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Lorde dos Mistérios – Cap. 73 – Primeira Batalha

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Sob a iluminação do sol da tarde, Klein, com suas roupas cobertas de poeira, rapidamente girou o cilindro do revólver para remover a câmara vazia de segurança. Ele entrou então em uma posição de disparo, permitindo que a luz refletisse o corpo de bronze do revólver.

Segurou o revólver com uma das mãos e moveu o outro braço com cuidado e atenção, preparado para qualquer coisa que pudesse acontecer ao seu redor.

Ao mesmo tempo, ele estava um pouco preocupado com o Capitão Dunn e o Sr. Aiur Harson. Afinal, ambos eram Beyonders Pesadelos que se especializavam em influenciar o inimigo das sombras. Ele não sabia se eles eram adeptos em combate direto.

Assim que Klein estava tendo essas considerações, Aiur Harson diminuiu a velocidade, sua expressão tornando-se serena e calma.

Ele abriu a boca e recitou um poema tranquilo, que parecia pacificar as pessoas.1Poema adaptado de Evening Primrose de John Clare.

— Quando o sol se põe no oeste,

— E gotas de orvalho caem na calada da noite;

— Quase tão pálido quanto os raios do luar,

— Ou sua estrela companheira,

— A prímula da noite abre novamente

— Suas flores delicadas para o orvalho;

— E, como eremita, evitando a luz

O recital reverberou em torno deles. Klein quase perdeu os sentimentos tensos e relaxou completamente.

Ele teve sorte de ter experimentado algo semelhante antes e não de não estar enfrentando Aiur Harson. Portanto, ele rapidamente se recompôs e entrou em um estado semi-cogitativo para combater a influência do poema.

Ufa… Ele soltou um suspiro de alívio. Ele não tinha mais dúvidas sobre as habilidades de combate direto de Dunn e Aiur.

Como ele havia avançado apenas recentemente e ainda não tinha um profundo entendimento das poções de Sequência, Klein havia esquecido que Sequência 7 Pesadelo era o avanço da Sequência 8 Poeta da Meia Noite. Eles poderiam manter quaisquer habilidades que tivessem antes e, de fato, desfrutar de um pequeno aprimoramento em suas habilidades.

A impressão que Klein tinha dos Poetas da Meia Noite vinha de Leonard Mitchell. Ele sabia que essa “classe” herdava os traços únicos de um Sem Sono. Eles eram bons em combate, tiro, escalada e detecção. Eles também eram adeptos a influenciar as criaturas vivas ao seu redor através do uso de vários poemas. Em termos mais simples, eram poetas violentos.

Enquanto Aiur recitava seu poema, os grandes caixotes de madeira empilhados em torno deles pareciam repentinamente ondular como água, e então um homem de smoking preto e meia cartola apareceu.

Mas o dele estava pintado em três cores pastel: vermelho, amarelo e branco. Os lados de seus lábios estavam arqueados como de um palhaço, formando um contraste ridículo com seu traje formal que era adequado para se juntar a um banquete noturno.

Tum! Tum! Tum!

Lorotta, a dama de cabelos negros que havia sido introduzida como uma franca-atiradora, avançou rapidamente. Ela tinha uma arma em uma mão e cerrou a outra em um punho. Ela chegou a poucos centímetros do palhaço em alguns passos.

O palhaço pareceu ser afetado pelo poema de Aiur Harson. Seu corpo estava balançando e ele tinha uma expressão tranquila em seus olhos, e parecia não ter nenhum desejo de retaliar.

Lorotta inclinou seu corpo com uma manobra de boxe enquanto preparava um soco, e, em seguida, socou o rosto do palhaço.

Bang!

O ar estalou quando o palhaço se estilhaçou de repente como um espelho, pedaços rapidamente evaporando e desaparecendo no ar.

Nesse momento, o palhaço de terno apareceu rapidamente mais uma vez nas sombras das caixas de madeira a alguns passos de distância. O contorno de sua figura reaparecendo novamente.

A pessoa sob a influência do poema era apenas uma ilusão! Foi uma performance!

O palhaço de terno sorriu novamente. Ele tinha um ar cômico quando pressionou a meia cartola com uma das mãos e apontou a outra como uma arma.

Bang!

Um som de um tiro soou de sua mão. Lorotta caiu para a esquerda e rolou no chão, desviando do ataque.

Mas nada havia acontecido, exceto pelo tiro falso.

Bang! Bang! Bang!

Dunn e Aiur levantaram suas armas e dispararam uniformemente. O palhaço de terno se desviou habilmente, às vezes para a direita e para a esquerda, às vezes rolando no chão. Era como se fosse um acrobata em um circo.

De repente, Lorotta surpreendentemente avançou novamente. Apesar de ser chamada de franca atiradora, ela ainda estava usando seus punhos.

Bam!

O palhaço não conseguiu evitar o ataque a tempo e só pôde levantar o braço esquerdo para bloquear o punho.

Vendo o palhaço parar, Dunn e Aiur não hesitaram em mirar e puxar o gatilho.

Nesse momento, o braço que o palhaço usou para bloquear o punho de Lorotta se acendeu com uma chama laranja-amarelada.

Num instante, a chama envolveu o palhaço e se espalhou em direção a Lorotta.

Bang! Bang!

Dunn e Aiur dispararam seus revólveres, acertando a bola de fogo.

