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Matador de Goblins – Vol. 11 – Cap. 05.4 – Matador de Goblins em um País de Areia

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— Eeeeeek! — Comerciante Feminina não conseguiu conter um grito com todo o tremor. Sacerdotisa a segurou com força. Era como se não apenas a casa da guarda, mas toda a fortaleza gritasse em agonia.

— Ó Mapusaurus, governante da terra. Permita-me juntar-me ao seu bando, mesmo que brevemente. — Lagarto Sacerdote concluiu sua invocação do cântico Comunicar, então balançou a cabeça quase em descrença. — Meu Deus. Podem até ter escamas, mas nunca me imaginei sussurrando palavras doces para um bando de peixes! Nem em sonho.

— Hrmph… sinto que isso poderia descrever muitas coisas nesta viagem — resmungou Alta Elfa Arqueira. — Como o fato de que o líder deles nem está aqui… — Ela abriu a boca como se fosse dizer mais, mas houve outro grande tremor e um pedaço do telhado caiu de cima. Engoliu sua reclamação para Lagarto Sacerdote e, em vez disso, disparou contra Matador de Goblins: — Ei, Orcbolg, o que você pensa que está fazendo?!

— Indo para fora — disse ele, chutando para o lado parte do telhado demolido. Um espaço aberto se abriu diante dele e, de repente, um vento cortante passou pela área. Sacerdotisa fechou os olhos com um pequeno ganido e, quando o vento diminuiu, fez outro pequeno som.

É o Vento Vermelho…

Era madrugada no deserto. Um céu azul índigo estava se estabelecendo no horizonte, mas além das areias escuras surgiu uma luz tingida de vermelho. Espalhou-se gradualmente, como uma flor desabrochando sobre a terra, tornando tudo escarlate. E, de fato, um aroma floral veio a eles na última rajada do vento noturno limpo pela chuva. Sacerdotisa tinha visto inúmeros amanheceres em seus dezessete anos, mas nunca um tão bonito.

Não…

Isso não estava exatamente certo. Não é bem verdade. Ela pensou que cada amanhecer deveria ser lindo. Porém, raramente as pessoas os notavam. Tão poucos tiveram tempo para realmente olhar…

— Opa, aahh…

A sensação desapareceu tão rapidamente quanto surgiu. Houve outro grande barulho e a torre deu outra sacudida violenta. Não tinham muito tempo agora.

Ela havia agarrado Comerciante Feminina quando o tremor começou; agora perguntou: — Consegue ficar de pé? — E a ajudou a se levantar.

— Orcbolg, espere um minuto!

— O que é? — Ele tinha uma mão no telhado em ruínas e um pé pronto para sair, mas ao invés disso, olhou na direção da Alta Elfa Arqueira.

A elfa, com as orelhas o mais para trás possível, marchou em direção a ele, sem se importar com o tremor.

— O que pensa que está fazendo indo para lá?! Mesmo que desça, este lugar está uma bagunça, você apenas…

— O quê? — Matador de Goblins parecia genuinamente chocado. Falou no mesmo tom indiferente de sempre e, ainda assim, a resposta foi surpreendente. O resto do grupo descobriu que não conseguia falar. Apenas olharam diretamente para o capacete de metal de aparência barata. — Você mesmo disse — continuou Matador de Goblins, ainda parecendo perplexo, quase como se não pudesse acreditar que tinha que explicar isso. — Vamos passar por cima deles.

Agora era Alta Elfa Arqueira quem parecia incrédula, mas mal conseguia pronunciar as palavras.

— O qu…? Vamos o quê…? — Sua boca abriu e fechou, mas Sacerdotisa se lembrou de algo que Alta Elfa Arqueira havia dito nos túneis. Uma pequena conversa sobre um herói que tinha feito algo do tipo. Ela parecia se lembrar de que o herói tinha um nome, muito curto, mas impressionante, algo que alguém lembraria por toda a vida.

Ele não havia esquecido esse pequeno detalhe.

— Pelos deuses… — Anão Xamã disse finalmente. — A única coisa de que sempre posso ter certeza: a vida com você nunca é entediante.

— É mesmo?

— Controle de Queda, estou certo? Vou prepará-lo, apenas espere.

— Obrigado.

