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My Disciple Died Yet Again – Arco 06 – Cap. 181 – Pássaros Parecem Gostar de Me Levar Para o Ninho Deles

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Ao invés de ser comida, ela cairia para a sua morte. Zhu Yao começou a se debater com toda a sua força, mas o bico da enorme roca era tão forte quanto um alicate de ferro. Somente quando ela voltou ao ninho que a colocou no centro dos três passarinhos.

 

Por um momento, Zhu Yao ficou um pouco nervosa à medida em que esperava os três se atirarem nela e a esquartejarem toda.

 

Entretanto, aqueles três pássaros de cabeça pelada sequer olharam para ela enquanto a empurravam para o lado com atitudes desprezadoras e se atiravam no colo da enorme roca.

 

Isso aconteceu porque ela tinha pouca carne? Aqueles pássaros eram bem exigentes.

 

Com um balanço da asa, a grande roca abrangeu os três pássaros de cabeça pelada debaixo dela, então se virou para Zhu Yao, como se… estivesse esperando por algo? Os seus olhos estavam focados, e ela até mesmo baixou a cabeça de propósito, a encarando no nível dos olhos.

 

Uh… O que ela estava tentando fazer?

 

— Chi… — chamou o grande pássaro, enquanto a olhava com a cabeça inclinada, piscando os seus olhos roxo-escuros.

 

Zhu Yao ficou rígida. Ela devia ter ficado cega, né? Por que conseguia sentir adoração vinda dos olhos daquele pássaro?

 

Ao ver que ela não havia reagido, o grande pássaro emitiu um choro triste. Usando sua cabeça, levemente a acariciou algumas vezes, como se a confortasse.

 

Zhu Yao teve um pensamento atrevido de repente. Este pássaro… não poderia estar a tratando como um dos seus filhotes, certo?

 

Ela olhou para as suas próprias asas sem pena e, então, para os três passarinhos pelados debaixo da asa da roca. Pois é, eles se pareciam muito.

 

O grande pássaro não demorou muito. Em menos de dez minutos, ele colocou de volta os outros três pequeninos de volta no ninho, bateu as asas e saiu voando.

 

Os três passarinhos pelados voltaram, cabisbaixos.

 

O primeiro empurrou Zhu Yao enquanto passava por ela.

 

O segundo, de forma semelhante, e empurrou enquanto também passava por ela.

 

Quando o terceiro se aproximou, ela já tina sido empurrada para o canto do ninho.

 

Ei. Os passarinhos neste ninho são mesmo discriminatórios.

 

Não havia muita interação entres os três passarinhos. Depois que eles chiaram algumas vezes sem motivo aparente, começaram a adormecer. O grande pássaro voltou algum tempo depois, e algo estava pendurado em seu bico. Ele parou acima do ninho, abriu a boca e… quatro ou cinco ratos cinzentos de cauda longa caíram.

 

— Chi chi chi… — Um motim se iniciou de repente dentro do ninho. Os três passarinhos ficaram evidentemente muito animados, batendo suas asas carnudas e despenadas; os seus olhos brilhavam enquanto observavam os ratos no chão.

 

O coração de Zhu Yao saltou. Ela não estava os alimentando com aquilo, certo?

 

Como já imaginava, o grande pássaro pegou os ratos e colocou cada um deles na frente dos passarinhos, inclusive na frente dela!

 

Os três passarinhos já tinham começado a comer alegremente. Um deles usava suas garras como pauzinhos para agarrar o rato, enquanto os outros engoliam inteiro. Zhu Yao olhou para o rato cinza pelado e que estava tremendo, mostrando sinais de que ainda não tinha morrido, e todo o seu corpo de pássaro parecia desconfortável. Mestre, este lugar é assustador. Se apresse e venha buscar a sua discípula.

 

— Chi, chi? — Ao ver que ela não começou a comer depois de tanto tempo, a mamãe pássaro aproximou a sua cabeça da dela mais uma vez e a encarou de maneira estranha. Usando o seu bico, cutucou o rato, como se pedisse para que ela se apressasse e comesse a sua refeição.

 

Zhu Yao: — …

 

Eu não quero comer ratos! Ainda mais um que está vivo!

