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O Começo Depois do Fim – Cap. 171 – Conduzindo negócios

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— Prazer em conhecê-lo.

Disse Olfred com a pouca cortesia que conseguiu reunir.

— Meu nome é Cladence da casa…

Sebastian levantou a palma da mão, interrompendo a lança mascarada.

— Deixe-me parar você aqui. Nomes de casas não são necessários em provações como essa. Vou simplesmente chamar você de Cladence e você pode me chamar de Sebastian.

— Muito bem — respondeu Olfred à Sebastian.

— Bom. — O mago de olhos redondos assentiu em aprovação. — Agora. Antes de irmos aos negócios…

Sebastian murmurou um cântico, enquanto acenava com o braço ostensivamente. Depois de alguns instantes, uma proteção translúcida nos cobriu, amortecendo o clamor da taberna. Uma demonstração óbvia, mas não muito impressionante, da magia dos atributos do vento. Ainda assim, joguei como escravo ingênuo e soltei um suspiro de espanto.

O olhar do mago mudou de mim para Olfred, mas vendo que seu convidado mascarado não mostrava nenhum sinal discernível de reverência por essa demonstração, os lábios de Sebastian se curvaram levemente em uma careta.

— Está um pouco barulhento aqui e as pessoas presentes não são as mais educadas, disse, inclinando-se para pegar uma das canecas cheias de cerveja no centro da mesa. — Desculpe-me pelo comportamento de meus subordinados. Incomodando-o assim que finalmente se senta para descansar, vou ter que repreendê-los.

Olfred estendeu a sua mão grande segurando o cabo da caneca com força.

— Isso não é um problema. Obrigado pela hospitalidade aqui na pousada.

— Hospitalidade? — O mago careca olhou incrédulo para a lança mascarada antes de soltar um bufo. — Você e eu sabemos que esse tipo de lugar é adequado para porcos.

A lança mascarada soltou uma risada antes de tomar um gole de sua caneca.

Era óbvio que Sebastian estava olhando para a cabeça de Olfred, tentando dar uma olhada em como seu rosto estava embaixo da máscara.

— Algo de errado? — A lança respondeu depois de perceber.

Sebastian encolheu os ombros com indiferença enquanto bebia da caneca também.

— Só estou curioso sobre a história por trás da sua máscara. Já vi aventureiros vestindo de tempos em tempos, mas nunca nobres.

Olfred coçou a cabeça.

— É muito óbvio que sou um nobre?

— Bem, é preciso conhecer um. — Sebastian disse com orgulho.

— Imaginei. — a lança assentiu. — A julgar pela sua aparência e habilidade mágica, você parecia deslocado aqui também.

Comparado aos homens desagradáveis, a maioria dos quais vestidos de trapos, Sebastian realmente parecia com seu gibão ricamente tingido.

Os olhos de Sebastian brilharam de alegria com a bajulação de Olfred.

— De fato. Ficaria ofendido se você tivesse pensado em mim como esses diabinhos.

A lança mascarada bateu sua caneca de volta na mesa.

— Seria um tolo se o fizesse!

Durante o resto da conversa, parecia que os dois realmente se deram bem. Se Olfred era realmente bom em atuar ou ele na verdade achou Sebastian amável. Não tinha certeza, mas depois de mais algumas canecas de cerveja, Sebastian estava com a cara vermelha e soluçando. Foi quando sua verdadeira personalidade saiu.

— Então… que tipo de garota você está procurando? — Sebastian perguntou, com seus olhos vidrados.

— O que faz você pensar que estou procurando uma garota? — Olfred respondeu.

O mago careca soltou uma risadinha quando apontou um dedo para a lança mascarada.

— Por favor. Meus subordinados me disseram como você praticamente se iluminou quando mencionaram que eu tinha elfos e anões em estoque.

Olfred parou por um momento, e eu quase tive medo de que a lança dissesse algo que ele não deveria.

— E se eu estiver? — Olfred respondeu, sua voz profunda saindo arrastada.

Sebastian levantou as duas mãos em um gesto apaziguador.

— Não julgo. Para que ter dinheiro e poder, se você não pode gastar com o quiser.

— Claro! — Olfred bateu a caneca na mesa de madeira, mas soltou um suspiro profundo. — É por causa daquelas mulheres nobres e da maneira que olham para mim.

Onde ele está indo com isso?

Inclinando-se para a mesa, Olfred apontou para a máscara.

