Eu corri.
Meu perseguidor era um único animal selvagem, mas tudo que eu podia fazer era correr. O terror atacou meu coração. Subi as escadas ainda correndo, atravessei o jardim e usei magia para chegar ao telhado, tropeçando por todo o caminho.
— Onde ele foi?!
A voz aterrorizante da criatura soou enquanto me perseguia implacavelmente.
Pensei que ainda tinha algum fôlego. Afinal, corria longas distâncias e pratiquei com a espada nos últimos anos. Agora que minha confiança havia sido destruída, a criatura parecia estar até rindo de mim, seus cabelos ruivos tremulando enquanto me perseguia de tão perto que eu não podia nem respirar.
Não desista, disse a mim mesmo. Não importa a distância que criasse entre nós, isso chegaria ao momento em que eu perderia o foco.
Huff, huff. Estava sem fôlego. Não poderia continuar correndo. Não poderia escapar. A única opção que me restava era procurar um esconderijo. Gemi e fiquei na sombra das escadas, atrás de uma planta decorativa.
A voz estrondosa da criatura ecoou por toda a mansão:
— Eu nunca vou te perdoar!
Essas palavras foram o suficiente para fazer minhas pernas tremerem.
Meu nome é Rudeus Greyrat. Tenho sete anos de idade. Atualmente, um lindo garoto, com cabelos castanho-brilhantes e bochechas rosadas, mas na minha vida anterior era um virgem de trinta e quatro anos, desempregado. Um recluso.
Naquela vida, nem ao funeral de meus pais fui, o que me levou a ser expulso de casa. Caindo em um estado de desespero, fui atropelado por um caminhão e morri. Mas, por alguma ironia do destino, reencarnei como um bebê com minhas memórias ainda intactas.
Eu não era muito diferente de lixo antes de morrer, mas, tendo visto todos os erros que cometi em meu caminho, trabalhei duro para viver uma vida adequada nos últimos sete anos. Aprendi o idioma daqui, estudei magia e pratiquei com espadas. Tenho um bom relacionamento com meus novos pais e até fiz uma amiga de infância bem fofa chamada Sylphie. Mas, para que pudéssemos frequentar a mesma escola, eu disse que trabalharia para conseguir o dinheiro de nossas despesas, então meu pai me enviou para a Cidadela de Roa.
Devo passar cinco anos por aqui, ensinando minha empregadora, a Jovem Senhora, em troca de seu apoio financeiro.
E essa é a história até agora.
— Venha aqui! Eu vou te pulverizar!
As palavras da criatura causaram medo em mim enquanto eu me escondia nas sombras. Tinha pavor dessa personificação da raiva, manifestada na forma de um minúsculo corpo feminino.
O que aconteceu, você me pergunta?
Vamos voltar uma hora no tempo para encontrar a resposta…
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