quanto pode custar um jantar?
Alanis, ouvindo nossa conversa, falou usando um artefato que aprimora o som.
— Contabilizando o custo dos barris de álcool de setenta anos fermentado a partir de grãos raros encontrados apenas nas regiões remotas das Clareiras das Bestas, bem como os custos aproximados da abundância de carnes finas, todos dos quais os preços aumentaram desde o início da guerra, já calculei para o comandante Virion o custo da festa comemorativa como algo em torno do valor de cerca de vinte mil peças ouro.
Os olhos de Hester se arregalaram depois de ouvir o custo exorbitante. Soltou uma tosse enquanto tentava fingir compostura.
— B-bem, eu acredito que vai estragar a experiência gratificante de ganhar se eu simplesmente pagasse a refeição imediatamente. Talvez seja melhor determinar quem paga o banquete com esta partida; dessa forma, será muito mais memorável para todos.
Eu não pude deixar de sorrir, vendo a anciã geralmente composta ficar tão perturbada.
— Não vou pegar leve com você só porque é jovem, general. — Disse Camus, sorrindo. — O orgulho deste velho não permitirá.
— Concordo com o ancião Camus. — Acrescentou Kathlyn. — Talvez ganhando de você agora dê a meu pai e minha mãe motivos suficientes para me deixar ajudar na guerra.
— Que maldade princesa. Me usando como um trampolim. — Respondi, abaixando minha postura.
— Como esta é a batalha final simulada, o general Arthur não terá nenhum elemento restrito. A voz de Alanis soou novamente. — Por favor, comecem!
— Para o álcool! — A voz rouca de Buhnd rugiu, avançando por trás.
Vendo que estava cercado, tinha uma quantidade limitada de opções. Com meus sentidos aumentados pela mana e pela adrenalina, concentrei-me na maior ameaça.
Embora Buhnd estivesse avançando formando uma maça gigante de pedra e Camus estava recuando ao mesmo tempo em que rajadas de vento se reuniam em seus braços, na verdade, eram os níveis de mana de Kathyln que representavam a maior ameaça no momento.
Um truque antigo, mas eficaz, afrouxei o chão de pedra ao meu redor e levantei os detritos para formar uma nuvem de poeira ao meu redor e de Kathyln.
Manipule a terra sob os meus pés para saltar para a frente e diminua a resistência do ar enquanto corro, recitei para mim mesmo.
Não foi tão instantâneo ou sutil quanto o Passo Explosivo, mas executar esses dois passos, ou seja, utilizar terra e vento, permitiu melhorar minha aceleração inicial sem sobrecarregar meu corpo.
Senti meu corpo acelerar, o ar deslizando por mim inofensivamente até Kathyln estar a poucos metros de distância.
A princesa inspirou bruscamente de surpresa e tentou lançar seu feitiço, mas não permiti. Utilizando o vento mais uma vez, criei um vácuo na palma da minha mão, puxando-a diretamente para o meu aperto.
Agarrando o pulso de Kathyln, torci e joguei-a por cima do ombro diretamente em Buhnd.
Sentindo uma picada na mão que a tocara, olhei para baixo e vi uma camada de gelo em volta dos meus dedos.
Ela reagiu rapidamente. Lancei uma onda de calor para derreter, enquanto tomava nota da posição de Kathyln junto à lagoa.
Nesse momento, a sala se iluminou com dezenas de esferas crepitantes espalhadas acima.
As lembranças de Fiapos de Brasa de Lucas de quando estava prestes a me tornar um aventureiro me vieram a mente. Exceto, esses “tufos” não eram de fogo, mas globos concentrados de eletricidade. Mais uma vez, tomei nota.
Camus aproveitou a oportunidade para lançar seu feitiço também, lançando duas lanças gigantes de vento que giravam ferozmente como uma broca.
Me movi rapidamente, esquivando-me de uma das lanças de vento que perfuravam um buraco no chão antes de dispersar. A outra lança, no entanto, foi capaz de mudar de direção, me seguindo enquanto esculpia uma trilha no chão por onde passava.
Estou realmente começando a me perguntar se aquele velho elfo é realmente cego.
Continuei correndo, mas não foi sem rumo. Avancei em direção a Buhnd com a lança de vento atrás de mim. Fiz o meu melhor para parecer que queria um confronto frontal e parecia ter funcionado. O anão barbudo vestiu a armadura e se ancorou no chão segurando sua maça como um jogador profissional de beisebol do meu velho mundo.
Avancei contra ele, condensando o fogo azul em minhas mãos. Fingi tempo suficiente para Buhnd começar a balançar sua maça. Foi quando soltei meu feitiço de fogo no chão abaixo de mim e pulei. A força da minha chama me lançou ao céu como um foguete, fazendo com que a maça gigante de Buhnd colidisse com a broca de vento de Camus.