Anão Xamã tomou um gole de seu vinho para se animar, depois bateu palmas para convocar os espíritos da terra. O deserto era um lugar de luz do sol, luar, areia, espíritos da terra e deuses do fogo e do vento. Eles certamente estariam dispostos a ajudar este aventureiro.

— Saiam, seus gnomos, e deixem ir!  Aí vem, olhem abaixo! Virem esses baldes de cabeça para baixo; esvaziem tudo no chão!

Sacerdotisa pensou ouvir risadas fracas e sentir coisas minúsculas dançando no ar. Ao mesmo tempo, a saia de suas vestes ondulava e correu para empurrá-la para baixo com uma das mãos. A risada, se ela não estava imaginando, se transformou em algo rico e alegre.

— Bem, eu, pelo menos, sou bastante pesado. Se o jugo do poder da terra não fosse aliviado em meu pescoço, poderia muito bem me quebrar. — Sacerdotisa realmente não o entendeu, mas Lagarto Sacerdote deu um grande balanço de seus braços e deu um passo à frente. — Sei onde meu guerreiro dragodente está, então não se preocupem. Alguém deve ser o primeiro a cruzar os peixes…! — Assim que falou, deu um grande guincho e pulou no cardume de mantas da areia. Apesar de seu tamanho enorme, flutuou sobre as costas de uma manta da areia com notável leveza, então chutou as escamas de suas costas com seus pés com garras, investindo novamente.

— Argh! Se eu tivesse mil vidas, não seria o suficiente! …Não é justo! Espere por mim! — Alta Elfa Arqueira saiu pulando atrás dele. Com a graça de uma folha ao vento e com o entusiasmo de uma bola quicando, ela foi diminuindo cada vez a distância. Talvez para uma elfa superior como ela, atravessar um cardume de mantas da areia não fosse diferente de atravessar um rio.

— Bah, esperem… Se ficarem muito longe de mim, o feitiço não vai ter efeito! — Anão Xamã correu para segui-los, saltando no ar. Moveu-se da parte de trás de um peixe para o outro como um balão cheio demais; parecia um pouco perigoso. Um movimento errado poderia tê-lo feito cair no chão, mas estranhamente, nunca pareceu estar em nenhum real perigo de queda. Talvez estivesse apenas acostumado com isso. Se alguém tivesse dito isso, no entanto, ele provavelmente responderia com uma risada.

— O que quer fazer? Você será a próxima? — Este era o Matador de Goblins, montando guarda na retaguarda enquanto todos os outros iam à frente dele. Esta pergunta parecia ser um gesto de consideração para Sacerdotisa e Comerciante Feminina. Embora sua expressão estivesse escondida atrás do visor — como sempre — e não pudessem ter certeza.

— …Não. Está tudo bem. — Sacerdotisa olhou para Comerciante Feminina, ainda em seus braços. Levou um segundo, mas ela assentiu com firmeza. — Nós iremos juntas.

— …Vão?

— Nós certamente iremos.

— Entendo — disse Matador de Goblins com um aceno de cabeça. — Muito bem.

Ele colocou sua espada (quando pegou uma nova?) na bainha, então chutou a parede e saltou no espaço. Agora eram apenas Sacerdotisa e Comerciante Feminina. Havia o rugido da tempestade, induzindo um contínuo ranger e balançar na torre. Não demoraria muito para que o lugar caísse sobre suas cabeças. Não havia tempo a perder, nem espaço para falhas. Ainda assim, de alguma forma, Sacerdotisa estava calma. Seu coração estava imperturbável, até mesmo quente. Parecia que já estava flutuando, como se batesse no mesmo ritmo do mundo ao seu redor.

— …Devemos? — perguntou.

— Sim! — Comerciante Feminina assentiu e apertou a mão de Sacerdotisa com mais força. — Vamos!

E assim, de mãos dadas, caminharam até a beirada da alta torre. Trocaram um olhar, então ambas respiraram fundo.

— Aqui vamos…

— …nós!

Então as garotas pularam, confiando-se ao céu, pela aventura.

O ar passou por elas, soprando seus cabelos descontroladamente. Sacerdotisa simplesmente pressionou a boina contra a cabeça com a mesma mão que segurava o cajado. Então puderam ver através da areia batida, as costas de um peixe gigante se aproximando rapidamente.

— Yaaahhh!

