— Rrrraagghhhh!! — gritou a garota, saltando no ar, a escuridão profunda do submundo foi iluminada como se fosse o brilho do sol.
O lugar realmente era como o próprio inferno. Um terço do lugar era terra queimada e enegrecida e os outros dois terços estavam repletos de demônios. Elevando-se acima de sua cabeça, prontos para destruir o tabuleiro deste mundo, estavam Devoradores de Pedras, monstros insetos gigantes facilmente confundidos com enormes centopeias.
Mas a garota, ainda no ar, apenas curvou os cantos dos lábios em um sorriso fofo, mas inesperado.
— GOLPE Alvoradaaaaa!!
Explosão solar!
A lâmina sagrada em sua mão lançou um raio de luz esmeralda, ceifando cruelmente os monstros ao redor. A horda de Devoradores de Pedras, inclinando-se ansiosamente para dar uma mordida na jovem, foi dilacerada em um piscar de olhos. Sangue e fluidos que poderiam ter manchado o cabelo preto da garota foram queimados pelo calor do clarão esmeralda.
A garota se recusou a sequer recuar diante de todos os demônios do inferno e, de fato, permaneceu ilesa.
A heroína girou no ar, pousando levemente em um afloramento rochoso com o punho erguido, enquanto gritava:
— É sua perdição, demônios, sua perdição! — Então apontou sua espada sagrada para os monstros, tecendo um sigilo complexo com sua mão esquerda. — Carbunculus… Crescunt… Iacta!!
Uma esfera de chamas formou-se com um rugido e saiu voando, seguida por uma segunda, depois uma terceira. Enquanto cadáveres de demônios carbonizados voavam pelo ar, a heroína exclamou:
— Estou feliz em continuar distribuindo isso… quanto tempo mais você precisa?!
— Só… um pouco mais, eu acho!
A voz em resposta saiu de dentro da massa de demônios.
A heroína agarrou sua lâmina sagrada com as duas mãos, fazendo uma pose de luta como se quisesse dizer que qualquer um que ousasse se aproximar seria morto.
E, de fato, foi exatamente o que aconteceu com qualquer um que ousou.
Os demônios mudaram de posição, tentando encontrar uma posição vantajosa, mas, um instante depois, suas cabeças voaram. Nenhum verdadeiro guerreiro experiente deixaria a oportunidade de um bom ataque ser desperdiçada. Ela se esquivou dos ataques de seus inimigos tão rápido que não seria visto se piscasse, então ela enfiou a espada em um oponente que se aproximava. Sua luta era brutal, utilitária, mas isso demonstrava exatamente o quão habilidosa era.
Ela estava protegendo uma maga, uma mulher carregando um grande cajado e se concentrando muito. A mulher, Sábia, então abriu um dos olhos, olhando para as rochas acima delas.
— O fluxo da água acima de nós mudou… Parece que o círculo mágico de nosso oponente foi quebrado.
— Huh. Imagino se existem outros aventureiros por aí. — A heroína fritou alguns dos monstros menores com outro feitiço, em seguida, saltou entre eles.
Os portões do inferno estão quase abertos.
Essa foi a advertência deixada para elas, esculpida em uma placa de argila por magos que viveram quase na Era dos Deuses.
Aqueles bruxos estavam pesquisando o feitiço Portão, mas cometeram um erro terrível. Eles abriram um portão para um lugar que deveria ter sido deixado fechado para sempre: o próprio inferno. O lacraram de imediato, mas era apenas uma questão de tempo até que se abrisse novamente. Previram o ano e o dia em que isso aconteceria…
E aconteceu bem quando eu estava por perto. Isso é bom ou ruim para mim?
A heroína correu em frente, nunca olhando para trás.
Ela havia tentado estudar, mas não tinha ilusões de que algum dia poderia realmente compreender a profunda lógica do mundo. Ela se sentou lendo livros grossos de princípios e regras, mas só fizeram sua cabeça doer.
Consequentemente, caberia a Sábia selar o portão fechado. Ela mesma reclamou que ainda não havia alcançado seu apogeu, mas era tão vigorosa…
— Talvez os elfos…?
— Tenho minhas dúvidas. Eles ficam arrastando os pés, talvez seja por isso que suas mãos são tão rápidas.
— Elfos podem acabar desferindo um golpe fatal em um momento e lugar que você nunca espera…
— Apesar de todo o meu aprendizado, nunca vou entendê-los — murmurou Sábia, a heroína sabia que Sábia havia aprendido mais do que qualquer uma delas.
Quanto a si mesma, apenas balançou sua espada e deixou a arma cuidar de tudo.
A heroína foi mais uma vez levada pela absoluta convicção de que todos os cantos deste mundo eram incríveis. E não porque ela era forte ou porque era uma heroína. Definitivamente não. Um simples fato como esse poderia mudar o valor do mundo?
Ela tinha amigos, uma cidade natal, coisas favoritas. O céu estava deslumbrante e ela podia até ver um arco-íris.
— Hah, está tudo bem! Há uma maneira de resolver esse problema: fatiar esses caras!
Mais uma razão para não poder deixar esses monstros ficarem com isso.
Ela chutou para o lado um demônio menor e se viu cara a cara com uma criatura aranha bizarra. O monstro gigantesco era obviamente um líder entre os demônios.
Era uma besta temível; suas pernas de metal poderiam facilmente atravessá-la.
O observador cínico poderia dizer que era seu trabalho lutar contra oponentes como aquele, já que ela era a heroína.
Pfft. Sem essa.
Ela mostrou um sorriso selvagem, mostrando todos os dentes. Parecia um tubarão atrás de sua presa.
Sábia fecharia o portão em um momento. Até então, ela lutaria para manter o mundo longe desses monstros; não iria ceder a eles nem por um instante.
Se ela e seus amigos fossem os únicos que sabiam por que ela lutava pelo mundo, isso era o suficiente.
— Aqui… vamos… nóóóóós!!
A heroína saltou, berrando e acertando o que foi — se é que ela pode dizer — um acerto crítico.
Tradução: Nero
Revisão: Kenichi
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