— Você sabe a verdadeira razão pela qual eu uso essa máscara sufocante? É porque eu tenho cicatrizes em todo o meu rosto por conta de um incêndio em casa.

— Ah, sério? — Sebastian perguntou, intrigado.

— Sim, e o pior é que esse incidente aconteceu comigo quando ainda era adolescente. Os ferimentos que consegui em minha perna atrapalharam meu crescimento, não apenas meu rosto estava desfigurado, mas agora sou uma cabeça mais baixo que meu maldito escravo!

Olfred disparou um dedo para mim enquanto estava ali, perplexo.

Mesmo sabendo a verdadeira identidade de Olfred, não pude deixar de adivinhar se esse incidente realmente havia acontecido em algum momento de sua vida.

— Ele passa muita credibilidade. — comentou Sylvie, ouvindo a conversa deles.

— Eu que o diga.

— Nem me diga! — Sebastian terminou outra caneca de cerveja e colocou-a em cima da mesa antes de limpar a espuma em volta dos lábios. — Quando estava servindo a família real, as mulheres corriam para ter a chance de ir para a cama comigo, mas depois de ser dispensado da minha posição, essas mesmas vagabundas me tratavam como de algum tipo de inseto!

— Você serviu a família real? — Olfred exclamou. — Por que você se aposentou?

Sebastian rangeu os dentes, os nós dos dedos ficando brancos de quão duro, ele estava segurando a caneca. — Por causa daquele maldito pirralho.

— Pirralho? Que pirralho? — perguntou Olfred.

O mago de olhos redondos jogou sua caneca no chão, que quebrou com o impacto. Isso atraiu olhares cautelosos das mesas próximas. O resto da taverna que antes era embaçada com o feitiço amortecedor de barulho de Sebastian ficou mais clara por causa de seu estado embriagado.

— Sou um mago de atributos duplos, quase no estágio laranja sólido, mas o único respeito que posso obter é desses macacos sujos! — exclamou acenando com o braço para os homens de aparência vil e as poucas mulheres que não pareciam muito melhores dentro da taverna.

Olfred levantou o copo no ar.

— Para aquelas cobras rasas e miseráveis! Que enruguem e cedam como os trapos soltos que são!

Sebastian bufou alegremente enquanto ria da lança.

— Sabia que encontrei um bom homem quando vi você entrando por aquelas portas! Agora vamos pegar alguns brinquedos novos para você brincar!

Os dois saíram cambaleando da taberna. Sebastian mal conseguia andar com a lesão na perna que eu havia quebrado quando ainda era criança.

— Ei você. Venha aqui. — gesticulou para mim enquanto se inclinava contra a parede da taverna.

Silenciosamente respeitei e fui até o mago embriagado quando repentinamente passou o braço em volta do meu ombro, inclinando-se pesadamente contra mim.

— Você não se importa se eu usar seu escravo como uma bengala, certo Cladence?

— Claro que não. É para isso que servem os escravos. — respondeu Olfred, enquanto eu engolia o desejo cada vez maior de quebrar a outra perna de Sebastian.

— Este homem está realmente testando minha paciência — disse Sylvie com uma raiva fervente que combinava com a minha.

Nós três saímos da taverna com a mulher corpulenta e o homem barbudo seguindo logo atrás. Eu praticamente tive que carregar o esbelto mago com sua perna flácida se arrastando no chão.

— Você sabe… levei meses para ser capaz de tolerar esse posto avançado, mas eu não sinto falta da minha antiga posição. — Sebastian zumbiu ao fazermos nosso caminho pelas ruas escuras de Ashber. — As pessoas aqui fazem mais do que apenas me respeitar – elas me temem. Eu sou um deus para eles.

O mago bêbado deu um tapinha complacente na minha bochecha olhando para cima para ver meu rosto dentro do meu capuz.

— Você viu minha magia antes, certo? Eu posso te matar com o estalar dos meus dedos.

Aguenta Arthur. Por enquanto.

Quando não respondi, Sebastian continuou a bater nas minhas bochechas com a palma da mão, cada tapa ficando um pouco mais forte.

— Você é surdo, ou você está desrespeitando-me por causa da minha perna?

— Não ligue para ele. — disse Olfred, colocando a mão no ombro de Sebastian. — O garoto não pode falar.

— Bah! Cladence, de que serve guardar bens danificados como ele? — cuspiu o mago careca. — Que tal eu lhe fazer um favor e comprá-lo de você? Tenho alguns senhores que gostam de garotos como ele.

