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My Disciple Died Yet Again – Arco 06 – Cap. 185 – Segunda Arte de Trolar a Discípula

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Já fazia exatamente um mês que Zhu Yao estava nas distantes terras do norte para ser ensinada, e ela, aos poucos, foi entendendo por que Shao Bai queria a mandar para lá. As artes e selos para cada atributo eram diferentes. Ela pensou que, após receber a energia sagrada da herança naquela vez, teria recebido toda a herança de um Deus.

 

Mas só depois de um tempo que foi descobrir que a energia sagrada esteve no seu corpo o tempo todo, e segundo o avanço em suas artes, essa energia seria liberada pouco a pouco. Era um conceito completamente diferente da energia divina e da espiritual em suas cultivações passadas.

 

A energia externa era absorvida para o uso próprio, mas isso era completamente diferente para os Deuses. Os seus corpos tinham energia suficiente desde o começo, então eles só precisavam guiar tudo para fora. Assim como um baú de tesouro trancado, a cerimônia de herança no Pavilhão das Revelações meramente dava uma chave para abri-lo, enquanto as artes lhe diziam como usar essa chave para abrir o cadeado.

 

Vale ressaltar que todos os Deuses são especializados em artes de selamentos, as quais eram muito semelhantes a formações. Entretanto, formações quase sempre não precisavam ter um alvo certo, mas as artes de selamentos eram um tipo de arte feito para ser efetivo contra um tipo específico de energia. É claro, não precisava nem pensar muito para supor que elas eram usadas para lidar com Demônios.

 

Zhu Yao ficou um tanto alegre, em segredo. Com isso, se ela encontrasse um Demônio no futuro, não precisaria ter medo por ser impotente. Por este motivo estava aprendendo com maior atenção do que antes. Por ter estudado formações no Pico da Floresta de Jade no passado e ter um mestre com uma enorme especialização nisso, ela estava aprendendo a um ritmo rápido.

 

Agora já podia executar artes de selamento simples sozinha.

 

Hoje, ela acordou mais cedo de propósito, esperando até que Yue Gu viesse para a aula. Desde que esse Deus Superior inconfiável roubou a sua casa, ela não teve outra escolha a não ser construir outra cabana de palha no pico da montanha. E pelo fato de a planície ser a única em toda a montanha, cada vez que precisavam ter uma aula, ele precisava subir até lá para ensiná-la. Enquanto esperava no pico da montanha, ela teve a sensação de que tinha buscado um professor particular e que a mensalidade era, por coincidência, uma cabana de palha.

 

No momento em que ela saiu de casa, Yue Gu já estava vindo ao longe. Usando um manto branco sem amarrotados nem manchas, cada um dos passos que ele dava era calmo e sereno, como se tivesse deixado todos os desejos mundanos de lado. Os seus olhos encaravam sem parar o que estava à sua frente, e o seu rosto não mostrava expressões. Essa aparência familiar sempre a fazia pensar que estava olhando para o seu mestre, fazendo com que tivesse o impulso de correr até ele para lhe dar um beijo… se o cabelo dele não ficasse emaranhando pelo mato no chão, é claro.

 

Yue Gu parou os pés de repente e virou-se para olhar o cabelo emaranhado, franzindo o cenho. Então ele virou-se novamente e continuou andando para frente, como se tentasse puxar o seu cabelo usando a força bruta.

 

Depois de dar dois passos, não teve sucesso.

 

Com um suspiro, não teve outra escolha a não ser usar suas mãos para agarrar a ponta do cabelo e puxar com força.

 

Mas o cabelo dele parecia ter ficado preso, pois continuava amarrado no mato e nos galhos, não querendo se soltar. A sua carranca ficou ainda mais profunda de novo, e ele se virou e encarou com fúria aquelas ervas daninhas, como se planejasse usar o seu olhar para matar o alvo, para que assim soltassem o seu cabelo.

