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Marcha Mortal à Rapsódia do Mundo Paralelo – Vol 03 – Cap. 02.2 – O Campo de Batalha

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Deixando as meninas bestas e Mia cuidando dos homens-rato, o restante foi buscar suprimentos.

Com Nana como escolta, enviei Arisa e Lulu para comprar comida e as mercadorias que tínhamos esquecido de comprar na Cidade de Seiryuu. O suficiente para os homens-rato também, é claro.

Fui buscar equipamentos para os homens-rato, instrumentos musicais e um arco e flechas para Mia caçar, uma tábua fina para as cartas, diversas ferramentas de artesanato e madeira.

Infelizmente, como era uma cidade muito pequena, só consegui encontrar metade das coisas que queria.

O transporte de mercadorias não estava muito bem desenvolvido por aqui e a demanda provavelmente era baixa para alguns desses itens, então acho que isso era inevitável.

Ainda assim, consegui pegar pelo menos algumas coisas, como o que Mia havia pedido e madeira. Como instrumento, encontrei um alaúde de segunda mão com uma corda quebrada. Embora eu tenha encontrado dois arcos curtos, vinham acompanhados apenas com vinte flechas com ponta de bronze.

Encontrei itens comuns, como escada, mesa, mesa de trabalho e cadeiras, sem problemas. A maioria era usada, mas provavelmente porque este mundo era muito diferente do Japão contemporâneo ou de qualquer sociedade voltada para o consumidor.

Como a maioria das ferramentas que eu queria eram feitas sob encomenda, decidi esperar até a próxima cidade grande. Mesmo assim,  comprei algumas ferramentas de segunda mão, como uma raspadeira, um cinzel e um martelo de madeira, achei que seria capaz de fazer alguns trabalhos manuais.

Para a mesa caber as cartas de estudo, pedi ao carpinteiro que cortasse no tamanho adequado e arredondasse os cantos. A princípio, disseram que levaria três dias, mas ele deixou escapar que faria durante a noite por três vezes o preço, assim ficaria pronto na manhã seguinte.

Para o transporte dos homens-rato, comprei uma carruagem e dois burros para puxá-la. Não havia cavalos à venda, mas achei que ficaria bem se os burros carregassem suas coisas assim que chegassem ao sopé.

No dia seguinte, a terceira manhã desde nossa partida da Cidade de Seiryuu, tomamos um café da manhã medíocre e caro e deixamos a Cidade de Kainona.

Antes de seguir para a fronteira do Emirado dos Rato Cinzentos, paramos no lugar onde os companheiros dos homens-rato estavam enterrados.

— Eu, Misanaria da Floresta Bolenan, imploro que todas as árvores do Reino de Shiga. Conceda um sono reparador aos bravos heróis homens-rato que deram suas vidas na batalha para me proteger.

Mia sussurrou em élfico para as árvores que marcavam os túmulos dos homens-rato. Como uma resposta, os galhos balançaram suavemente, embora não estivesse ventando. Como se os espíritos que moram lá dentro estivessem respondendo ao seu apelo.

Acompanhada pelo alaúde, Mia cantou uma canção fúnebre élfica.

O restante de nós colocamos oferendas, como queijo e carne seca que os homens-rato amavam, sob as árvores e despejamos álcool como um rito de enterro.

Um dos homens-rato desenterrou uma alforje que estava perto do túmulo, tirou um pedaço de papel e me entregou.

— Este é o nosso tesouro. Para você, Satou. Como agradecimento.

— Hoze, não incomode Sir Satou com um pedaço de papel tão inútil.

O pequeno papel estava coberto por uma letra minúscula e apertada.

Continha informações estranhamente detalhadas relacionadas à cerâmica. Mas eram os caracteres escritos que mais chamaram minha atenção, não o conteúdo.

Chamei Arisa e questionei Hoze, enquanto esperava ela chegar.

— Não, eu realmente aprecio. A propósito, onde você conseguiu isso?

— Um dos humanos perdidos nas montanhas me deu. Ele era estranho.

Agradeci a Hoze e voltei a olhar para o papel.

— Você me chamou?

— Sim, olhe isso.

— Hã? O que é isso? Uma nota sobre cerâmica e como fazer esmalte cerâmico (ceramic glaze)? Espere, está em japonês! Você escreveu isso, Mestre?

