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Matador de Goblins – Vol. 11 – Cap. 07.5 – Pausa – Uma Nova Esperança

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Quando abri os olhos, estava em uma cama simples, as luas gêmeas no alto do céu, provava que era tarde da noite. Meu corpo frágil tremeu com o frio e me enrolei em mim mesma, abraçando meus ombros magros. Tinha recebido apenas um cobertor fino e uma peça de roupa de peça única com um buraco para minha cabeça. A luz indiferente das estrelas não ia me manter aquecida.

O peso e o frio da gola e das correntes me lembraram desagradavelmente de onde estava. Era patético o suficiente para fazer uma pessoa querer chorar, mas poderia ter sido pior.

Verdade. Por um momento, não tive certeza se sobreviveria.

Quase imediatamente após nos separarmos dos bandidos, fomos pegas por sequestradores e vendidas por um preço barato…

Mas consegui… se puder dizer que acabar como escrava em uma fazenda é fazer isso.

Poderíamos nos considerar sortudas pelos fazendeiros não terem sido muito cruéis. Agarrei o amuleto dourado que brilhava no meu pescoço, grata por eles não o terem tirado de mim. Do outro lado da sala, a garota rhea estava roncando alto, como se não se importasse com o mundo. Éramos amigas há muito tempo e sempre achei seu traço atrevido admirável e agravante em igual medida.

Fico feliz que pelo menos tenhamos acabado com mestres simpáticos. Um homem corpulento e bem-humorado e um jovem que parecia ser seu sobrinho. Os dois nos trataram como escravas, sim, mas muito bem apesar de tudo. Falavam conosco quase da mesma forma que se falaria com um amigo ou pelo menos com um servo. Se não fosse pela missão que me foi confiada, poderia ter ficado mais do que feliz em ficar aqui por décadas.

Embora o jovem mestre pareça um pouco imprudente às vezes.

Não consegui resistir a um pequeno sorriso na minha cama gelada. Hoje cedo, vi o jovem ser repreendido por começar uma briga no bar ou algo assim. Por que os jovens humanos estavam sempre tão ansiosos para seguir em frente sem pensar no que poderia acontecer?

Devo dizer que faz pouco sentido para mim.

Nascida como uma elfa do deserto e sendo parte da nobreza, servi por muito tempo como dama de companhia da família real desta terra, por gerações, nada menos. No entanto, mesmo agora não entendia os humanos. Pensando bem, tinha sido a companheira perpétua da princesa. Nunca tinha conhecido uma jovem humana tão simples.

Quanto à minha amiga adormecida que cochilava… talvez ela conhecesse. Ainda sem conseguir dormir, olhei pela janela, para as estrelas, mas finalmente balancei a cabeça.

Ugh, esqueça as estrelas. Eu deveria estar pensando na princesa…

Como poderia ajudá-la? Devo sair daqui? Eu realmente não queria tornar a vida tão difícil para meus novos mestres, mas…

— …?!

De repente, ouvi um barulho suave do lado de fora do meu quarto. Sacudi minhas orelhas compridas e puxei meus lençóis. Ninguém conseguiria enganar os ouvidos de um elfo em uma noite tão silenciosa quanto esta.

Como esperava, era o jovem parado na porta. Fiquei quieta como uma tábua na cama, observando-o apenas com meus olhos.

— A-algum problema, jovem mestre…? — Eu me repreendi em particular por deixar minha voz tremer, mas o jovem pareceu não notar. Parecia que seu tio, o dono deste lugar, tinha saído no meio da noite e se perguntava se poderíamos saber alguma coisa. O tio alegou que voltaria pela manhã, mas algo nele parecia estranho.

— É verdade — respondi, me apoiando na cama debaixo das cobertas e me levantando. — O mestre saiu. Isso eu sei.

Como disse, ninguém consegue passar por um elfo. Claro que notei quando o mestre saiu.

— Pensando bem… Alguém veio visitar o mestre no começo da noite. — Estava tão ocupada com meu trabalho que nem tive a chance de olhar para cima e ver quem era, mas sabia que alguém tinha estado lá. O mestre aceitou um cilindro de mensagem deles, verificou o conteúdo e ficou pálido. — Talvez isso tenha algo a ver de alguma forma.

O jovem parecia muito perturbado com isso. Ele me disse para esperar um momento, depois saiu da sala, mas logo voltou. Em sua mão estava uma bainha velha, mas ainda extremamente brilhante, na qual residia uma elegante lâmina curva. Parecia pesada, talvez porque a bainha fosse feita de chumbo. Agora que pensei sobre isso, lembrei-me de que o jovem tinha a mesma espada quando foi à taverna esta tarde.

— Que tipo de espada é essa, mestre…?

Ele me informou que era uma herança passada por sua família. Muitas gerações atrás, um de seus antepassados viajou até este lugar para selar essa espada. Em particular, achei que tudo parecia um pouco trabalhoso por uma mísera lâmina. Os humanos sempre tinham que ser muito dramáticos em tudo o que faziam.

Porém, pensei novamente quando, com um olhar de absoluta determinação, o jovem tirou a espada da bainha. Naquele instante, o amuleto em meu pescoço começou a tremer violentamente, produzindo um grito de partir os ouvidos. A espada brilhava de um branco azulado e emitia um ruído baixo. Parecia completamente imbuída de poder mágico e de uma terrível aura de morte.

— M-Mestre… essa e-espada… — Agora minha voz estava realmente tremendo. Até minha amiga, que pensava estar dormindo, sentou-se e olhou com os olhos arregalados para a espada. Ela assobiou impressionada e eu não tinha os meios para repreendê-la por isso.

Engole. O som parecia tão alto… era eu engolindo?

Antes que soubesse o que estava fazendo, me joguei aos pés do jovem, pressionando minha testa contra o chão. Nem conseguia mais esconder nada.

— Ajude! — exclamei. — Por favor, você deve ajudá-la…!

A princesa… foi aprisionada no castelo. A vida dela estava em perigo! As lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos, então fiquei muito emocionada. O jovem me ouviu em silêncio e finalmente respondeu com apenas algumas palavras silenciosas:

Ele era um cavaleiro. Assim como seu pai antes dele.

***

Desta forma, o jovem, com a espada cintilante ainda brilhando em suas mãos, saiu conosco, suas servas, a reboque. Estava indo para o deserto selvagem, onde o terrível caos e planos malignos estavam girando, mas o jovem não tinha força nem conhecimento. Apenas coragem.

Somente os dados do Destino e da Chance sabiam como seria a aventura do garoto. Verdade, Ilusão e todos os muitos deuses ao redor de sua mesa não conseguiam imaginar isso. Não sabiam onde seu próximo passo o levaria nem aonde finalmente chegaria. Tudo isso seria determinado pela própria vontade do garoto, influenciado pela força de seu próprio espírito.

Contudo, uma coisa, e somente uma coisa, era certa. Como na aventura anterior, sua busca se tornaria conhecida por todos em música. Mesmo daqui a muito tempo, em lugares muito, muito além do Mundo de Quatro Cantos.

É a história de uma nova esperança.

 


 

Tradução: NERO_SL

Revisão: ZhX

 

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