 

Enquanto Zhu Yao estava hesitante se deveria ir até lá para ajudar ou não, viu um raio branco dentro da palma dele, e, então, ele a balançou na direção da ponta do cabelo. O seu longo cabelo e o mato flutuaram pelo ar, depois, em um instante, o seu cabelo, que antes estava tocando no chão, foi cortado em dois centímetros. Ele enfim tinha sido capaz de escapar. Após isso, continuou caminhando na direção dela de maneira leve e calma, como se a cena de antes nunca tivesse ocorrido.

 

Claro, teria sido perfeito se o seu cabelo não tivesse ficado emaranhado uma segunda vez…

 

Zhu Yao deu um profundo… e grande suspiro.

 

Por que todos os meus mestres são bobos e fofos?

 

Ela simplesmente não conseguiu assistir mais. Indo à frente, ela salvou o cabelo dele do perigo. Caso não o fizesse, ele poderia ter raspado toda a cabeça quando chegasse até onde ela estava.

 

— Pronto! — Zhu Yao jogou o cabelo que ela salvou de volta para debaixo dos seus pés.

 

Os olhos de Yue Gu se arregalaram um pouco naquele momento. Ele se virou para encarar aquele monte de mato e, então, para o seu cabelo completamente intacto. Os olhos que usava para encará-la brilharam de repente com um pouco de elogio.

 

— Nada mal!

 

Nada mal é o caralho!

 

Eu não quero ser elogiada por algo assim.

 

— Você não poderia simplesmente amarrar o cabelo? — Durante todo este mês, todos os dias, ele nunca deixou de ter o cabelo arrastando no chão dessa forma. Embora o seu cabelo fosse bem fluido, como se tivesse sido alisado antes, uma situação em que todo ele estava emaranhado já acontecera algumas vezes. Você morreria se amarrasse-o!?

 

— Amarrar? — Yue Gu ficou em choque por um momento, suas sobrancelhas começaram a franzir mais uma vez antes de ele dizer: — Este método é inconveniente.

 

— Impossível! — Pelo menos é melhor do que ter o cabelo enroscada a toda hora. Você só é preguiçoso, né?

 

Yue Gu suspirou enquanto fazia um selo de mão. Uma leve brisa soprou, e, em um instante, o seu cabelo preto retraiu e começou a se enrolar, fazendo um simples penteado amarrado em sua cabeça. Entretanto, em menos de um segundo depois, quando a sua mão desceu, o penteado, que foi fixado pela sua arte, se desfez como um balão perdendo todo o ar. O seu cabelo começou a ficar bagunçado pouco a pouco e, no fim, virou um “ninho de passarinho”.

 

Yue Gu virou-se para olhar a sua discípula, mostrando uma careta: Viu só, não pode ser amarrado, né?

 

Quem te disse para amarrar o cabelo com uma arte mística! Zhu Yao levou a mão à testa.

 

— Então você lidava com o problema do seu cabelo dessa forma no passado? Quando ele fica enroscado, você o corta?

 

— Esse nem sempre é o caso. Normalmente, eu… — Yue Gu, com calma, olhou para os arredores e disse, de maneira digna: — primeiro corto o mato.

 

— … — Ela finalmente entendeu por que ele era chamado de Deus ancestral que não aparecia no mundo com frequência. As Raças dos Deuses já não eram mais capazes de o fazer parar de agir com essas maneiras bobas.

 

— Siga-me. — Zhu Yao sentia que se continuasse discutindo mais, ficaria louca com esse idiota sem habilidades de vida. Puxando-o, os dois caminharam até a casa. Depois de pensar por um momento, ela se virou para amarrar o seu cabelo a fim de evitar que ficasse enroscado de novo.

 

Após chegarem na casa, ela fez com que ele se sentasse na cadeira. Então prosseguiu com a ajuda para amarrar o cabelo preto dele e, depois de ver que ela não tinha nenhum prendedor de cabelo, pegou um par de pauzinhos para comer ao lado. Então separou o cabelo dele em duas seções e fez um bom penteado para ele.

 

— Pronto! — Ela finalmente tinha dado um jeito naquele cabelo horroroso.