As chamas queimaram rapidamente e logo tudo o que restou foram cinzas negras flutuando no céu. Mas o palhaço apareceu mais uma vez atrás da pilha de caixas de madeira nas proximidades.

Ele levantou a mão direita e apontou o dedo mais uma vez.

Bang!

Em meio ao tiro ilusório, Lorotta parou de repente. Ela não avançou. A lama se espalhava em sua frente quando uma bala apareceu.

O palhaço não estava mais disparando uma bala ilusória!

Era difícil discernir o real do falso, realidade da ilusão.

Bang! Bang! Bang!

O palhaço disparou contra Dunn e Aiur repetidamente enquanto se escondia e aparecia em momentos aleatórios.

Ao ver isso, Lorotta semicerrou os olhos e ergueu o revólver de ouro na mão esquerda.

Bang!

O palhaço se agachou de repente, evitando o tiro fatal. Sua meia cartola foi mandada voando para trás, caindo no chão. A bala deixou uma marca visível de queimado no chapéu.

Depois de rolar algumas vezes no chão, o palhaço escalou as pilhas de caixas de madeira com a agilidade de um macaco. Ele disparou balas de ar de seu dedo do alto das caixas.

Aiur Hanson deu alguns passos para trás e baixou a arma. Ele começou seu recital mais uma vez.

— Desperdiça seu lindo florescer na noite,

— Quem, vendado às suas carícias,

— Não conhece a beleza que possui.

O palhaço saltou repetidamente entre as caixas. De repente ele levantou a mão para coçar as orelhas e olhou para Aiur com um sorriso cômico.

Poderia ter tampado seus ouvidos? A Sequência que a Ordem Secreta tem com certeza é estranha… — Klein observou a luta de longe em silêncio enquanto fazia suposições.

Assim que seus pensamentos passaram por ele, ele de repente viu uma figura aparecer no topo de um armazém ao seu lado. Além disso, estava correndo direto para dentro, onde Ray Bieber estava se escondendo.

Aquela figura estava vestida com um uniforme branco-acinzentado, que os trabalhadores das docas usavam. Seu rosto também parecia pintado de vermelho, amarelo e branco.

O palhaço é responsável por distrair o capitão e o resto enquanto a outra pessoa busca o diário? — Klein levantou instintivamente a mão direita e atirou na figura no telhado.

Ele tinha acabado de mirar quando a figura de repente se agachou, parando de correr para rolar no chão.

Bang!

Klein não parou de puxar o gatilho. Ele viu a figura parar de repente, seu sangue jorrando.

A figura olhou para ele em choque. Enquanto aguentava a dor, ele continuou entrando no armazém.

Pareceu um tiro de sorte… — Klein contorceu os lábios e puxou o gatilho mais uma vez. Desta vez, a bala atingiu o telhado de madeira ao lado da figura.

Bang! Bang! Bang!

Leonard e Borgia também atiraram, mas não atingiram a figura.

Klein queria criticar o quão terríveis eram suas habilidades de tiro quando comparadas com as dele quando de repente ele parou de puxar o gatilho.

Isso mesmo! Por que devemos pará-lo?

Não divinei que há um grande perigo no armazém agora pouco? Não seria ótimo se deixássemos esse cara ser a vanguarda e pisar na mina terrestre para nós?

Leonard e o Sr. Borgia devem ter tido a mesma ideia…

Com esse pensamento, Klein levantou o cano de seu revólver e atirou para o céu.

Bang! Bang! Bang!

Enquanto os tiros ecoavam, a figura conseguiu alcançar a região mais interna do armazém sem impedimentos.

Ele pulou para baixo, batendo no telhado e caindo com o teto em colapso.

Imediatamente após a comoção, os olhos de Lorotta de repente ficaram pretos. Sua mão esquerda começou a fazer uma estranha ação de puxar.

Os saltos do palhaço repentinamente pararam e seu tornozelo parecia estar agarrado com força por uma mão invisível.

Dunn não atirou imediatamente, mas apontou o revólver para baixo.

Ele abriu a boca e produziu uma voz estranha, fraca e etérea sem o uso de sua garganta, simplesmente usando sua espiritualidade para ressoar o ar ao seu redor.

— Assim, floresce enquanto a noite passa;

— Quando o dia olha para fora com o olho aberto,

— Diante do olhar que não pode evitar,

— Ele desmaia e expira, e desaparece.

O palhaço de terno ficou subitamente flácido, como se tivesse perdido o desejo de viver.

Aiur Harson levantou a arma e mirou, o dedo puxando o gatilho imediatamente.

Naquela fração de segundo, houve um gemido anormal e trágico que veio do armazém.

— Ah!

O grito continha imenso medo, como se tivesse encontrado algo inimaginavelmente aterrorizante.

Os pelos do corpo de Klein ficaram em pé. Os trágicos gritos pararam de repente e o silêncio foi restaurado nas partes mais profundas do armazém. Era um silêncio que dava calafrios.

Bang!

Afetado pelo grito, Aiur só conseguiu atirar na barriga do palhaço.

Haaa… Haaa… Haaa!

O silêncio dos abismos mais profundos do armazém foi novamente quebrado com o que parecia ter sido uma respiração suave, que chegou a um crescendo que mexeu com os nervos de todos.

Tum! Tum! Tum! Tum! Tum! Tum!

Dentro do baú preto, 2-049 havia atingido um estado frenético.

 


 

Tradução: Lodis

Revisão: MoriSan

 

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