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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 678 – Os Novos Pedidos dos Fiordes

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Uma convidada, que há muito tempo não aparecia, visitou a Cidade de Primavera Eterna no fim do outono.

Era a comerciante Margarete.

Roland tratava com extrema cortesia os amigos que foram os primeiros a negociar com ele e que trouxeram grandes retornos para Vila Fronteiriça em tempos difíceis. Ela não apenas foi recebida pelo ensaio militar do Primeiro Exército, como também pelo próprio Roland, que foi pessoalmente recebê-la na Praia Rasa.

— É muito gentil de sua parte, Vossa Majestade. — Margarete sorriu e disse. — Eu sou apenas uma simples comerciante.

— A Região Oeste não estaria tão desenvolvida hoje se não fosse por sua ajuda. — Roland disse. — Eu nunca esquecerei dos meus amigos.

A Câmara de Comércio de Margarete havia sido de grande ajuda na aquisição inicial de alimentos e, posteriormente, na locação de navios para transportar os refugiados. Até mesmo Theo havia dependido da rede de conexões de Margarete para obter uma base de apoio firme na antiga Cidade Real de Castelo Cinza. Embora nada disso tenha sido de graça, Roland estava ciente de que muitas coisas não podiam ser feitas apenas com dinheiro.

— É minha honra ser sua amiga. — Margarete curvou-se levemente e disse. — Além de vir buscar os perfumes, eu também trouxe novas oportunidades de negócio para o senhor. — Ela apontou para trás e disse. — Eles são os comerciantes mais populares dos Fiordes e estão muito interessados nos navios a vapor.

— Sério? — Roland sorriu. — Você poderia me apresentá-los depois?

De acordo com a prática tradicional, comer e conversar era a melhor forma de se fazer negócio. A grande mesa no salão estava repleta de uma variedade de comidas deliciosas. Os comerciantes, ao verem isso, ficaram bastante felizes, pois não teriam mais que comer peixe. Eles tentaram se controlar e se comportar o mais elegantemente possível no início, mas após alguns drinks, a etiqueta logo foi embora e todos começaram a conversar animadamente.

Roland não se importava com a etiqueta. Ele preferia um ambiente mais animado na hora de comer.

Ele também conseguiu saber um pouco mais desse grupo de comerciantes. Tirando Gammon e Marleen, que já haviam visitado Vila Fronteiriça antes, havia também a Câmara de Comércio da Ilha do Sol Poente e da Ilha da Água Rasa. Essas duas ilhas, em conjunto com a Baía Lua-Crescente, formavam uma rede de comércio bem forte.

Embora as três ilhas não fossem muito grandes em tamanho, elas eram muito fortes em população e poder. Além disso, havia muita competição entre essas ilhas, e isso podia ser notado pelos navios. Cada navio de três mastros atracado na doca podia transportar por volta de trezentas pessoas ou cargas de peso equivalente. Esses navios a vela custavam cerca de cinco mil moedas de ouro a unidade. Era óbvio que as Câmaras de Comércio não queriam perder para a Baía Lua-Crescente em termos de respeito e poder.

Depois que as sobremesas foram servidas, finalmente havia chegado a hora da discussão oficial.

— Margarete me falou que vocês querem comprar motores a vapor. É verdade?

— Sim, Vossa Majestade. — Nibelung, o representante da Câmara de Comércio da Ilha da Água Rasa, foi o primeiro a falar. — Contudo, além dos motores a vapor, também queremos comprar um navio como aquele que o senhor vendeu para a Baía Lua-Crescente.

— Eu soube que a taxa de modificação que o senhor cobrou anteriormente foi de mil e oitocentas moedas de ouro. A Ilha do Sol Poente está disposta a pagar duas mil moedas de ouro por cada modificação de navio, e queremos modificar cinco. — Atiyer, o comerciante da Ilha do Sol Poente, disse, não querendo ser deixado para trás. — A Câmara de Comércio da Ilha do Sol Poente pagará metade do valor adiantado.

Eles provavelmente estavam se referindo aos navios a vapor que a Lua Crescente havia comprado ano passado. Para Roland, essa tecnologia já estava quase ultrapassada. Contudo, seria uma transação de ótimo custo-benefício para ele, já que ele podia treinar trabalhadores enquanto ganhava uma boa quantidade de dinheiro.