Sim, o memorando foi escrito em caracteres japoneses. O próprio papel parecia ter sido rasgado de um bloco de notas de alta qualidade de uma papelaria ou loja de conveniência.

A escassa informação que obtive ao questionar Hoze sugeria que o dono do papel era provavelmente o ex-namorado de Lilio, que eu suspeitava ser japonês. Ele conheceu Hoze antes de visitar a Cidade de Seiryuu. Quase podia sentir as rodas do destino em movimento. Eu estava disposto a apostar que o encontraria pessoalmente mais cedo ou mais tarde.

Enfiei o papel no bolso e coloquei no Armazenamento em uma pasta chamada Japonês.

Depois de passar um pouco mais de tempo lá, viajamos em direção ao sopé perto da fronteira.

— Brilhanteee?!

Com a exclamação de Tama, olhei para a montanha e vi que realmente havia algo refletindo luz na metade do caminho. Com a ajuda da minha habilidade de “Visão Telescópica”, detectei o que parecia ser a ponta de uma lança. Rapidamente, verifiquei meu mapa.

— Alguém está vindo nos cumprimentar.

— Hmm?

— Aquele é Capacete Ver…, quero dizer, Mize e seus amigos.

O mapa mostrava Capacete Vermelho e nada menos que trinta outros homens-rato. Achei que fosse uma unidade em busca de sobreviventes.

Falei com Zeze, que estava servindo como representante dos homens-rato, e usei um sinal de fumaça para fazer contato com o grupo.

— Brincesa e Zatew. Obrigado.

— Não se preocupe.

Eu entreguei os homens-rato ao Capacete Vermelho, que veio nos cumprimentar.

Como sempre, sua expressão era estranhamente indiferente de uma forma distintamente humana, apesar de suas feições de rato.

Os companheiros do Capacete Vermelho estavam montando um monstro que parecia um javali de seis patas. Todos tinham o título de Mestre das Feras, então eles provavelmente treinavam monstros.

Eles também tinham uma série de cervos chamados de “dulldeer” para servir como bestas de carga. Aparentemente, eles foram criados especificamente para transportar coisas nas montanhas. Como os burros que comprei seriam desnecessários, decidi vendê-los na cidade.

— Kyuze! Você está vivo!

— O Sub-Capitão Poro me protegeu.

Havia outro guerreiro homem-rato sobrevivente no grupo do Capacete Vermelho, provavelmente aquele que eu assumi que não havia deixado vestígios.

Eu me pergunto por que ele não apareceu quando eu o procurei no mapa naquele dia.

Talvez a procura no mapa tenha se limitado ao território em que eu estava no momento.

Mas, não, eu tinha visto o ponto do Capacete Vermelho no meu radar quando ele estava fora desta área, então talvez fosse apenas o limite da procura padrão.

Como essas considerações me distraíram do feliz reencontro dos homens-rato, Capacete Vermelho veio falar comigo.

— Zatew, zenhor.

— Ah, eu posso entender a linguagem dos homens-rato cinzentos. Você não precisa falar Shigan.

— Você realmente é estudioso. Eu gostaria de oferecer este sino para você. Foi confiado a mim, mas foram os grandes elfos que fizeram. Não tem nenhum efeito especial, mas é a prova de que seu dono conquistou a confiança de elfos, fadas ou semelhantes. Já que ganhou a confiança de Misanaria, parece adequado que você a tenha, Senhor Satou.

Parecia um objeto tão importante que me recusei a pegá-lo de inicio, mas ele não quis me ouvir, insistindo que também era obrigado por resgatar seus camaradas dos humanos pacificamente.

Capacete Vermelho havia planejado rastreá-los mesmo que tivesse que lutar contra o Reino Shiga, então evitamos involuntariamente um conflito regional.

Depois de longas idas e vindas, acabei sendo forçado a aceitar o sino élfico. Seu nome oficial era “Sino Silencioso de Bolenan,” e de acordo com Cavaleiro Vermelho, ele foi feito dos galhos de uma Árvore do Mundo.

Mia aceitou o sino do Capacete Vermelho e o prendeu no meu cinto. Sem ter bola uma dentro do sino, ele não tocou. Talvez fosse como documentos de identificação para elfos.

