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Lorde dos Mistérios – Cap. 127 – Encontrando Novamente o Monstro

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Ela encontrou uma desculpa para sua criada deixá-las sozinhas por um tempo. Audrey trancou a porta e olhou de volta para sua golden retriever, Susie, da qual não tinha mais tanta certeza de que ainda poderia ser considerada como seu animal de estimação.

— Você ouviu… Uh, ou encontrou alguma coisa?

Susie sentou-se firmemente e uivou, reverberando o ar ao seu redor.

— Sim, ouvi a discussão do Conde com alguns membros do Parlamento no escritório. Eles disseram que o Rei e o Primeiro-Ministro chegaram a um acordo mútuo e desistirão de seu plano de vingança contra o Império Feysac, na Costa Leste de Balam, por enquanto. Onde fica a Costa Leste de Balam?

A velocidade aterrorizante de Susie em compreender a língua de Loen fez Audrey se sentir confusa. Ela ficou em silêncio por alguns segundos antes de dizer:

— Irei lhe dar um mapa amanhã…

— Ok~ — Susie respondeu, satisfeita. — O Rei e o Primeiro-Ministro acreditam que atualmente a tarefa mais pertinente é pressionar uma reforma, que permitirá a seleção de funcionários públicos por meio de um exame. Eles esperam passar o projeto de lei pela Câmara dos Lordes e pela Câmara do Povo antes de outubro.

—Sério? — perguntou Audrey, agradavelmente surpresa.

Esse foi o primeiro assunto que ela conseguiu guiar secretamente depois que se tornou um Espectador. Transformar isso em realidade daria a ela uma sensação de conquista!

Susie respondeu com franqueza:

— Não posso lhe dar uma resposta definitiva. Foi exatamente isso que ouvi, não consegui nem entender completamente o que eles queriam dizer. Afinal, sou um cachorro que acabou de começar a aprender.

Audrey ficou atordoada por um momento antes de sorrir e alogiar:

— Susie, você fez bem! Essa é sua recompensa!

Ela pegou uma sacola de um armário luxuoso, abriu o selo e a colocou na frente de Susie.

Era um biscoito para cães produzido pela Companhia de Cuidados Animais de Backlund, feito de farinha, legumes, carne e água. Era um biscoito do qual Susie realmente gostava.

Susie sentou-se, ereta, e cheirou a sacola. Ela balançou a pata, parecendo decidir como consumir os biscoitos para se adequar melhor à sua identidade atual.

Depois de alguns segundos, ela desistiu de pensar, aderiu ao seu instinto e avançou para frente. Pegando a sacola de biscoitos, ela correu para fora.

Ela ficou de pé sobre as patas traseiras e abriu a porta com uma das patas, e então saiu correndo e se escondeu nas sombras para começar a saborear seu lanche.

No domingo, Klein dormiu até a tarde, porque havia passado a noite em serviço no Portão Chanis. Depois que acordou, pegou a carruagem pública sem trilhos e chegou ao Bar Dragão Maligno.

Ele havia planejado usar divinação para encontrar o Monstro Ademisaul e determinar o motivo de sua recente estranheza. No entanto, ele foi interrompido pela perda de controle de um Punidaor a Mandato e teve que adiar para hoje.

Ele atravessou a sala de bilhar e entrou no mercado clandestino. Klein não precisou procurar, pois imediatamente viu Ademisaul tremendo em um canto.

Quando o jovem de aparência pálida, de cabelo preto, bagunçado e oleoso, sentiu a aproximação de Klein, ele de repente cobriu os olhos e encostou-se na parede na tentativa de se mover em direção à porta lateral.

Klein acelerou o passo e impediu Ademisaul de sair. Ele bateu os molares esquerdos duas vezes secretamente.

Em sua Visão Espiritual, a aura de Ademisaul não parecia muito saudável; todas as cores pareciam sombrias. Em outras palavras, embora ele não tivesse nenhuma doença importante, seu corpo estava muito fraco.

Ao mesmo tempo, Klein percebeu que um medo e uma ansiedade intensos estavam sendo revelados nas emoções do Monstro. Ele havia perdido quase todo o azul que representava o pensamento racional.