 

A mamãe pássaro o cutucou algumas vezes, mas Zhu Yao ainda não havia se movido. Então ela deu um grito, mas não se sabia se era de tristeza ou de confusão. Depois, virou a cabeça e pegou um dos ratos restantes que estava debaixo do seu pé e o colocou diante dela, novamente empurrando-os na direção de Zhu Yao.

 

Como se dissesse tudo bem, vou te dar dois. É o suficiente, não é? Coma, rápido!

 

Zhu Yao queria chorar. Ela não estava reclamando por ter uma porção menor!

 

As ações injustas da mamãe pássaro chamaram a atenção dos outros passarinhos. Os três pelados, que estavam comendo agora há pouco, pararam de repente e olharam na direção dela. Zhu Yao conseguia sentir o seu medidor de ódio aumentando em três vezes.

 

— …

 

O que ela faria? Olhar para aquilo já a deixava enojada, que dirá comer. No entanto, ao ver os olhos sinceros da mamãe pássaro, ela sentiu a consciência pesar repentinamente.

 

A luz nos olhos de Zhu Yao girou. Depois de levantar as suas asas carnudas, ela apontou para as costas da mamãe pássaro e pulou algumas vezes, animada.

 

Quando todos os pássaros se viraram para olhar, ela imediatamente agarrou alguns galhos de árvore e enterrou os ratos. Então, com a cabeça, os empurrou para o lado, fazendo parecer que já os tinha comido.

 

Quando os quatro pássaros se viraram, ela levantou lentamente a cabeça, lambendo o bico.

 

Meus ovários. Ser um pássaro realmente testava bem as suas habilidades de atuação. A vida de um pássaro era difícil demais.

 

~*~

 

Zhu Yao então começou a viver no ninho estreito. A mamãe pássaro saía várias vezes por dia, e sempre que voltava, as coisas que trazia consigo eram diferentes. Às vezes, eram vários tipos de ervas e frutas, enquanto em outras, naturalmente, diversos tipos de carnes. Cada um deles estava vivo, sem exceção.

 

As coisas ainda estavam indo bem quando frutas eram trazidas, pois ela poderia comê-las, mas carne viva era realmente algo que não podia aceitar. Portanto, a única coisa que pôde fazer foi pensar em diversos métodos para desviar a atenção da mamãe pássaro e, então, esconder as carnes de ratos, coelhos e outros animais.

 

Depois de três dias, havia diversas carnes sendo escondidas debaixo do seu pé. Se isso continuasse, com certeza seriam descobertas. Além disso, o clima parecia ter esquentado, e isso significava que as carnes começariam a feder.

 

A fim de evitar que esta situação ocorresse, ela bolou um plano. Enquanto os outros pássaros estavam comendo frutas, ela agarrou um rato e o jogou para o passarinho perto dela. Como esperado, os seus olhos começaram a brilhar, e ele balançava suas asas carnudas, animado. No entanto, ele não se moveu, pelo contrário, olhou para ela, com dúvidas. Ele parecia querer devorar aquilo, mas era algo que pertencia a ela, por isso não se atreveu a se mover.

 

Zhu Yao estendeu suas garras e puxou a frutas que lhe pertencia para o seu lado. Eu estou trocando com você!

 

Só então o passarinho compreendeu. Ele então empurrou mais três frutas para ela antes de devorar o rato, agora estando com a consciência limpa.

 

Nos dias que se seguiram, Zhu Yao continuou com a sua rotina. Primeiro ela escondia as carnes, depois, quando havia frutas, ela as pegava e trocava com o passarinho pelas frutas dele. Conforme passavam os dias, até o passarinho se acostumou com aquilo. Sempre que era hora de dividir as frutas, ele automaticamente as empurrava para ela.

 

Por isso, três meses depois…

 

O passarinho que esteve alojado ao seu lado rapidamente ficou mais gordo, revelando o seu corpo três vezes maior que o dos outros e ocupando quase metade do espaço do ninho. Ao ver isso, até Zhu Yao ficou se sentindo um tanto culpada, enquanto hesitava se mudava o alvo para trocar comida.