Ambas chutaram a criatura e, para sua surpresa, encontraram se lançando pelo ar novamente. Era como se estivessem passando pela noite direto para o dia. O sol brilhava à frente delas, o mundo tingido de rosa espalhado abaixo. As jovens se entreolharam e começaram a rir. Por algum motivo, não puderam evitar.

— Ah, ah-ha-ha-ha… ha-ha-ha!

— Hee-hee…!

Pisaram levemente como se estalassem os calcanhares de um par de chinelos prateados — ou talvez rubis.

 

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Se ao menos isso tivesse sido o fim.

— GOOROOGBB!!!

Quando o rugido veio de cima, um goblin começou a correr como se sua vida dependesse disso. Sendo maior que os outros, há muito havia abandonado suas correntes. Agora usava um elmo com chifres e um sobretudo junto com alguma armadura; carregava uma alabarda que não sabia como usar. Devia tudo isso a ter sido o primeiro a entrar correndo na opulenta sala e começar a roubar tudo o que encontrava. Não tinha intenção de compartilhar nada disso com aqueles que vieram atrás dele em busca de sobras. Então deu uma olhada para fora e prontamente decidiu correr.

Não era como aqueles outros idiotas que lutavam contra um soldado. Gostavam de atormentá-lo e depois eram mortos por outro guarda enquanto faziam o que queriam com o primeiro. Todos aqueles outros eram ralé e lixo; é claro que morreriam. Ele não. Na verdade, mal acreditava que poderia morrer.

Os outros nunca o ajudaram. Nem uma vez; na verdade, riram e zombaram dele. Então que morram. Talvez fosse isso que estava pensando.

Seja qual for o caso, ele correu para as masmorras, com sua camada protetora de rocha espessa, mais rápido do que a fortaleza acima dele poderia desmoronar. Ainda estava furioso ao pensar nas pessoas que o forçaram a cair naquele buraco imundo, mas agora não era o momento. Tinha um objetivo e iria alcançá-lo antes que qualquer um daqueles outros idiotas o alcançasse.

Agarrou um único pedaço de papel com tanta força que foi praticamente destruído em suas mãos: um único pedaço de papel. Por acaso, o pegou ao mesmo tempo em que adquiriu seu amado capacete; parecia uma imagem, um diagrama. Provavelmente um daqueles “mapas”. Ele sorriu por sua própria inteligência. Ele era inteligente; foi assim que soube o que era.

Isto aqui eram os túneis subterrâneos e dentro deles havia algum tipo de marca. Só precisava chegar lá. Havia um tesouro ali, tinha certeza. Talvez mulheres. Possivelmente comida. O que quer que fosse, seria bom.

Isso era tudo o que preenchia sua cabeça, apenas aquelas coisas boas e como as conseguiria. Nunca se perguntou o porquê dos humanos forçarem os goblins a descerem aqui e encherem o lugar de armadilhas. Seria um verdadeiro tolo quem esperava qualquer tipo de reflexão séria de um goblin. Eles simplesmente buscavam o que estava à sua frente, roubavam, usavam até que não os interessasse mais e depois passavam para a próxima coisa.

Goblins são assim.

 

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Felizmente, o navio de areia não virou quando o grupo de aventureiros caiu no convés de cima. Embora balançasse visivelmente ao longo da linha de areia.

Este era realmente um navio de nível militar: Mesmo com todo o grupo a bordo, junto com as ex-cativas e o Guerreiro Dragodente, correu leve e sem dificuldades sobre a areia.

— Juro, não posso acreditar nisso! — A bordo, Alta Elfa Arqueira parecia tão animada e zangada como sempre. Olhou ferozmente para o capacete de metal, fixando-o com um dedo longo e fino. — Primeiro a água, splash!, então a farinha, bash! e agora uma fortaleza inteira, crash! Irreal!

— Acredito que fiz mais do que isso.

— Não é o que eu quero dizer!

Os outros observaram a troca com evidente alívio. Deve ter havido uma sensação de que finalmente acabou. Sabiam perfeitamente bem que a raiva de Alta Elfa Arqueira era em si uma espécie de jogo.

Anão Xamã comandava o navio, as velas ondulando enquanto apontava a embarcação em direção às ruínas e lá se foi pela areia. Sacerdotisa finalmente largou a mão de Comerciante Feminina e foi auxiliar as mulheres resgatadas, oferecendo-lhes primeiros socorros e proteção contra o sol. Limpou seus corpos novamente, passou pomadas antibacterianas em seus ferimentos e as enfaixou o melhor que pôde. O Guerreiro Dragodente, para sua surpresa, rangeu para ajudá-la, o que achou estranhamente encorajador.

