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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 372 – Descanso Merecido

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Uma semana depois, Vila Fronteiriça experimentou uma forte nevasca em seu último mês de inverno.

Roland olhou pela janela do escritório e viu algumas sombras nos telhados cobertos de neve. As sombras eram as pessoas da vila cumprindo sua tarefa diária de remover a neve dos telhados, para que suas casas não desmoronassem com o peso excessivo.

O dia de hoje marcava exatamente um ano desde que Roland chegou a este mundo, mas o inverno passado não fora tão frio e, de sua janela, ele não enxergava toda essa ordem, tampouco movimento, nas ruas.

Naquela época, a vila era praticamente um terreno baldio. Além de algumas casas decentes de madeira ao redor da praça, havia apenas casebres feitos de barro e outros de palha. A maioria dos nobres vivia ao redor ou próximo da praça, bem como era dali que saía a única estrada para o castelo. Roland se lembrava que tudo era muito sujo, a vila inteira era praticamente um depósito de lixo e fezes, tanto humanas quanto de animais.

Agora, várias estradas foram construídas e pavimentadas com cimento, e até mesmo as estradas que já existiam também foram pavimentadas. Linhas escuras separaram a vila em várias seções, com os dois lados da estrada principal reservados como um distrito comercial e as áreas circundantes como complexos residenciais.

Além disso, a transformação da velha Vila Fronteiriça para uma nova mais industrial estava começando a tomar forma, o que significava que ela finalmente substituiu as velhas oficinas por uma linha de montagem contínua, embora ainda fosse apenas para os motores a vapor. A área dos altos-fornos produzia lingotes de ferro suficientes para processamento, enquanto a fábrica de motores a vapor transformava essas matérias-primas em peças de máquinas. Os ferreiros se familiarizaram com as novas ferramentas e recebiam muitos aprendizes. Embora Anna ainda fosse necessária para produzir as ferramentas altamente precisas, os ferreiros já estavam em um nível completamente diferente de antes, e conseguiam fazer boa parte das peças e encaixes. Afinal, antes do surgimento das novas ferramentas, esses homens só sabiam usar um martelo, enquanto outros eram simples mineiros e caçadores.

Roland também trial que tudo isso também foi obra destes mesmos trabalhadores.

Além disso, havia também a produção de munição e pólvora, que também era inteiramente feita por civis. Anna ainda precisava produzir as armas de fogo, não por falta de máquinas mais precisas para fabricar as peças mais importantes, mas porque o alto-forno da vila ainda não conseguia produzir ferro com qualidade consistente. Isso já havia sido adicionado à lista de problemas que Roland precisava resolver.

As conquistas na engenharia química foram ainda mais emocionantes, pois Roland não tinha grandes expectativas, logo, os resultados obtidos foram uma surpresa agradável. Agora, ácido sulfúrico e ácido nítrico estavam sendo produzidos em massa e explosivos químicos começaram a ser desenvolvidos. Enquanto a produção de munição pudesse aumentar, mudar para fuzis de repetição não seria um problema.

Não importava se os modos de produção ainda estivessem desatualizados, porque pelo estado atual da vila, produzir algo era mais importante do que parar a produção para atualizar as máquinas. Quando as habilidades de Papel se estabilizaram para ela controlar com precisão seu próprio poder mágico, poderia haver outro avanço na engenharia química.

O que mais importava era que todos os aspectos de Vila Fronteiriça, seja a produção, a educação ou a construção, estavam todos crescendo constantemente. Com o tempo, à medida que mais e mais pessoas graduassem na educação básica, haveria avanços mais frequentes em todos os campos.

Roland sentiu seu coração acelerar e ficou extremamente orgulhoso em perceber que bastou somente um ano para ele transformar uma terra abandonada na atual Vila Fronteiriça. Ele sentia que poderia ficar na janela e observar o vai e vem das pessoas o dia inteiro.

Em um dado momento, os sons dos chifres soaram na direção noroeste, indicando que era um ataque de bestas demoníacas.

Após a chegada dos Meses dos Demônios, o alarme soaria a cada três ou quatro dias. No entanto, o Primeiro Exército já era muito experiente em lidar com ataques e não precisava mais da supervisão de Roland. Ele ainda se lembrava que se não tivesse ficado ao lado deles um ano atrás, todos eles teriam largado suas armas e fugido.

— As bestas demoníacas estão de volta. Devo dar uma olhada? — A voz de Rouxinol surgiu ao lado de seus ouvidos.

— Sim. — Roland assentiu — Mas tenha cuidado.

— Não se preocupe. Elas não podem me tocar.