 

Os passarinhos já tinham penas e não estavam mais pelados como antes. Entretanto, as penas de todo os três pareciam um pouco diferentes do resto. Um era cinza claro, outro era cinza escuro, enquanto o último era cinza e preto. Apenas as dela… eram coloridas como um arco-íris!

 

Penas de várias cores cresceram em Zhu Yao, e ela parecia atrair bastante atenção dentro daquele ninho de passarinhos escuros. A mamãe pássaro sempre parecia ter algumas dúvidas ao olhar para ela.

 

Como já imaginava, elas não eram da mesma espécie. As suas penas a entregavam.

 

Zhu Yao não tinha total certeza do que ela realmente era. No começo, quando viu suas penas de sete cores, o seu primeiro pensamento foi uma fênix. Entretanto, fênix tinham rabos emplumados, mas o dela não tinha uma sequer, e o seu rabo não mostrava sinais de que cresceria alguma também. Ao invés de dizer que ela era uma fênix, era mais certo dizer que era uma… galinha!

 

Ela sentiu de repente que tinha sofrido um grande golpe em toda a sua vida.

 

~*~

 

Hoje, o céu estava limpo, nenhuma nuvem sequer podia ser vista em vários milhares de milhas. Era o dia em que a mamãe pássaro estava levando todos os passarinhos juntos.

 

Comparados com o primeiro encontro, todos eles tinham ficado consideravelmente maiores, estando agora com pelo menos o dobro do tamanho. Fora o passarinho número três, que ficou quatro vezes maior. E, é claro, foi culpa de Zhu Yao tê-lo alimentado. O único que não cresceu nem um pouco foi Zhu Yao, talvez por só ter comido frutas. No entanto, o seu tamanho original já era maior que o de um pássaro comum em primeiro lugar, então o seu corpo magro não ficava muito evidente aos olhos.

 

Somente depois de saírem do ninho que ela descobriu que estava, na realidade, em uma enorme planície de gramado em cima de um penhasco. Todos os passarinhos estavam muito animados, mas nenhum deles sabia voar, por isso só batiam suas asas e arranhavam o chão com as garras, brincando alegremente.

 

Até que a mamãe pássaro gritou quando parou ao lado do penhasco. Só então os três passarinhos, sem muita vontade, foram até ela formando fila. Zhu Yao era a última.

 

— Cha… — A mamãe pássaro chamou os quatro pequenos, como se lhes contasse algo. Porém, Zhu Yao não conseguia entender nada.

 

Evidentemente, os outros três sim.

 

O primeiro gritou: — Cha…

 

O segundo disse duas vezes: — Chacha…

 

O terceiro falou três vezes: — Chachacha…

 

A quarta, Zhu Yao: — …

 

O fluxo foi desfeito. Os quatro pássaros se viraram em sequência, com os olhos fixos nela, repletos de condenação e descontentamento.

 

Por que você não está dizendo nada!?

 

Uh…

 

Zhu Yao abaixou a cabeça, uma gota de suor pingou. Olhando para os quatro que tinham olhos sérios, ela não teve outra escolha a não ser emitir um som:

 

— Chi…

 

O passarinho número três abriu uma das suas asas e imediatamente bateu na cabeça dela com uma expressão de “ela não aprenderia sem apanhar”. Zhu Yao sentiu que podia ver estrelas no mesmo instante. Que cruel! O que aconteceu com o amor entre irmãos que me prometeram?

 

Não era porque ela não queria dizer nada, mas sim porque não conseguia fazer aquele som “cha”. Não se sabia se era porque a sua estrutura era diferente da desses pássaros, mas mesmo que todos eles já tivessem penas, ela ainda só conseguia emitir sons de “chi chi chi”, enquanto o resto já havia aprendido o “cha cha cha”.

 

Claro, ela ainda era incapaz de falar. Possivelmente pelo fato de a sua espécie de “galinha” não poder falar, ou poderia tentar dizer “wo wo”.

 

Zhu Yao recebera a sua punição, por isso a mamãe pássaro não continuaria deixando as coisas difíceis para ela. Zhu Yao não entendeu por que ela estava chilreando para eles, mas, depois de um tempo, o passarinho cinza número um deu um passo à frente e ficou diante da mãe.