— A construção de um navio a vapor demora de dois a três meses; cinco deles demoraria em torno de um ano. Barov, o Diretor da Prefeitura, efetuará o contrato com vocês, caso concordem.

— Sem problemas. Mas a Ilha do Sol Poente tem um pequeno pedido a fazer. — Atiyer tossicou (limpou a garganta) e disse. — Esperamos que o senhor contrate os artesãos dos Fiordes para construir os navios.

— Prossiga… — Roland ergueu as sobrancelhas e disse.

— Da mesma forma que foi com a Baía Lua-Crescente, nós enviaremos um grupo de artesãos para o senhor, e os navios que forem construídos primeiramente serão usados pela Ilha do Sol Poente. Após dez anos, eles decidirão se preferem voltar para os Fiordes ou permanecerem na Cidade de Primavera Eterna.

— A Ilha da Água Rasa também deseja assinar o mesmo contrato. — Nibelung falou. — Cinco navios são apenas o primeiro pedido. Encomendaremos cinco navios a cada ano, caso o senhor aceite o acordo.

Entendo. — Roland pensou. — Então esse é um acordo que vai durar dez anos, no qual cada transação renderá uma receita de dez mil moedas de ouro anuais.

Verdade seja dita, Roland não se importava de espalhar a técnica de construção. O navio a vapor com rodas de pás era muito ultrapassado se comparado à turbina a vapor que estava sob desenvolvimento. Sem falar do motor a vapor de tripla expansão que já estava em produção.

O propósito inicial de Roland ao assinar o contrato de dez anos com a Baía Lua-Crescente, ao invés de impedir que a tecnologia se espalhasse, foi para fazer com que os artesãos de adaptassem à vida na Região Oeste, e que, anos depois, não quisessem mais voltar para os Fiordes, preferindo se tornar cidadãos da Cidade de Primavera Eterna.

Ao pensar nisso, Roland bateu na mesa e disse:

— A princípio, não tem problema, mas precisamos ajeitar alguns detalhes, como por exemplo mudar o tempo de dez anos para cinco…

Quando Roland falou isso, os dois comerciantes ficaram extremamente felizes. Quanto mais cedo eles colocassem a mão na técnica de construção dos navios a vapor, melhor.

— Eu posso dar um desconto de vinte por cento para a Ilha da Água Rasa e a Ilha do Sol Poente, mas eu quero que, no final, todos os artesãos permaneçam na Região Oeste1Aqui Roland joga muito bem. Primeiramente, a tecnologia do navio a vapor já está ficando ultrapassada, e ele também sabe que, se contratar pessoas de fora, a técnica de construção do navio a vapor vai vazar de qualquer jeito. Então ele melhorou a oferta, deu desconto e “pegou para si” toda a mão de obra das Câmaras de Comércio. No fim do contrato, os comerciantes terão a técnica, mas não a mão de obra. E mesmo que tenham a mão de obra, não terão o recurso (minérios, maquinários, etc.).. O que acham?

— É… Isso…

Os dois comerciantes imediatamente hesitaram, já que era muito difícil treinar um artesão. Porém, eles não conseguiam determinar se esse negócio era bom ou ruim, já que o tempo seria reduzido para cinco anos e eles economizariam duas mil moedas de ouro por ano.

— Vossa Majestade, será que posso te responder isso depois? Preciso conversar com a Câmara de Comércio primeiro. — Nibelung disse.

— Sim. Claro. — Roland fez um gesto com a mão e disse.

Após curvar-se, Nibelung saiu do salão.

— Pedirei licença também. — Atiyer seguiu Nibelung.

— Então… — Roland olhou para Gammon e Marleen e disse: — Vocês também estão aqui pelos navios a vapor?

— Sim, Vossa Majestade. Mas não um de madeira. — Gammon tomou um gole do licor e continuou: — Nós queremos um navio indestrutível de aço, igual ao navio que o senhor está construindo para Trovão.

Ao ouvir isso, o rosto de Margarete mudou imediatamente.

 


 

Tradução: Kabum

Revisão: Kabum

 

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