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Matador de Goblins – Vol. 09 – Cap. 08.5 – Interlúdio – De Antes do Mundo ser Salvo Por Alguém

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Matador de Goblins - Volume 09 - Capítulo 08.5 - Interlúdio

 

Três aventureiros correram com pressa entre as pilhas de neve. Até o Caçador Harefolk que liderava o grupo, estava lutando para respirar, então os outros dois estavam, é claro, em um estado ainda pior.

Entretanto, o que eles precisavam mais do que tudo agora era tempo.

Tinham que estar alertas para os pés-grandes que fugiram para as montanhas. Essas criaturas eram obscuras o suficiente para não saberem quando desistir.

O que mais os preocupavam era o acontecimento inesperado no sopé da montanha. Eles estavam ansiosos pelos amigos que foram investigar.

Provavelmente não é nada demais.

Mas é preciso lembrar que complicações inesperadas eram praticamente a definição de uma aventura. Mesmo os deuses em sua mesa no alto dos céus não sabiam o desenrolar das coisas.

O Guerreiro Novato podia sentir seus nervos à flor da pele. Sim, a neve e o vento haviam se dissipado, mas a coisa pulverulenta que prendia seus pés não havia derretido e nem iria. Provavelmente neva aqui desde o início dos tempos.

Eu deveria ter me preocupado mais com os meus calçados.

Era um pouco tarde para se arrepender dessas escolhas em específico, mas o Guerreiro Novato não conseguia parar de pensar nisso. Só o fato dele ter se mantido vivo durante a batalha na caverna permitiu que ele se arrependesse agora. Ele teria que aproveitar daquela boa sorte, sentir seu arrependimento por completo e deixar que essa lição o tornasse mais sábio da próxima vez.

Apesar da dor de ter se preparado mal, o Guerreiro Novato não parou de se mover enquanto olhava para trás do seu ombro.

— Ei, você está bem?

— Eu estou… dando meu jeito…!

A respiração da Sacerdotisa Aprendiz saiu ofegante. Sua espada e cajado foram reduzidos a nada mais do que uma bengala. Suas roupas quentes, que ela usava contra as colinas tempestuosas, deixaram-na com o rosto vermelho, lágrimas de suor brilhavam em sua testa.

O menino deu um sorriso honesto; ele não deve estar muito melhor do que ela. Ele estendeu a mão

— Aqui.

— …Obrigada.

Sua breve resposta foi devido a sua timidez ou apenas ao cansaço? Ela desviou o olhar, mas o Guerreiro Novato agarrou sua pequena mão com firmeza e ajudou a puxá-la para fora da neve. Ele olhou para frente novamente para encontrar o saltitante Caçador Harefolk bem à frente deles.

— Eiiiiiiiiii! Desculpe, mas podemos descansar só um-

Pouco, ele ia dizer, mas se conteve. O Caçador Harefolk havia parado. Suas longas orelhas balançavam com o vento, e eles estenderam uma pata gordinha e branca à frente.

—  …? O que foi?

— Algo está vindo para cá! — O Caçador Harefolk gritou.

Com este aviso, os aventureiros imediatamente assumiram posturas de combate. Estavam à beira da exaustão, inexperientes, e esta foi a primeira aventura do Caçador Harefolk.

Mas eles eram aventureiros.

Não tinham mais feitiços, já tinham usado seus milagres, mas eles podiam ficar e lutar com as armas que tinham, essa situação era a coisa mais comum do mundo na vida de aventureiros. O Guerreiro Novato tomou a dianteira, cobrindo a Sacerdotisa Aprendiz atrás dele. O Caçador Harefolk veio pulando, preparando sua besta.

E então eles esperaram… um minuto? Dois minutos? Ou talvez tenha sido apenas alguns segundos. Para o Guerreiro Novato pareceu uma hora.

Por fim, o Caçador Harefolk piscou, neste momento o Guerreiro Novato pode ver as figuras se aproximando. De início, apenas formas. Então, mais distintamente, duas pequenas sombras. Uma de fato muito pequena, era uma rhea, e a outra um ruivo—

— É… é você?

— Hã? Ei, o que diabos você está fazendo aqui? — O menino ruivo e mago piscou confuso, tão presunçoso como sempre.

A garota rhea que veio correndo ao lado dele era a Lutadora Rhea que deu um chute amigável nas costas do garoto com os pés descalços.

— Eeyowch?!