 

Antes que os passarinhos pudessem sequer reagir, a mamãe pássaro de repente abriu suas asas e empurrou o passarinho número um, jogando-o do penhasco.

 

O passarinho número um só teve tempo o suficiente para emitir um “cha” miserável antes de despencar. Zhu Yao ficou em choque.

 

Mamãe pássaro, o que você está fazendo? Essa era a mesma mamãe pássaro que chilreava miseravelmente sempre que os seus filhotes pulavam uma refeição? Por que o estilo mudou repentinamente, hein?

 

No instante seguinte, Zhu Yao entendeu quais eram as intenções dela, pois o passarinho número um já havia voltado com as suas próprias asas batendo. Ela estava ensinando-os a voar?

 

Depois que o passarinho número um voltou voando, foi a vez do passarinho número dois. Ele também aprendera bem rápido, pois voou de volta logo depois de ter caído. O passarinho gordo número três, no entanto, precisou do dobro do tempo comparado aos outros. O seu corpo era pesado demais, e o no momento em que ele pousou no penhasco, já estava deitado no chão, cansado.

 

Enfim era a vez de Zhu Yao.

 

A mamãe pássaro chilreou para ela duas vezes, indicando para que desse um passo à frente.

 

Zhu Yao recuou um passo, e depois outro.

 

Então ela colocou o rabo entre as pernas e fugiu.

 

Nem ferrando que ela pularia de um penhasco. Se fosse um pássaro de verdade, tudo bem, mas o problema real aqui era que não havia dúvidas de que ela era uma galinha, uma espécie completamente diferente da dos outros pássaros. Se caísse de tal altura, com certeza morreria. Mas não vou mesmo!

 

— Cha… — A mamãe pássaro bateu as asas e voou, pousando bem diante de Zhu Yao e bloqueando o seu caminho. Ela se virou, na tentativa de fugir, mas foi agarrada pelas costas pela garra da mamãe pássaro.

 

A sua voz chilreante ficou maior, como se estivesse lhe dando uma lição por ser desobediente.

 

Ela então a agarrou e voltou voando até a beirada do penhasco.

 

Eu vou morrer, vou morrer, vou morrer!

 

Zhu Yao ficou nervosa. Aproveitando o momento oportuno quando foi solta, ela mais uma vez correu com o rabo entre as pernas e levantando poeira, correndo para muito, muito longe.

 

A sua atitude indisposta irritou o grupo de pássaros. Três rajadas de vento passaram por ela, e os passarinhos número um, dois e três ficaram em linha, bloqueando o seu caminho. Eles chilrearam como loucos para ela por um momento, como se estivessem lhe dando uma lição por causa da sua teimosia. Um após o outro, eles abaixaram suas cabeças e a empurraram até a beirada do penhasco.

 

Todos nós “comemos do mesmo ninho”, por que afligir uns aos outros com tamanha crueldade!?

 

Ao ver a beirada do precipício se aproximando dela, até mesmo o coração de Zhu Yao estava começando a ficar frio. Eu vou morrer, né? Eu com certeza vou cair para a minha morte, né?

 

De repente, um grito alto e ressoante veio do céu.

 

Os quatro pássaros pararam os seus movimentos, como se tivessem ouvido um som aterrorizante, enquanto tremiam de medo. A mamãe pássaro em especial, parada ao lado do penhasco, até mesmo se ajoelhou no chão, tremendo tanto que suas penas caíam. No fim, como se não conseguisse mais controlar o medo no fundo do seu coração, ela enfiou a cabeça dentro do chão.

 

Uh… você é um avestruz, é isso?

 

Os passarinhos de número um a três também fizeram o mesmo. Seguindo os passos da sua mãe, “shuaa shuaa shuaa”, suas três cabeças de pássaro foram enfiadas no solo.

 

Zhu Yao olhou para a mamãe pássaro na direita e, então, para os três passarinhos na esquerda. Uh, ela devia estar fazendo o mesmo também?

 

Mas a superfície do topo do penhasco era dura. Se ela fosse se enfiar ali. Algo com certeza daria errado com a sua cabeça, não é? Mas se não o fizesse, não estaria se destacando do grupo?

