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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 374 – De Volta para Casa

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Tendo se separado de sua família, Ferlin não tinha mais autorização para retornar ao domínio dos Elteks. No entanto, ele não estava fazendo isso para resolver suas próprias dúvidas, mas por causa de seu pai.

Durante um banquete em particular, Sir Eltek falou sobre a mulher do retrato, ressaltando com um discurso muito emotivo, que a linhagem Eltek existia apenas por causa de sua benevolência, mas que ela fora traída pelos ancestrais dos Eltek. Ferlin não entendeu as palavras de seu pai naquela época, mas a expressão do seu pai ficou bem gravada em sua mente, demonstrando remorso pelo comportamento de seus ancestrais, como se tivesse sido um duro golpe.

Bem, já que meu pai demonstrou remorso pela atitude dos antigos, será que existe uma chance de remediar a situação? Talvez a mulher que eu vi seja descendente da fundadora da minha família. — Ferlin pensou.

Em todo caso, Ferlin deixou sua família apenas porque não queria se separar de Irene. Como o filho mais velho, sua família não poderia aceitar que Ferlin se casasse com uma plebeia. Fora ter escolhido Irene como sua esposa, Ferlin não tinha nenhum outro problema ou empecilho com sua família.

Depois de seu casamento, embora seu pai nunca o tenha visitado uma única vez, sua mãe fez o possível para que alguém enviasse alguns suprimentos todos os dias e, em um certo dia, uma carta que dizia que seu pai o havia perdoado veio junto.

Foi por essas razões que Ferlin decidiu voltar para casa e contar o que viu.

Devido ao impacto dos Meses dos Demônios, o número de navios que viajavam entre as duas terras diminuiu significativamente. Ele teve que esperar três dias por um navio mercante que veio de Forte Cancioneiro, e incluindo o tempo necessário para descarregar a carga, ele chegaria a Forte Cancioneiro em apenas uma semana.

Quando Ferlin finalmente chegou ao forte e saiu do navio, ele imediatamente sentiu como a cidade estava vazia. A neve do solo chegava até os tornozelos, mas ele viu que, além de algumas pistas que deixavam diferentes profundidades de pegadas, a maior parte da neve nas ruas era plana, como se ninguém passasse por ali há muito tempo. Comparada com Vila Fronteiriça, que era movimentada e cheia de gente, era bem difícil acreditar que esta era, na verdade, a maior cidade da Região Oeste.

A propriedade dos Eltek ficava ao norte do forte e incluía uma aldeia de quase 1 hectare. Se até mesmo o forte estava vazio, era desnecessário dizer que a aldeia de sua família estava em uma situação ainda pior. Enquanto o cocheiro levava Ferlin ao longo da estrada em direção à mansão de sua família, ele viu corpos de pessoas famintas no caminho. Todos os anos, se a neve começasse a cair no início do outono, a maioria das pessoas pobres seria pega despreparada, sem comida e lenha suficientes, e aproximadamente metade dessas pessoas não seria capaz de resistir até a próxima primavera. Embora Ferlin já tivesse visto essa cena muitas vezes durante os últimos Meses dos Demônios, ele nunca poderia se acostumar com isso.

Depois de passar por várias outras cabanas espalhadas, Ferlin finalmente retornou às portas da casa de sua família pela primeira vez em muitos anos.

O portão de ferro no pátio estava firmemente trancado e o jardim da frente estava coberto de neve. No entanto, os azulejos da passagem estavam limpos, evidentemente mostrando que havia alguém na família que cuidava da propriedade.

Ele bateu no portão de ferro com força, e depois de um tempo, dois guardas saíram da mansão. Um deles rapidamente identificou Ferlin e disse, surpreso:

— O senhor… mestre!

— Olá, vim ver Sir Eltek. — Ferlin disse tranquilamente.

Embora todos que viviam na mansão soubessem que Luz da Manhã havia desertado da família, essa era uma questão entre eles e, portanto, os guardas não ousariam tomar quaisquer atitudes. Os dois guardas rapidamente abriram o portão de ferro. Um deles levou-o ao saguão para esperar, enquanto o outro foi informar o mordomo.

Ferlin não esperava que a primeira pessoa a correr para encontrá-lo fosse seu irmão mais novo, Miso Eltek.

— Você não pertence mais a este lugar. Então, por que está aqui de volta? — Miso franziu a testa enquanto avaliava seu irmão mais velho — Você andou até aqui? Onde está seu escudeiro?

— Eu não sou mais um cavaleiro. — Ferlin riu — Naturalmente, não tenho mais um escudeiro me acompanhando.

— Ah é, eu quase esqueci que você foi brutalmente derrotado pelo Príncipe de Vila Fronteiriça e se tornou seu prisioneiro. Ele libertou você ou o quê? — Miso bufou — Então você está aqui porque não tem mais dinheiro pra aguentar o inverno todo? Eu posso te dar um pouco, mas você tem que ir embora.