> Título Adquirido: Amigo dos Homens-rato

Decidimos passar novamente na Cidade de Kainona para vender os burros e a carruagem.

A viagem de ida e volta para a fronteira demorou um pouco, então, quando chegamos de volta a Kainona, já era quase noite.

Além do preenchimento das cartas de estudo e do elogio de todos, não teve mais nada demais em nossa jornada.

Pedi a Arisa e as outras que conseguissem um quarto para nós na pousada em que ficamos no dia anterior e fui sozinho para a loja onde comprei a carruagem e os burros.

Felizmente, cheguei à loja antes de fechar e os convenci a comprar tudo de volta por 80% do preço original.

Como a comida que comemos lá naquela manhã, nosso jantar na pousada não foi muito bom, mas o carneiro frito não era tão ruim. Um pouco salgado, talvez, mas não fedia nem nada.

No meio da noite, secretamente escapei da pousada sozinho e visitei o distrito da luz vermelha.

Infelizmente, como a população da cidade era bem pequena, o distrito da luz vermelha era bem pequeno. Havia mais ou menos dez barracas que serviam comida ou bebida e apenas dois bares.

Mas nenhuma loja onde eu pudesse me divertir com uma moça bonita, pelo jeito.

As damas da noite que perambulavam pelas barracas em busca de clientes eram todas muito jovens ou já haviam passado de seu auge, então as ignorei.

Dos dois bares, entrei naquele com a clientela de aparência relativamente mais elegante. O outro bar estava cheio de pessoas estranhas fazendo barulho.

Felizmente, havia uma distância saudável entre os dois estabelecimentos.

Sentei em uma mesa vazia e uma mulher com traços bonitos e um peito bem torneado veio anotar meu pedido. A maneira como ela se portava era um tanto antinatural, mas enfatizava seu decote perfeitamente.

— O que você gostaria de beber, jovem comerciante?

— Você tem hidromel? Se não, estou aberto a sugestões.

— Infelizmente não temos hidromel, mas talvez possa lhe interessar um pouco de licor de leite de ovelha Kainona?

Evidentemente, essa era a especialidade da cidade. Dizem que essas coisas só são gostosas para os locais, mas acho que saborear a culinária local faz parte da diversão de viajar.

Pedi um copo de licor de leite de ovelha e um prato de ensopado de carneiro com feijão. O rosto da garçonete estava perto demais do meu. Não faça cócegas nas bochechas das outras pessoas com seu cabelo loiro, por favor.

Meu pedido chegou logo, então dei um gole no licor de leite de ovelha e… nojento. O gosto azedo e cru era ainda pior do que eu esperava. No momento em que entrou na minha boca, o fedor animal perfurou meus seios da face e eu engasguei na hora.

Nem mesmo o koumiss que experimentei tem um tempo, era tão azedo…

Talvez aquela bebida tenha sido feita com o gosto de um japonês em mente. No final, acabei pedindo uma cerveja Shigan, que era fácil de beber.

O ensopado, por outro lado, tinha um sabor suave e levemente salgado. A gordura do carneiro misturava-se deliciosamente com a generosa porção de feijão. Eu teria preferido mais carne, mas era perfeita para acompanhar a minha bebida.

— Ei! Não está salgado o suficiente! Não seja mesquinho com os temperos, cara!

— Fique quieto, bêbado! Você acha que eu vou distribuir o sal a um preço desses?!

— Que velho pão-duro. Espero que aquela bruxa ferva você em um caldeirão e coma você!

— Ora, seu…

Eu ouvi uma discussão entre um cliente e o atendente.

Então não era um sabor intencionalmente sofisticado, hein? Bem, estava gostoso de qualquer maneira.

Beber sozinho era solitário. Comprei uma rodada de bebidas para o pessoal e participei de seus boatos e fofocas.

> Título Adquirido: Sacos de dinheiro

Cada vez que eu fazia outro pedido, a garçonete “acidentalmente” pressionava seu peito contra minhas costas enquanto trazia. Que ótimo lugar. Talvez eu fizesse alarde em cobre pela gorjeta ao invés de centavos.