— Tentador! — respondeu a lança, tropeçando nas próprias pernas. — Mas ele não é meu. É do meu pai, e a última vez que penhorei uma de suas coisas, me cortou do dinheiro dele por um mês inteiro!

— V-Vê? — Sebastian soluçou. — Esse é o tipo de coisa que eu não sinto falta. O dinheiro da família é bom e tudo, mas não é verdadeiramente seu. Minha riqueza é minha. Cem por cento meu!

Olfred assentiu.

— Verdadeiramente invejável.

Viajamos para o outro lado da cidade por ruas sem nome, cheias de casebres gastas e becos cheios de pilhas de lixo. Ao longo do caminho, o mago bêbado tropeçou inúmeras vezes nas ruas negligenciadas, cheias de rachaduras e buracos, e cada vez que isso acontecia soltava uma série de maldições para mim.

— Graças aos céus que você não é meu escravo. Algo em você me irrita. — cuspiu enquanto olhava para mim através dos olhos brilhantes sem saber que, se estivesse sóbrio e se preocupasse em olhar com cuidado, poderia ter reconhecido quem eu era.

Eu podia sentir uma fúria violenta crescendo, mas não era minha. Sylvie, ainda escondida nas profundezas da minha capa, estava prestes a explodir quando finalmente chegamos.

À nossa frente havia um amplo edifício de pedra sólida de um andar. Apenas de uma olhada superficial, a estrutura pareceu ter mais de duzentos metros de diâmetro e com várias dezenas de metros de largura. Havia dois guardas preguiçosamente sentados contra a parede ao lado da entrada da frente.

Eu tinha certeza de que um edifício desse tamanho não existia em Ashber quando morava aqui, o que levantou as questões: Sebastian o construiu? E se ele fez, quantos escravos capturou para exigir uma prisão tão grande?

Os guardas se levantaram, saudando desajeitadamente em sincronia.

— Senhor!

Seus olhares cintilaram em suspeita entre mim, seu chefe que estava encostado fortemente em mim e o Olfred mascarado. Um dos guardas já segurava o punho de sua espada bruta, semelhante a um facão, presa às costas.

— Abra as malditas portas, idiotas inúteis! — Sebastian latiu. — Temos um cliente.

— Sim, senhor! — responderam em sincronia desta vez antes de separar as duas portas de metal deslizantes.

Acho que vou descobrir quantos escravos ele está segurando aqui em breve

Pensei enquanto levava Sebastian pela entrada com Olfred apenas ao meu lado.

O cheiro me atingiu primeiro. Uma mistura de odores desagradáveis ​​foi amplificada pelo ar úmido e pegajoso causado pela falta de ventilação adequada. Mesmo Olfred visivelmente recuou do cheiro, enquanto Sebastian apenas acenou com as mãos na frente do nariz. Havia pouca visibilidade entre o tremular das luzes e o alçapão no chão alguns metros à nossa direita.

— Algo não parece certo — alertou Sylvie.

— Também sinto isso, mas, novamente, se você pensar onde estamos, seria estranho parecer normal. —  respondi. Dando outro passo.

Meu peito apertou e os meus pelos estavam arrepiados, mas ignorei o protesto do meu corpo. Se eu ia voltar e salvar as pessoas que estavam aqui, tinha que saber seu layout e aproximadamente quantos foram presos.

— Alguém morreu aqui de novo? — disse com raiva.

Um homem magro e esfarrapado, de macacão, e um avental sujo saiu correndo de um dos corredores mal iluminados das celas.

— Senhor! Minhas desculpas pelo cheiro. Estava apenas limpando!

Sebastian finalmente se afastou de mim, sozinho com a bengala de madeira que a corpulenta mulher carregava para ele.

— O que aconteceu?

O feiticeiro de olhos redondos começou a mancar pelo corredor central, checando cada uma das celas da prisão que eu presumi terem escravos lá dentro. Era estranho o quão silencioso era esse lugar. Não houve lamentos de tristeza ou pedidos de ajuda. Estudei cada um deles, enquanto seguia Sebastian com Olfred. Todos estavam vestidos de trapos, amontoados no canto mais distante da cela. Quando olharam para nós, senti calafrios no escuro com os olhos vazios que todos compartilhavam.

— Não olhe. — enviei para Sylvie enquanto ela se mexia do interior da minha capa.

— É tão ruim — respondeu Sylvie, mais como uma afirmação do que como uma pergunta.