Ele sentiu um leve calor em sua bochecha e a voz desapareceu.

Roland balançou a cabeça, impotente. As bruxas provavelmente estavam cansadas de se esconder da neve dentro de casa, então Rouxinol queria fazer algo. As bruxas combatentes que vieram com Tilly estavam especialmente ansiosas para correr até a muralha e ver a batalha, esperando que as bestas demoníacas híbridas subissem pela muralha para que pudessem pôr suas habilidades mágicas em ação. Rouxinol ficou intrigada depois de ouvir sobre isso e começou a se juntar às bruxas combatentes sempre que o alarme soava.

Talvez ela queira ir lá só para comparar suas habilidades e competir pelo posto de bruxa combatente mais forte. — Roland suspirou. — Se ela pudesse se dedicar assim aos estudos…

No entanto, lutar lado a lado poderia aproximar bruxas e mortais, então ele não se incomodou em detê-las. Os atuais fuzis de repetição eram suficientes para matar bestas demoníacas normais, mas não eram o suficiente diante das bestas demoníacas híbridas, como a besta híbrida leão-lobo, de modo que ter bruxas poderosas presentes poderia estabilizar a linha de defesa e reduzir as baixas.

Até agora, não houve uma única morte no Primeiro Exército.

A saída de Rouxinol lembrou Roland que as bruxas combatentes haviam encontrado um jeito de se entreter, mas as bruxas assistentes ainda não tinham muito com o que se divertir. Era hora de pensar em algumas novas atividades.

Com esse pensamento, ele convocou Soraya.

— Vossa Alteza, o senhor tem uma nova tarefa para mim?

Essa pintora que tanto contribuiu para Vila Fronteiriça parecia estar de bom humor. As sardas no rosto dela estavam mais destacadas e seus olhos brilhavam com uma vitalidade penetrante.

A pergunta de Soraya, trial com um tom bastante solícito, deixou Roland um pouco sem graça.

Por que estou sentindo remorso? — Ele pensou e perguntou:

— Hum, você esteve ocupada ultimamente?

— Não, por que o senhor pergunta? — Soraya tirou uma mecha de cabelo da testa — Recentemente, menos trabalhadores têm ido à fábrica, então eu gasto somente algumas horas para terminar todas as pinturas que preciso fazer, e as estranhas caixas de metal feitas pelo alquimista Sir Kyle me mantiveram ocupada às vezes. — Ela fez uma pausa, inclinou a cabeça e sorriu — No entanto, comparada a estar no acampamento da Associação Cooperativa das Bruxas, eu prefiro muito mais a vida aqui na vila, é muito mais satisfatória. Além do mais, estou realmente feliz que minhas habilidades sejam úteis para o senhor.

Uau… que sorriso ofuscante. — Roland não pôde deixar de se sentir um pouco culpado, mas manteve o rosto sério, tossiu e disse:

— Coff, eu te chamei aqui para que você faça algumas cartas novas para mim.

— Mais cartas de Gwent?

— Não, todas vocês provavelmente estão cansadas ​​disso. — Ele acenou com a mão e continuou — É muito simples. Contanto que você saiba a mão do seu oponente, o jogo é basicamente previsível.

— Sim, é verdade…

— A ideia é muito simples, assim… — Roland pegou um pedaço de papel e desenhou um esboço — Existem quatro símbolos diferentes, cada um com cartas numeradas de um a treze, bem como dois palhaços, então são cinquenta e quatro cartas no total.

As habilidades de Soraya evoluíram trial, então ela era capaz de produzir rapidamente um baralho de cartas diretamente de seu esboço.

— E como se joga?

— Estas cartas permitem que vocês joguem muitos tipos de jogos diferentes, mas vamos começar com um fácil.

Roland pegou as cartas e sentiu como se estivesse viajando no tempo novamente. Para celebrar o Festival da Primavera, sua família sempre se sentava ao redor de seus barris de brasa, assistia ao Festival da Primavera de Gala na TV e jogava pôquer até a manhã seguinte, quando acendiam fogos de artifício para dar as boas-vindas à primavera.

Diferente do mahjong, o pôquer poderia ser jogado em qualquer lugar e tinha muitas variações, então era provavelmente o jogo mais popular do mundo.

— Chame Anna para vir aqui. — Roland disse, sorrindo — Eu vou te ensinar a jogar Guerra contra o Proprietário1É um jogo muito popular na China, com o nome de Dou Di Zhu (斗地主). O jogo utiliza as cartas normais de canastra, pôquer e pife, jogos comuns aqui no Brasil e pode ser encontrado para celular e em outras plataformas..

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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