A maior parte das fofocas girava em torno dos acontecimentos em Kainona, mas outros tópicos incluíam a chuva estelar, uma nova colônia de formigas monstros perto da cidade e o aumento dos danos causados por lobos no Condado de Kuhanou vizinho.

Além disso, embora parecesse mais fábula do que boato, ouvi falar de uma bruxa que supostamente vivia em uma floresta no Condado de Kuhanou. De acordo com os outros, ela dava remédios para pessoas boas, mas pegava quem quer que fosse imprudente e feria a floresta, e fervia em um caldeirão.

Eles poderiam muito bem ter completado a fantasia com detalhes como “mora em uma casa feita de doces”, seria uma boa.

Agora, então. Eu me diverti muito, então me levantei para sair. A garçonete, que já havia começado a beber ao meu lado, me pegou pelo braço e me levou até o segundo andar da taverna.

Os outros clientes assobiavam e zombavam de nós, e finalmente percebi que a taverna também era um motel para casais. Eu suponho que garçonetes trabalhando de prostituta fosse uma tradição consagrada pelo tempo em qualquer mundo.

Dei uma gorjeta generosa à garçonete e recebi um serviço realmente muito dedicado.

Troquei de roupa e pedi a um encantador que veio à taverna a negócios para me lavar bem. Com sorte, limparia cheiro de perfume, mulher e vários outros vestígios.

Apesar dos meus cuidados, ainda recebi o tratamento de marido traidor quando voltei para a pousada.

Mia e Arisa foram as únicas que ficaram com raiva. Tama e Pochi não tinham ideia do que estava acontecendo, e Liza e Nana não pareciam ver nenhum problema. A expressão de Lulu era inescrutável, mas ela não mostrou nenhum sinal de tristeza ou raiva.

— Impuro.

— Honestamente! Você tem tantas garotas aqui! Por que sair e fazer isso?!

Como guardião, eu acho que colocar a mão em qualquer uma das minhas protegidas seria uma ofensa muito maior do que qualquer uma dessas coisas. Eu apreciaria se elas não ficassem me chutando de vez em quando.

E assim, a manhã do nosso quarto dia desde que saímos da Cidade de Seiryuu começou: com uma gritaria bonitinha.

Para uma mudança de ritmo, vagamos pelo mercado um pouco antes de partir.

Não vi muitos produtos novos, mas pelo menos pudemos comprar uma variedade de ingredientes. Compramos meia ovelha em um açougue, e também um carneiro, com vegetais parecia um bom jantar para aquela noite.

Passamos pelos portões de Kainona logo atrás dos aldeões que fecharam cedo o mercado.

A descida do portão para a estrada principal era ladeada por colinas íngremes em ambos os lados, tornando a visibilidade ruim até chegarmos à estrada. Como também não havia sinais de trânsito, imaginei que houvesse muitos acidentes.

O fazendeiro e sua esposa na nossa frente tiveram alguns problemas para desacelerar a carroça na encosta e dispararam direto para o cruzamento com a estrada principal. Quase colidiram com um cavalo, que recuou e parou repentinamente.

— Vocês estão bloqueando a estrada, idiotas! Saíam do caminho!

O homem a cavalo insultou o casal quando eles bloquearam seu caminho. O marido, que conduzia a carroça, caiu no chão como se o cavalo o tivesse chutado e sua esposa se ajoelhou ao lado dele, pedindo desculpas ao homem montado.

Atrás de nós, alguns porteiros vieram ver o que estava acontecendo.

Vendo isso, o homem se apressou em dirigir seu cavalo ao redor da carroça. Naquele momento, nossos olhos se encontraram inesperadamente e, por um instante, seu olhar se encheu de ódio.

Ei, eu não acho que estava olhando para você, então o que é? Eu nem te conheço.

Mas o momento passou rapidamente, e o homem disparou pela estrada principal antes que os porteiros chegassem.

— Mestre, aquele não era o homem de antes?

— Quem?

Aparentemente, Liza se lembrava dessa pessoa.

— Ele foi o oficial que tentou levar nossos núcleos de formigas voadoras na Cidade de Seiryuu.

— Ah, aquele vigarista idiota?

Então aquele era o contador do exército do duque que tentou roubar os despojos suados das meninas.