— É melhor não agir com pressa em um momento como este — disse Lagarto Sacerdote levemente, sentando-se e olhando ao redor em todas as direções. Parecendo bastante confortável, tirou um pedaço de queijo de sua sacola de provisões. Pensando bem, já era de manhã. Trabalharam a noite toda e Sacerdotisa colocou a mão na barriga. Descobriu estar faminta. — Ou então pode parecer que estamos fugindo da cena. — Lagarto Sacerdote acrescentou, dando uma mordida em seu queijo. Sacerdotisa, ansiosa por sua própria refeição, vasculhou sua bolsa.

O peixe e a bebida que comi na taberna eram tão saborosos.

Ela pensou que poderia ter comido um pouco mais se houvesse tempo. Por enquanto, porém, pegou os assados e quebrou-os com um golpe de um martelo de madeira. Caso contrário, seria difícil compartilhar as provisões duras.

— Quando o círculo de nossos perseguidores se alargar o suficiente, podemos avançar mais para dentro…

— …Ou perfurar uma parte fina do círculo e voltar para nossa casa.

— Exatamente, exatamente — disse Lagarto Sacerdote com um aceno de seu longo pescoço. Quando declarou que sua comida era doce néctar, Sacerdotisa deu uma mordida na sua. Os assados estavam sobre um lenço; ela dividiu um pouco com Comerciante Feminina, que também deu uma mordida. Ou, mais especificamente, comeu em mordiscadas delicadas condizentes com uma mulher refinada… ou possivelmente um esquilo. Isso foi fofo. Quando Sacerdotisa não pôde evitar uma risadinha, Comerciante Feminina a questionou: — O que foi? — E olhou para ela com perplexidade.

— Ah, nada… — Sacerdotisa respondeu e deu outra mordida. Era um sustento maravilhoso para seu corpo cansado. Notou que Matador de Goblins também havia tirado um pouco de carne seca de sua bolsa de itens e estava enfiando-a despreocupadamente em seu capacete. Alta Elfa Arqueira foi mastigando algumas frutas secas e Anão Xamã estava tomando um gole de seu vinho. Tudo parecia calmo, quase preguiçoso a bordo do navio. Sacerdotisa aprendera ao longo desses dois anos que as horas após uma aventura eram muitas vezes deliberadamente assim.

A maioria das histórias termina com os heróis terminando a luta e pegando o tesouro.

Mas se você fosse um aventureiro, depois que tudo acabasse, teria que voltar para casa. Tinha que descobrir como carregar sua montanha de pilhagem e, às vezes, ficava cansado ou até com sono. Pensando bem, Sacerdotisa nunca tinha visto “pilhagem” até agora…

— Eeeei, vamos chegar às ruínas em breve — gritou Anão Xamã. — Talvez seja mais fácil descansar quando desembarcarmos.

— Você não está pilotando bêbado, está? Não quero acabar encalhada só porque estava bêbado demais para se lembrar de como pilotar. — Alta Elfa Arqueira repreendeu o anão antes de acrescentar: — Pilotar… é isso que você faz com um navio, não é? — Ela realmente não sabia.

— Nós não vamos e eu não estou. — Anão Xamã rebateu. Enquanto argumentavam, o navio de areia chegou ao lado das ruínas deixando para trás uma nuvem de poeira. Sim, certamente seriam capazes de atracar aqui. Ao saírem do navio, encontraram o solo notavelmente sólido sob seus pés.

— Hmm… — Alta Elfa Arqueira cheirou o ar. — Sinto cheiro de grama.

— Às vezes, postula-se que o deserto já foi uma terra de grande abundância — disse Lagarto Sacerdote, pulando pesadamente do navio, apenas balançando um pouco ao pousar.

A área era cercada por vários pilares redondos; na verdade, parecia um lugar que poderia ter sido um templo há muitos anos. Agora estava enterrado em rocha e escombros, oferecendo apenas indícios de sua antiga glória.

Matador de Goblins rapidamente examinou a área e anunciou: — Servirá para nos manter longe do sol enquanto descansamos algumas horas. — Ele parecia aliviado.