 

Yue Gu ficou perplexo por um momento. Sem estar acostumado com isso, ele balançou a cabeça um pouco, mas percebeu que o seu cabelo estava no lugar e que não caía. Os seus olhos se arregalaram um pouco no mesmo instante. Ao levantar a cabeça, olhou para ela, então se levantou e, mais uma vez, balançou a cabeça com força, ainda com dúvidas. O seu penteado ainda estava tão estável quanto o Monte Tai.

 

Zhu Yao sentiu que todo o ser dele brilhou de repente, como se tivesse descoberto de repente um mundo completamente novo, os seus olhos se arregalaram. Virando-se, pareceu querer dizer algo a ela, mas lembrou-se que tinha o seu orgulho como seu professor. Fingindo algumas tossidas, ele então forçou-se com tudo o que podia para falar com um tom calmo:

 

— Mn, discípula, o seu professor acha que essa sua arte aí é incrível!

 

O canto dos lábios de Zhu Yao se torceu. Arte, hein? Nessas horas você ainda quer agir maneiro? Eu já descobri faz tempo que a sua aptidão para as habilidades de vida é zero.

 

Ao se lembrar da pessoa que atualmente estava no Reino Divino, a qual tinha maximizado todas as suas habilidades de vida, ela instantaneamente deu a Yue Gu outro xis vermelho em seu coração.

 

Yue Gu, que foi apresentado a um novo mundo dos penteados amarrados, sentiu-se cheio de energia o dia todo, o seu índice de humor tinha aumentado um monte. Além de ensinar com maior diligência do que antes, ele não conseguia segurar a vontade de estender a mão e tocar o novo penteado toda hora, no entanto, o seu rosto parecia tão calmo quanto antes. Porém, os seus gestos de mãos cuidadosos e sua cabeça, que estava dois centímetros mais alta do que o normal, eram provas de que ele estava tão renovado que foi incapaz de aguentar a sensação de alegria.

 

Com relação a esta situação, não pergunte a Zhu Yao, que foi responsável por isso, sobre o humor dela, sério. Ela não queria falar disso.

 

Desde aquele dia, Zhu Yao ganhou um alarme adicional. Todos os dias, quando o sol estava prestes a nascer, Yue Gu aparecia sempre na mesma hora na frente da porta dela, pedindo para que ela ativesse o seu modo de penteado amarrado. No começo, amarrar o cabelo dele não era grande coisa, mas qual era a daquelas desculpas ridículas que inventava sempre que ia a procurar?

 

— Discípula, o seu professor está aqui para conferir as suas artes. Vamos primeiro começar pela arte usada para amarrar o cabelo.

 

— Yue Nan, como diz o ditado: ganha-se novas compreensões ao se revisar materiais antigos. Vamos primeiro revisar aquela arte de amarrar o cabelo.

 

— Discípula, ainda se lembra da arte de amarrar o cabelo? O seu professor teme que você pode tê-la esquecido.

 

— Pequena Sétima, faz tempo desde que você se mudou para as distantes terras do norte, como vão os seus estudos? Está indo bem com a arte de amarrar o cabelo?

 

Toda vez que ela ouvia isso, Zhu Yao sentia vontade de trocar o pente que tinha em mãos por uma tesoura, para que assim pudesse cortar todo aquele cabelo irritante dele e terminar com isso de uma vez por todas. Além disso, ele estava chegando mais cedo a cada dia que passava. Às vezes, antes que o sol tivesse sequer nascido, ele já estava do lado de fora, batendo na porta.

 

Ela também queria ignorá-lo e apenas deixá-lo batendo na porta. Entretanto, após bater por um tempo, ele invadia a sua casa por vontade própria. Mesmo que ela colocasse formações e usasse artes de isolamento, diante daquele Deus ancestral, cujos poderes marciais estavam além do comum, tudo era completamente inefetivo.

 

No final, ele acabou movendo a cabana de palha que roubou para o pico da montanha e passou a viver ao lado dela, para que assim fosse mais conveniente para ter o cabelo arrumado sempre que quisesse. A nova cabeleireira Zhu Yao simplesmente queria perguntar uma coisa:

 

Posso começar a te xingar agora?