Não lembrava seu nome, mas acho que alguma parte da minha mente o registrou como “vigarista” porque a pequena escala de seu crime era impressionante.

Verificando seu status no mapa, descobri que sua afiliação mudou para Nenhuma.

Será que o exército do duque descobriu sobre suas atitudes e o despediu?

Não me importei muito, então afastei a memória do homem e dirigi nossa carruagem.

O fazendeiro havia se ferido quando o cavalo o chutou, seu status mudou para Fratura Óssea. Quando examinei os detalhes, vi que o ferimento era na clavícula. Seu medidor de PV estava estável, então provavelmente não houve nenhum dano a longo prazo.

Os porteiros terminaram com as perguntas e voltaram para seus postos. Como a situação estava sendo tratada como acidente, eles não perseguiram o homem responsável.

A esposa do fazendeiro o colocou no carrinho e tentou puxá-lo com seus braços delgados, mas eu a parei e ofereci uma das poções de recuperação de baixo grau que comprei na Cidade de Seiryuu.

Tanto o marido quanto a esposa se recusaram a aceitar, mas insisti que aceitasse mesmo assim e ele se recuperou. Acho que até poções de recuperação de resistência de baixo grau podem curar uma fratura óssea simples. Aceitei placidamente os agradecimentos excessivamente zelosos do casal e seguimos em frente.

Depois de andarmos por um tempo, Arisa expressou uma reclamação.

— Se você distribuir poções mágicas para estranhos, vai ser um problema!

— Não se preocupe. Eu só queria saber se uma poção de resistência de baixo grau poderia curar uma fratura óssea.

Isso mesmo. Ajudá-los foi acidental. Definitivamente não era porque a luta desesperada da esposa do fazendeiro tinha me afetado.

— Acho que vou aceitar essa explicação.

Arisa deu de ombros com uma expressão “Você não pode me enganar” em seu rosto.

Estou te dizendo, foi nada demais!

Eu queria tentar algo, então pedi que Liza assumisse como cocheira.

Atrás do banco do motorista, atravessei o grupo enquanto elas cantavam músicas temáticas de anime com o alaúde de Mia e sentei no banco de trás para observar o céu. Isto se tornou meu ponto de referência para contemplar coisas como o desenvolvimento de feitiços.

Abrindo o mapa, comecei minha investigação.

Primeiro, eu verifiquei e vi que Atacar e Correr não tinha sido adicionado aos crimes pela recompensa do bandido.

Procurando no mapa, olhei as categorias de recompensas. Parecia haver apenas seis: roubo, agressão, assassinato, agressão sexual, incêndio criminoso e traição.

Hã? Deixando de lado o incidente anterior, por que não recebi a recompensa Assalto quando dei um soco e incapacitei alguns bandidos na Cidade de Seiryuu?

— Qual é o problema? Você parece perplexo.

Arisa, que veio para perto de mim, olhou para mim com preocupação.

— Ah, eu estava pensando na coluna de recompensa das pedras de Yamato.

— Nesse caso, você pode me perguntar! Sua preciosa Arisa sabe tudo!

Arisa estufou o peito liso em uma estranha pose de orgulho. Por favor, pare antes que Pochi e Tama comecem a imitar você.

— Em primeiro lugar, existem sete tipos de recompensas.

— Não são seis?

— Não! Roubo, agressão, assassinato, agressão sexual, incêndio criminoso e traição são os mais comuns, mas também existe um chamado Infidelidade.

Infidelidade? No fundo da minha mente, lembrei do sacerdote corrupto gritando: “Seus infiéis!” e cuspindo por toda parte.

— Você só consegue isso fazendo coisas como ir contra os ensinamentos da divindade sob a qual você foi batizado, trair ou mostrar desprezo por aquele deus, coisas do tipo. Eu realmente nunca vi isso.

Então, se você não foi batizado, você não pode receber a recompensa Infidelidade?

Curioso, fiz a pergunta para Arisa.

— Provavelmente. Você não pode violar as condições de um acordo se nunca o tiver feito. Depois de ser batizado, você recebe as bênçãos de um deus, então a maioria das pessoas é batizada aos sete anos de idade, quando começam o aprendizado e a idade adulta.

 


 

Tradução: Roelec

 

Revisão: Kana

 


 

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