Meu momento durou quase um segundo porque, imediatamente, uma enxurrada de gelo subiu da lagoa abaixo, no mesmo momento em que Hester decidiu disparar os globos de relâmpago.
Por que eles não podem simplesmente lançar seus feitiços um por um, resmunguei comigo mesmo, meu cérebro procurando pela melhor maneira de lidar com isso.
Sorri quando um vislumbre de uma ideia surgiu em minha mente. Tinha que agir rápido, no entanto.
Sem qualquer restrição para o gasto de mana, soltei uma onda de choque contra as lascas de gelo que se aproximavam rapidamente.
O gelo bombardeou a parede de fogo, produzindo vapor e um apito agudo.
Minha visão periférica avistou o aumento do brilho das esferas relâmpago prestes a disparar, mas não podia me preocupar com isso agora.
Sem perder tempo, manipulei a umidade causada pela colisão da magia de Kathyln e meu ataque elemental oposto diminuindo a velocidade decrescente com uma corrente de ar.
Moldei a água que havia reunido em uma grande barreira ao meu redor quando o feitiço de Hester lançou uma barragem de raios em minha direção.
A água manipulada pelo feitiço de Kathyln, que utilizava a água cheia de minerais da lagoa, era um ótimo condutor.
A bolha de água ao meu redor começou a borbulhar quando a explosão de eletricidade atingiu. Um zumbido profundo encheu a sala de treinamento enquanto os raios cintilavam na superfície da água ao meu redor.
Preciso me livrar dessa coisa antes de chegar no chão.
Manipulando a água eletricamente carregada, modelei-a e atirei-a diretamente em Buhnd, aquele que seria mais fraco para essa combinação de elementos.
Buhnd não teve chance. Seu artefato de vida foi ativado, formando uma barreira protetora rosa, momentos depois que o fluxo comprimido de água bateu nele e eletrocutou-o.
Nem era necessário dizer que, depois que Buhnd saiu do jogo, as marés da batalha haviam mudado. Embora ainda demorasse um pouco, depois de destruir a lança de gelo de Kathyln usando combinação da técnica de amortecimento a ar de Camus e do redirecionamento cinético de Buhnd, consegui tirar Kathyln da batalha.
— Alguém realmente não quer pagar pela sua própria festa. — Camus sorriu.
— Eu nem sei se consigo pagar o banquete. — respondi com uma risada.
Restando apenas Hester e Camus e o fato de eu ter acesso total a todos os meus elementos, demorou mais vinte minutos, mas consegui subjugar eles.
Me joguei de volta no chão, meu peito arfando e meu núcleo de mana doendo.
— Eu… eu ganhei.
Camus soltou um suspiro, encostado na parede enquanto recuperava o fôlego.
— Parabéns, mas há assuntos mais urgentes.
— Concordo. — Hester assentiu ao lado dele enquanto secava o suor na testa com um lenço. — Quem vai pagar pelo custo exorbitante do banquete?
— Não foi decidido que os perdedores pagariam? — Buhnd perguntou, confuso.
Me sentei. Também achei.
— É verdade, mas por que machucar muitos quando você pode quebrar apenas um? — Camus acrescentou, um sorriso se formando em seu rosto. — Eu voto que Buhnd pague pela refeição desde que ele foi quem saiu primeiro, fazendo com que perdêssemos.
— O que?! — Buhnd berrou. — De onde você tirou essa ideia?
— Eu também voto em Buhnd. — Respondeu Hester imediatamente mostrando as mãos.
— Hester! — Os olhos do anão se arregalaram antes de se virar para Kathyln. — Princesa. Você não pensa da mesma maneira que aqueles morcegos velhos, não é?
Kathyln, que estava com minha irmã e Emily, desviou o olhar de Buhnd e levantou a mão também.
Pude ver o queixo do anão barbudo cair quando começou a contar o custo teórico da refeição extravagante com os dedos. Depois de um minuto, Buhnd endireitou sua postura e pigarreou.
— Cavalheiros. Senhoras. Estamos em tempos de guerra. Devemos poupar recursos para os nossos amados soldados lá fora no campo. Não é verdade, senhorita Emer—argh! Maldito morcego! Solte minha orelha!
— De que adianta dar álcool de setenta anos aos soldados, seu tolo? Não tente escapar disso! — Hester estalou arrastando seu companheiro por sua orelha ao mesmo tempo que o restante de nós ria.