Cerrei os dentes.

— Eles são tratados pior que o gado.

— Era uma das mulheres grávidas. — respondeu a pessoa que estava limpando ao pousar o esfregão que estava segurando antes de seguir seu chefe. — Ela morreu dando à luz.

— O bebê. Sobreviveu? — Sebastian perguntou, imperturbável.

— Teremos que esperar mais alguns dias para ter certeza, mas a menina recém-nascida parece saudável agora.

Sebastian assentiu em aprovação.

— Excelente. O recém-nascido valerá mais do que aquela vagabunda de qualquer maneira.

Enquanto o feiticeiro lentamente mancava pelos corredores, notei as diferentes reações de cada um dos escravos. Alguns tremeram incontrolavelmente quando Sebastian passou, outros tinham olhares maldosos, alguns apenas tinham olhares distantes e vazios.

— Os anões e os elfos são mantidos mais abaixo, mas… — Sebastian virou-se para encarar Olfred, um sorriso lascivo no rosto magro e pastoso. — Você vê alguém que está morrendo de vontade de colocar em suas mãos?

A lança mascarada levantou a mão.

— Na verdade…

Antes que eu pudesse reagir, a terra embaixo de Sebastian começou a se envolver, cobrindo os pés e subindo pelas pernas.

— Huh? — Sebastian soltou enquanto tentava sair da terra nascente.

Virei minha cabeça em direção à lança mascarada.

— O que você está fazendo?

A lança permaneceu em silêncio enquanto continuava seu feitiço. Era lento, mas estava fazendo de propósito. Podia ver o mago de olhos arregalados de medo e confusão.

— O-o que seus idiotas estão fazendo! Peguem eles! — o mago usou sua bengala de madeira para disparar contra Olfred quando soltou um grito agudo de agonia. A terra que consumiu suas pernas e continuava subindo, seu corpo começou a ficar vermelho escuro. Um leve chiado pôde ser ouvido em meio a seus gritos quando o cheiro de carne queimada chegou ao meu nariz.

O feitiço que Olfred lançou sobre Sebastian não foi para prendê-lo, era para torturá-lo lentamente.

— Olfred!

Gritei sem sucesso. O carcereiro se afastará o mais longe possível de Sebastian. Eu podia ouvir os passos dos dois subordinados atrás de nós.

— Droga —

Assobiei, girando a tempo de pegar o braço do homem corpulento, pouco antes de sua adaga alcançar a lança.

Duvido que a fraca tentativa lhe causasse algum mal, mas, no entanto, esses dois eram problemas.

— Fora do caminho! — O bruto cuspiu enquanto balançava o outro braço.

Sem um pingo de hesitação, dei um soco no braço do homem. Um estalo agudo ecoou da colisão pouco antes de sua mão cair ao seu lado.

O homem barbudo soltou um uivo de dor, deixando sua adaga cair para apoiar o braço quebrado.

Peguei sua adaga enferrujada quando caiu e dei uma rasteira logo abaixo dos joelhos da corpulenta mulher. Ela caiu no chão, mas antes que pudesse levantar enfiei a adaga de seu companheiro em sua mão, espetando-a no chão.

Olhei por cima do ombro para ver como Sebastian se saiu contra a lança, mas tudo o que vi foi uma estátua de lava derretida na forma de um mago. Ele estava morto, envolto em uma tumba de magma endurecido.

— Que diabos! — bati, agarrando o ombro da lança mascarada. — Mesmo se você o quisesse morto, você poderia matá-lo sem usar magia desviante. O que você fará se o Vritra perceber o que aconteceu aqui?

— Suas preocupações são em vão. — disse Olfred calmamente, tirando a máscara.

Confuso, ativei Realmheart. Queria ver quanta flutuação de mana foi causada pelo feitiço da lança, e se era possível permanecer oculto apesar desse revés.

No entanto, o que vi me deixou ainda mais confuso. Havia partículas de mana movendo-se erraticamente ao redor do cadáver de Sebastian, mas também havia flutuações de mana ao nosso redor. Ou um feitiço de larga escala foi usado ou uma batalha ocorreu aqui recentemente.

Girei, a visão trêmula e as palmas das mãos úmidas. Meus instintos já tinham sentido o que estava acontecendo antes mesmo de eu ver o familiar Vritra se aproximando de mim.

 


 

Tradução: Reapers Scans

Revisão: Reapers Scans

QC: Bravo

 

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