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O Começo Depois do Fim – Cap. 176 – Conduta estratégica

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A curta caminhada até a sala de reuniões foi preenchida por um silêncio constrangedor entre mim e a secretária élfica imaculadamente vestida.

Queria parar no quarto da minha irmã, mas a elfa insistiu que a reunião tivesse prioridade. Meus olhos se afastaram e me vi procurando por alguém familiar— principalmente Tess. Provavelmente foi por causa daquela cena maldita que imaginei nos abraçando, prestes a nos beijar.

Para minha decepção e preocupação, a secretária me informou que Tessia e sua equipe haviam retornado ao seu posto nas Clareiras das Feras.

— Quando eles foram embora? — Eu perguntei.

— Eles partiram ontem ao nascer do sol, general Arthur. — Ela respondeu quase roboticamente antes de parar em frente à sala de reuniões fechada.

O guarda de cada lado da porta de madeira imediatamente se afastou, abrindo a entrada ao nós ver se aproximando.

Os dois guardas bateram no punho das lanças no chão em saudação.

— General.

Entrei na sala circular depois de dispensar a secretária, encontrando o olhar do Conselho e das outras lanças.

Não demorou muito para que a reunião começasse quando todos estivéssemos reunidos— menos Aldir, nosso embaixador desaparecido dos Asuras. No entanto, como Rahdeas e Olfred não estavam mais no Conselho, a sala de reuniões, outrora apertada, parecia assustadoramente espaçosa.

Mal tínhamos nos sentado quando rei Glayder soltou sua raiva. Batendo os punhos na mesa circular em que estávamos sentados, o rei corpulento gritou:

— Qual era o sentido de lorde Aldir assumir o controle do artefato se ele iria fugir para quem sabe onde!

— Não é hora de estourar em algo que não podemos mudar. — Alduin disse irritado.

— Ele está certo. — Concordou Priscilla Glayder. — Há coisas mais urgentes que precisamos cobrir se quisermos nos recuperar desse revés.

Blaine olhou incrédulo para a esposa, mas a rainha ignorou o olhar do marido.

Merial, que estava sentada ao lado do marido, finalmente tirou os olhos da pilha de pergaminho que estava passando e falou.

— Reuni e li vários relatos do que aconteceu, um dos quais foi de Aya, mas acho melhor começarmos com o relato de Arthur sobre o que aconteceu.

— Concordo. — Virion falou, virando seu olhar cansado para mim. O homem era velho desde que eu o conhecia, mas os últimos anos realmente puniram seu corpo e psique. Isso foi evidenciado pelas profundas bolsas escuras sob seus olhos e pela maneira como seu rosto se contorcia em um perpétuo olhar severo.

Os cabelos ruivos de Blaine estavam praticamente em chamas quando se recostou na cadeira, fervendo como uma chama ansiosa para ser alimentada com combustível para liberar sua raiva mais uma vez.

— Claro. — disse, descansando os braços sobre a mesa. Normalmente, as lanças ficavam atrás do respectivo suporte de artefato, mas com os assentos extras disponíveis e o fato de que, mesmo em pé, afetou meu corpo fatigado, fui autorizado a sentar.

Recapitulando os eventos a partir do dia em que Olfred, Mica e eu partimos em missão não demorou muito. Os membros do Conselho me paravam de vez em quando, se precisassem de esclarecimentos ou mais detalhes, mas, caso contrário, deixaram-me falar.

Além de omitir os detalhes que não fui eu quem derrotou Uto, mas seu aliado, contei tudo ao Conselho. Até o final de minha história, Virion assentiu, pensativo.

— Como é que Arthur, que ainda não alcançou o estágio do núcleo branco, conseguiu derrotar não um, mas dois Retentores, enquanto uma lança havia sido morta de maneira impotente? Blaine perguntou, com tom de suspeita em sua voz.

Os olhos de Virion se estreitaram.

— O que você está tentando dizer sendo tão cético em relação ao general Arthur?

— Talvez saber como ele saiu vitorioso em ambos os encontros para que possa preparar melhor o resto das lanças em futuras batalhas contra os Retentores e Foices. — Disse Blaine com um encolher de ombros.