A superfície de sua Projeção Astral se estendia das profundezas de seu Corpo Etéreo, e sua cor era unificada, transparente e incolor, exatamente como uma luz pura. Essa é a singularidade de um “Monstro” nascido naturalmente? — Klein assentiu indiscernivelmente enquanto olhava para o rosto de Ademisaul, depois disse:

— O que você viu recentemente? O que você encontrou? Por que você está se escondendo em um canto e tremendo enquanto diz que existem cadáveres e que todos estão mortos?

Ademisaul abaixou a cabeça e olhou na direção de seus pés. Parecia que ele não se atrevia a olhar diretamente para a pessoa à sua frente.

Ele tremia quase violentamente, com sua calça azul-acinzentada e camisa de linho esfarrapada. Ele respondeu, confuso:

— Não, eu não vi nada. N-não, eu só tive um sonho. Há sangue em todos os lugares do sonho e cadáveres espalhados por toda parte. Haha! Boohoo! Eu estava entre os cadáveres! Eu estava lá! Eu vou morrer, eu vou morrer! Eu não quero morrer, eu não quero morrer!

Ele riu e chorou. Sua resposta confundindo Kelin.

Klein massageou as têmporas e abaixou a voz para perguntar novamente:

— Por que você tem medo de mim?

Ademisaul ficou surpreso por alguns segundos quando de repente se agachou. Ele gritou com um medo extremo:

— Não!

— Não!

Todos olharam e Klein de repente se sentiu desconfortável.

Eu não fiz nada para você… Por que está gritando como se algo tivesse acontecido! — Ele riu secamente, vendo que Ademisaul havia se enrolado em uma posição fetal trêmula. Fora implorar por misericórdia, ele não disse mais nada. Klein não teve escolha a não ser se distanciar e fingir que estava simplesmente passando por alí.

Hmm, talvez eu deva pedir conselhos ao Sr. Azik. Mas ele acabou de sair de férias para a parte norte do Império Feysac na semana passada, e só voltará na próxima quinta ou sexta-feira. Antes disso, tenho que reportar ao Capitão… — Klein cobriu a boca enquanto bocejava. Ele então deu meia volta e saiu do mercado subterrâneo.

Depois que recebeu seu salário naquela semana, sua poupança particular voltou a oito libras e dez soli. No entanto, os ingredientes Beyonder verdadeiramente raros eram tão caros que ele só conseguia “olhar as vitrines”. Mas claro que, se ele não tivesse medo dos juros altos, poderia obter um empréstimo de curto prazo com Swain.

Quando saiu do Bar Dragão Maligno e esperou a carruagem pública, Klein considerou os desenvolvimentos futuros.

Em mais uma semana, as doze libras do meu adiantamento do início serão pagas. O dinheiro que poderei levar para casa finalmente poderá chegar a três libras por semana. Melissa não vai ter desculpa alguma para adiar a contratação de uma criada… As outras três libras permanecerão em segredo, e eu vou economizar mais dinheiro para mim…

Eu preciso conseguir rapidamente a fórmula de Telepata, ou pistas relacionadas, de Daxter Guderian. Posso usar a desculpa de poder dar os fundos a um subalterno para não levantar suspeitas ao trocá-la por dinheiro com srta. Justiça… Isso poderia ser feito através de uma transferência bancária anônima. Durante o processo posso causar interferência via divinação. Isso será muito seguro e não revelará minha identidade…

Depois de entrar em uma carruagem pública, Klein não foi diretamente para a Companhia de Segurança Blackthorn, planejando ir primeiro ao Clube de Divinação por duas horas.

Fazia parte do trabalho necessário para prenunciar sua digestão da poção.

Além disso, Klein agora era considerado famoso na indústria de divinação. Havia clientes que retornavam e também havia referências. Em média, ele fazia mais de dez divinações em uma tarde.

Portanto, mesmo que ele fosse apenas duas vezes por semana, ainda conseguia lucrar meia libra. Para o empobrecido Sr. Louco, era melhor que nada.

Ah, é uma pena que eu tenha sido muito bom no começo e construído uma imagem muito perfeita. Não posso simplesmente mudar minhas taxas de divinação como desejo… — pensou Klein consigo mesmo enquanto estava sentado na sala de reuniões no Clube de Divinação tomando seu chá preto de Sibe.

Com sua fama atual, as pessoas ainda procurariam seus serviços, mesmo se ele cobrasse quatro soli.

No entanto, como um Vidente que respeitava o destino, ele só podia continuar cobrando oito centavos.