Depois que todos se acalmaram, nos acomodamos em círculo para nosso último debate. Era uma sensação agridoce. Dois meses se passaram, mas formei laços com os mais velhos e conheci a princesa distante um pouco melhor durante esse período. No final, Kathyln havia começado conversar mais com Emily e Ellie, até saindo juntas do castelo de vez em quando.
Uma pequena parte de mim queria esquecer o fato de que havia uma guerra acontecendo abaixo de nós, mas com Tess e meus pais lá fora, sabia que realmente não seria capaz de relaxar até que a guerra terminasse.
— Agora, o momento em que tenho certeza de que todo mundo estava esperando! — A voz alegre de Emily soou, me tirando dos meus pensamentos. — Alanis tem o registro do progresso da utilização do fluxo de mana de Arthur enquanto eu compilava os dados do general Arthur, princesa Kathyln, anciãos Camus, Hester, Buhnd e fiz uma referência cruzada com os dados que recebi dos meus assistentes, variando entre estudantes de algumas academias e alguns soldados.
Emily deve ter notado os traços de ceticismo escritos no meu rosto ao mencionar a diversidade e o tamanho da amostra.
— Tem sido muito difícil conseguir um número maior de participantes, este continente está em guerra e tudo. — Disse ela com tristeza. — Essa medida é algo estou planejando padronizar e promover ativamente com a ajuda do mestre Gideon, para obter dados e será um processo contínuo. Por enquanto, vocês terão que se contentar com as duzentas amostras que recebi de vários magos.
Buhnd remexeu na cadeira de pedra.
— Bem? Continue com isso, garota. Apenas cerca de um quinto da minha bunda está no meu assento agora, com toda essa expectativa.
Suprimi uma risada. A reação do ancião barbudo me lembrou um aluno esperando ansiosamente que suas notas fossem informadas pelo professor.
Emily não achou a impaciência de Buhnd tão divertida quanto eu e começou a vasculhar rapidamente sua pilha de papéis até que seus olhos brilharam quando assumi que finalmente encontrou o que procurava.
— OK! Vou começar com o ancião Buhnd, já que ele parece ser o mais curioso. — Começou Emily. — Esteja ciente de que esses dados não levam em consideração o domínio sobre mana, simplesmente a produção bruta de força que seu feitiço contém durante a batalha.
A jovem artífice se encolheu quando viu o olhar intenso de Buhnd perfurar ela enquanto ele esperava seus resultados. Limpando sua garganta, Emily falou.
— Baseado em quanto o FPU do ancião Buhnd é maior comparado à média de dados limitados que adquirimos, ele está aproximadamente nos noventa e um por cento.
— Noventa e um por cento do que? De maneira alguma que noventa e um por cento da população é melhor que eu! — Buhnd deixou escapar, batendo os pés no chão.
Eu ri, incapaz de reprimir minha risada quando Emily olhou para o velho anão incrédula.
Hester apenas soltou um suspiro e balançou a cabeça.
— Isso significa que apenas nove por cento da população tem um FPU mais alto do que você. — Respondeu Camus, incrédulo pela ingenuidade de seu companheiro.
— Oh… — A postura de Buhnd se endireitou e um sorriso apareceu. — Heh! Oh.
Hester revirou os olhos ao mesmo tempo em que vi minha irmã tentando cobrir o sorriso com a mão.
— Novamente, esses dados não podem ser considerados completamente precisos, pois a quantidade de dados é tão pequena e muito tendenciosa em relação a determinadas informações demográficas. — Emily explicou. — Provavelmente, o percentual de todos aumentará à medida que mais dados forem coletados.
As palavras pareciam ter entrado por um ouvido e saído pelo outro, já que a palavra “orgulho” estava praticamente escrita no rosto de Buhnd.
Emily continuou virando-se para Camus.
— A FPU do ancião Camus está em noventa e três por cento.
Buhnd parecia ter voltado à realidade porque suas sobrancelhas se contraíram quando ouviu o valor. Camus simplesmente assentiu em reconhecimento.
Hester… não foi tão legal.
— O FPU da anciã Hester é, na verdade, o mais alto de todos ficando em noventa e quatro por cento.
Ellie soltou um leve assobio enquanto os olhos de Buhnd se arregalaram. Hester aproveitou esse momento exato para lançar um olhar para o ancião anão, junto com um sorriso arrogante.
— Bah! Os dados não são considerados completamente precisos, lembra? — Buhnd recitou, furioso.
— Eu não disse nada. — Hester deu de ombros. Ela apagou o sorriso no rosto, mas o brilho nos olhos afiados ainda mostrava seu conteúdo.
Acho que há uma alta afinidade pela magia na família Flamesworth, pensei, lembrando a competência de Jasmine em magia, embora não seja em magia de fogo.