Priscilla colocou a mão no braço do marido, tentando intervir.

— Queri—

— O rei Blaine tem razão. — Interrompi. — O primeiro Retentor contra o qual eu havia lutado não era tão forte quanto Uto— o Retentor que agora aprisionamos. Mesmo assim, saí com essas cicatrizes e uma espada quebrada que havia sido forjada por um Asura.

Todo mundo, menos Virion, mostraram algum sinal de surpresa no rosto quando tirei a luva da mão esquerda e puxei a túnica para expor meu pescoço, mas nenhum deles disse uma palavra.

Continuei.

— Uto, por outro lado, tinha a capacidade de matar eu e Sylvie a qualquer momento, mas não era isso que estava procurando. O Vritra em particular parecia querer desfrutar de uma boa batalha. Quando eu não parecia ser uma grande ameaça, ele abaixou a guarda para tentar incitar raiva por ameaçar matar aqueles que são mais próximos de mim. Sylvie e eu fomos capazes de aproveitar seu descuido e destruir seus chifres.

— Como você sabia que destruir os chifres de um Vritra teria algum efeito sobre sua capacidade de lutar? — Uma voz clara soou atrás de Priscilla. O quem fez a pergunta foi Varay Aurae.

Eu balancei minha cabeça.

— Não sabia. Duvido que até os Asuras soubessem, caso contrário, eles teriam nos contado. Mas me lembro da última lança, Alea, mencionando como Uto ficou furioso quando ela cortou um fragmento do chifre dele.

Minha mentira não era a mais bem pensada, mas mencionar Alea parecia convencer até Blaine e Bairon, que estavam me estudando criticamente ao longo da minha história. Parecia errado enganar a todos, especialmente Virion. Mas não confiava em ninguém neste momento e sabia que contar ao Virion agora, sem nenhuma idéia do que era o objetivo de Seris, apenas sobrecarregaria mais o comandante.

— O poder do Retentor pareceu diminuir significativamente depois que destruímos seus chifres, — Enfatizei “destruído” — e logo conseguimos nos sobrepor. Depois de imobilizar Uto, a única coisa que lembro é da general Aya me acordando.

— Obrigado pela explicação. — Disse Virion após uma breve pausa. — Rainha Priscilla, você gostaria de discutir a próxima questão de negócios?

Com um aceno de cabeça, a rainha falou.

— O fator mais crucial nesta guerra agora é a aliança com os anões. Com Rahdeas preso e mantido para interrogatório, não temos alguém para liderar efetivamente os anões. Além disso, após o reconhecimento do general Arthur em Darv, é óbvio que uma facção ou múltiplas facções estão voluntariamente ajudando o exército Alacryano.

— E se enviarmos algumas forças militares de Sapin para Darv para supervisionar os anões? — Alduin sugeriu.

O rei Blaine, que já havia se acalmado, balançou a cabeça.

— A presença militar dos humanos só assustaria os anões ainda mais pensando que queremos controlá-los. As coisas ficarão ainda mais descontroladas se forçarmos nosso caminho para isso.

Uma ideia surgiu em minha mente, mas vendo o resto das lanças relativamente silenciosas, não tinha certeza se tinha autoridade para falar. Apenas as três lanças presentes não tinham conhecimento de táticas militares e políticas em larga escala, devido ao seu foco no combate. Independentemente, comecei com uma pergunta.

— A prisão de Rahdeas foi tornada pública?

O rei Blaine levantou uma sobrancelha.

— Não, não foi. Parte desta reunião é para discutir como lidar com o traidor e o fato de estarmos sem uma lança e não podemos substituí-lo porque nosso embaixador dos Asuras saiu de férias.

— Então por que não usar isso a nosso favor? — Sugeri, esperando que alguém entendesse.

Felizmente, Virion fez. Seu rosto se iluminou como quando Tessia e eu éramos apenas crianças.

— Brilhante! Arthur, lembre-me de nunca lutar uma guerra contra você.

Virion não precisou explicar muito antes que todos os outros na sala entendessem e até oferecessem ideias sobre como atualizar minha ideia. As pessoas aqui eram inteligentes, afinal.

