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Matador de Goblins – Vol. 07 – Cap. 04.5 – Interlúdio – Um Raio de Esperança na Biblioteca

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Capítulo 4.5 - Volume 07 - Interlúdio - Matador de Goblins

Nossa, eles deveriam deixar esse tipo de coisa para os clérigos do Deus do Conhecimento fazerem.

Na biblioteca, em um canto do templo do Deus da Lei, uma jovem acólita núbil fez uma careta.

Em todo o caso, os livros desta biblioteca eram de um tipo diferente dos livros comuns (por mais valiosos que fossem).

Os melhores eram antigas coleções de jurisprudência, mas as prateleiras também estavam cheias de tomos proibidos lacrados, volumes mágicos e textos ocultos.

Muitas seções da biblioteca estavam bloqueadas com correntes, mas com muita frequência, mesmo quando ela conseguia acessar os livros, os títulos eram escritos em caracteres incompreensíveis.

A verdadeira causa da angústia da acólita, no entanto, era o formato dos próprios livros.

Para ser franco, eles eram pesados.

Alguns tinham páginas de couro ricas, enquanto outros tinham capas de aço pesadas e outros ainda estavam adornados com decorações…

Ela tinha que puxar aqueles tomos volumosos da prateleira, arrastá-los até o púlpito e colocá-los de volta quando terminasse de ler. Era um trabalho de verdade e ela achava que seria melhor conduzido por um clérigo do Deus do Conhecimento, alguém que estava acostumado a essas coisas.

Infelizmente, não há escolha neste caso…

Nessa ocasião, a biblioteca do Deus do Conhecimento foi atacada.

Eles dificilmente poderiam pedir àquelas garotas, feridas no corpo e coração, que assumissem ainda mais responsabilidades.

E acima de tudo…

— Sinto muito, te coloquei em tantos problemas…

— Ah, de jeito nenhum! Estou muito feliz por prestar um serviço, mesmo que seja só um pouquinho.

A acólita sorriu para a arcebispa de onde sentava em uma cadeira, mesmo sabendo que a sacerdotisa não poderia ver isso.

Esta pessoa honrada veio aqui tão animada, como eu poderia fazer menos do que isso?

Donzela da Espada, a mulher em cujos ombros repousava todo o templo, havia mudado muito no último ano.

Para melhor, é claro.

Até recentemente, ela simplesmente tentava fazer muito. Era como se não se considerasse humana.

E ainda, de vez em quando, a acólita via Donzela da Espada com uma expressão parecida com a de uma criança perdida em seu rosto.

Em noites calmas, por exemplo.

Como sua assistente, a acólita vira Donzela da Espada sair correndo de sua cama para se lançar em uma oração suplicante no altar.

Mas por quê?

— Mas, diga-me; senhora, isso ajudou? Você aprendeu alguma coisa?

— Pegando algumas palavras emprestadas — disse Donzela da Espada com uma risada escapando — nem um pouquinho.

Ultimamente, ela tinha mostrado tanta suavidade e tanto prazer com cada vez mais frequência.

No decorrer do ano anterior, também havia parado de ir ao altar no meio da noite.

Se fosse realmente tudo graças àquele estranho aventureiro, então a acólita teria que se certificar de agradecer.

Embora eu tenha que admitir, não gosto de imaginar ela fazendo beicinho como uma criança…

— Hmm…

Mesmo com um sorriso irônico, Donzela da Espada continuou lendo o livro de precedentes legais.

Sua mão direita acariciava uma placa de argila, enquanto a esquerda corria sobre o livro no púlpito.

Ela alegava que as diferenças sutis de textura no papel e na tinta permitiam que decifrasse letras. Isso era surpreendente o suficiente, mas o que realmente impressionou a acólita foi que a Donzela da Espada conseguia entender as letras.

Algumas pessoas optaram por não aprender os antigos sistemas de escrita, já que temiam obter conhecimentos indesejáveis. Não queriam tropeçar em qualquer maldição que pudesse estar escondida no texto ou ficar loucos pelo choque de verdades inimagináveis ​​com as quais pudessem entrar em contato.

Mas ler e escrever sendo habilidades tão valiosas, algum explorador poderia se dar ao luxo de ser analfabeto?

Se fosse para a batalha, precisava saber contra quem estava lutando.

Isso era verdade mesmo com goblins; quanto mais para bruxos terríveis ou malvados Deuses das Trevas…

— Ahh, isso… Isso, eu me lembro.

O comentário repentino de Donzela da Espada trouxe a acólita de volta a si mesma.

— Agora faz sentido, senhora?

— Sim. He-he… Me pergunto o que ele faria com isso. Acho que pode ser útil se ele souber.

Entretanto, não acho que ele estaria realmente interessado.

Ela parecia um pouco desapontada quando fechou a tampa de metal pesado e soltou um pequeno suspiro.

— Peço desculpas novamente, mas poderia trazer pena e papel e preparar um pombo?

— Esta não é mais uma de suas cartas de amor, é?

A acólita sorriu maliciosamente ao tocar no ponto fraco, provocando um suspiro e um bufar de Donzela da Espada, que disse:

— Ora, sua…! Estive escrevendo para Sua Majestade e o chefe dos elfos. Sei como separar minha vida oficial da privada, você sabe!

A acólita assentiu obedientemente enquanto abria uma gaveta, tirava um papel de pele de cordeiro e uma caneta e começava a preparar uma vela e um selo.

Ela poderia trazer o pombo depois que a carta fosse escrita. Pediria aos deuses para protegê-lo.

Se Donzela da Espada disse isso, então com certeza tinha a ver com o destino do mundo.

— Suponho que toda a criação ainda está em perigo, e ainda há muitas aventuras a serem vividas, certo?

— De fato está, enfrentamos um inimigo muito poderoso. Terrível. O mundo ainda pode ser destruído.

— Mas — sussurrou Donzela da Espada e colocou um dedo em sua bochecha, seus lábios se suavizando como pétalas frescas. — Se ele pode salvar pessoas, então devemos salvar o mundo.

 


Tradução: Nero

Revisão: Kenichi

 

 

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