— Eai pessoal, já faz um tempo! Como vocês estão?

Você pode simplesmente ignorá-lo, ela disse com um aceno de mão, seguindo seu próprio conselho quando se tratava do grito de dor do Menino Mago.

Sacerdotisa Aprendiz olhou bastante para o rosto dela e sorriu lentamente. Ela se esforçou para mexer seus dedos dormentes, apertando a mão com sua pequena, mas inconfundível espada.

— Obrigada…! Sim, estamos bem! E vocês? Como tem estado?

— Nós fizemos cem aventuras sem parar! — A Lutadora Rhea se gabou com um sorriso tímido. — É um pouco difícil ficar parada. Tudo isso não tem sido nada além de um treinamento para nós.

Então seus olhos, brilhando com a curiosidade característica de uma Rhea, se viraram para o Caçador Harefolk.

— Haha! Parece que vocês também têm histórias interessantes para contar. Basta olhar para este seu adorável amigo!

— Er… — o adorável amigo disse com alguma hesitação.

— Você os conhece?

— Eles são meus amigos, — Guerreiro Novato respondeu prontamente.

— É mesmo?

— … — Menino Mago ficou em silêncio por um tempo, mas então respondeu relutantemente:

— É…

Isso fez Lutadora Rhea rir, e ele a encarou antes de tentar mudar de assunto.

— Então, qual é a história? Algum tipo de missão?

— Certo, como posso dizer…

Rapidamente, Guerreiro Novato resumiu a situação. Com calma, Sacerdotisa Aprendiz lembrava de alguns detalhes que ele deixava de explicar por estar muito ansioso. Por fim, Caçador Harefolk acrescentou uma ou duas coisas e, finalmente, os outros assentiram

— Já entendi, — disse Lutadora Rhea. — É por isso que essas pessoas foram chamadas?

— Chamadas? Aquelas pessoas…?

Sacerdotisa Aprendiz inclinou a cabeça, perplexa.

— Uh-huh, — disse Lutadora Rhea. —, ele disse que tinha algo para fazer por aqui.

— E ele disse que até que terminasse, deveríamos nos manter ocupados, talvez ajudando aquelas pessoas.

Mas ele não é meu mestre, — Menino Mago murmurou para si mesmo, parecendo carrancudo.

— Aquelas pessoas…

As orelhas do Caçador Harefolk se esticaram ainda mais.

— Você quer dizer aquelas ali?

Até a lebre mencioná-las, Guerreiro Novato não tinha percebido. Sacerdotisa Aprendiz também. Ela não era mais perceptiva do que qualquer outra garota da sua idade. Além disso, até mesmo Caçador Harefolk só as notou um momento antes.

Sobre o cume nevado apareceram três aventureiros. Um guerreiro e um mago, ambas mulheres. E liderando-as, uma pequena garota de cabelos escuros. Ela tinha uma espada exageradamente grande em seu quadril, mas ela veio correndo pela neve como uma criança, seu sorriso era tão brilhante quanto o sol.

— O que está rolando? — Ela perguntou. — Alguma coisa aconteceu?

— Er, bem, meus… amigos… — Menino Mago olhou para a sorridente Lutadora Rhea. — Eles…

Ele começou a explicar a situação ainda mais brevemente do que Guerreiro Novato. A garota concordava balançando a cabeça.

— Parece bom, não acham? — A garota disse, virando-se para suas companheiras. — Acho que consigo fazer a diferença aqui.

— Não é como se tivéssemos muitas outras opções, — disse a guerreira.

O mago murmurou:

— Sabia que ia dar nisso.

— Só precisa de alguém em perigo para você se envolver, — disse a guerreira.

— … Sim, eu pensei que poderia chegar nesse ponto, — acrescentou o mago.

A garota continuou com a brincadeira puxando a ponta do seu nariz e dando uma risada tímida. Então, ela deu um forte tapa no ombro do Guerreiro Novato, estufando seu pequeno peito com orgulho.

— Muito bem, garoto, cuidando dessas duas lindas garotas o tempo todo! Você apenas pode deixar o resto comigo!

— … Hã? Quê?!

Quando Guerreiro Novato realmente percebeu o verdadeiro significado das palavras da garota, seus olhos se arregalaram. Caçador Herefolk soltou uma risada.

Quanto ao que aconteceu depois, com certeza não é preciso explicar.

 


 

Tradução: Another

Revisão: ZhX

 

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