Basicamente, o Conselho disfarçou que Rahdeas nunca foi preso. Eles teriam que fazer Rahdeas contar como se comunicava com seu povo, mas depois disso, poderiam enviar ordens como se fossem do próprio Rahdeas.

— Não seríamos capazes de fazer algo radical como fazê-los ir imediatamente contra os Alacryans, já que Rahdeas tinha sido tão empenhado em ajudá-los, mas podemos pelo menos proteger as informações se passando por ele.  — Disse Merial, excitada.

A atmosfera na sala ficou um pouco mais clara à medida que a esperança borbulhava lentamente. A próxima lista da agenda estava discutindo como proceder com o interrogatório da general Mica e o interrogatório de Uto.

— O interrogatório da general Mica será realizado por mim, enquanto a general Aya cuidará do Vritra que aprisionamos. — Anunciou Virion. — No entanto, o interrogatório de Rahdeas deve ter prioridade neste momento para garantir a lealdade dos anões. Alguém pensa o contrário?

O resto de nós balançou a cabeça. Todos concordamos. Ter o controle de Darv era crucial para vencer esta guerra.

— Bom. — Virion continuou. — Então discutiremos os detalhes sobre o interrogatório da general Mica e do Retentor em nossa próxima reunião.

O Conselho continuou cobrindo vários outros itens da agenda, muitos dos quais referentes à condição de uma cidade específica.

Merial, que estava organizando as pilhas de pergaminho em torno de sua mesa, pegou o próximo assunto para discutir. Seu olhar piscou para mim, enquanto hesitou um segundo antes de entregar o pedaço de papel ao sogro.

Os lábios de Virion estavam em uma linha sombria enquanto lia o relatório, mas quando terminou de ler, havia um olhar de alívio em seu rosto.

— O próximo assunto é uma rota de suprimentos. Houve outro ataque a uma de nossas carruagens, transportando suprimentos para a Muralha. Felizmente, a carruagem esteve perto o suficiente da Cidade Blackbend para que os reforços pudessem chegar lá a tempo.

— Quantas mortes? — Priscilla perguntou.

— Três mortes e quatro feridos, todos comerciantes empregados pelo grupo Helstea. — Merial lia em voz alta.

— Malditos anões. — Murmurou o rei Blaine com raiva. — Como se os Alacyranos não fossem um pé no saco! Por causa deles, nossos inimigos têm acesso à sua rede subterrânea que leva a quem sabe até onde que fica na fronteira sul do meu reino.

Um mau pressentimento surgiu a menção do nome Helstea, mas, considerando todas as coisas, o dano poderia ter sido pior.

— Bem, felizmente eles foram capazes de voltar a tempo.

Merial olhou para mim e parou por um instante.

— Sim. Também ajudou o fato de que o grupo encarregado de proteger a carruagem tinha um emissor com eles, Alice Leywin.

Pensei que tinha entendido errado por um momento, mas pelos olhares tensos daqueles ao meu redor, sabia que não tinha.

Virion falou primeiro em um tom tranquilizador.

— Como o relatório dizia, nenhum dos chifres gêmeos foi morto.

A única coisa que pude reunir naquele momento foi um aceno de cabeça cansado. A voz do velho elfo soou abafada contra o pulsar do sangue correndo na minha cabeça. Virion tinha acabado de dizer que meus pais e os chifres gêmeos estavam vivos, mas parecia que fui superado com um sentimento de eles apenas evitaram a morte. De repente, aquelas três mortes que Merial lera em voz alta soaram muito mais reais. Poderia ter sido eles e eu não teria sido capaz de fazer qualquer coisa sobre isso.

— Arthur? — Uma voz preocupada tocou.

Saindo do meu transe, olhei de volta para o comandante.

— Desculpe, estou bem. Por favor continue.

Tinha mil perguntas, mas todas eram pessoais. Meus pais e eu tivemos uma separação menos do que o ideal. Meu egoísmo de querer escondê-los em segurança dentro do castelo não ajudou a consertar nosso relacionamento ainda frágil depois que revelei meu segredo. Eles me disseram que queriam ajudar na guerra, mas o pensamento deles realmente em perigo nunca havia ressurgido até agora.