A atitude de seu irmão fez Ferlin suspirar. Era compreensível que ele se comportasse dessa maneira. Afinal, Miso Eltek era atualmente o herdeiro aparente da Família e, naturalmente, não queria vê-lo voltar e causar complicações.

— Eu não estou aqui por dinheiro, e não tenho intenção de brigar pela herança. — Luz da Manhã disse em voz baixa — Sua Alteza me designou para ser professor e estou muito satisfeito com a minha vida atual.

— Professor? — Miso ficou espantado — Não me lembro de você possuir tanto conhecimento que possa ensinar outros membros da nobreza.

— Eu não ensino nobres, mas sim pessoas comuns a ler e escrever.

— Ensinar plebeus… — Miso zombou — A mentira que você está fabricando está ficando mais interessante. Essa esposa civil fez você perder a cabeça?

— Já chega! — Uma voz baixa foi ouvida vindo de trás, fazendo com que Miso tremesse, já Ferlin olhou e viu que era seu pai, Sir Eltek — Irene não é inferior à nobreza. Tudo o que lhe falta é status. É grosseiro continuar falando sobre isso.

— Pai! — Miso exclamou.

Sir Eltek não prestou atenção em seu filho mais novo e perguntou diretamente a Ferlin:

— Eu ouvi o guarda mencionar que você tem informações para mim.

— Sim. — Ferlin fez uma reverência e disse.

— Entre no meu escritório.

Ferlin seguiu seu pai até o escritório no segundo andar da mansão. Quando passou pelo corredor, ele aproveitou a oportunidade para dar uma olhada no retrato da parede. A mulher de cabelos azuis apareceu diante dele mais uma vez, parecendo exatamente como ela era no Mercado de Conveniências. Em comparação com os outros retratos na parede, o retrato dela parecia mais vívido e muito mais detalhado, de tal forma que até a pinta próximo ao canto do olho era claramente visível.

Quando eles entraram no escritório, seu pai foi o primeiro a falar:

— Durante uma apresentação de teatro no outono, eu tive a chance de ver sua esposa. Sua pele estava excelente, e suas habilidades de atuação não estavam atrás quando comparadas às de senhorita May. Parece que vocês dois estão se dando bem.

De repente, Ferlin sentiu seus olhos se enchendo de lágrimas. Ele não esperava que seu pai mencionasse isso primeiro. Após um breve momento de silêncio, ele assentiu e disse:

— De fato. Temos nossa própria casa em Vila Fronteiriça e planejamos ter um filho depois dos Meses dos Demônios.

— Isso é ótimo. — Sir Eltek tomou um gole de sua xícara de chá — Deve ser difícil vir de Vila Fronteiriça neste tempo. Qual é a informação?

Luz da Manhã segurou suas emoções e respondeu:

— Eu vi uma mulher enquanto estava no mercado. Ela se parecia exatamente com a mulher de cabelos azuis do grande retrato no corredor.

As mãos de seu pai tremeram e ele quase derrubou sua xícara de chá. Ele levantou a cabeça com os olhos arregalados e perguntou:

— O que você disse?

— O cabelo azul é bastante raro e sua beleza era inconfundível. Tenho certeza de que não vi nada errado. — Ferlin respondeu — Ela poderia ser uma descendente da pessoa no retrato?

— Impossível! Essa pessoa era… — Sir Eltek fez uma pausa e balançou a cabeça — É impossível para ela ter descendentes.

— É mesmo? — Ferlin olhou para baixo — Então talvez eu esteja errado.

— Você correu todo esse caminho até aqui só por causa disso?

— Sim, porque eu lembro que o senhor uma vez… expressou seu remorso.

Sir Eltek baixou a cabeça e ponderou por um momento.

— Ela realmente é parecida?

— Sim, com exceção de uma ligeira diferença no comprimento do cabelo… — Ferlin lembrou —, fora isso, todo o resto é idêntico. O senhor sabe, desde que nasci, eu só vi essa cor de cabelo naquele retrato, por isso prestei bastante atenção.

— Ela pode não ser a descendente dessa pessoa. — Sir Eltek disse timidamente — Porque pode ser exatamente a pessoa que está no retrato.

Ferlin quase não podia acreditar no que seu pai estava dizendo. Essa ideia parecia ainda mais inconcebível do que sua própria imaginação.

— A pessoa do retrato? O senhor quer dizer… que ela viveu por mais de quatrocentos anos?

— Eu não queria contar a você sobre isso. — Sir Eltek levantou-se e disse — Afinal, ela é uma bruxa, por isso tudo é possível. Siga-me.

— Para onde?

— Para o porão. Eu tenho algumas coisas para mostrar a você. — Sir Eltek disse devagar — A herança de nossos ancestrais inclui uma relíquia que ela deixou para trás.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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