 

~*~

 

Zhu Yao não conseguia mesmo entender como alguém poderia ser capaz de não ter habilidades de vida a esse nível. Ele não tinha um lugar para morar, não sabia arrumar o cabelo… Como foi que conseguiu viver até hoje? Se não fosse pelo seu físico de Deus, já teria morrido de fome há muito tempo, né?

 

Ela fritou um pouco de peixe enquanto retorquia sobre um certo professor em seu coração. Havia um lago atrás do pico da montanha, o qual havia sido notado por Zhu Yao depois de três meses estando ali. Além disso, peixes de todas as cores estavam sendo criados lá. Cada um deles tinha um peso de aproximadamente algumas dezenas de quilos e pareciam lindos. Isso a fez se lembrar de flâmulas de peixes que vira no passado.

 

Pelo fato de essas flâmulas serem de peixes que representavam prosperidade, ela frequentemente via pessoas as levantando na era moderna, mas nunca comeu nenhum deles antes. Sem contar que todos eram caros demais. Quando viu um ali, não resistiu aos pensamentos de os comer.

 

Depois de pegar dois e os limpar, ela começou a colocá-los na grelha e fritá-los e os observava enquanto eles revelavam uma cor dourada; o aroma tomou conta do ar no mesmo instante. No começo, não estava sentindo fome, mas, agora, não conseguia mais suprimir a saliva que saía da sua boca.

 

Justo quando estava preparada para retirá-lo do fogo e comer, uma leve brisa passou por ela de repente. Uma figura branca apareceu no mesmo instante ao seu lado, e ela teve um mau pressentimento na mesma hora.

 

O visitante encarava intensamente o peixe frito na grelha e disse, com uma expressão pesada:

 

— Discípula, por que você está queimada? — Uma arte de água foi então colocada em cima de tudo. — Haah, você deve ter usado errado as suas artes de fogo. Como está agora?

 

Zhu Yao, cujos esforços foram desperdiçados: — …

 

Silenciosamente o puxando para ele se virar na sua direção, ela começou a repetir as palavras que usou com maior frequência nos últimos dias mais uma vez:

 

— Eu estou aqui! — Meus ovários, como ele confundiu aquele peixe frito comigo!? Além disso, você já viu uma fênix queimada antes? — Esse é o peixe que eu estou fritando.

 

Zhu Yao deu um longo suspiro e começou a acender o fogo mais uma vez, na esperança de que o peixe ainda pudesse ser salvo.

 

Yue Gu ficou pasmo por um momento e, então concentrou a sua linha de visão no rosto dela. A sua expressão não carregava o mínimo de vergonha por tê-la confundido com outra coisa. — Peixe? Por que você está o fritando?

 

— Claro que é para comer. — respondeu Zhu Yao, casual.

 

Yue Gu parou de falar e, mais uma vez, virou-se para olhar o peixe, uma encarada que o fazia parecer estar olhando para aquilo mortalmente. Era como se estivesse estudando um problema complexo, como “essa coisa pode mesmo ser comida?”

 

Zhu Yao virou o peixe…

 

Ele encarou.

 

Zhu Yao adicionou alguns temperos no peixe…

 

Ele encarou.

 

Zhu Yao terminou de fritar e invocou um prato para o colocar…

 

Ele encarou.

 

Zhu Yao pegou os pauzinhos e prendeu o peixe…

 

Ele encarou.

 

Zhu Yao…

 

Certo, ela já tinha perdido o apetite agora. Suspirando, entregou o prato para ele.

 

— Professor, quer um pedaço? — Ela até mesmo colocou outro par de pauzinhos limpos no prato. Pode pegar, ela é generosa, afinal.

 

Então Yue Gu pegou todo o prato com o peixe…

 

Zhu Yao: — …

 

— Você também está planejando fritar o outro? — Yue Gu terminou o peixe todo com apenas duas ou três bocadas e, então, olhou para o outro peixe cru ao lado com olhos brilhantes.

 

Posso me rebelar contra o meu professor agora?

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