A tentação de simplesmente sair desta sala e descer à superfície para encontrar meus pais cresceu, mas sabia que eles me desaprovariam abandonando meus deveres para apenas checá-los. Relutantemente, concentrei minha atenção novamente no assunto em questão.

O Conselho estava discutindo uma maneira de otimizar as rotas de suprimento de Blackbend, a principal cidade perto do canto sudeste de Sapin, até a Muralha.

— Que tal uma rota subterrânea? — O rei Alduin sugeriu, apontando perto do centro do mapa que eles haviam acabado de desenrolar.

O rei Blaine balançou a cabeça, inclinando-se para a frente e apontando abaixo da área onde Blackbend estava localizado.

— A cidade está muito perto do Reino de Darv. Provavelmente já haverá dezenas de passagens subterrâneas que os anões cavaram ao longo do tempo. Vai ser muito perigoso tentar isso até garantirmos nossa aliança com eles.

— Como é Blackbend? — perguntei, olhando de perto o mapa.

— A economia de Blackbend gira em torno de produtores de batata de vilarejos e aventureiros próximos, por causa da proximidade com as Clareiras da Besta. A cidade é atualmente responsável pelo fornecimento de rações e pela fabricação de armas, principalmente flechas, para os soldados, é por isso que é crucial haver um meio de transporte seguro para a Muralha. — Respondeu a rainha Priscilla, seriamente.

— O terreno ao redor é basicamente de terras agrícolas planas, o que dificulta que as carruagens que transportam suprimentos passem despercebidas. — acrescentou Bairon, falando pela primeira vez nesta reunião.

— Obrigado. — disse a ambos. O conhecimento da rainha era informativo, mas também me fez perceber que minha pergunta era vaga. A resposta que recebi de Bairon era o que eu precisava saber.

À medida que o Conselho discutia mais ideias sobre como garantir melhor a rota de suprimentos, minha mente se desviou para maneiras pelas quais as pessoas deste mundo não seriam capazes considerar. Pensando no navio que ajudei Gideon a projetar alguns anos atrás, olhei para o mapa. Infelizmente, não havia rio perto da Muralha ou da cidade de Blackbend, mas isso me deu uma ideia.

— Rei Blaine — o chamei, interrompendo a discussão. — Quantos anões hábeis em manipulação de metal que você pode conseguir para nos ajudar?

— Existem inúmeros magos de metal, ou modeladores de metal como se chamam,  entre os anões, mas aqueles que são confiáveis ​​o suficiente para uma grande tarefa… — O rei parou para pensar por um segundo.  — Um punhado, talvez.

A rainha Priscilla concordou com a cabeça.

Sem pausa, virei-me para o pai de Tess.

— Rei Alduin, quantos elfos hábeis em magia da natureza você consegue reunir?

O rei élfico olhou para sua esposa enquanto, esfregava o queixo bem barbeado.

Merial começou a olhar através de outra pilha de papéis quando Aya falou.

— Quatro, atualmente em espera. O restante está em missões.

— Isso é sobre o quê? — Virion perguntou.

— Voltarei para explicar assim que eu resolver a logística dessa ideia com Gideon. — disse distraidamente, as engrenagens em minha mente trabalhando furiosamente, enquanto raciocinava como esse plano acabaria por acelerar o processo de transporte de suprimentos, além de manter os passageiros e trabalhadores, principalmente meus pais e os chifres gêmeos, seguros.

A reunião terminou logo depois e levantei-me para sair da sala sufocante quando Virion me segurou.

— Antes de partirmos, gostaria de falar alguma coisa.

Fiquei em silêncio, curioso, esperando-o continuar.

— Em tempos de guerra, é impossível recompensar todas as ações realizadas. No entanto, acho que matar não um, mas dois Retentores. — O comandante alternava seu olhar de mim para Aya. — além de eliminar um traidor perigoso e subjugar um esquema que poderia ter potencialmente matado milhares de civis, pede algum tipo de recompensa.

— Obrigado, comandante Virion. — Disse Aya educadamente. —, mas o que eu fiz foi nos ajudar a vencer esta guerra, não por uma recompensa pessoal.

Virion assentiu.

— General Arthur? E você?