 

Portanto…

 

Zhu Yao trapaceou ao cavar um buraco com as garras e, então, enfiou a cabeça ali. Depois, adicionou duas camadas de solo sobre ela para tornar tudo mais acreditável. Mesmo assim, os seus olhos ainda inspecionavam os arredores. O que poderia estar fazendo com que eles ficassem com tanto medo assim?

 

Em um instante, uma grande rajada de vento soprou quando algo pareceu ter pousado não muito longe deles. Em sua linha de visão, um par de calçados branco puro surgiu. No momento em que ela viu o seu rosto com clareza, segurou a respiração inconscientemente.

 

Ela nunca imaginou que alguém poderia ser assim tão bonito. Quando ele estava parado, tudo no mundo parecia ficar como pano de fundo para ele. O seu cabelo longo chegava até o chão, e um leve traço de preocupação parecia estar presente em seu cenho, enquanto os seus lábios carregavam uma indicação de alegria.

 

Os olhos de Zhu Yao se arregalaram. É um homem bonitão!

 

Porém, ainda não poderia se comparar com o seu mestre. O seu mestre era exclusivo.

 

— Irmãzinha… — disse ele, de repente, a sua voz foi gentil e suave como água, e ela sentia fracamente ter a ouvido em algum lugar antes.

 

Ele parecia estar procurando por alguém, então por que eles precisam ter medo, hein?

 

O homem olhou direto para o grupo de pássaros. Pelos seus olhos gentis, ele parecia estar prestes a começar a chorar. Não, espera, ele realmente estava chorando!

 

Ele chorou mesmo. Zhu Yao não pôde deixar de sentir uma dor em seu peito. No entanto, era compreensível, já que ele perdeu sua irmã, então era fácil imaginar o quão preocupado estava. Parecia que essa sua irmã era mesmo alguém que só o preocupava.

 

Mas por que ela sentia que ele estava caminhando até ela? Ehhhh!? Ele estava mesmo indo até ela, oe!

 

O homem se abaixou e parou diante de Zhu Yao. Suas mãos esfregaram as suas asinhas, e, como se ele estivesse puxando um rabanete, com um poof, ele a pegou.

 

— Irmãzinha. — A sua voz carregava trinta por cento de alegria e setenta de tristeza enquanto olhava para os olhos de galinha dela, atento.

 

Que infernos. Então era ela a irmã que só causava preocupação.

 

Espírito do Reino, esse avatar tem o próprio enredo de novo. Você devia ter me informado isso antes, não acha?

 

O homem bonito a levantou, gentilmente retirando a terra das suas penas com a mão. Como se tivesse medo de machucá-la, tomou todo o cuidado do mundo, à medida em que levava até o seu abraço, como se tivesse recebido um tesouro precioso.

 

— Vou te levar para casa.

 

Zhu Yao ficou surpresa. Por que tantos pássaros gostavam de a levar para a casa deles?

 

Bonitão, quem diabos é você?

 

O homem bonito, no entanto, já havia começado a voar enquanto a carregava. Ela não pôde deixar de virar a cabeça e olhar o grupo de pássaros na beirada do penhasco.

 

Pois é, eles ainda estavam enterrados e sem se mover dentro do solo. O que aconteceu com o amor entre irmãos que me prometeram?

 

~*~

 

O homem, que era bonito a ponto de fazer os outros quererem desfigurá-lo, a levou de volta até a grande árvore que ela viu pela primeira vez, e só então que Zhu Yao realmente percebeu o quão ilogicamente grande era aquela árvore.

 

Carregando-a, o homem voou por cerca de dez minutos, mas eles ainda não conseguiam ver o topo da árvore. Até mesmo o menor galho era tão grosso quanto um campo de futebol. Quanto mais altos eles iam, mas ela via estruturas que se pareciam com casas na árvore, em vários padrões e cores, como vermelho, verde e branco. Mas todas elas se pareciam com frutas, tendo apenas janelas e portas adicionadas a elas.

 

A própria árvore já poderia formar uma cidade.