Emily virou-se para Kathyln, sorrindo. — Princesa Kathyln, seu FPU está em…
A princesa levantou a mão, balançando a cabeça. — Prefiro não saber. Me conhecendo, me comparar com os outros vai atrapalhar mais do que ajudar.
Alanis concordou com a princesa, mas permaneceu quieta quando Emily finalmente se virou para mim.
— Por fim, a FPU de Arth—General Arthur está em noventa por cento.
Os olhos de Buhnd brilharam mais uma vez quando ele trotou para mim e colocou a mão no meu ombro.
— Você crescerá com o tempo, jovem general, mas por enquanto parece que meu FPU é apenas um pouco mais alto que o seu.
— Parece que sim. — sorri, esperando o mesmo. Desde o início, a produção de mana bruta dos velhos era mais forte que a minha. Eu tinha a vantagem de ser capaz de utilizar todos os quatro elementos básicos e a forma desviante de dois e fundir vários elementos em um único ataque geralmente teria resultados mais devastadores do que um único feitiço elementar, mas, em média, sabia que os anciãos iriam sair por cima.
— Grande conversa para alguém que foi nocauteado primeiro em uma partida de quatro contra um contra o “jovem general”. Zombou Hester.
Buhnd fez uma careta, ficando vermelho.
— Você quer levar isso para o campo, sua velha morcega?
A testa de Hester se contraiu de raiva.
— Novamente com isso de “velha morcega”!
— Chega de brigas! — Camus interrompeu, sentando-se no assento de pedra que Buhnd conjurou para todos nós. — Emeria, o tempo que passamos com o jovem general gerou frutos?
A elfa baixou a cabeça com respeito.
— A taxa de fluxo de mana do general Arthur acelerou em uma quantidade notável. Acredito que esses dois meses tenham sido utilizados em todo o seu potencial.
— Isso é bom. — Camus suspirou, virando-se para mim, um gesto que achei estranho agora que sabia que ele podia ver mesmo sem me encarar. Achei que era mais um gesto para mim do que ele.
Alanis caminhou até mim, entregando-me um pequeno diário encadernado com couro.
— Isto é para você, general Arthur. As gravações detalhadas da minha análise sobre esse período estão escritas aqui. Tomei a liberdade de apontar áreas de potencial crescimento para que você possa ter um treinamento mais guiado enquanto não estou com você.
— Obrigado. — disse sinceramente, segurando cautelosamente o pequeno livro. — Você realmente se superou.
— Foi um prazer trabalhar com você. — respondeu com um gesto cortês.
Buhnd bateu palmas, chamando toda a nossa atenção.
— Tudo certo! Eu não sei sobre todos vocês, mas estou morrendo de fome e minha mente continua voltando àqueles barríeis de álcool de setenta anos!
— Sim. — Concordou Hester. — E em pensar que Buhnd que vai pagar por tudo isso certamente tornará tudo mais saboroso.
Eu podia ouvir Buhnd resmungar quando os três anciãos se dirigiram para a porta. Conduzi o resto a segui-los também. Todos eles mereceram o tempo para relaxar e se divertir.
— Você tem certeza que eu posso ir? Parece uma festa para as pessoas realmente importantes. — Minha irmã perguntou, hesitando.
Dei um tapinha na cabeça da minha irmã.
— Claro que você está convidada. É melhor eu ver você e Boo comendo o suficiente para deixar o ancião Buhnd desabrigado!
Seu vínculo gigantesco soltou um grunhido de confirmação antes de pegar Ellie com o focinho e sair em disparada.
Sorrindo com a conversa, olhei para trás e vi a jovem artífice lutando com alguns artefatos dentro de seu pequeno cockpit de painéis.
— Nós somos os últimos Emily.
— Estou quase terminando de limpar! Você pode seguir em frente!
Não querendo fazê-la se apressar mais do que já estava, segui seu conselho.
— É melhor você estar lá, a menos que queira deixar Ellie sozinha na festa.
POV EMILY WATSKEN
Rapidamente reuni a variedade de papéis que estavam espalhados por todo o chão atrás do meu artefato de medição de FPU—trabalhando no nome ainda.
Depois de colocar cuidadosamente os componentes do painel na caixa de madeira, organizei os papéis por cima, observando o nome de Arthur na folha de cima. Isto foram as leituras de FPU que eu consegui reunir enquanto estava naquela forma angelical em que seus cabelos ficaram brancos. Pensei que tinha perdido.
Soltando uma risada, balancei a cabeça, amassando a folha de papel.
— Noventa e nove por cento. Isso não pode estar certo.
Tradução: Reapers Scans
Revisão: Reapers Scans
QC: Bravo
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