Aprendi na minha vida passada que, em situações como essa, é melhor descartar a recompensa e agradecer a ele por sua gentileza, mas essa também era a oportunidade perfeita para abordar algo que vinha pesando em minha mente desde a última batalha contra Uto.

— Na verdade, há algo que… há algumas coisas que eu gostaria. — disse inocentemente.

Os dois reis e rainhas me olharam surpresos, mas Virion simplesmente soltou uma risada.

— Muito bem, deixe-me ouvi-los!

 

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Fui até o quarto de Ellie, para que pudéssemos visitar Sylvie juntos, me sentindo muito mais alegre— feliz até.

Até Virion ficou atordoado no começo quando lhe disse que queria suspender as missões em breve. Não o culpo; nós tínhamos acabado de perder uma lança, possivelmente duas, e agora ter outra dizendo que queria uma folga teria um preço enorme do nosso lado.

No entanto, eu precisava de algum tempo para treinar e, depois de explicar que, com a guerra escalando no ritmo que estava, não teria muita chance depois. Ele concordou… um pouco.

— Dois meses é o máximo que posso oferecer, e mesmo assim não posso prometer que você não será enviado se algo importante acontecer. — disse com relutância.

“Algo importante” parecia um pouco ambíguo, mas era justo.

— Além disso, como você não participará de missões, será obrigado a participar das reuniões do Conselho. — Acrescentou. — Levando em conta o que já aconteceu no passado, sei que tê-lo aqui— levando em conta em seus pensamentos— será útil.

Isso foi um pouco mais difícil de engolir. Uma das poucas coisas que eu temia agora e na minha vida anterior eram reuniões como a de hoje. No entanto, precisava de tempo para estudar e absorver os chifres de Uto que a Foice havia referido como um “recurso inestimável”.

— Por curiosidade, como você planeja treinar aqui no castelo? — Alduin perguntou antes de eu sair.

— É parte do que eu preciso a como recompensa. — Eu respondi levantando quatro dedos. — Preciso de quatro conjuradores, cada um com afinidade elementar diferente.

— Quatro? — Virion repetiu. Os membros do Conselho estavam obviamente confusos, mas eu sabia pelo brilho nos olhos das lanças que eles entenderam o que eu havia planejado.

 

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Os corredores estavam vazios, então minha caminhada até o quarto de Ellie foi ininterrupta. Pensei em como cumprimentar minha irmãzinha. Sabia que era difícil para ela esperar por mim e nossos pais, sem saber quando voltaríamos. Sendo o irmão atencioso que sou, bati na grande porta de madeira que tinha sido remodelada para se ajustar ao vínculo dela e, com uma voz estridente e ofegante,  lamentei.

— Ellie… é o fantasma do seu irmão. Eu vim para assombrá-la!

Não precisava ser um gênio para deduzir que minha irmã não estava se divertindo quando ela murmurou friamente do outro lado da porta.

— Boo, ataque.

Infelizmente, foi só depois que um urso de trezentos quilos veio me atacar que percebi que talvez o senso de humor de minha irmã se parecesse mais com o de nossa mãe.

Meu corpo voou de volta para o outro lado do corredor quando o corpo de Boo bateu contra mim. Mais impressionado que as paredes não tivessem desmoronado impacto, empurrei a fera de mana enorme.

— É bom ver você também, amigo. — ri cansado, evitando a poça de baba se formando debaixo dele.

A fera soltou um grunhido, borrifando uma mistura de saliva e espuma no meu rosto.

— Fantasma? Sério, irmão? — Minha irmã resmungou, com os braços cruzados em zombaria.

Afastei Boo e limpei meu rosto pingando com uma manga.

— Haha, não posso dizer que não mereço isso.

Não demorou muito para a carranca severa de Ellie amolecer. Ela andou e passou os braços em volta de mim.

— Bem-vindo de volta, irmão.

Gentilmente afaguei a cabeça da minha irmã e pude sentir a tensão no meu corpo se desenrolando pela primeira vez desde que cheguei ao castelo.

— É bom estar de volta.

 


 

Tradução: Reapers Scans

Revisão: Reapers Scans

QC: Bravo

 

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