 

O homem voou por muito tempo antes de chegar ao seu destino. Ele parou em um salão gigantesco, o qual devia ser o centro da árvore. O salão, quando comparado com as casas que ela viu antes, era cem vezes maior, e uma grande praça estava situada na frente do salão.

 

Várias pessoas estavam ali, como se esperassem pela chegada deles.

 

O homem enfim parou na plataforma, e uma tia, que usava um manto colorido, veio lhes dar as boas-vindas. O rosto dela até lhe parecia um pouco familiar… Ela… não era a tia do Clã da Fênix, da vez em que ela tinha se transformado em um ovo?

 

— Shao Bai, você a encontrou? — A tia se aproximou.

 

Shao Bai? Zhu Yao ficou pasma e olhou para o homem que estava a abraçando. Não pode ser!? Esse homem que era bonito a ponto de irritar os céus era aquele garoto magrinho!

 

Por favor, se importaria se eu perguntasse qual é o segredo do seu crescimento!? Eu imploro!

 

— Mn. — respondeu Shao Bai, enquanto trocava a mão que usava para carregar Zhu Yao, revelando uma cabeça inteira.

 

— Deixe-me ver! — Ela deu um passo à frente.

 

— Oi, tia! — Zhu Yao quis cumprimentá-la, mas a voz que emitiu meramente transformou-se em um único som: — Chi…

 

Uhh…

 

— Como eu imaginava… — A tia não se importou nem um pouco com o som da voz dela, então estendeu as mãos na direção de Zhu Yao, animada. Shao Bai, no entanto, virou o corpo levemente para o lado a fim de se esquivar dela, enquanto a tia sofria com a vergonha por ter as mãos estendidas em pleno ar.

 

Parecia que a relação do jovem Shao Bai com a tia não era tão boa assim.

 

A tia tossiu duas vezes, então disse:

 

— Ela está bem?

 

— A sua aura está fraca, o seu corpo, magro e fraco, e ela ainda não consegue se transformar. Até mesmo voar é difícil para ela. — A sua voz ficou bem mais baixa. A sua última afirmação até mesmo carregava um leve temor enquanto ele olhava para Zhu Yao em seus braços, e os seus olhos mostravam uma dor no peito e tristeza. Ele gentilmente acariciou as suas penas bagunçadas.

 

— Está tudo bem contanto que ela esteja de volta. O seu corpo pode lentamente ser nutrido de volta. — A tia deu um longo suspiro, enquanto o traço de alguma coisa passava pelos seus olhos. Com cuidado, ela perguntou: — Shao Bai, a Pequena Sétima está de volta, então, quanto ao Pequeno Sexto…

 

Antes que ela pudesse terminar, a expressão de Shao Bai ficou fria de repente, e até mesmo Zhu Yao conseguia sentir a sua aura gélida.

 

— Ela nem mesmo tem um rabo emplumado.

 

— … — Ao que tudo indicava, a tia foi pega de surpresa, pois parecia ter respirado fundo por causa do choque. A expressão dela mostrava estar complicada, e os olhos que usava para olhar Zhu Yao carregavam um traço de dó.

 

A versão mais velha de Shao Bai bufou friamente. Sem virar a cabeça para trás, ele pegou Zhu Yao e partiu, deixando a multidão de pessoas na praça para trás.

 

O que infernos aconteceu? A conversa foi demolida?

 

~*~

 

O Shao Bai crescido era um homem inesperadamente gentil demais, bem diferente do garoto que viveu na escuridão quando era jovem.

 

Desde que Zhu Yao foi trazida de volta por ele, todos os problemas dela, fossem eles pequenos ou grandes, eram tratados pelas mãos dele. Como uma babá cinco estrelas, roupas, comida e necessidades diárias passaram por ele. Ele a criava como se ela fosse uma criança, e até mesmo estava a mimando. Não importava quanta confusão ela fizesse, ele ainda mostrava aquele sorriso aconchegante e abrangente.

 

Independentemente da forma que visse aquilo, Zhu Yao não conseguia o ver como o garotinho magricela daquela época. Sem contar que, depois de vivenciar aquele tipo de incidente, nos últimos dois mil anos, ele não ficou louco, pelo contrário, tornou-se um jovem bom, gentil e bonito.