Embora Klein tivesse digerido completamente a poção, ele não estava disposto a correr o risco de ir contra os princípios de um Vidente que havia deduzido, e isso incluía não obter benefícios excessivos da divinação. Afinal, ele não sabia se isso poderia levar à perda de controle ou outros efeitos negativos.

As informações confidenciais que os Falcões Noturnos tinham não incluíam o conceito de “digestão”. Assim, Klein não conseguiu determinar se ainda havia riscos depois de digerir completamente a poção, nem se poderia fazer algo que fosse contrário ao princípio.

No momento em que pensava nessas coisas, a bela atendente Angélica entrou e foi até Klein. Ela se inclinou dizendo suavemente:

— Sr. Moretti, alguém deseja seus serviços de divinação. Sala Ágata Vermelha.

— Tudo bem. — Klein havia verificado se era um dia adequado para visitar o Clube de Divinação antes de chegar, e obteve uma resposta definitiva de sua divinação.

Ele pegou sua cartola de seda, saiu da sala de reuniões e viu o cliente que estava esperando na porta da sala Ágata Vermelha.

A cliente era uma donzela com cerca de dezesseis anos de idade. Ela estava usando um vestido azul claro com babados e segurando um chapéu de gaze da mesma cor. Ela tinha cabelos castanhos encaracolados, um rosto bonito e redondo e um par de lindos olhos azuis claros.

— Elizabeth? — Klein reconheceu a boa amiga de sua irmã, Elizabeth, que estudava na Escola Pública Ivos.

Uma vez ele ajudou a escolher um amuleto para ela, e também resolveu o incidente de divinação de espelho mágico de Selena com sua ajuda.

Da mesma forma, Elizabeth disse com agradável surpresa:

— Sr. Moretti, é você mesmo? Me perguntei se era você mesmo quando vi o nome.

— Sou um entusiasta do misticismo, afinal — explicou Klein, impotente. Então ele acrescentou:

— Não conte à Melissa. Ah, Selena também.

O resultado da divinação mostrou que era adequado visitar o Clube de Divinação! Por que me deparei com Elizabeth? — Ele balançou a cabeça quando se virou para abrir a porta da sala Ágata Vermelha.

Ao mesmo tempo, ele bateu seus molares esquerdos duas vezes.

Eles entraram na sala sem pressa. Depois de tomar o assento do adivinho, ele levantou a cabeça e olhou em direção a Elizabeth.

Com apenas um olhar, ele franziu as sobrancelhas.

Havia uma leve camada de um verde escuro no campo de energia da jovem senhorita!

Um sintoma de ser assombrado por espíritos e aparições… — Klein fez um julgamento calmo e perguntou diretamente:

— Você teve pesadelos recentemente, com elementos repetitivos?

Elizabeth, que havia acabado de fechar a porta e ainda não havia se sentado, ficou impressionada e demorou muito tempo para responder:

— Sim… Foi por isso que vim aqui procurá-lo.

Klein se recostou e perguntou:

— Que tipo de sonho você teve? Quando começou?

— Começou nos últimos dois dias de minhas férias na cidade de Lamud. Ah, nossa família tem uma propriedade lá. — Elizabeth era considerada meio entusiasta de misticismo, então se lembrava melhor que o normal de tais situações. — No meu sonho, eu sempre encontro um cavaleiro de armadura negra completa. Ele carrega uma enorme espada e seu rosto está totalmente coberto por um elmo, então tudo que eu podia ver era um par de olhos vermelhos e brilhantes. No sonho, ele fica tentando se aproximar de mim. Com medo, eu fujo, mas a distância diminui a cada vez…

Depois de pensar, Klien perguntou:

— Dois ou três dias antes do seu sonho, você entrou em contato com antiguidades, ruínas antigas, objetos de sepultamento ou um mausoléu?

Elizabeth recordou, respondendo:

— Visitei uma montanha perto da cidade de Lamud onde havia um castelo antigo abandonado.

Essa é a abertura padrão de um romance paranormal… — Klein achou graça silenciosamente enquanto questionava por mais detalhes:

— Você deixou algo para trás no castelo? Ou pegou alguma coisa do castelo?

Elizabeth franziu suas belas sobrancelhas e respondeu momentos depois, incerta:

— Fui cortada por espinhos e sangrei… Deixar sangue para trás conta?

Klein assentiu com uma máscara de solenidade e respondeu com uma voz profunda:

— Sim.

 


 

Tradução: Lodis

Revisão: MoriSan

 

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