Uma coisa era verdade: Estavam trabalhando desde a noite passada. Nenhum deles diria isso, mas todos estavam claramente exaustos. Felizmente, havia água fluindo por perto. Poderiam beber um pouco de água fresca, lavar-se e descansar até a noite. Então poderiam voltar para a capital ou alguma outra cidade. A aventura deles acabou. Poderiam só descansar e…

— Ei! — Alta Elfa Arqueira disse bruscamente, interrompendo o relaxamento pretendido de Sacerdotisa. — Estão sentindo um cheiro estranho?

— …? — Sacerdotisa ergueu a cabeça, fungando. — Não tenho certeza…

— Tem certeza que não é a grama e as flores que você mencionou? — perguntou Anão Xamã.

— Não, tenho certeza — respondeu ela. — Já sentimos este cheiro antes, lembram-se? Na primeira vez que nós três nos aventuramos juntos!

Sacerdotisa não sabia exatamente o que isso significava, mas Anão Xamã e Lagarto Sacerdote pareciam entender. Suas expressões endureceram e Lagarto Sacerdote se certificou de ter um catalisador — um dente de dragão — em sua mão.

— Enxofre de novo? Ugh, não me diga que são mais demônios?! Já tive o suficiente deles…! — Anão Xamã gritou, então tomou um gole de vinho e enxugou as gotas de sua barba. Pode ter parecido um toque de desespero, mas talvez fosse exatamente o que precisava para se animar.

— Demônios? — perguntou Matador de Goblins. Não parecia mais certo sobre o que estava acontecendo do que Sacerdotisa, mas sua espada já estava em sua mão. Seguindo a deixa dele, ela se levantou e agarrou seu cajado, limpando as migalhas dos assados de seus joelhos com a mão.

Demônios…

Ela havia enfrentado um antes, nas profundezas daquela masmorra mais terrível. Nunca o esqueceria.

— Você quer dizer… outra daquelas coisas que é só um braço?

— Uma vez, lutamos contra um demônio inferior, antes de conhecermos vocês dois. E mais uma ou duas vezes depois disso. — Lagarto Sacerdote mostrou suas presas; parecia francamente ansioso. — Aquele sequer tinha os olhos brilhantes. Ha-ha-ha, uma luta direta…!

— E você parece feliz com isso, por quê? Eu ficaria muito feliz em nunca mais lutar contra outro demônio em minha vida, sabe?! — Alta Elfa Arqueira parecia exasperada, mas saltou para o topo de um dos pilares de pedra com a mesma leveza como se estivesse correndo por um galho. Se precisassem de suas flechas, um ponto alto de vantagem seria bom para eles.

— Hmm, calma aí — disse Lagarto Sacerdote, observando-a e balançando a cabeça. — Estranho… Demônios normalmente não saem quando o sol está alto no céu. E também não são as únicas coisas que podem ter cheiro de enxofre.

— Então o que você acha…? — Sacerdotisa começou a perguntar, mas então um grande terremoto atingiu as ruínas e a área aberta (talvez outrora um altar) começou a desmoronar sob eles.

A primeira coisa que viram do buraco resultante foi um flash de ouro. Algo saiu voando, quase como se transbordasse: ouro, prata e equipamentos suficientes para deslumbrar os olhos. E sentada sobre a montanha do tesouro estava uma criatura que parecia ter saído de um pesadelo. Suas asas abertas escureceram o céu. Suas escamas eram mais duras que o aço. Suas garras e presas eram mais afiadas e mortais do que muitas lâminas famosas carregadas por muitos cavaleiros famosos. Seu sopro, um miasma sulfuroso, parecia abrasar o céu e sua inteligência fazia até os elfos parecerem crianças.

— GOOROGGOBOG!!

Posicionado triunfantemente em suas costas estava um goblin hediondo, o monstro mais fraco do mundo montado em um corpo enorme e vermelho-escuro. Qualquer um que conhecesse palavras no Mundo dos Quatro Cantos, até mesmo a criança mais nova, o teria reconhecido.

Pergunte qual era a pessoa ou besta mais forte do mundo e a resposta será imediata:

— Um dragão carmesim!

Como se em resposta, veio um grande rugido que rasgou o ar da masmorra até o céu.

 


 

Tradução: NERO_SL

Revisão: ZhX

 

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