 

Isso mesmo! O avatar em que ela reencarnou desta vez era o ovo em que tinha se transformado estranhamente quando desmaiou no passado. E já havia se passado dois mil anos desde aquele incidente.

 

O amiguinho Shao Bai havia a incubado por exatos dois mil anos, e ele tinha passado de uma pequena fênix para uma fênix grande também. Todos os pássaros pensavam que ela fosse um ovo morto. Mesmo assim, o amiguinho Shao Bai foi insistente e severo, por isso, no fim, ela foi chocada.

 

Jovenzinho, nada mal, você tem potencial. Parecia que ela não havia desperdiçado os seus esforços ao tirá-lo daquele lugar sombrio enquanto ela ainda era um ovo. Depois de entender a situação, Zhu Yao, satisfeita, deu tapinhas nele com a sua garra, mas, sem querer, usou força demais, e com um som “huaa”, vários rasgos se abriram no peito dele. Três pedaços de tecido flutuaram no ar, revelando uma pequena ***** que estava escondida atrás dele, e também dois “indecente, não olhe” vermelhos.

 

Uh… Ela não tinha controle.

 

Shao Bai ainda manteve o mesmo bom-humor, e sequer lhe deu um sermão. Depois de a colocar na cama, ele foi até os fundos para se trocar. No entanto, Zhu Yao mostrava uma aparência de culpa e queria que ele a repreendesse um pouco.

 

A partir das suas forças confiáveis de informação, ela parecia ser uma fênix. Isso a deixou bastante alegre, pois pelo menos não era uma galinha.

 

Entretanto, era diferente de uma fênix comum. As penas das outras fênix eram vermelho-fogosas, enquanto as dela tinham as cores do arco-íris percorrendo todo o seu corpo. Sem contar que ela não tinha um rabo emplumado. Zhu Yao empinou o traseiro, olhou para o local onde o rabo emplumado deveria estar, mas viu apenas uma bunda pelada. Com isso, um longo suspiro foi dado.

 

— Não fique triste, ele vai crescer. — Shao Bai trocou completamente para um manto todo azul e se aproximou. Acariciando a cabeça dela para a consolar, os olhos que lhe encaravam estavam repletos de grande aflição. Ele a pegou no colo, inclinou a cabeça em direção às suas penas e disse, com uma voz solene: — Sinto muito, irmãzinha. O segundo irmão não te protegeu bem.

 

Hmm… Quem está com a bunda pelada sou eu, por que você está tão triste, hein? Além disso, ela não tinha opinião sobre ser uma galinha, por isso não ficava nem um pouco incomodada como fato de ter menos penas.

 

— Você está acordada? — Com um sorriso, a tia entrou como uma flor de crisântemo. Somente depois de vários dias desde que Zhu Yao foi trazida de volta que ela ficou sabendo que essa tia, a Patriarca do Clã da Fênix, se chamava Xian Yu. — Você está parecendo muito bem, Pequena Sétima.

 

— Chi… — Olá tia. Zhu Yao bateu as asas, o que foi considerado a sua saudação para ela.

 

Xian Yu sorriu ainda mais brilhantemente enquanto colocava o prato de frutas que estava em suas mãos sobre a mesa, então entregou uma delas.

 

— Pequena Sétima, aqui, coma uma fruta.

 

— Chi! — Obrigada! Zhu Yao, sem cerimônias, foi até lá e deu uma bocada. Depois de comer, ela sentiu uma aura quente irrompendo dentro do seu corpo, a qual parou dentro do seu Dantian. Por um momento, todo o seu corpo ficou repleto de energia. Ela percebeu o porquê de Shao Bai ter dito que ela estava fraca naquela vez. Fênix eram da Raça dos Deuses, e ela estava fraca a ponto de não ter um traço sequer de energia sagrada.

 

— Que obediente. — A tia Xian Yu a elogiou enquanto olhava para Shao Bai, que mostrava uma expressão gentil ao lado. Agindo como se não se importasse muito com isso, ela disse: — Eu realmente queria saber o que está acontecendo com este mundo. Ouvi dizer que o frio no extremo sul está ficando cada vez pior…

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